terça-feira, 17 de janeiro de 2017

REVOLUÇÃO POLÍTICA EM EFERVESCÊNCIA NA EUROPA

- As autoridades alemãs estão perigosamente subestimando a ameaça do Islã... Eles traíram seus próprios cidadãos.


- Não deixem que ninguém lhes diga que somente os autores destes crimes é que são os culpados. Os políticos que acolheram o Islã em seus países também são culpados. E não é somente Frau (Senhora) Merkel na Alemanha, é toda a elite política da Europa Ocidental.

- Devido à correção política, eles deliberadamente fizeram vista grossa em relação ao Islã. Eles se recusaram a se informar sobre a sua verdadeira natureza. Eles se recusam a reconhecer que tudo isso está no Alcorão: permissão de matar judeus e cristãos (Surata 9:29), aterrorizar os não muçulmanos (8:12), estuprar meninas jovens (65:4), escravizar as pessoas para o sexo (4:3), mentir acerca de seus verdadeiros objetivos (3:54) o comando de fazer a guerra contra os infiéis (9:123) e subjugar o mundo inteiro a Alá (09:33).

- Teremos que desislamizar nossas sociedades... Mas tudo isso terá que começar com os políticos que tenham coragem de enfrentar e dizer a verdade.

- Mais e mais cidadãos estão cientes disso. É por isso que uma revolução política está efervescendo na Europa. Partidos patrióticos estão crescendo açodadamente em todos os lugares. Eles são a única esperança da Europa de um futuro melhor.
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 O Estado Islâmico reivindicou o ataque terrorista de segunda-feira,19 de dezembro, em Berlim, no qual doze pessoas morreram atropeladas por um caminhão em uma feira natalina.

O assassino conseguiu escapar. No entanto, no caminhão a polícia encontrou documentos de identidade pertencentes a Anis A., um tunisiano que chegou à Alemanha como candidato a asilo em 2015.
(Imagem: captura de tela da RTL Nieuws)

No ano passado, ao abrir as fronteiras da Alemanha a quase um milhão de refugiados e candidatos a asilo, a chanceler alemã Angela Merkel convidou o Cavalo de Troia do Islã ao seu país. Entre os assim chamados refugiados se encontravam muitos rapazes de origem islâmica, cheios de ódio ao Ocidente e a sua civilização. Um deles era Anis A.

Levou quase um ano para que as autoridades alemãs rejeitassem seu pedido de asilo, enquanto isso o homem já tinha desaparecido. A polícia está agora em seu encalço como principal suspeito do ataque de segunda-feira em Berlim.

As autoridades alemãs estão perigosamente subestimando a ameaça do Islã. Suas marcas estão aí para que todos possam ver. Em outubro um requerente a asilo afegão estuprou e assassinou uma alemã de 19 anos de idade em Freiburg. Um menino iraquiano de 12 anos foi pego antes que pudesse explodir uma bomba repleta de pregos em um mercado de Natal em Ludwigshafen.

No verão passado, um afegão armado com um machado atacou passageiros em um trem em Heidingsfeld, um sírio assassinou uma mulher grávida com um facão em Reutlingen, outro sírio detonou uma bomba atada ao corpo em um festival de música em Ansbach, um palestino tentou decapitar um cirurgião em Troisdorf. E quem pode esquecer o que aconteceu na última Passagem do Ano Novo, quando turbas de migrantes estupradores atacaram centenas de mulheres em Colônia?

No ano em curso, 1.500 policiais estarão patrulhando as ruas de Colônia na véspera do Réveillon. Dez vezes mais do que no ano passado. Quantos policiais serão necessários no próximo ano? E no ano seguinte? E o que vai acontecer quando eles estiverem em desvantagem? O necessário não são apenas mais policiais, o imprescindível é que haja uma revolução política democrática.
Os Políticos São os Culpados

Não deixem que ninguém lhes diga que somente os autores destes crimes é que são os culpados. Os políticos que acolheram o Islã em seus países também são culpados. E não é somente Frau (Senhora) Merkel na Alemanha, é toda a elite política da Europa Ocidental.

Devido à correção política, eles deliberadamente fizeram vista grossa em relação ao Islã. Eles se recusaram a se informar sobre a sua verdadeira natureza. Eles se recusam a reconhecer que tudo isso está no Alcorão: permissão de matar judeus e cristãos (Surata 9:29), aterrorizar os não muçulmanos (8:12), estuprar meninas jovens (65:4), escravizar as pessoas para o sexo (4:3), mentir acerca de seus verdadeiros objetivos (3:54) o comando de fazer a guerra contra os infiéis (9:123) e subjugar o mundo inteiro a Alá (09:33).

Em vez de se informarem, eles abriram as fronteiras de seu país à imigração em massa e incentivaram a vinda de candidatos a asilo, apesar do fato do Estado Islâmico ter anunciado que iria enviar terroristas ao Ocidente disfarçados de requerentes a asilo.

Eles até permitiram que combatentes que viajaram para a Síria voltassem para a Europa, em vez de cassar sua cidadania e impedir a sua reentrada. Eles sequer os prenderam. Em suma, eles são culpados de negligência gravíssima. Eles traíram seus próprios cidadãos.

O tsunami dos requerentes a asilo de 2015 só exacerbou uma situação que já era terrível. Há quase uma década, em 2008, um estudo realizado pela Universidade de Amsterdã (muito de esquerda) revelou que 11% de todos os muçulmanos que estão na Holanda concordam que há situações em que eles acham que é aceitável usar a violência em nome da sua religião.

Isto significa que somente no meu país, a Holanda, há 100.000 muçulmanos que estão pessoalmente dispostos a fazer uso da violência. O exército holandês, no entanto, conta com menos de 50.000 soldados. Assim sendo, mesmo se posicionarmos o exército inteiro para proteger as feiras natalinas, teatros, casas noturnas, festivais, shoppings centers, igrejas e sinagogas, não teremos condições de garantir a segurança de todos os nossos cidadãos.

É por isso que não há a menor sombra de dúvida que 2017 trará à Alemanha e a todo o Ocidente mais violência, mais ataques contra nossas mulheres e filhas, mais derramamento de sangue, mais lágrimas, mais tristeza. A terrível verdade é que não temos a menor ideia do que vem por aí.

Mas isso não significa que não há esperança.

