segunda-feira, 10 de agosto de 2015

FELIZ DIA DOS PAIS


Uma homenagem do Povo Brasileiro ao Papai Estado

Pai,

Eis minha homenagem ao seu dia. Você sempre esteve tão presente em minha vida, mesmo quando eu queria respirar um pouco fora de sua redoma de proteção. É amor, eu sei. Você realmente se preocupa muito comigo. Eu entendo. O que seria de mim sem você?

Você me dá mesada, por exemplo, para me ajudar no sustento cada vez mais difícil pelas barreiras e obstáculos que você cria aos empreendedores. Mas novamente: sei que é tudo pelo meu bem. Em troca das esmolas, digo, da mesada, é verdade também que você confisca, digo, arrecada quase 40% de tudo que eu ganho com meu trabalho. Mas é para meu próprio bem, pois você sabe melhor do que eu como gastar esse dinheiro, e isso prova seu carinho por mim.

Você me deu, por exemplo, essas estradas maravilhosas para eu poder exercer meu direito de ir e vir. É verdade que há muitos acidentes, que corro risco de vida constante nelas, mas como estaria sem você para construir essas estradas? Sem dúvida em situação muito pior.

Você também me garante saúde, o que é fundamental. Toda vez que entro em algum hospital do SUS para um tratamento, vejo o quanto você me ama. Poderia não ter nada disso, ter que me virar sem sua ajuda para cuidar da minha saúde. Seria terrível. Eu poderia ter que viver como minha vizinha lá do norte, a América. Tenho calafrios só de pensar. Obrigado por sempre pensar em mim, pai.

Sua dedicação é tão grande que você sempre me protege dos bandidos também. Oferece uma segurança impressionante que torna minha vida mais tranquila, para que eu possa seguir focando nas coisas mais importantes, como meu trabalho, meu lazer. Não preciso ficar me preocupando com assaltantes ou balas perdidas, tudo graças a você, pai.

Você é tão presente em minha vida que não fico um segundo sequer sem sua supervisão, seu auxílio, seus cuidados. Não deixa eu escolher fazer bronzeamento artificial, por exemplo, como prova de sua preocupação com minha saúde. Pelo mesmo motivo, quer controlar o sal que eu coloco na comida. Prova de amor, pai, eu sei. É tão minucioso nos cuidados que se preocupa até com o formato da tomada que vou usar, com o pãozinho francês que vou comprar, com TUDO!

Não é qualquer pai que acompanha seu filho da hora que ele acorda até a hora que vai dormir, sem descanso. Até mesmo nos sonhos você entra, pai. Às vezes é pesadelo, confesso, como quando penso na bocada que dá no meu salário. Mas depois acordo, suando, e lembro que é tudo para meu próprio bem, que isso é prova de seu amor infinito por mim.

Obrigado por tudo, pai. Obrigado por cuidar de mim do berço ao túmulo, por saber que, sem sua supervisão detalhada e controle total, eu não conseguiria nem sequer dar um passo sozinho. Sou meio mentecapto, sabe, pai, uma criança indefesa, que morreria em segundos sem sua proteção.

Fico irritado muitas vezes com os seus representantes, com esses funcionários e governantas que você coloca para cuidar de mim em seu nome. A última governanta, pai, convenhamos: era mais anta do que governante. Não sei porque faz isso comigo, mas deve ter seus motivos. Sempre acreditarei em seu altruísmo, em sua abnegação e em sua clarividência. Você escreve certo mesmo que por linhas tortas.

Por isso posso ficar revoltado com seus representantes, posso ir para as ruas protestar, posso bater panela, mas jamais vou questionar sua autoridade, sua sabedoria, seu amor. Troca-se o representante, e tudo fica bem. Não vou lutar nunca contra o poder todo que você tem sobre mim, pai, pois sei que ele é legítimo e fruto da “vontade geral”. É um direito divino até. E sei que você só quer meu próprio bem.

É exatamente por esse motivo que, como homenagem nesse Dia dos Pais, vou te dar voluntariamente mais um pouco do que eu ganho de presente. Pensando bem, os quase 40% que você me toma (por amor) nem é tanta coisa assim, levando em conta tudo que me oferece em troca. Tenho bons meios de transportes, saúde excelente, segurança plena nas ruas: do que poderia reclamar? O pai da América faz muito menos por ela, e veja como ela vive em situação pior, sem todos esses cuidados do pai!

Obrigado por existir e por ser tão carinhoso e atencioso, pai. Meu papai Estado: quanto orgulho tenho de você! Continue sempre assim, importando-se com a minha vida dessa forma tão impressionante, dedicada. Valeu mesmo, pai.

Um beijo,

Povo Brasileiro. Por: Rodrigo Constantino  Do site: http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/

A IGREJA HUMILHADA ( II )

Condenar a cosmologia medieval porque em alguns pontos ela não coincide com os “fatos observáveis do mundo físico” é tão estúpido quanto condenar um desenho por não haver correspondência biunívoca entre os traços a lápis e as moléculas que compõem o objeto retratado.


Estruturas representativas abrangentes só podem ser compreendidas e julgadas como totalidades. O fisicalismo ingênuo, apegando-se aos detalhes mais visíveis, deixa sempre escapar o essencial. A Física de Aristóteles foi rejeitada no início da modernidade porque dizia que as órbitas dos planetas eram circulares e porque sua explicação da queda dos corpos não coincidia com a de Galileu. Só no século XX o mundo acadêmico entendeu que, retiradas essas miudezas, o valor da obra persistia intacto justamente porque não era uma “física” no sentido moderno do termo e sim uma metodologia geral das ciências. Quatro séculos de orgulhosas cretinices científicas haviam tornado incompreensível um texto com o qual ainda se pode aprender muita coisa (v. as atas do congresso da Unesco Penser avec Aristote, org. M. A. Sinaceur, Toulouse. Érès, 1991).

Toda a simbólica natural da qual o cristianismo só pode prescindir em prejuízo próprio desapareceu de circulação porque, visto com os olhos do fisicalismo ingênuo, o debate entre geocentrismo e heliocentrismo parecia colocar fora de moda o desenho medieval das sete esferas planetárias, uma concepção cosmo-antropológica enormemente complexa e sutil.

Expelido do universo intelectual respeitável, o simbolismo natural só sobreviveu como fornecedor ocasional de figuras de linguagem com que os poetas sentimentais da modernidade, carentes de toda compreensão espiritual e extasiados na contemplação do próprio umbigo, projetavam nas formas da natureza visível as suas emoçõezinhas. Georges Bernanos escreveu em L’Imposture algumas páginas devastadoras contra esse empobrecimento do imaginário moderno.

Os estudiosos que conservaram o interesse pelo velho tema tornaram-se esquisitões marginalizados não só pela classe universitária como também pela própria intelectualidade católica, mais interessada em fazer boa figura ante o fisicalismo acadêmico do que em defender o patrimônio simbólico da religião. Uma obra notabilíssima como Le Bestiaire du Christ. La Mystérieuse Emblématique de Jésus-Christ, Bruges, Desclée de Brouwer, 1940), em que o arquiteto Louis Charbonneau-Lassay foi de igreja em igreja copiando e explicando cada símbolo animal de Nosso Senhor Jesus Cristo na arquitetura sacra medieval, passou quase despercebida dos meios católicos (mas, como veremos adiante, foi muito valorizada por autores muçulmanos).

Mesmo escritores que compreendiam a cosmologia medieval só ousavam falar dela em termos de valor estético, ao mesmo tempo que ofereciam as genuflexões de praxe ante a autoridade do fisicalismo acadêmico.

Um exemplo característico foi C. S. Lewis, que montou o edifício das suas Crônicas de Narnia sobre o modelo de uma escalada espiritual pelas sete esferas planetárias mas manteve essa chave simbólica cuidadosamente escondida até que ela fosse descoberta, após a morte do autor, pelo erudito Michael Ward (v. Planet Narnia. The Seven Heavens in the Imagination of C. S. Lewis, Oxford University Press, 2008):

“Seguindo-se à sua conversão -- escreve Ward --, Lewis naturalmente considerava as religiões pagãs menos verdadeiras do que o cristianismo, mas, olhando-as sem referência à verdade, sentia que elas possuíam uma beleza superior. A beleza e a verdade podiam e deviam ser distinguidas uma da outra, e ambas da bondade.” (P. 27.)

Não deixa de ser uma ironia que, restaurando na arte justamente aqueles elementos da simbólica pagã que a cultura da Europa medieval havia absorvido e cristianizado, Lewis ao mesmo tempo se opusesse tão frontalmente à doutrina escolástica segundo a qual o belo, o verdadeiro e o bom – Unum, Verum, Bonum, na fórmula de Duns Scot – eram essencialmente a mesma coisa.

A timidez cristã ante os dogmas da modernidade chega a ser obscena.

O filósofo calvinista holandês Herman Dooyeweerd – no mais, um pensador de primeira grandeza -- foi um pouco além da timidez. Alegando que a dialética hegeliana de tese, antítese e síntese só se aplica às coisas relativas, e que tão logo entramos no domínio do absoluto o que vigora é o antagonismo irrecorrível e a necessidade da escolha, ele condena a filosofia escolástica – portanto a cosmologia medieval inteira – por não ter banido completamente os resíduos culturais do paganismo (exigência impossível que, é claro, o próprio calvinismo também não cumpriu).