Assim como a presente situação de perigo foi criada por políticos que se recusam a ver a horrível realidade do Islã e que se recusam a fazer o seu dever, a solução para o gigantesco problema autoinfligido que o Ocidente está sofrendo atualmente também precisa de uma decisão política.
Consertando uma Europa fragmentada

Teremos que desislamizar nossas sociedades. Com efeito, cada medida que tomarmos para atingir esse objetivo: acabar com toda a imigração de países islâmicos, a prisão preventiva de muçulmanos radicais, a promoção da remigração voluntária, a desnaturalização e expulsão de criminosos com dupla nacionalidade, será um passo na direção de uma sociedade mais segura para nós e para nossos filhos. Mas tudo isso terá que começar com os políticos que tenham coragem de enfrentar e dizer a verdade.

Mais e mais cidadãos estão cientes disso. É por isso que uma revolução política está efervescendo na Europa. Partidos patrióticos estão crescendo açodadamente em todos os lugares. Eles são a única esperança da Europa de um futuro melhor.

Temos que tirar do poder políticos como Angela Merkel, meu fraco primeiro-ministro holandês Mark Rutte e seus colegas com a mesma mentalidade em outros países. Temos o dever de libertar nossos países.

E acreditem, meus amigos, é exatamente isso que vamos fazer. Os terroristas que esperam quebrar a nossa determinação com atrocidades sangrentas não terão sucesso. Escolheremos líderes novos e corajosos, vamos desislamizar, vamos vencer!
Por: Geert Wilders, membro do Partido Holandês e líder do Partido da Liberdade (PVV)
22 de Dezembro de 2016
Tradução: Joseph Skilnik Do site: https://pt.gatestoneinstitute.org

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

PRIVATIZAR POR QUÊ?

Privatização é uma medida, não uma meta. Privatização como medida serve para submeter uma empresa sob o controle do público. Como tal, são os clientes que, por comprar ou abster-se de comprar, determinam quais empresas ficam no mercado e quais precisam fechar. Privatização estabelece a soberania do consumidor. Pelo mecanismo de lucros e prejuízos, os juízes das empresas, numa economia de mercado, são os próprios consumidores. Enquanto de jure os donos das empresas numa economia de mercado são os proprietários, economicamente, os consumidores são de facto os verdadeiros donos das empresas.

Privatização serve para pôr a empresa sob o mecanismo de lucro e prejuízo e assim sob o controle pelos consumidores. Lucro é a chave da acumulação de capital e assim da prosperidade. O que é necessário na luta contra a pobreza é a acumulação de capital e a utilização do capital em favor das massas – tudo o que o capitalismo empresarial entrega.

O lucro empresarial é o motor do progresso econômico e, ao mesmo tempo, o resultado do avanço econômico. Apenas uma economia que prospera gera lucros. A pobreza dos países atrasados ​​é a consequência da falta de empresas privadas e de empreendedores. É no interesse de todos que os fatores de produção devem estar sob o controle de quem sabe o melhor jeito de utilizar os fatores de produção: capital, trabalho e tecnologia. A concorrência no mercado livre serve para escolher quais são os melhores cuidadores do estoque de capital de uma nação.

O capitalismo é um sistema econômico onde o empreendedor guia a empresa segundo o comando de lucro e prejuízo. O tamanho do lucro é determinado pelos consumidores. As exigências de lucro e prejuízo obrigam o capitalista a empregar o seu capital em favor dos consumidores. Em última instância, são as decisões dos consumidores que determinam qual empresário vai sofrer um prejuízo e quem vai desfrutar de um lucro. Lucro e prejuízo são ferramentas da soberania do consumidor. A economia de mercado funciona como mecanismo de seleção permanente em favor da alocação dos recursos onde há o maior grau de produtividade e de bem-estar.

Para empresas privadas, o tamanho do lucro depende do grau em qual uma empresa opera de forma eficiente e que o seu produto seja útil em satisfazer os gostos do público. Prejuízo para um negócio é o resultado da ausência de compradores e, como tal, é um sinal de que a empresa deve mudar o seu desempenho gerencial. O prejuízo força os donos a iniciar mudanças. Se não, a empresa irá desaparecer do mercado. É a marca notável do capitalismo que, sob este sistema, apenas as empresas que melhor servem os clientes podem-se tornar ricas. A concorrência capitalista é eliminatória. Os maus jogadores precisam sair do torneio e ceder lugar para os melhores jogadores.

O capitalismo puro torna ricos aqueles empresários que empregam o capital na melhor maneira possível para a satisfação do público. A riqueza de um capitalista é o resultado de lucros extraordinários. Estes lucros, por sua vez, são o resultado de previsão extraordinária e do uso de capital para o benefício do público. A fim de acumular riqueza, o empresário bem-sucedido deve reinvestir seu capital. O capitalista deve poupar para atingir mais riqueza. Transformar uma empresa de pequeno porte em um grande negócio requer a acumulação de capital e, como tal, poupança e reinvestimento de lucros.

Para ter sucesso, a privatização precisa ser vista como um passo dentro de um conjunto de medidas para estabelecer uma economia de livre mercado. Para funcionar bem, precisa-se acompanhar as privatizações com a abertura de mercados – incluso comércio internacional livre –, com desburocratização e com a flexibilização do mercado de trabalho, além de estabelecer e manter um sistema monetário estável que, em sua vez, proíbe uma carga fiscal pesada.

Como enfatiza Ludwig von Mises em suas Seis Lições e no seu texto sobre “Lucro e Prejuízo”, o capitalismo não distingue-se da soberania do consumidor. Na economia de mercado, o “rei” do sistema é o cliente. No final das contas são os consumidores que decidem quais empresas vão crescer e quais precisam sair do mercado. Com o voto de comprar ou não comprar, o processo de mercado é, ao mesmo tempo, um processo de seleção de quais empresários recebem a permissão de permanecer e cuidar da estrutura de capital. O sucesso empresarial é a consequência da escolha dos consumidores. O mercado opera como mecanismo de seleção com um claro critério: os melhores em servir o cliente ganham.

Lucros e prejuízos são o resultado de ideias. Capital por si só é uma coisa morta. A tese marxista de que o capital “gera” lucro é falsa. Lucros resultam de boas ideias e de sua realização empresarial. Neste sentido o lucro é, como Mises explica, um produto da mente, ele é um fenômeno espiritual e intelectual. Lucro surge como resultado da capacidade do empreendedor de antecipar o futuro estado do mercado.

Na economia de mercado há um plebiscito permanente referente a estas ideias dos empreendedores. Empresas privadas precisam responder aos desejos dos consumidores porquanto são estes que indicam suas preferências pelos atos de compra. A escolha democrática na política é sistematicamente pior do que a decisão no mercado. Enquanto a maioria das decisões de compra permitem a correção e a substituição imediatamente ou no curto espaço de tempo, as decisões políticas têm consequências de longo prazo que geralmente vão além do controle e do horizonte intelectual do eleitorado.

Uma condição importante para que o sistema de mercado funcione adequadamente é o acesso aberto aos mercados pelas novas empresas e pelos novos empreendedores. Interferência do governo por regulamentações excessivas e por outras barreiras dificultam a eficiência do mercado.

Mercados não são perfeitos – e igualmente nem os empresários nem os consumidores. A produção capitalista não pode cumprir todos os desejos ou necessidades de cada pessoa. Nenhum sistema pode. O sistema de mercado não elimina a escassez para todos, porém o sistema de mercado é aquela ordem econômica que melhor lida com a presença universal da escassez.

A controvérsia sobre privatização e estatização é um exemplo da atitude anticapitalista que ainda existe no Brasil. Parece que não é a estatização que precisa da justificação, mas sim a privatização. Mesmo assim, entre os fatores que atrapalham o progresso econômico do Brasil, a mentalidade anticapitalista é o maior fator. Quase todos os outros obstáculos (regulamentação, tributação, leis trabalhistas) que inibem o progresso econômico do país são o resultado da mentalidade anticapitalista. Superar a mentalidade anticapitalista é o grande desafio para o Brasil e quando sucede, o caminho pela prosperidade está aberto. A discussão sobre privatização é o teste atual neste debate.

O problema fundamental da mentalidade anticapitalista referente as privatizações é que esta atitude se posiciona eticamente enquanto o assunto é da natureza prática. Privatizar ou estatizar são medidas alternativas, não objetivos.

A meta é a prosperidade. Quando se analisa o tema neste sentido, a resposta é clara. O voto em favor da privatização segue do insight de que a propriedade privada nos meios de produção – e assim a privatização – garante, muito melhor que qualquer forma de socialismo ou estatização, o progresso econômico e a prosperidade para todos.
Por Antony Mueller| 12 dezembro,2016 Do site: http://rothbardbrasil.com/






quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

VOCÊ É A SOLUÇÃO PARA A SUA CARREIRA, USE O TEMPO A SEU FAVOR

Saber o que está atrapalhando seu sucesso é fundamental


Um estudo recente da Revista Science Advances, constatou que, em média, nós brasileiros vamos para a cama por volta de 23h40. Levando-se em consideração que a maioria encerra o expediente às 18h00, estamos falando de praticamente seis horas livres por dia. Em um ano, são mais de duas mil horas, ou melhor, 91 dias. Por isso, uma pergunta importante: O que você faz nessas horas vagas? Espero que a resposta não seja trânsito, seguido de jantar em frente à TV, novela/Netflix e cama. Pelo menos não todos os dias.

Já que gastamos boa parte do dia com o trabalho, é importante estar contente e satisfeito com sua carreira. Se você não está contente, não está evoluindo tão rápido quanto gostaria, não está no emprego dos sonhos ou não está recebendo as oportunidades que acha que merece, talvez seja melhor começar a utilizar essas seis horas livres por dia para investir em VOCÊ.

Pensando nisso, a primeira coisa que me vem à mente é saúde. Saia do sofá! Para sua mente estar saudável, o resto do corpo também deve estar. Revigore corpo, mente e aumente a autoestima. Prefira se possível, reservar a manhã para as atividades físicas, pois o horário pós-trabalho pode e deve ser utilizado para outras coisas. Porém se você preferir inverta, a ordem dos fatores não altera o resultado, faça o que funcionar melhor para você.

Estude, aliás estude muito. Conhecimento é um processo contínuo. O processo de aperfeiçoamento não tem fim e fica ainda mais gostoso quando começamos a compartilhar nosso conhecimento com os outros, pois fica mais intenso quando o ensinamos a alguém. É incrível! Com base nisso, vamos para outro ponto importante, a leitura.

Leia mais, audiobook também vale. A leitura pode ser sobre qualquer coisa. Aliás, melhor ainda que seja diversificada. Os últimos livrosque eu ouvi (sim, sou fã de audiobooks) foram sobre a China, a bomba atômica, romance, a crise de 1929, uma pequena história de todas as coisas, e assim vai...

Coloque a mão na massa. O mundo está lotado de ideias boas, algumas ótimas. Dê o primeiro passo, por mais tolo e simples que seja. Tenha discernimento, às vezes é importante parar, pensar e decidir, mas em outras vezes é importante pensar menos, arregaçar as magas e se arriscar. Também acho relevante promover o compartilhamento de ideias, projetos, grupos de discussão, escrever artigos e comentários inteligentes que agreguem valor nas redes sociais, além de participar de associações importantes do segmento atuante.

Para finalizar e comprovar que o equilibro é a base de tudo, aprenda também a relaxar. É fundamental saber se desligar após um dia cansativo do mundo depois de um dia cansativo, talvez estressante de trabalho. Não sejamos radicais, você pode reservar uma boa parte daquelas 6 horas diárias para não fazer nada. Mas cada hora que você não gastar no sofá vai se acumular ao longo do tempo, e te fará mais forte, mais preparado, e com uma rede de relacionamento melhor.

O resultado será visível e pode mudar a sua vida. Você é a solução para sua carreira, use o tempo a seu favor.
"Por José Roberto Securato Junior, professor da Saint Paul Escola de Negócios e vice-presidente do IBEVAR ( Instituto Brasileiro de Executivos de varejo e mercado de Consumo)"

OBAMA: SIMPLESMENTE MISERÁVEL


Derrotado, desesperado e raivoso, Obama, o anti-judeu, está a mostrar aos americanos e ao mundo que foi um dos piores presidentes da história dos EUA.