Nesse panorama, não estranha que o patrimônio simbólico desprezado e varrido para baixo do tapete fosse rapidamente colhido por intelectuais muçulmanos interessados, sim, numa restauração da cultura cristã tradicional, mas sob o guiamento e controle sutil... de organizações esotéricas islâmicas.

Ninguém, absolutamente ninguém na Europa cristã desde o século XVI dominou e explicou tão magistralmente o simbolismo espiritual cristão e demonstrou tão valentemente o seu valor cognitivo, e não só estético, como o fizeram René Guénon, Frithjof Schuon, Titus Burckhardt, Jean Borella e outros autores meio impropriamente chamados “perenialistas”. Todos eles membros de tariqas – organizações esotéricas islâmicas --, e empenhados em abrir na dura carapaça do fisicalismo moderno um rombo por onde pudesse se introduzir a influência intelectual islâmica e avolumar-se até à conquista da hegemonia, usando o tradicionalismo cristão como força auxiliar, mais ou menos como Jesus, na versão islâmica do Segundo Advento, será rebaixado a segundo-no-comando dos exércitos do Mahdi.

Autores não diretamente ligados ao esoterismo islâmico que exploraram o mesmo veio, como Matthila Ghyka, Ananda K. Coomaraswamy e Mircea Eliade, sempre foram devedores intelectuais dos “perenialistas”.

Se hoje em dia a velha cosmologia readquire aos poucos o seu estatuto de conhecimento profundo, necessário e respeitável, multiplicando-se em todas as universidades do mundo civilizado os estudos a respeito, não há como deixar de reconhecer que isso foi devido, sobretudo, à obra de Guénon, de Schuon e de seus seguidores.

“A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a chave de abóbada”, profetiza a Bíblia. A profecia ainda não se cumpriu totalmente, mas é óbvio que só a restauração da cosmologia simbólica pode ser a chave de abóbada numa reconstrução da cultura cristã. Apenas, os muçulmanos perceberam isso antes dos intelectuais cristãos e trataram de utilizá-lo em proveito próprio.

Temos uma dívida para com Guénon, Schuon e tutti quanti? É claro que temos. Eles nos devolveram o que era nosso, mesmo fingindo que era deles. Está na hora de praticar com eles aquilo que um velho ditado – islâmico, por sinal – recomenda: “Não perguntes quem sou, mas recebe o que te dou.”

Se o Papa, em vez de fazer isso, prefere esboçar um vago reconhecimento dos direitos de propriedade islâmicos sobre o simbolismo cristão da natureza, é que ele ainda padece daquela timidez auto-humilhante que reluta em afirmar vigorosamente o primado da cristandade nessa área.
Por: Olavo de Carvalho Publicado no Diário do Comércio. http://olavodecarvalho.org

domingo, 9 de agosto de 2015

HISTÓRIA DA DECADÊNCIA BRASILEIRA

Na sua obra Espanha Invertebrada escreveu José Ortega y Gasset: “A história de uma nação não é somente a do seu período formativo e ascendente, mas também a história de sua decadência”. Tudo indica que entramos na história de nossa decadência desde que o governo petista assumiu o cargo mais alto da República.

Lula da Silva reinou em seu primeiro mandato sobre as águas mansas do Plano Real, das políticas públicas do governo anterior. Viajou muito, tornou-se amigo dos piores ditadores mundiais, gozou como nenhum outro presidente das delícias do poder. Delícias, aliás, compartilhadas com os companheiros cortesãos.

No segundo mandato se iniciará a decadência, desenhando-se o que viria em termos econômicos enquanto escândalos de corrupção aumentavam de volume e velocidade. Entretanto, o endeusamento de Lula da Silva, o inocente que nada via, de nada sabia, se mantinha pela força de sua lábia e ele emplacou o “terceiro mandato” através da eleição de Dilma Rousseff.

Os quatro anos desta senhora podem ser descritos como descalabro total. Sob as ordens de Lula ela quebrou a Petrobras e outras estatais, destruiu a indústria, arrebentou o país como um todo. Mesmo assim, com pequena diferença sobre seu adversário Rousseff foi reeleita pregando que Aécio Neves seria o exterminador do futuro brasileiro.

Logo no início do segundo mandato de Rousseff emerge, porém, o inevitável resultado da incompetência governamental, dos truques contábeis, da distorção dos dados: aumento da inflação, do desemprego, da inadimplência, das contas públicas, dos juros, dos impostos. Situação que Joaquim Levy tenta consertar preparando a volta de Lula, mas jogando o peso dos erros do governo sobre as costas do povo. São tempos duríssimos que não acabarão tão cedo, em que pesem as otimistas e sempre erradas previsões dos economistas.

Mas não é apenas econômica a decadência em que o governo de Lula da Silva nos mergulhou. Houve perda de valores e uma crescente amoralidade.

Aqui darei apenas um exemplo dos muitos que poderiam ser apresentados nesse aspecto. Como atinge a formação de crianças desde a mais tenra idade considero criminosas as tentativas que vem sendo feitas pelo governo de se impor como manipulador educacional sexual. No momento ressurge a ideologia de gênero, elaborada através de documento que servirá para formulação de planos municipais, pelo Fórum Nacional de Educação. Nesta construção arbitrária não existe diferença entre menino ou menina, não são levados em conta dados biológicos e psicológicos da identidade humana. O ser humano é considerado como assexuado e deverá escolher se quer ser masculino ou feminino. Seria como revogar a lei da gravidade.

Em magistral artigo, Educação Sexual Compulsória,publicado no Estado de S. Paulo em 08/06/2015, analisa Carlos Alberto di Franco as distorções dessa, diria eu, deseducação:

“A confusão causada nas crianças no processo de formação de sua identidade, fazendo-a perder referências; 2) a sexualização precoce, na medida em que a ideologia de gênero promove a necessidade de uma diversidade de experiências sexuais para a formação do próprio gênero; 3) a abertura de um perigoso caminho para a legitimação da pedofilia, uma vez que a ‘orientação’ pedófila é considerada também um tipo de gênero; 4) a banalização da sexualidade humana, dando ensejo ao aumento da violência sexual, sobretudo contra mulheres e homossexuais; 5) a usurpação da autoridade dos pais em matéria de educação dos filhos, principalmente em temas de moral e sexualidade, já que todas as crianças serão submetidas à influência dessa ideologia, muitas vezes sem o conhecimento ou consentimento dos pais”.

Ao tratar desse grave tema que toda sociedade devia tomar conhecimento fatalmente serei tachada de conservadora, o mais novo xingamento utilizado pelo neoesquerda para desqualificar os que não rezam por sua cartilha. Quero lembrar que a tese conservadora, assim como a progressista evoluiu ao longo do tempo em seu significado, mas, em essência, o conservadorismo se refere à natureza humana não modificável pela ação prática, porquanto mergulha suas raízes em uma realidade sobre-humana, a vontade divina. Em outras palavras, somos dotados de uma consciência e sabemos distinguir o bem do mal, em que pesem as várias noções de moral de cada sociedade.

Ao mesmo tempo, o conservadorismo indica que o poder político confiado ao homem é intrinsecamente tirânico se não for controlado. Daí a constante preocupação dos conservadores com a existência de mecanismos de limitação do poder e, principalmente, pela supremacia da lei.

Nesse sentido assumo ser conservadora, sendo ao mesmo tempo uma entusiasta de todo progresso que traga benefícios à humanidade. Lamentável é a decadência em que os autodenominados progressistas da neoesquerda impingiram à nação brasileira.
Por: Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

ECCLESIA PAUPERUM

Enquanto no País escândalos, prisões, delações, embates de Poderes sacodem a vida nacional e concentram atenções e notícias, a vida no planeta continua girando e produzir alterações no modo de viver e pensar da humanidade. De algum modo essas mudanças nos atingem e, por isso, é bom prestar atenção nelas.


Saindo um pouco do Brasil veremos que fatos mundiais relevantes estão em curso e citemos apenas alguns poucos para não alongar demais o artigo:

1º - Os problemas econômicos da China, à qual nos atrelamos preferencialmente por obra e graça de Lula da Silva. 2º - O acordo nuclear do presidente Obama, apoiado por potências mundiais, com o Irã, algo perigosíssimo que pode futuramente destruir primeiro Israel, depois os Estados Unidos e, finalmente, não sobrara nada. 3º - A visita do Papa Francisco a países latino-americanos. Em todos esses fatos prepondera o fator político.

Como tenho formação católica vou me deter no Papa e seus discursos. E que tenho me perguntado: por que foi eleito pela primeira vez um Papa jesuíta e latino-americano? Comecei agora a decifrar o enigma que merecia um texto de pelo menos cinquenta páginas, mas que vou resumir ao máximo. Essa breve análise nada tem a ver com fé, mas sim com o poder temporal da Igreja Católica.

O fundador da Companhia de Jesus foi o temperamental fidalgo espanhol basco Inácio de Loyola. A Companhia foi moldada pelo padrão militar. A disciplina era férrea. Toda individualidade era suprimida e de cada um e de todos exigia-se uma obediência de soldado ao general.