Faltam poucos dias para os americanos e o mundo se livrarem de um homem que foi o responsável pela destruição da Líbia, dos 400 mil mortos e milhões de refugiados na Síria, pela chegada ao poder dos terroristas no Egito, pelos sucessivos ataques a Israel, pelo golpe que provocou uma guerra civil na Ucrânia e pelo desenterrar da Guerra fria com a Rússia.

Se houvesse justiça no mundo, algo que só existe para os poderosos e vencedores das guerras, Obama ia sentar-se no banco dos réus da humanidade depois de sair pelas portas dos fundos da Casa Branca dia 20.

Infelizmente ainda faltam 16 dias, uma eternidade para um verdadeiro assassino, que foi estrondosamente derrotado nas eleições presidenciais. Sim, o verdadeiro derrotado foi Obama, não a senhora do Arkansas chamada Clinton, que os democratas escolheram para perpetuar a desgraça na Casa Branca. A raiva de Obama e dos democratas com a histórica vitória de Trump está à vista de todos desde esse glorioso 8 de novembro.

Em primeiro lugar tentaram a recontagem de votos em três estados decisivos para a vitória de Trump. O tiro saiu-lhes pela culatra e no único estado em que conseguiram os seus intentos o candidato republicano dilatou a sua vantagem sobre Clinton.

Falhado o golpe, avançaram para a inventona da interferência russa nas eleições a favor de Trump. Sem provas e com a cumplicidade da CIA, deixaram no ar a suspeita na esperança de influenciarem o voto dos Grandes Eleitores no dia 19 de dezembro. Não conseguiram. Trump foi confirmado presidente.

Desesperados e cada vez mais raivosos, os democratas deixaram a Obama o papel de sabotar a transição e o mandato presidencial de Trump. A primeira vítima foi Israel. E aí o ainda presidente dos EUA mostrou o que realmente sempre foi. Um anti-judeu primário que tentou em oito anos sabotar os governos de Jerusalém, dar a mão aos terroristas palestinianos e derrubar o primeiro-ministro Netanyahu. Numa atitude inédita, os EUA deixaram passar uma moção que condena a existência e a construção de novas habitações em território israelita, terras que os palestinianos reclamam para a criação de um estado fantasma chamado Palestina.

Obama, raivoso e desesperado, avançou para tal provocação porque não precisa mais dos milhões de dólares dos judeus americanos que o ajudaram a chegar à Casa Branca. Raivoso e desesperado, Obama tentou sabotar os planos da futura administração, que vai reconhecer Jerusalém como capital de Israel e nomeou embaixador uma personalidade que sempre defendeu o direito de Israel construir habitações no seu território.

Raivoso e desesperado, avançou agora contra a Rússia com a expulsão de 45 diplomatas por causa da inventona da conspiração russa contra Clinton.

Todos estes atos desesperados de um homem derrotado e raivoso servem também para distrair os americanos e os amigos dos democratas por esse mundo do enorme fracasso da política americana na Síria. A reconquista de Aletto e agora o início das conversações de paz entre Damasco, Moscovo e Ancara com alguns grupos da oposição são uma enorme bofetada num homem que ainda há dias aumentou o apoio bélico aos terroristas.

Razão tem Putin, quando decidiu esperar por Trump e adiar a expulsão de diplomatas norte-americanos, para não baixar o nível. Razão tem Erdogan, o antigo aliado dos EUA, que acusou Obama de apoiar o Estado Islâmico. Razão tem Netanyahu, quando mandou Obama e o rafeiro Kerry meterem a viola no saco e aprovou a construção de mais habitações em território israelita.

Faltam 16 longos dias para este criminoso anti-judeu sair da Casa Branca. Faltam 16 longos dias para os americanos e o mundo se livrarem de um miserável. Faltam 16 intermináveis dias para Israel voltar a ter um aliado em Washington. Faltam 16 intermináveis dias para os EUA começarem a combater os teroristas do Estado Islâmico. Faltam 16 intermináveis dias para Trump participar ativamente no processo de paz da Síria. Faltam 16 intermináveis dias para o novo presidente norte-americano enterrar o machado de guerra com Mosvoco, acabar com a Guerra Fria, pôr na ordem a NATO e as suas provocações no leste da Europa. Faltam 16 intermináveis dias para Trump mostrar à decadente União Europeia como se faz crescer a economia, criar emprego e acabar com a grave crise do sistema financeiro. Faltam 16 intermináveis dias para Trump ser o bastião do mundo livre e servir de exemplo aos europeus que vão a votos este ano.

Sim, 2017 pode ser um ano notável para os EUA, para a Europa e para o mundo. Sim, 2017 pode ser um ano de paz, de crescimento e de liberdade. Sim, 2017 pode ficar na história como o ano do tempo novo, da mudança e da esperança.

Feliz Ano Novo.
Por: António Ribeiro Ferreira  04 janeiro 2017  
Publicado no Jornal I, de Portugal. Do site: http://www.midiasemmascara.org/

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

MORRE O PENSADOR ZYGMUNT BAUMAN, "PAI" DA "MODERNIDADE LÍQUIDA"


Sociólogo denunciou com lucidez o individualismo e a desigualdade até o fim de seus 91 anos

Zygmunt Bauman, no início de 2016, em Burgos, na Espanha. SAMUEL SÁNCHEZ


Com Zygmunt Bauman se apaga uma das vozes mais críticas da sociedade contemporânea, individualista e desumana, que definiu como a “modernidade líquida”, aquela em que nada mais é sólido. Não é sólido o Estado-nação, nem a família, nem o emprego, nem o compromisso com a comunidade. E hoje “nossos acordos são temporários, passageiros, válidos apenas até novo aviso”. Essa voz soou lúcida até o fim de seus 91 anos. Escrevia um, dois ou até três livros por ano, sozinho ou com outros pensadores, dava palestras e respondia aos jornalistas em entrevistas em que era preciso escolher muito bem as perguntas, porque as respostas se estendiam por vários minutos, como em uma sucessão de breves discursos. Esses sim, muito sólidos.

MAIS INFORMAÇÕES



Falava devagar porque lapidava cada uma de suas frases, um fio de ideias que daria para mais livros do que assinou em sua prolífica carreira. Alguns ditados, cabe acreditar que de um fôlego só. Talvez com uma ou outra pausa para fumar um cachimbo.