As atividades dos jesuítas foram como ainda são variadíssimas. Eles trabalharam sem trégua na Inquisição, espalharam-se pelos quatro cantos do planeta, estiveram em todos os centros de decisões, fizeram da educação sua atividade mais importante, funcionaram desde o início como uma multinacional da fé. Georges Bernanos disse que “o velho sonho dos jesuítas era o de organizar a cristandade segundo o método da ditadura totalitária e da razão de Estado”. Será que eles mudaram?

Ainda no âmbito da história recordemos que foi no Novo Mundo americano que a Igreja alcançou seu maior sucesso numa época em que o Velho Mundo europeu enfrentava a Reforma. Portanto, há tempos a Igreja considera a América Latina como sua filha preferida. Nesse sentido tem toda razão Carlos Rangel quando apontou em sua obra, Do Bom Selvagem ao Bom Revolucionário, que “A Igreja Católica é mais responsável do que qualquer outro fator pelo que é e o que não é a América Latina”.

Quanto as nossas origens coloniais pode-se dizer usando uma expressão de Ortega y Gasset, que tivemos uma “embriogenia defeituosa”, por sua vez geradora de sociedades desiguais. Nestas, até hoje não foi, conforme Rangel, o marxismo, mas sim a teoria leninista do imperialismo e da dependência que falsamente propôs uma resposta consoladora e esquerdizante ao complexo de inferioridade crônico que a América Latina sofre em relação aos Estados Unidos. Paradoxalmente, continua grande a imigração de latino-americanos para os Estados Unidos em busca de uma vida melhor.

No momento, segundo o Instituto Pew Researh, com sede nos Estados Unidos e citado pelo The Economist, “o Paraguai (onde 89% da população é católica), o Equador (79%) e a Bolívia (77%) continuam sendo os bastiões da fé, juntamente com Colômbia e México”. 

Note-se que a recente visita do Papa se deu justamente no Paraguai, no Equador e na Bolívia, sendo que neste último o Papa recebeu de Evo Morales uma cruz formada pela foice e o martelo, símbolo do comunismo, com um cristo pregado. Esdrúxula adaptação do materialismo de Marx com a espiritualidade de Cristo.

Nesta viagem, onde ficou claramente definida a política do papado, o Papa fez sua mais veemente condenação ao capitalismo. Em Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, o Pontífice foi saudado por João Pedro Stédile, mentor dos sem-terra que tem visitado o Vaticano juntamente com líderes dos chamados movimentos sociais e da Teologia da Libertação. Disse Stédile diante de centenas de militantes de movimentos sociais: “Assim como o capitalismo tem Obama, nós temos o Papa Francisco”.

Mas será que essa ecclesia pauperum ou igreja dos pobres que o Papa Francisco prega, mesmo que seja em nome de um pós-marxismo, não manterá os pobres da América Latina, sempre pobres? Afinal, o socialismo, aonde quer que fosse implantado levou ao cerceamento da liberdade, à violência contra a população, à escravização completa do indivíduo, ao nivelamento por baixo na miséria enquanto a classe dirigente gozava das delícias da riqueza. Enfim, o paraíso prometido na terra tornou-se o inferno. Talvez, uma pregação mais espiritual e menos política enseje um proselitismo mais exitoso da Igreja na América Latina.
Por: Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

PARE DE RECLAMAR E VÁ TRABALHAR, O POVO É DE DIREITA.

Esquerdismo, desde a revolução francesa, é obra de radicais da classe média. Alguns são artistas e intelectuais que sonham com um regime de força tutelado por eles, outros são sindicalistas corruptos que assediam empresários para fazer dinheiro fácil, outros que buscam a proteção de empregos estáveis na burocracia estatal, além dos milionários culpados que, levados por suas pulsões de morte, financiam os revolucionários que vão cortar sua cabeça.


Por isso, uma das frases mais equivocadas do ideário nacional é a que diz que só no Brasil “pobre é de direita”, como se isso fosse paradoxal ou estapafúrdio. A frase completa, que inclui prostitutas e cafetões, é atribuída ao Tim Maia. Mas quem entendeu a verdadeira essência do povo nesse sentido foi Joãozinho Trinta: “pobre gosta de luxo, quem gosta de pobreza é intelectual.”

O povo é direita não porque eu quero, mas porque qualquer pesquisa séria de opinião comprova, como várias que o Datafolha já fez. Elas reforçam que todo os pilares do conservadorismo estão bastante arraigados na população de baixa renda do país (parêntesis: não use a terminologia marxista de “classe”, que dá uma idéia propositadamente errada de que são como castas indianas estanques, use “renda”, que numa economia de livre mercado é uma condição transitória e móvel). E é esse espírito do povo brasileiro que ainda resiste à transformação do país em mais uma triste república bolivariana.

Não custa lembrar que o Lula “original” ou “autêntico”, aquele que defendia com todos os perdigotos o calote da dívida externa e a estatização do que fosse possível, perdeu três eleições presidenciais de goleada, duas delas no primeiro turno. O Lula maquiado e vestido por Duda Mendonça de 2002, que falava em superávit fiscal, metas de inflação, que publicou a “Carta ao Povo Brasileiro” e que colocou Henrique Meirelles no Banco Central, venceu duas eleições suadas, no segundo turno, e contra ícones do carisma como Geraldo Alckmin, que ficou em terceiro numa eleição para prefeito em São Paulo. Lula, mesmo maquiado pela marquetagem política, venceu por falta de adversários.

Numa eleição puramente ideológica em 2005, o povo brasileiro derrotou toda a esquerda, o Chico Buarque, os artistas da Globo, o governo, e disse um “não” sonoro ao absurdo plebiscito que, na prática, iria desarmar o campo para facilitar a vida do MST e suas invasões. Em 2007, o povo vaiou Lula com gosto na abertura do Pan no Maracanã. Em abril desse ano, depois de várias mortes brutais, 93% dos paulistanos, segundo o Datafolha, queriam a redução da maioridade penal, mais uma vez dando uma banana para todo o proselitismo da esquerda, da imprensa, dos intelectuais, dos “especialistas em segurança” do Bom Dia Brasil, da GloboNews e da Carta Capital. Mais uma vez o povo falou, mas nenhum político quis ouvir e todos continuam brigando para ver quem é o mais esquerdista.

Em pesquisas do Datafolha publicadas em 2007 e 2012, o brasileiro se mostrou alinhado em praticamente todas as questões sociais importantes, de religião às drogas e o aborto, da redefinição do casamento até a maioridade penal, com o que pensa o conservadorismo clássico e com pouca semelhança com as bandeiras que defendem as cracolândias ideológicas das universidades, roteiristas de novelas globais e das redações brasileiras. O povo diz repetidamente “eles não me representam”.

É importante que se diga que o Datafolha e a Folha se interessam pelo tema pelo motivo errado. Em agosto de 2012, num evento chamado “A Ascensão Conservadora em São Paulo”, na USP, alguns expoentes do petismo como Marilena Chauí, Vladmir Safatle e André Singer, o triunvirato que praticamente dita o que a Folha pensa politicamente, chocou um ovo de serpente: a importação de uma estratégia da esquerda americana de eliminar do debate político os termos “direita” e “esquerda” e trocar por “conservadores” e “liberais”. A estratégia é engenhosa porque abre as portas da esquerda para quem rejeita o estatismo e o dirigismo econômico mas que igualmente tem problemas com quem defende as tradições culturais e valores morais construtivos da sociedade ocidental, como se fossem dissociáveis da economia de livre mercado.

A matéria da Folha de 25/12/2012 sobre o assunto é consequência direta desse evento na USP e das eleições municiais paulistanas, em que o fenômeno Celso Russomanno pegou todos os sociológos de entrevista de calça curta, já que é impossível encaixar o apresentador nas tradicionais definições de esquerda e direita. O contrabando do embuste ideológico criado nos EUA cairia como uma luva já que Russomanno era apoiado pela Igreja Universal e é um processo que está apenas começando.

Se o povo brasileiro é direita, se dá todas as provas nas ruas e nas urnas de que rejeita o estatismo, a destruição sistemática e planejada da família tradicional, dos valores judaico-cristãos e as aventuras da heterodoxia econômica, por que não há políticos brasileiros dispostos a empunhar essa bandeira? Lançar uma candidatura brasileira de direita seria como pescar naqueles parques “pesque e pegue” em que a pescaria é apenas um exercício de jogar as iscas e esperar que os peixes venham alegremente ser fisgados, certo? Não tão rápido.

Antes de se pensar em candidaturas, é preciso tratar da ausência de uma produção cultural e política que defenda esses valores, que faça o combate ideológico em todas as frentes possíveis, que lute por cada centímetro do campo de batalha da política. Sem idéias claras, sem uma mensagem bem articulada e persuasiva, os políticos não terão como seduzir um eleitorado sedento por alternativas e que foi aos milhões para as ruas nas últimas semanas.

Por isso, parem de se lamentar pelo resultado desastroso do STF em relação aos embargos infringentes. E principalmente pare de perder tempo em discussões pessoais ou virtuais com esquerdistas, não vale seu tempo, sua energia e suas boas intenções. Há algo como 60 a 70% do eleitorado brasileiro, numa estimativa conservadora (com trocadilho), esperando propostas bem articuladas de direta para pular no barco.

Vejo muita gente boa da direita perdendo um tempo precioso em discussões com esquerdistas que falam português (petistas) ou inglês (obamistas), como se fosse possível converter com argumentos racionais gente que, depois da adolescência, ainda acredita em Lula ou Barack Obama. Deixe que a vida se encarregue deles e vá cuidar de quem realmente precisa de você. Não tenha crises de auto-estima tentando receber elogios da esquerda, condescendendo com suas idéias em busca de afagos. Quando um esquerdista te fizer um elogio, pare e analise o que acabou de fazer errado.

Depois da eleição de Barack Obama em 2008, nasceu nos EUA o primeiro movimento popular sem qualquer cabresto da esquerda, o Tea Party. As pessoas iam as ruas defendendo nada mais que responsabilidade fiscal, menos impostos e meritocracia, as idéias que constituíram o país e fizeram dele o projeto humano com melhores resultados da história. E como eles foram chamados pela imprensa? Radicais, extremistas, preconceituosos e todo tipo de xingamento que a esquerda sempre faz. Só que o Tea Party não se intimidou e teve uma vitória histórica nas eleições de 2010 e conseguiu influenciar o debate político do país profundamente. O Tea Party não quer agradar a esquerda, não quer aprovação da esquerda, não quer negociar com a esquerda, ele quer vencer a esquerda. E é disso que se trata.

Os políticos, ativistas e intelectuais brasileiros que quiserem ajudar precisam se preparar culturalmente para o debate e depois entender como articular suas idéias. Não precisam nem criar nada do zero, basta ler os discursos de Winston Churchill, Ronald Reagan ou Margareth Thatcher, está tudo lá, não só as idéias corretas mas uma capacidade ímpar de articular, persuadir e seduzir o público.

Celso de Mello é passado, olhe para frente e pare de “mimimi”. Tome uma atitude. Se você pretende continuar no Brasil e criar seus filhos aqui, não há espaço para azedume e chororô, há muito, mas muito trabalho a fazer e mal começamos.

Arregace as mangas e mãos à obra. Precisamos de você.

Publicado em 19 de setembro de 2013 por Alexandre Borges  Do site: http://reaconaria.org/

terça-feira, 4 de agosto de 2015

BRASIL É O PIOR EM RETORNO DE IMPOSTO À POPULAÇÃO, APONTA ESTUDO

Pela quinta vez consecutiva, o Brasil é o país que proporciona o pior retorno de valores arrecadados com tributos em qualidade de vida para a sua população.

A conclusão consta de estudo do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação) que compara 30 países com maior carga tributária em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) e verifica se o que é arrecadado por essas nações volta aos contribuintes em serviços de qualidade.

Estados Unidos, Austrália e Coreia do Sul ocupam respectivamente as primeiras posições do ranking. O Brasil está em 30º lugar, atrás da Argentina (24º) e do Uruguai (13º), quando se analisa o retorno de tributos em qualidade de vida para a sociedade.
editoria de arte/folhapress


Para medir esse retorno, o instituto criou em 2009 o Irbes (Índice de Retorno de Bem-Estar à Sociedade). No Brasil, ele é de 135,34 pontos; nos EUA, 165,78.

O indicador de retorno é resultado da soma de dois outros parâmetros usados pelo IBPT: a carga tributária em relação ao PIB (soma das riquezas de um país), com ponderação de 15% na composição do índice, e o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), calculado com base em dados sobre educação, renda e saúde e que serve para medir o grau de desenvolvimento econômico. Esse indicador tem peso de 85% na composição do Irbes.

Para a carga tributária, o estudo considera as informações da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico). Os dados de IDH usados são da ONU (Organização das Nações Unidas). Ambos são de 2012, último dado disponível.

No Brasil, a carga fiscal em 2012 foi de 36,27%, segundo mostra o levantamento do instituto, que atua no setor.

FISCO

A Receita Federal informou que não comentaria o assunto. Para o Fisco, a carga tributária do Brasil em 2012 foi de 35,85%. O resultado de 2013 ainda não foi divulgado.

Os percentuais do IBPT e da Receita são diferentes porque o instituto considera no cálculo os valores pagos com multas, juros e correção, contribuições e custas judiciais.

Para o presidente do IBPT, João Eloi Olenike, o estudo reforça e mostra a necessidade de cobrar dos governos de todas as esferas -federal, estadual e municipal- a melhor aplicação dos recursos pagos pelos contribuintes.

"Os brasileiros foram às ruas recentemente em protestos em que as faixas também mostravam a insatisfação com a elevada carga tributária e o pouco retorno em qualidade de vida", diz.

RANKING

Na edição anterior do levantamento, o Japão ocupava a quarta posição. Neste ano, passou para sexta. Já a Bélgica estava em 25º lugar e passou para a 8ª colocação. 
Por: Claudia Rollide Publicado na Folha de SP

INTRODUÇÃO À NOVA ORDEM MUNDIAL

Quer entender mais sobre os Globalistas e a Nova Ordem Mundial? Uma boa pedida é o livro “Introdução à Nova Ordem Mundial” de Alexandre Costa, que chega em sua segunda edição pela Vide Editorial. Nele, o autor se propõe a fazer uma introdução ao assunto sem entrar em teorias conspiratórias ou fatos que não podem ser comprovados. Afinal, se uma sociedade secreta (ou discreta) possui intenções ocultas, como poderíamos esmiuçar seus planos sem entrar em conspirações impossíveis de comprovação?


Por isso, podemos dizer que Alexandre Costa construiu seu livro em forma de guia, de modo que, tanto quem está familiarizado com o tema, quanto quem nunca leu sobre o assunto não encontra dificuldades em compreender cada tópico levantado.

“O livro (…) poderia levar o título de ‘O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota útil do globalismo” Olavo de Carvalho

Logo no primeiro capítulo, Alexandre Costa nos lembra que a ideia de um governo mundial é antiga. Desde Sargão da Acádia (Século XXIII a.C.) até os dias atuais, mentes vislumbram em um governo global a solução para os males da humanidade. E aí entra a questão: Com o fim dos Estados Nacionais e das legislações locais, quem assumiria o governo global? Os globalistas têm essa resposta: Eles mesmos! Ou seja, o globalismo antes de tudo é um projeto totalitário e autoritário de proporções mundiais.

No livro, a “Nova Ordem Mundial” é definida como um conjunto de ações que visam a implantação de um governo global. O autor compila três importantes movimentos globalistas distintos que ocorrem simultaneamente. Às vezes aliados de ocasião, os movimentos possuem como meta a destruição da civilização ocidental, para em seguida implantar uma Ditadura Mundial. São eles:

O Movimento Comunista Internacional

Liderado por Rússia e China (sob a nova face do Eurasianismo), o coletivismo conta com o Foro de São Paulo, os partidos comunistas/socialistas europeus e os regimes ditatoriais coletivistas da África como aliados naturais. Seus acordos de cooperação, suas jogadas no Conselho de Segurança da ONU, a movimentação financeira entre Estados desse eixo e suas votações nos organismos internacionais refletem essa parceria.

O Islamismo

“O Islã só estará completo quando o último homem da Terra for convertido.” Talvez a maior ameaça à moral judaico-cristã do ocidente, o avanço do Islamismo está sendo manipulado, pelo dinheiro do petróleo e dos globalistas, para a destruição do Estado de Israel e um futuro conflito com o Ocidente. Ao longo do livro vemos que várias crises são gestadas para acelerar os propósitos da Nova Ordem Mundial e que “uma grande crise” como um choque entre o “judaísmo-cristianismo” e o “islamismo” está sendo fomentada (a manipulação midiática do conflito entre Israel e as forças terroristas abrigadas dentro do futuro Estado Palestino é um exemplo).

Trecho do livro “David Rockfeller diz que a Nova Ordem Mundial irá emergir do caos. Pior: diz ele que para a população aceitar a Nova Ordem Mundial, falta apenas a crise certa.”

Os Globalistas

Apontados pelo autor como a “face mais conhecida daquilo que chamamos Nova Ordem Mundial”, os globalistas são compostos pelos grandes banqueiros e financistas internacionais, suas corporações, suas fundações que interferem na mudança das legislações locais e suas organizações políticas sem caráter oficial que atuam de forma decisiva na geopolítica global como: o Federal Reserve (que não é reserva e muito menos federal, e é de forma despropositada chamado de o Banco Central dos EUA), a Comissão Trilateral, o CFR, o Clube Bilderberg, o Diálogo Interamericano, o Clube de Roma, o Clube de Madrid, Bohemian Club, o Elders e diversas outras organizações.

A destruição da civilização ocidental passa por implodir nossos pilares, identificados pelo autor como: a moral judaico-cristã, o pensamento grego e o direito romano.

Corrompendo a alta cultura, enfraquecendo a ordem jurídica e combatendo a moral judaico-cristã o caminho para o globalismo é pavimentado aos poucos.

No curto prazo, os objetivos das três forças globalistas coincidem. Os financiamentos e as cooperações mútuas são reflexos disso. É fácil identificar no atual governo brasileiro (e em grande parte da oposição parlamentar) uma cumplicidade com essa agenda.