O sociólogo e filósofo de origem polonesa (Poznan, 1925) morreu no domingo “na sua casa em Leeds, junto da família”, anunciou a colaboradora Aleksandra Kania em nome dos familiares. Em sua longa vida sofreu os horrores do século XX — a guerra, a perseguição, os expurgos, o exílio — mas nada disso o tornou conformista em relação ao que veio depois.

Durante mais de meio século, foi um dos mais influentes observadores da realidade social e política, o flagelo da superficialidade dominante no debate público, crítico feroz da bolha liberal inflada por Reagan e Thatcher nos anos 1980 e que estourou mais de 30 anos depois. Retratou com agudeza o desconcerto do cidadão de hoje diante de um mundo que não oferece seguranças às quais se agarrar. Referia-se ao novo proletariado como “precariado”, com a diferença de que não tem consciência de classe. Figura muito respeitada pelos movimentos de indignados do novo século (do 15 de Março espanhol ao Occupy Wall Street), ele entendia seus motivos e se interessava por suas experiências, mas apontava suas debilidades e incongruências, convencido de que é mais fácil unir no protesto que na proposta. Desconfiava do “ativismo de sofá”, que quer mudar o mundo por meio de cliques, e relativizava o poder que se atribui às redes sociais, porque pensava que o verdadeiro diálogo só se produz nas interações com os diferentes, e não nessas “zonas de conforto” onde os internautas debatem com quem pensa igual a eles.

Sua trajetória corroborava sua autoridade intelectual. Tinha 13 anos quando sua família — judia, mas não religiosa — escapou da invasão nazista na Polônia em 1939 e se refugiou na União Soviética. Mais tarde, o jovem Zygmunt se alistou na divisão polonesa do Exército vermelho, o que lhe valeu uma medalha em 1945. Depois da guerra, voltou a Varsóvia, casou-se com Janina Lewinson (sobrevivente do gueto de Varsóvia, também escritora e sua companheira até a morte, em 2009) e conciliou sua carreira militar com os estudos universitários, além da militância no Partido Comunista.

A decepção chegou quando se viu, mais uma vez, na mira do antissemitismo durante os expurgos realizados na Polônia em 1968, depois de uma série de protestos estudantis e de grupos de artistas contra a censura do regime e no contexto internacional da Guerra dos Seis Dias. Naquele mesmo ano, Bauman teve de deixar sua terra natal pela segunda vez. Instalou-se primeiro em Tel Aviv e, a partir de 1972, na Universidade de Leeds (Inglaterra), de onde só saía para explicar seu pensamento pelo mundo.

Quando chegou a Leeds, Bauman já era uma autoridade no campo da sociologia. Logo se tornou o equivalente mais próximo a uma celebridade que poderia haver nessa disciplina: foi a partir do livro Modernidade Líquida, publicado em 2000, o mesmo ano que surgiu em Seattle o movimento de protesto contra a globalização.

Resistente ao termo “pós-modernidade” (porque falta perspectiva histórica para dar por terminada a modernidade), Bauman dizia: “O que temos é uma versão privatizada da modernidade”. Hoje a esfera pública se resume a um “palco onde se confessam e se exibem as preocupações privadas”. E advertia contra as “comunidades-cabide”, momentâneas, declarava “o fim da era do compromisso mútuo”, alertava que “não há mais líderes, só assessores”. E concluía: “Uma vez que as crenças, valores e estilos foram privatizados (....), os lugares que se oferecem para a reacomodação lembram mais um quarto de hotel que um lar”.

Voltou a essas obsessões em dezenas de livros. Em alguns dos mais recentes (Estado de Crise e A Riqueza de Poucos Beneficia Todos Nós?), dirigiu seu olhar aos perdedores de uma crise que ele não via como um buraco, mas como o novo cenário. E, em sua última obra publicada, Estranhos à Nossa Porta, observa a crise dos refugiados a partir da compreensão da ansiedade que gera na população e da rejeição a cercas e muros. O pensador voltava, assim, a um dos temas que mais o preocuparam: a rejeição do outro, o medo do diferente, de que já tinha tratado em seus primeiros anos em Varsóvia em relação ao antissemitismo.

Com sua figura espigada, seus cabelos brancos revoltos e seu cachimbo nos lábios, Bauman posava para o fotógrafo há um ano nas ruas de Burgos com a atitude de uma estrela do rock. Podia ser pessimista, mas nunca foi ranzinza. Nunca quis escrever para nos agradar. Mas para nos agitar.ARQUIVADO  SAMUEL SÁNCHEZ

RICARDO DE QUEROL Publicado no jornal El País Espanha

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Tiscoski Distribuidora - Video Institucional

COMO FUNCIONA O MERCADO DE CARTÕES

Como funciona o mercado de cartões de crédito e por que seus juros são os maiores de todos

E quais seriam os efeitos de se impor um teto aos juros do rotativo e encurtar os prazos de repasse

Você vai a uma churrascaria rodízio e, ao final, paga a conta com seu cartão de crédito. Para você, é um ótimo negócio. Você só irá efetivamente pagar esse banquete quando quitar a sua fatura.

Isso significa que você postergou o seu pagamento. Você, literalmente, 'comeu a crédito'.

Suponha que a sua fatura vença todo dia 2 de cada mês (como é o caso da minha). Qualquer coisa que você comprar a partir do dia 28 de um mês, você só irá pagar no dia 2 do outro mês sem ser o próximo. Ou seja, se você for a essa churrascaria no dia 28 de dezembro, só irá pagar a conta dela no dia 2 de fevereiro — isto é, dali a 36 dias.

Consequentemente, você poderá deixar esse dinheiro aplicado, rendendo juros, e só desembolsá-lo 36 dias após o almoço. Excelente.

Mas, como sempre, há o outro lado da história: se você só irá pagar a conta do almoço daqui a 36 dias, isso implica que o dono do estabelecimento demorará no mínimo 36 dias para receber seu dinheiro.

Os envolvidos

Quando você paga essa conta na churrascaria com seu cartão de crédito, há nada menos que 5 partes envolvidas na transação:

1) O consumidor: que é você, o portador do cartão de crédito.

2) O estabelecimento comercial: que é a churrascaria, que está aceitando o seu cartão de crédito como forma de pagamento.

3) O emissor: que é a instituição que emitiu o cartão de crédito. A esmagadora maioria dos cartões é emitida por bancos. Há alguns emitidos por redes varejistas. São os emissores, portanto, que decidem se você terá ou não um cartão de crédito e se as suas transações serão aprovadas. São eles também que definem os limites de crédito e as taxas cobradas. E são eles que emitem a fatura e cobram os juros em caso de inadimplência.

4) O credenciador: é a empresa que, como diz o nome, credencia os estabelecimentos que podem utilizar o cartão como meio de pagamento. Em termos populares, são os credenciadores que fornecem (na verdade, alugam) as maquininhas (terminais) em que você insere o seu cartão de crédito. Cielo, Rede e Getnet são as principais. Um credenciador também recebe o pomposo nome de "adquirente".

5) A bandeira: essa é a famosa "marca" do cartão. Visa, MasterCard, American Express e Diners são as mais conhecidas. Tais empresas fazem a ligação entre o emissor do cartão (banco) e o credenciador (a maquininha). É a bandeira quem intermedeia a transação entre o emissor e o credenciador. As bandeiras também estabelecem regras e ajudam a desenvolver o sistema.

Portanto, eis o que ocorre no nosso exemplo: após o almoço, você se dirige ao caixa e insere seu cartão de crédito na máquina. Ao digitar a senha, a máquina se comunica com o credenciador (Cielo, Rede ou Getnet), que então comunica a transação para a bandeira (Visa, Mastercard, American Express, Diners). A bandeira, por sua vez, direciona o valor para o emissor (o banco que emitiu o seu cartão).

Caso a transação seja aprovada pelo emissor — e tal decisão depende inteiramente do emissor —, essa decisão é comunicada de volta à bandeira, que então comunica o credenciador, que então permite que transação seja concluída pela máquina.

Pronto, você pagou o seu almoço a crédito. Mas você ainda não gastou dinheiro nenhum. E o dono do restaurante ainda não recebeu dinheiro nenhum.

O que irá ocorrer

Como dito, seu almoço na churrascaria só será efetivamente pago quando você quitar sua fatura do cartão de crédito, o que irá ocorrer, no nosso exemplo, dali a uns 30 dias.

Mas, mesmo assim, quando você quitar a fatura, o dono da churrascaria não receberá o valor integral.

Se a sua conta ficou em, suponhamos, R$ 100, o restaurante receberá aproximadamente R$ 95.

Isso significa que ele perde aproximadamente 5% do valor total. Por quê? Porque não há almoço grátis. Todas as partes envolvidas na transação cobram por seus serviços.

O primeiro a dar uma mordida é o emissor (banco). Ao repassar os R$ 100 para o credenciador, o emissor cobra um percentual por isso. Normalmente, algo entre 1,5% e 2%. Essa taxa é chamada de "tarifa de intercâmbio". Portanto, o emissor retém algo entre R$ 1,50 e R$ 2, e repassa para o credenciador algo entre R$ 98 e R$ 98,50.

Ato contínuo, é a vez de o credenciador dar a sua mordida. Por meio da "tarifa de desconto", que é um percentual cobrado sobre o valor da compra, o credenciador também cobra pelo seu serviço.

(Vale ressaltar que, além dessa mordida do credenciador, o dono do estabelecimento também tem de pagar para o credenciador um aluguel mensal para utilizar o terminal — a maquininha —, o qual pode chegar a R$ 150 por mês.)

Por fim, falta agora a bandeira. A bandeira dará a sua mordida por meio da tarifa de acesso, a qual é paga tanto por credenciador como pelo emissor, pelo privilégio de usar a "marca" do cartão. Sim, a bandeira cobra um valor para utilização de sua marca.

Portanto, ao fim e ao cabo, daqueles R$ 100 que você pagou, aproximadamente R$ 95 vão para o dono da churrascaria, algo entre R$ 1,50 e R$ 2 vão para o emissor, e algo entre R$ 3 e R$ 3,50 são divididos entre o credenciador (que também cobra um aluguel mensal do estabelecimento) e a bandeira.

Eis um organograma:

Implicações

Hoje, o emissor do cartão de crédito só repassa o dinheiro ao estabelecimento comercial (depois de pagar o pedágio à bandeira e ao credenciador) após o cliente ter quitado a sua fatura.

Isso significa que o emissor não precisa ir ao mercado financeiro tomar empréstimos para prontamente repassar o dinheiro ao credenciador (que então o repassa ao lojista); ele pode tranquilamente esperar o cliente quitar a sua fatura.

Agora, caso o emissor fosse obrigado por lei a repassar esse dinheiro dentro de um prazo de tempo menor — como vem aventando o governo —, ele teria de recorrer ao mercado financeiro para pegar dinheiro emprestado. 

Isso traz implicações óbvias.

Caso o emissor seja um grande banco, ele não terá dificuldade nenhuma em conseguir este financiamento de forma barata. Com efeito, ele pode nem precisar recorrer a financiamento: ele pode simplesmente usar seu capital próprio. Por outro lado, caso o emissor seja uma instituição financeira pequena, de baixo capital — como uma fintech —, sua situação pode se tornar insustentável.

Uma empresa pequena, com um capital pequeno, inevitavelmente terá de pagar juros muito altos para obter empréstimos recorrentes. Não há como ela concorrer com os grandes bancos neste mercado. 

Pior: mais emissores tendo de recorrer ao mercado de crédito para pegar dinheiro emprestado para então repassar esse dinheiro a credenciadoras (e daí para lojistas) não é exatamente uma medida propícia a uma redução de juros no mercado financeiro. No mínimo, mais demanda por crédito — de um segmento que até então pouco o utilizava — tende a elevar os juros, e não a reduzi-los, como almeja o governo.

Tal medida, portanto, embora seja boa à primeira vista (principalmente para os lojistas), pode não só levar a um aumento dos juros, como pode também levar a uma concentração ainda maior do mercado de emissores. Os pequenos emissores (fintechs) simplesmente não terão como concorrer em pé de igualdade com os grandes (bancos).

Aquela que aparentemente seria uma lei punitiva para os grandes bancos, pode acabar sendo ótima para eles: sua concorrência menos poderosa será a mais prejudicada.

Adicionalmente, alem do aumento geral dos juros de mercado, tal medida tende a gerar um aumento dos juros do rotativo do cartão de crédito.

É isso o que veremos.