O autor aponta que o fim do indivíduo com a ascensão da mentalidade coletivista segue a “estratégia gramsciana” de Revolução Cultural “com a paciência dos Socialistas Fabianos”. A destruição da capacidade cognitiva, através de “filosofias” que “afastam as pessoas da realidade” é parte importante do projeto. Quem acompanha as vergonhosas políticas do Ministério da Educação e do Ministério da Cultura não tem maiores problemas em compreender o verdadeiro PAC nacional: Plano de Auto-sabotagem Cognitiva.

Controle da imprensa e da informação

Você já ouviu falar na Open Society? Fundada por George Soros, a Open Society coordena no mundo a alteração de legislações locais, políticas públicas globalistas e o maior projeto da história humana de uniformização da informação através do Project Syndicate. O Projetc Syndicate distribui artigos de opinião para 59 línguas diferentes, em 154 países e nos 492 jornais e revistas mais influentes do mundo. Seu poder é tão vasto, que em tiragens impressas chega a 78 milhões de exemplares, atingindo no total (impresso e online) mais de 330 milhões de pessoas! É a maior rede de homogeneização de opinião do mundo! No Brasil, Fernando Henrique Cardoso e Antônio Patriota são colunistas afiliados do Project Syndicate.

“Minha conclusão é que, para serem adequadas, as opiniões precisam ser organizadas para a imprensa e não pela imprensa como é o caso hoje.” Walter Lippman, idealizador do CFR, em 1992.


Controle populacional, destruição da democracia, destruição da noção de indivíduo, implantação da mentalidade coletivista, controle de alimentos, controle da informação, fim da liberdade de expressão, fim da presunção de inocência, fim da igualdade perante a lei e criação de “categorias de pessoas”, o fim da família, o fim do Estado nacional, a educação infantil a cargo total do globalismo sem interferência da família, o fim da privacidade, o fim da liberdade religiosa; enfim, tudo isso está nos planos da Nova Ordem Mundial. Para saber mais sobre o assunto não deixe de ler Introdução à Nova Ordem Mundial de Alexandre Costa. Afinal, como é lembrado no livro “diante de novos fatos, só os idiotas não mudam de ideia” (Winston Churchill).

Introdução à Nova Ordem Mundial – Alexandre Costa

Título: Introdução à Nova Ordem Mundial

Autor: Alexandre Costa

Editora: Vide Editorial  Do site: http://reaconaria.org/

domingo, 2 de agosto de 2015

UMA SOLUÇÃO DE MERCADO PARA A BRIGA ENTRE TAXISTAS E UBER

O intervencionismo é um conjunto de políticas que visam a estender os poderes coercivos do governo para a esfera das atividades econômicas; é a interferência política sobre o funcionamento dos mercados por meio de decretos administrativos e proibições.

A natureza desse processo é essencialmente redistributiva: os privilégios legais procuram concentrar benefícios e diluir os custos associados à norma imposta.

As licenças de táxi conferem a uma categoria de indivíduos a exclusividade para atuar em um segmento de transporte de passageiros nas grandes cidades. Elas são apenas uma amostra do que ocorre cada vez que o governo — por meio das subvenções, do tabelamento de preços e da proibição da concorrência — intervém na economia.

Licenças restritivas são um tipo de quase-monopólio conferido pelo estado aos produtores.

Se a regulamentação for do interesse de determinados agentes privados, então ela, uma vez implantada, alimentará naturalmente esses próprios interesses privados em favor de sua manutenção. A busca por privilégios legais culminará na edição de normas que extrapolarão diversos campos da vida econômica. Uma vez consolidadas as normas, os grupos beneficiados serão estimulados a se esforçar para conservar os privilégios adquiridos: os privilégios são doravante "direitos" e, no caso dos táxis, o próprio ingresso no grupo de privilegiados representará custos não-negligenciáveis aos novos detentores de licenças.

O caso Uber e a racionalidade da pressão

Qualquer inovação nos processos produtivos, nas tecnologias, nos modos organizacionais ou nos bens de consumo tem impacto similar à desregulamentação: a inovação implica um aumento da concorrência e representa uma ameaça à proteção conferida pelo privilégio legal.

A desregulamentação e a inovação significam — ou têm por consequência direta — o aumento da oferta sobre o segmento de mercado que é protegido pela norma. Ambas enfraquecem a proteção conferida por um privilégio legal que, até então, imunizava parcialmente contra a rivalidade empresarial.

A razão da pressão política exercida é a busca pela manutenção do privilégio, e o sucesso da empreitada política está nas discrepâncias entre os custos e benefícios econômicos e políticos. Por um lado, na margem, os benefícios concentrados individualmente pelos taxistas serão maiores do que os custos acrescidos aos usuários em decorrência da diminuição da concorrência. Por outro lado, e como uma consequência lógica, o custo relativo da ação política será menor — na margem — para os privilegiados pela restrição. Isto quer dizer que, na margem, dados os ganhos econômicos e os custos despendidos na empreitada política, a vantagem relativa está claramente em favor dos privilegiados pela norma.

Uma vez votada e implantada a norma, as novas gerações de taxistas deverão despender um gasto importante para obter as licenças e placas, além de estarem agora submetidos às mesmas regras de tarifas (buscando limitar o escopo de liberdade de preços) e de conformidade (implicando investimentos suplementares para adaptação dos veículos, aprendizado de uma língua estrangeira etc.). Estarão também sujeitos a regras que estipulam a quantidade de horas de trabalho, o limite de corridas diárias e as zonas geográficas de atuação. 

O mercado está, doravante, inteiramente cartelizado. A pressão resulta na cartelização e busca a manutenção do cartel. Embora haja gastos para aquiescerem às regulamentações, não há concorrência para atormentá-los.

O paradoxo que envolve tal cartelização muitas vezes escapa a muitos economistas, que dizem que o taxista que pagou pela obtenção de uma licença não se beneficia, ele mesmo, de uma renda de monopólio. Na verdade, a renda que ele ganha não é, na maioria dos casos, demasiadamente exorbitante. O motivo é que a renda de monopólio é afetada pelos valores da licença e não pela renda mensal obtida na atividade de taxista.

Caso não houvessem pago nada pela licença, os novos taxistas poderiam gozar integralmente da renda conferida pela cartelização do mercado; mas como o valor da licença é relativamente elevado, se repartirmos esse valor sobre todos os meses do período de validade da licença, veremos que boa parte da renda propriamente considerada de cartel se dissipa.

Caso o taxista tenha incorrido um empréstimo e seja obrigado a reembolsar juros, a renda efetivamente associada ao cartel tenderá a zero: o taxista operará por uma remuneração próxima a essa da concorrência ou até mesmo tendendo a valores menores.

Os únicos e verdadeiros beneficiados da norma são os primeiros produtores que obtiveram a licença por um valor pequeno comparativamente ao custo da ação política e, obviamente, os políticos e administradores da máquina pública que foram eleitos graças à contribuições de sindicatos de taxistas ou que obtiveram um emprego nos diversos secretariados graças à regulamentação da atividade.

Além dos custos para obtenção da licença, em cidades como Belo Horizonte ou São Paulo a placa de taxista chega a custar legalmente valores entre 90 e 120 mil reais, além dos custos de transação incorridos. No mercado negro, os valores podem variar significativamente e de cidade pra cidade, em municípios como São Paulo uma licença para atuar em local privilegiado pode alcançar no mercado negro valores de até 150 mil reais, e uma placa em Porto Alegre pode custar mais de 400 mil reais.

Consequentemente, um aumento da concorrência nessas condições — como no caso das novas tecnologias de aplicativos como o Uber — gerará perdas líquidas aos taxistas e afetará seu padrão de vida.

Tal efeito é o mesmo que encontraríamos em casos de total desregulamentação do setor: isto destruiria o valor em capital das licenças, por mais que as mesmas tivessem sido adquiridas por valores altos junto aos poderes públicos.

O comportamento dos taxistas é, deste ponto de vista, perfeitamente racional. Como apontou muito bem oprofessor Lemennicier, a razão pela qual os taxistas se opõem duramente à desregulamentação lembra muito a posição de uma pessoa que adquiriu em boa fé uma obra de arte roubada.

A questão moral envolvendo o privilégio é que os taxistas das novas gerações não deveriam ser obrigados a pagar pelas licenças caso os mercados fossem completamente livres. E, como consequência, sequer deveriam sofrer as perdas que uma desregulamentação causaria uma vez que não propuseram a instauração do cartel.

Em contrapartida, e também do ponto de vista estritamente ético, os usuários e novos empreendedores não deveriam ser obrigados a ter de arcar com custos inventados pelas gerações passadas mediante pressão política — por meio da edificação de normas restringindo a entrada e a competição —, o que lhes impossibilita hoje de gozar dos benefícios da competição e da liberdade de entrada.

Os usuários querem exercer sua liberdade de escolher os bens e serviços que consomem, os produtores responsáveis pelas inovações tecnológicas querem poder exercer o direito de operar suas atividades, e os taxistas querem a manutenção do privilégio tendo em vista as perdas e custos despendidos para exercer a profissão.

Essa situação vem conduzindo objetivamente a diversos conflitos. Temos visto na mídia nacional e internacionalmanifestações de hostilidade de ambas as partes em decorrência da chegada das novas alternativas e soluções em matéria de transporte urbano. Dado o conflito direto que coloca em oposição, de um lado, os interesses dos usuários e dos empreendedores, e de outro, os interesses dos taxistas, temos um imbróglio desafiador cuja solução não necessariamente deveria pender para alguns dos lados.