Por que os juros do cartão de crédito são os maiores

Voltemos ao exemplo da churrascaria. A sua fatura foi de R$ 100. Mas suponha que você opte por pagar apenas o valor mínimo permitido, que equivale a 15% da fatura total. (Para simplificar, vamos supor que toda a fatura se resuma ao gasto na churrascaria).

Portanto, em vez de pagar a fatura inteira (R$ 100), você decidiu pagar apenas R$ 15.

Ao fazer isso — pagar menos que o total —, você está entrando no chamado crédito rotativo.

Na prática, isso significa que o emissor — o banco — está lhe fazendo um empréstimo de R$ 85.

Mas não se trata de um empréstimo qualquer. Esse é o tipo mais arriscado de empréstimo que um banco pode fazer.

Para começar, não se trata de um empréstimo para investimento. Não é um dinheiro que você está pegando para abrir um empreendimento. Não é um empréstimo que será usado por você para aumentar a sua renda futura (o que possibilitaria a quitação desse empréstimo).

Trata-se, na prática, de um empréstimo voltado para o consumo puro. E pior: um empréstimo sem nenhuma garantia. É o empréstimo menos seguro possível.

Normalmente, empréstimos voltados para o consumo são os mais caros do mercado exatamente porque eles não criam renda futura. Ao não criarem renda futura, eles não facilitam a sua quitação. Uma coisa é você pegar um empréstimo para empreender (o que possibilitará uma renda futura); outra coisa, bem diferente, é você pegar um empréstimo para viajar, pagar hotel, comprar uma roupa, um sapato ou para almoçar.

Mas mesmo entre os empréstimos voltados para o consumo há diferenças.

Por exemplo, um empréstimo utilizado para comprar um automóvel fornece uma garantia para o banco: na pior das hipóteses, ele pode arrestar o carro, vendê-lo e reaver uma parte do empréstimo.

Já um empréstimo feito pelo crédito consignado permite ao banco reter o dinheiro do tomador do empréstimo sempre que entrar algum dinheiro em sua conta.

Com efeito, mesmo o cheque especial fornece mais garantias que o rotativo. Na pior das hipóteses, o banco pode confiscar o dinheiro que eventualmente entrar na conta do inadimplente.

Já com o rotativo do cartão de crédito, porém, nada disso é possível. Não há nenhuma dessas garantias. O banco do indivíduo que entrou no rotativo não necessariamente é o mesmo banco emissor do cartão. Sendo assim, simplesmente não há acesso do banco emissor ao dinheiro do inadimplente.

Mas ainda piora.

Por absoluta falta de educação financeira, muitas pessoas utilizam o cartão de crédito porque estão sem dinheiro. "Ah, quero comprar uma roupa, mas estou sem dinheiro. Vou usar o cartão de crédito". E aí, quando a fatura chega, elas continuam sem dinheiro. E então acabam entrando no rotativo. E, uma vez no rotativo, vão empurrando com a barriga. 

Vale ressaltar essa obviedade: só entra no rotativo do cartão de crédito quem, por definição, não tem dinheiro para saldar a fatura. Por mais que isso possa soar ofensivo, essa é a realidade.

Ou seja, o rotativo é um crédito concedido a quem não tem renda para quitá-lo. É uma prática extremamente arriscada para o emprestador.

E, em caso de inadimplência, não há como os bancos reaverem esse dinheiro. Não há consignado, não há arresto de bens, não há penhoras, não há ativos que possam ser tomados para se saldar as contas. 

Trata-se, portanto, de um crédito concedido a quem não tem garantia nenhuma para oferecer em troca.

Não tem como os juros serem baixos em uma modalidade dessas. 

Como adendo, eis uma informação assustadora: em 2013, 77% da população brasileira tinha cartão de crédito. E 72% não sabia quanto pagava de juros no crédito rotativo. (Fonte

Ou seja, três em cada quatro brasileiros possuem um cartão de crédito, e quase todas essas pessoas não sabem quanto pagam de juros no rotativo. Ao passo que, em outros países, cartão de crédito é exclusividade de rico — o que acaba tornando bastante seletiva sua posse, influenciando para baixo os juros do rotativo —, no Brasil ele é algo popular. Assim, muitas pessoas de baixa renda utilizam seu cartão de crédito sem conhecer o mais básico sobre seu funcionamento, e quase sempre recorrem ao rotativo por estarem sem renda, empurrando os juros dessa modalidade para cima. 

É realmente de se estranhar que, sob todas essas condições, os juros dessa modalidade sejam estratosféricos?

Pior: se muitos entram no rotativo com os juros já astronômicos, imagina então se eles fossem baixos? 

E se o governo reduzisse o prazo?

Agora, apenas imagine o que ocorrerá com os juros do rotativo caso o governo imponha uma lei reduzindo para 2 dias o prazo máximo de repasse dos emissores para os lojistas?

No exemplo da churrascaria acima, em que você pagou apenas 15% da fatura, o emissor primeiro recebeu seus R$ 15 e só então viu que tinha de pegar emprestado o restante para repassar ao credenciador e à bandeira.

Ou seja, após receber seus R$ 15, o emissor terá de pegar emprestado mais R$ 83,50 (e não R$ 85, pois o emissor fica com 1,5% do valor total) para repassar ao credenciador e à bandeira.

Já com a nova lei, primeiro o emissor terá inevitavelmente de pegar emprestado R$ 98,50 para repassar ao credenciador e à bandeira. Não há alternativa. E então, só depois de 36 dias é que ele saberá se a fatura será paga integralmente por você ou se você decidiu entrar no rotativo.

Se a fatura for paga integralmente por você (R$ 100), o emissor poderá quitar o empréstimo de R$ 98,50 (mais juros) que ele fez no mercado financeiro. Já se você pagar apenas R$ 15 e entrar no rotativo, o emissor ainda ficará com um empréstimo de R$ 83,50 pendente, que já está acumulando juros há 36 dias, e o qual agora terá de ser seguidamente rolado.

Com esse arranjo, você acha que os juros que os emissores cobrarão no rotativo tendem a cair ou a subir?

A proposta de reduzir os juros do rotativo na marra

Que os juros do rotativo no Brasil são estratosféricos, isso é senso comum. Não é a intenção deste artigo dizer que os valores cobrados atualmente são economicamente sensatos. Mas também não há como dizer que eles estão totalmente errados. 