É possível pensar em soluções melhores do que a proibição?

A imoralidade do privilégio, a desnecessidade de compensação, e a Liberalização

O mecanismo que busca cercear politicamente os mercados e restringir a concorrência mediante restrição legal é regido pelo mesmo princípio que o protecionismo. A restrição legal é, na verdade, um mero dispositivo de protecionismo regulatório.

Como qualquer violação dos direitos de propriedade, a consequência direta da restrição é que os proprietários de recursos — neste caso, os usuários dos aplicativos Uber e os potenciais taxistas e transportadores das regiões urbanas — não podem produzir e vender seus serviços livremente.

O privilégio legal viola um direito reconhecidamente natural: o direito do indivíduo sobre si e a livre disposição sobre os bens que produziu ou adquiriu legitimamente. O mercado não é nada além de uma extensão desse direito natural; as trocas de mercado representam, efetivamente, uma aplicação desse direito.

Do ponto de vista ético, estritamente, temos um mecanismo essencialmente perverso e profundamente imoral.

A imoralidade do privilégio é comparável ao pleito por uma indenização que busca ressarcir os taxistas que já tenham adquirido e pago por sua licença. A compensação monetária das perdas significa simplesmente um estímulo a esse mecanismo de busca desenfreada por privilégios legais mediante processos regulatórios (rent-seeking): trata-se de um estímulo à corrupção e ao roubo generalizado.

O fato é que não deveria existir qualquer imperativo moral para se recorrer ao dinheiro dos pagadores de impostos para auferir alguma compensação. O imperativo moral é ainda menor se imaginarmos que os taxistas já se beneficiam de diversos abatimentos fiscais (IPVA, IPI, ICMS, ISS) e descontos em veículos automotivos que viabilizam ainda mais sua atividade.

Não obstante, e mesmo não havendo qualquer imperativo moral, é perfeitamente possível combinar a liberalização do setor a uma indenização parcial aos taxistas via maiores abatimentos fiscais. Esta é, na verdade, a proposição que sugiro em detrimento da simples proibição e restrição à entrada: é uma solução que aponta na direção do desejável e se fundamenta em medidas simples.

A primeira proposição visando a introduzir maior concorrência é a total liberalização do mercado secundário de licenças e placas. Um simples dispositivo de controle a cada mudança de proprietário poderia ser utilizado como garantia de que a conformidade seria mantida para as licenças do governo. Isto pressionaria os preços a oscilar segundo as forças do mercado e alinharia os valores das licenças e das placas a patamares mais baixos do que os preços do atual mercado negro.

A segunda proposição sugere a irrestrita liberdade para entrada ou a total desregulamentação da atividade cartelizada, permitindo que os concorrentes potenciais possam exercer livremente a atividade, o que inclui os novos aplicativos. No entanto, de forma a garantir que os taxistas não saiam tão prejudicados neste cenário de irrestrita desregulamentação, a proposta associa a fixação de uma data (por exemplo, a data de expiração da licença) para a transformação das licenças em simples certificados de qualidade cuja gestão possa ser ulteriormente privatizada.

As licenças passarão a ser, a partir dessa data, um simples produto de referência de qualidade, um critério conferindo reconhecimento de excelência nos serviços prestados ou algo comparável aos certificados de conformidade, qualidade, e rótulos de garantia (labels). Mesmo com a liberação dos mercados e com a possibilidade de fornecimento privado e concorrencial de labels de qualidade, os taxistas não perderão, a médio prazo, esse valor que o rótulo de garantia confere à licença.

Concomitantemente, em terceiro lugar, e por mais que os contribuintes não tenham nenhuma obrigação moral de indenizar os taxistas, poderíamos imaginar que, até a data de expiração da licença, antes de serem simples rótulos de qualidade, o valor residual de cada uma fosse, em dada porcentagem, deduzido em um dos componentes da vasta lista de impostos cobrados aos seus detentores (obviamente, os impostos que eles ainda pagam).

Poderíamos incluir descontos maiores no preço final da gasolina, abatimento direto no IR, aumento da extensão da redução do valor abatido no IPVA ou redução das alíquotas de impostos sobre veículos importados ou de luxo: existe muita margem para a criatividade nessa proposição.

O importante é que o montante de benefícios fiscais seja atrelado e alinhado ao valor residual da licença (sua taxa de desconto).

Esta seria uma direção conciliadora entre o interesse pela imediata liberalização dos serviços alternativos de transporte (aplicativos Uber, moto-taxis, vans-piratas ou partilha de carros) e a necessidade de parcial indenização dos valores e dos dispêndios com as licenças e placas.

Considerações Conclusivas

Conclusivamente, é curioso notar que uma das localidades onde a norma restritiva se impôs tenha sido o Distrito Federal, ao lado do município de São Paulo. Brasília talvez esteja entre os exemplos mais notórios de cidades com acúmulo de políticas fracassadas em matéria de transporte: uma mistura de corrupção ([1]; [2]), tarifas elevadas — exceção feita ao serviços de ônibus do Plano Piloto, que estão na média nacional ([1]; [2]) —, greves ([1]; [2]; [3]), ineficiência no fornecimento dos serviços e precariedade ([1]; [2]).

Um verdadeiro absurdo se considerarmos que se trata de uma cidade que possui os maiores níveis de renda per capita e onde houve amplo planejamento prévio para a mobilidade urbana.

O mais instigante é que, não satisfeitos em não fornecer serviços de transporte de qualidade, os administradores impedem e atrapalham vigorosamente o empreendedorismo no setor, o caso Uber sendo apenas mais uma ação punitiva entre tantas demonstrações dos resultados do intervencionismo ([1]; [2]; [3]).

Visando proteger sindicatos e grupos de transportadoras que adquiriram o privilégio legal, as ações públicas não medem esforços para expropriar e limitar as oportunidades de trabalho dos cidadãos que vivem nas regiões do entorno, ou seja, justamente os que têm menos oportunidades e menor nível de renda.

Se o comportamento dos taxistas é perfeitamente racional dadas as despesas incorridas para obtenção de licenças, completamente irresponsável é a tomada de decisões políticas pouco inteligentes e respondendo apenas aos anseios de um determinado grupo de pressão. Ao insistirem em um aparato organizacional centralizador que já mostrou seus limites, os parlamentares demonstraram completa indiferença para com as reais necessidades dos usuários de transporte.

Os parlamentares apenas satisfazem seu papel de distribuidores de privilégios privados sob forma de restrições regulamentárias. Em contrapartida, recebem o apoio sindical e eleitoreiro de uma entidade de classe, em um ambiente de corruptível democracia representativa.

Esse sistema político, quando não restringe seu campo de atuação, é simplesmente a representação de uma estrutura normativa em que uns buscam viver à custa dos outros, ao mesmo tempo em que esquecem que o próprio regulamentador vive à custa de todos.

Obviamente que todos os parlamentares que votaram pela proibição do aplicativo Uber têm suas despesas de transporte pagas pelos próprios contribuintes e usuários dos transportes públicos. Em vez de serem proibidas, soluções alternativas como a partilha de carros e os aplicativos tipo Uber deveriam justamente ser estimuladas, dados os problemas de tráfego e necessidade de concorrência e maior eficiência para os transportes nas grandes cidades.
Mateus Bernardino fez mestrado em Economia Pública na Université de Paris I Panthéon-Sorbonne.

sábado, 1 de agosto de 2015

O VERDE É O NOVO VERMELHO

“A devoção do IPCC e do governo dos EUA à teoria das mudanças climáticas dos gases efeito estufa é particularmente problemática devido à teoria estar se mostrando uma falha abjeta de proporções históricas. Infelizmente, através dos e-mails do “Climagate” e muitas outras revelações de improbidade científica, agora sabemos que a ciência “estabelecida” nunca foi sobre ciência em primeiro lugar”.

John L. Casey, Dark Winter

“As causas profundas do aquecimento global não são tratadas como deveriam. A origem do aquecimento global assenta-se no capitalismo. Se pudéssemos acabar com o capitalismo, então teríamos uma solução”.
Evo Morales, presidente da Bolívia


Evo Morales é um socialista radical cujo herói é Che Guevara. Ele deseja acabar com o capitalismo, e oferece um argumento para fazê-lo. Há muitos outros que secretamente desejam o que Morales deseja. Mas eles não querem levantar uma bandeira vermelha como ele faz. Ao invés disso, eles levantam uma bandeira verde. É claro, eles não se preocupam verdadeiramente com o meio ambiente. A teoria do aquecimento global antropogênico é uma arma ideológica utilizada por anticapitalistas. Uma vez que uma decisiva maioria acredite no aquecimento global, o capitalismo está acabado. Esta é, antes de tudo, a razão para a teoria do aquecimento global antropogênico.


Vivemos numa época de falsificações. Há um mecanismo de desinformação por trás desta falsificação. Ele é muito poderoso, e esmaga seus inimigos. Alguém pode dizer, com propriedade, que este mecanismo é comunista (porque não possuímos outra palavra para isto). Antes de tratar do objeto em mãos, o leitor deveria primeiro considerar a mentira ultrajante que é a teoria do aquecimento global antropogênico. Quando nos é dito por líderes oficiais do governo que 97% dos cientistas acreditam no aquecimento global antropogênico, e descobrimos que isto não é verdade, é um caso claro de mentira organizada e coordenada. Quando dados científicos são falsificados, e carreiras científicas são ameaçadas, vemos a evidência de uma conspiração impiedosa que não vai parar por nada. Quando vemos que as temperaturas estão decaindo, e os invernos estão tornando-se mais frios ao invés de quentes, e vemos também que a propaganda dos gases estufa continua a intensificar-se, somos levados a concluir que estamos confrontando a atual encarnação da grande mentira. Adolf Hitler descreveu a grande mentira em Mein Kampf, no capítulo 10 (tradução para o inglês de James Murphy):

“... na grande mentira há sempre uma certa força de credibilidade; porque as grandes massas de uma nação sempre são mais facilmente corrompidas nos estratos profundos de sua natureza emocional do que conscientemente ou voluntariamente; então, na simplicidade primitiva de suas mentes, mais prontamente caem vítimas da grande mentira do que de pequenas mentiras, visto que eles quase sempre dizem pequenas mentiras em questões menores mas se envergonhariam de utilizar-se de falsificação em larga escala. Nunca ocorreria a suas mentes fabricar inverdades colossais, e não acreditariam que outros pudessem cometer a imprudência de distorcer a verdade tão infamemente. Apesar de fatos que provem que as coisas são assim possam ser trazidos claramente a suas mentes, eles ainda duvidarão e hesitarão, e continuarão a pensar que pode haver alguma outra explicação. Pois a mentira grosseira e imprudente sempre deixa rastros atrás de si, mesmo após ter sido precisamente esclarecida, um fato que é conhecido por todos os mentirosos especialistas do mundo que conspiram juntos na arte de mentir”.

O comunismo e todos os movimentos totalitários correspondentes dependem da grande mentira. E se a teoria dos gases estufa do aquecimento global participa desta técnica, então devemos confirmar que se trata de uma arma de propaganda – utilizada num ataque coordenado e organizado ao capitalismo (como indicou Morales).

John L. Casey é um antigo engenheiro da NASA. Seu livro, Dark Winter, discute a ciência climática em termos de ciclos solares. De acordo com Casey “as principais mudanças que estão ocorrendo no clima já têm abalado as bases da ideia de que a espécie humana controla o clima”. A evidência científica, se adequadamente observada, mostra que não tem havido aquecimento global nos últimos dezessete anos. Casey também diz que “o verdadeiro registro da tendência da temperatura global mostra que os oceanos e a atmosfera têm, na verdade, resfriado na maioria dos últimos onze anos”. O sol passa por ciclos, e de acordo com Casey, passamos por um ciclo de resfriamento, com as temperaturas mais baixas previstas para ocorrer entre 2031 e 2037. “É importante observar”, diz Casey, “que o período de aquecimento entre 1990-2010 será o último registro de aquecimento pelos próximos 206 anos...”

Em novembro de 2008, o Professor Don J. Eastbrook da Western Washington University escreveu um artigo intitulado Global Cooling is Here. Neste artigo ele declarou categoricamente: “O aquecimento global terminou”. O incremento momentâneo de CO2 antropogênico na atmosfera não foi a causa do aquecimento, foi a continuação de ciclos naturais que ocorreram nos últimos 500 anos”. Recentemente Michael Bastach publicou um artigo no Daily Caller sobre Jürgen Langeheine, um físico do European Institute for Climate baseado na Alemanha, que diz que a irradiação solar tem diminuído desde 1998, “e poderia alcançar valores similares àqueles do início do século XX. É prevista uma queda nas temperaturas globais nos próximos anos. Bastasch esceveu um outro artigo em 2013 intitulado “Scientits predict a century of global cooling” (Cientistas preveem um século de resfriamento global) no qual declarou: “ Os cientistas … têm cada vez mais se voltado contra o consenso do aquecimento global e argumentado que o mundo está na verdade em direção a um século mais frio”.

Dois anos atrás 125 cientistas enviaram uma carta aberta ao Secretário Geral da ONU Ban Ki-Moon declarando que: “Nós, abaixo assinados, qualificados em questões relacionadas ao clima, gostaríamos de declarar que o conhecimento científico atual não comprova suas afirmações (de que o aquecimento global está provado)”. Estes cientistas vão além e declaram que não houve nenhum aquecimento global durante os últimos 16 anos. Na verdade, a carta diz que os oficiais da ONU deveriam estar mais preocupados a respeito do resfriamento do que do aquecimento global.

Como a teoria do aquecimento global antropogênico tornou-se tão poderosa a ponto de que 125 cientistas climáticos tenham escrito uma carta ao Secretário Geral da ONU para reclamar? E por quê a carta foi ignorada pelo Secretário Geral e pelo Presidente dos EUA? Alguém poderia dizer que a carta dos cientistas foi completamente inútil. Claramente, há um poder trabalhando. Um poder que deseja triturar a verdade, a ciência e a razão em poeira. Este poder, na verdade, suplantaria a própria ciência com um novo conjunto de superstições, apenas para garantir sua supremacia. Não possui respeito pela verdade, a qual ele informalmente transforma em pó. Este poder não possui nenhum respeito pela civilização. É um poder originado dos descontentes que têm existido em cada país, e que governam em alguns países chamados de “comunistas”. Estas pessoas têm características especiais, e operam através de redes ocultas e organizações de fachada. Ao longo dos últimos 90 anos eles têm sido responsáveis por muitas falsificações e mentiras escandalosas. O aquecimento global antropogênico não é sua única nem primeira mentira.

No livro de Pete Earley, Comrade J, aprendemos que a teoria “científica” do inverno nuclear originou-se por ordens dadas pelo chefe da KGB Yuri Andropov. Carl Sagan, uma figura popular na TV Americana, foi o principal patrocinador público da tese do inverno nuclear, especialmente em relação ao famoso estudo TTAPS (que supostamente validava a teoria). O antigo oficial da KGB Sergei Tretyakov disse a Earley: “Não sou um cientista, nem nunca encontrei o Sr Sagan... O que tive foram diversas conversas com os antigos oficiais da KGB responsáveis pela propaganda científica durante aquele período, e me foi dito, repetidas vezes, que a KGB foi a responsável pela criação da estória inteira do inverno nuclear, para impedir os misseis balísticos fossem implementados por Reagan”. Tretyakov posteriormente declarou: “Não sei se o Sr Sagan soube algum dia que a KGB estava por trás deste esforço, mas dentro da KGB a propaganda do inverno nuclear era considerada o exemplo máximo de como a KGB tinha alarmado o Ocidente pela ciência...”

Novamente, a técnica da grande mentira, sustentada por agentes da KGB, pôde ser espetacularmente bem sucedida. Seres humanos são animais de “bando”, e aceitam facilmente ideias errôneas que são apresentadas como populares e amplamente aceitas. Tais ideias tornam-se então aceitas através de um processo de hipnose e autossugestão em massa. Quando estudamos a Alemanha nazista e vemos quão rapidamente a opinião profissional foi influenciada por Hitler, e o calibre das pessoas que aderiram ao nazismo, ficamos chocados. Mas não deveríamos ficar chocados. Farsas espetaculares e ideologias falsas estão continuamente infectando a opinião pública nos tempos modernos. Conosco, é um desvario após o outro. Se usarmos nossa intuição, e consultarmos nosso sentido de reconhecimento de padrão, a farsa do aquecimento global se parece muito com a farsa do inverno nuclear. Ambas envolvem o uso de modelos de computador – que não são científicos de maneira alguma. Ambas envolvem a politização da ciência.

Rastrear a origem da grande mentira naturalmente nos leva a questões a respeito dos grandes mentirosos. O vice-presidente Al Gore, o propagandista em chefe do aquecimento global, começou como criatura política do empresário Armand Hammer, que era ligado aos soviéticos. Saber quem era Hammer é saber algo a respeito de Al Gore. Encorajo os leitores a obterem um livro, Dossier: The Secret History of Armand Hammer, escrito por Edward Jay Epstein. Ele demonstra que Hammer trabalhou para inteligência soviética. Isto é clara e cuidadosamente documentado por Epstein. E então a genealogia do aquecimento global fica assim: (1) O agente soviético Armand Hammer patrocinou a família Gore; (2) Albert Gore Jr. patrocinou a teoria do aquecimento global antropogênica; (3) esta teoria tem tido poderoso impacto negativo sobre a economia dos EUA; (4) a teoria é promovida a despeito das evidências científicas em contrário; (5) cientistas que se opõem à teoria são, quase sempre, excluídos.

Al Gore é um homem com uma mente medíocre, dificilmente distinguido por quaisquer realizações ou virtudes. Se ele realmente escreveu os livros que carregam seu nome, não podemos dizer que sejam trabalhos de literatura. E por seu valor científico, bem, não há ciência real neles também. Ainda, neste mundo de falsas aparências com suas fraudes políticas, Al Gore recebeu um Prêmio Nobel da Paz. E quando esteve no Norwegian Nobel Institute, em dezembro de 2007, Gore fez as seguintes observações:

“Nós, a espécie humana, estamos enfrentando uma emergência planetária – uma ameaça à sobrevivência de nossa civilização que está acumulando assustador potencial destrutivo mesmo enquanto nos reunimos aqui. Mas há notícias promissoras também: possuímos a capacidade de resolver a crise e evitar o pior – embora não todas – de suas consequências. Se agirmos corajosamente, decidida e rapidamente”.

Esta ação corajosa e decisiva que Gore defende já está envolvida em bilhões em perdas para empresários e pagadores de impostos americanos. E com o enfraquecimento econômico vem o enfraquecimento militar. Aqui está o verdadeiro propósito da farsa do aquecimento global. Como relatado pelo The Guardian UK, Gore recentemente desistiu da oferta por um novo domínio web “verde” em favor de uma organização apoiada por Mikhail Gorbachev. Bem, é claro, há uma hierarquia entre estas pessoas.

Em tudo isso temos apenas, e mal, arranhado a superfície. Um pesquisador na Alemanha recentemente enviou-me um ensaio do acadêmico soviético Ivan Frolov, escrito em 1982. Neste ensaio, “Global Problems and the Future of Mankind”, Frolov destaca que “a poluição do ambiente, a destruição de ecossistemas, a extinção de muitas espécies... têm agora alcançado proporções ameaçadoras”. Estas “perigosas desarmonias nas interações do homem com a natureza estão associadas com … a formação socioeconômica capitalista...” Portanto, estas desarmonias requerem um “transformação social fundamental” para serem resolvidas. Em outras palavras, como Evo Morales deixou perfeitamente claro, o ambientalismo é o caminho para o socialismo. “Como resultado da formação de uma camada de dióxido de carbono ao redor da Terra, que a envolve como uma cobertura de vidro”, escreveu Folov, “a ameaça de mudanças desfavoráveis no clima têm crescido a ponto de transformar nosso planeta azul numa enorme estufa... com possíveis efeitos catastróficos”.

Como um oficial comunista e futuro membro do Politburo, Frolov estava colocando o aquecimento global antropogênico num contexto político – anos antes de se tornar tema dominante no Ocidente. O fato de que Al Gore tenha seguido a fórmula de Frolov, do usar o ambientalismo como arma política, e o fato de que a família Gore foi patrocinada por Armand Hammer, deveria dar ao leitor alguma indicação do que se trata o aquecimento global. Com a declaração do presidente Evo Morales da Bolívia, encontramos no aquecimento global a justificação para a substituição do capitalismo pelo socialismo. Em 1996 Mikhail Gorbachev admitiu que as “ameaças da crise ambiental serão o desastre internacional chave para a abertura da Nova Ordem Mundial”. Como Frolov observou em 1982, “o efeito de tal abordagem poderia ser enorme se ela também puder ser aplicada em ampla escala internacional, em situações nas quais os interesses da humanidade em geral estejam prejudicados pelas atividades de pessoas individuais ou organizações perseguindo interesses privados” (Grifos meus).

As operações de desinformação da KGB/SVR não são ficção. Estão acontecendo em torno de nós. A desinformação de amanhã ainda não é conhecida, mas o que quer que ela venha a ser, acreditaremos nela. Em 1959, durante uma visita aos EUA, Khrushchev disse ao secretário de Agricultura Ezra Taft Benson: “Seus netos viverão sob o comunismo”. Quando Benson tentou argumentar a questão, Khrushchev supostamente disse: “Vocês americanos são tão ingênuos. Não, vocês não aceitarão o comunismo completo, mas alimentaremos vocês com pequenas doses de socialismo até que vocês finalmente despertem e descubram que já estão sob o comunismo”. Este tipo de ostentação, que é tão cheio de confiança, poderia ter sido feito apenas por um homem que já tivesse visto muitas operações bem sucedidas.

Segundo pesquisa Gallup realizada em 2014, aproximadamente 40% dos americanos são “crentes preocupados” com o aquecimento global, enquanto que apenas 25% são solidamente céticos. Como informado pelo New York Times, “Uma esmagadora maioria do público americano, incluindo metade dos Republicanos, apoiam as ações governamentais para reduzir o aquecimento global, de acordo com uma pesquisa realizada pelo NYT, a Stanford University e o grupo pesquisa ambiental apartidário Resoucers for the Future”. Foi dito que esta pesquisa terá “implicações para a campanha eleitoral de 2016”. De acordo com a pesquisa, é improvável que os eleitores votem num candidato que questione ou negue a ciência por trás do aquecimento global.

A pesquisa acima sugere que o próximo presidente dos EUA estará pronto para assinar uma legislação de gases estufa. A única coisa que precisamos, para a paralisação de nossa economia, é dos Democratas no controle de ambas as casas do Congresso. De acordo com a Heritage Foundation em 2008, os regulamentos propostos pela Agência de Proteção Ambiental a fim de cooperar com o aquecimento global foram tão loucas que, efetivamente, teriam custado trilhões de dólares e milhões de empregos. Não sabemos quão estreitamente temos escapado dessas regulamentações. O fato de que alguns oficiais do governo estejam literalmente insanos, e que a referida insanidade tenha sido induzida neles por agentes de influência trabalhando para um poder estrangeiro hostil, não é discutido ou suspeitado em lugar nenhum. As pessoas são tão ignorantes com respeito à existência de agentes de influência e do trabalho que executam, que o assunto raramente vem à tona em qualquer contexto. É apenas quando percebemos a escala colossal do esquema do aquecimento global que uma explicação para seu propósito grita ao nosso senso comum.

Um poder está trabalhando. De que modo uma ideia falsa poderia prevalecer sobre os fatos, a razão, o senso comum e nossa experiência diária do clima? Milhões de pessoas em ambos os Hemisférios têm experimentado agora invernos mais rigorosos e verões menos rigorosos. Como isto pode ser explicado pelo público do aquecimento global? Eles afirmam que é devido ao “vórtice polar”. Sim, é isto mesmo. Os invernos estão mais frios porque o planeta está aquecendo. E se você acredita que este vórtice é nonsense, então, provavelmente, poderia ser negado a você permissão para votar ou operar maquinário pesado. Como disse memoravelmente um cidadão soviético, o indivíduo não é meramente oprimido pela grande mentira. Ele é efetivamente humilhado por sua estupidez. Quanto mais ultrajante a mentira, mais desvalorizado o indivíduo, provando a ele que sua razão não importa.

Há também a destruição de carreiras de muitos que têm argumentado ativamente contra o aquecimento global. O fato de que isto também faz parte do estilo soviético não deveria ser negligenciado. A destruição dos dissidentes, não por argumentos, mas por punição administrativa, é típica do totalitarismo. Os cientistas que discordam do aquecimento global são numerosos, ainda que estejam efetivamente intimidados por pessoas que não possuem ética ou integridade. Cada vez menos cientistas desejam falar, visto que eles podem facilmente adivinhar quais serão as consequências. Exemplos de cientistas perseguidos por discordância ao aquecimento global incluiriam o professor Murry Salby na Austrália, e o Dr Robert Carter. Há também o caso do Dr Caleb Rossiter, professor adjunto na American University, que foi demitido ano passado por um think tank progressista após expressar publicamente dúvidas a respeito do aquecimento global. Lennart Bengtsson da University of Reading na Inglaterra disse temer por sua segurança por conta de uma caça às bruxas na academia levada a cabo por ativistas americanos do aquecimento global. Estas e outras estórias apenas arranham a superfície. Infelizmente, em relação a tudo isso, vemos a utilização do termo “MacCartismo do aquecimento global”. Mesmo aqui, na tentativa de expor as táticas perversas de intimidação e censura, caímos na armadilha de adotar o chavão do inimigo – a coisa real que tornou tudo isso possível; que foi a destruição do senador Joseph McCarthy, e aquela velha inversão de propaganda, nas quais as táticas dos inimigos de McCarthy eram atribuídas à McCarthy! Na medida em que somos condicionados por uma falsa história, não vejo como podemos nos defender contra as táticas subversivas a menos que primeiro entendamos a história destas táticas, e aquelas pessoas já vitimizadas por elas. (Veja o recente ensaio de Diana West).

Concluindo, deve ser admitido que o verde é o novo vermelho. Oh sim, sem nenhuma dúvida. E que é por isso que o secretário-geral do Partido Comunista Soviético, Mikhail Gorbachev, tornou-se o líder da Cruz Verde Internacional. É por isso que os mais altos agentes do Kremlin na América apoiam o aquecimento global. Aqui está o testemunho do poder do comunismo nos EUA. É claro, muitos leitores acharão que esta análise é paranoica. Bem, paramos de lutar contra a subversão comunista há muito tempo. Dado este fato, devemos esperar ver comunistas na Casa Branca, no Congresso, na Burocracia Federal. Devemos esperar encontrá-los no Partido Republicano, e escrevendo artigos nas páginas do National Review. Hoje o governo nos diz que os invernos são mais frios devido ao aquecimento global, e que o programa nuclear Iraniano nos deixará mais seguros. Procurar pela origem destes contos de fadas, e extrair uma conclusão apropriada, não é paranoia. É o caminho para a sanidade.

[Nota: Para aqueles interessados, vejam o documentário da BBC, The Great Global Warming Swindle]



Tradução: Flávio Ghetti Do site: www.midiasemmascara.org