Por isso, é de causar espécie um projeto de lei do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) que visa a limitar os juros do rotativo a duas vezes a taxa do Certificado de Depósito Interbancário (CDI). Na prática, o rotativo passaria a ser, no máximo, igual ao dobro da SELIC, que hoje está em 13,75% ao ano.

Caso isso prosperasse, o rotativo ficaria mais barato até mesmo que empréstimos para pequenas empresas.

Ou seja, se você estourasse seu cartão de crédito comprando roupas e sapatos, e entrasse no rotativo, você pagaria juros menores que empreendedores que estão expandindo seus negócios, adquirindo maquinários e contratando mão-de-obra.

Quero crer que tal proposta não será aprovada. Entretanto, não é nada impossível que uma proposta semelhante — apenas um pouco menos bizarra — venha eventualmente a ser aprovada em um futuro não muito distante.

Assim, o que ocorreria caso o governo estipulasse um teto aos juros do rotativo?

Essa é fácil. 

Dado que o rotativo deixaria de ser lucrativo para os emissores, a primeira coisa que ocorreria é que os estes iriam restringir ao máximo a concessão de novos cartões de crédito. Apenas pessoas com um ótimo histórico de crédito conseguiriam um. Adicionalmente, haveria uma restrição intensa sobre os cartões já existentes.

Pessoas que até então entravam frequentemente no rotativo e que possuíssem histórico ruim não mais teriam seus cartões validados nas máquinas. E vários outros cartões seriam cancelados por inadimplência. Não compensaria manter essas pessoas.

Mesmo o mais disciplinado dos pobres não conseguiria um cartão. Os pobres mais economicamente prudentes acabariam pagando pelo comportamento dos pobres mais economicamente destrambelhados. 

Obviamente, as anuidades subiriam. E muito.

Mas a coisa se expande. Com o cancelamento dos cartões, as bandeiras e os credenciadores deixariam de ganhar dinheiro com as taxas cobradas nas transações. Consequentemente, as tarifas aumentariam. E novas taxas seriam criadas. Os prudentes pagariam a conta. E os destrambelhados ficariam sem nada. 

No final, ter cartão de crédito voltaria a ser luxo dos ricos. 

Conclusão

Várias pessoas vibraram com o anúncio de que os emissores de cartão de crédito teriam um prazo de apenas dois dias para repassar o dinheiro aos lojistas. "Isso acabará com a farra dos bancos!", disseram os mais animados.

Aparentemente eles se esqueceram de os bancos nunca se dão mal em uma economia. Quem se estrepa sempre são os pequenos — no caso, as fintechs.

Tal lei, caso aprovada, seria ótima para os bancões, pois aniquilaria a incipiente concorrência representada pelas fintechs.

A medida também geraria um inevitável aumento dos juros tanto do rotativo quanto do mercado em geral.

Quanto à imposição de um teto para os juros do rotativo, os bancos até poderiam ser afetados, mas os mais pobres — principalmente os mais prudentes e frugais — seriam aqueles que seriam realmente prejudicados. Eles ficariam sem nenhum cartão de crédito.

Como este Instituto não se cansa de repetir, não existe mágica na economia. Leis econômicas não podem ser repelidas por decreto e por "vontade política". Se isso fosse possível, Cuba e Venezuela seriam potências.

Quer reduzir os juros do cartão? Comece reduzindo o peso e os gastos do estado. E então defenda uma moeda sólida e estável. Sem ambas as coisas, nada feito.

Impossível haver juros baixos se há um mamute sugando todo o crédito disponível para financiar suas despesas correntes e há uma moeda que perde poder de compra aceleradamente.

Inflação de preços na meta e teto de gastos: isso já seria um bom começo para reduzir os juros do rotativo.
Por: Leandro Roque Do site: http://www.mises.org.br/

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

AS DEZ LEIS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA


Sociedades que as respeitam e não tentam revogá-las enriquecem

Em meio a tantas falácias econômicas sendo repetidas de maneira aparentemente incessante pela mídia e pelos comentaristas, a função do economista intelectualmente honesto é desfazer essa cortina de fumaça para o público e reafirmar algumas das mais básicas leis da economia.

Este Instituto já apresentou uma lista extremamente sucinta das dez leis fundamentais da economia. Vários leitores pediram para que ela fosse aprofundada. Eis, portanto, as dez leis fundamentais da economia que sempre devem ser repetidas para jamais serem esquecidas.

1. A produção tem necessariamente de vir antes do consumo

Para consumir algo, esse algo deve antes existir. É impossível consumir algo que ainda não foi criado.

Embora essa seja uma constatação lógica e óbvia, ela é recorrentemente ignorada. A ideia de que o governo deve estimular o consumo da população para que isso então impulsione a produção e toda a economia é predominante na mídia e nos meios acadêmicos. Trata-se de uma perfeita inversão de causa e consequência.

Bens de consumo não simplesmente caem do céu. Bens de consumo são o resultado final de uma longa cadeia que envolve vários processos de produção interligados. Essa cadeia é chamada de "estrutura de produção".

Mesmo a produção de um item aparentemente simples, como um lápis ou um sanduíche, requer uma intrincada rede de processos produtivos que levam tempo para ser concluídos e que envolvem vários países e continentes.

Estimular o consumo, por definição, não pode gerar crescimento econômico.

2. O consumo é o objetivo final da produção

As pessoas produzem aquilo que outras pessoas querem consumir. Não faz sentido econômico produzir algo que ninguém irá consumir.

Por isso, o consumo é o objetivo de toda a atividade econômica. E a produção é o seu meio.

Defensores de políticas governamentais voltadas a "criar empregos" violam esta óbvia ideia. Programas voltados para a criação artificial de empregos transformam a produção no objetivo final, e não o consumo dessa produção. Criar empregos artificialmente significa estimular a produção de algo que não está sendo demandado voluntariamente pelos consumidores.

São os consumidores que atribuem valor aos bens de consumo final. Ao atribuírem valor aos bens de consumo, eles indiretamente também atribuem valor aos fatores de produção (mão-de-obra e maquinário) utilizados no processo de produção destes bens de consumo.


Ignorar as reais demandas do consumidor e querer criar empregos artificiais e processos de produção que não estão em linha com os desejos do consumidor é uma medida que tenta revogar toda essa realidade. Tal medida é economicamente destrutiva, pois imobiliza mão-de-obra e recursos escassos em atividades que não estão sendo demandadas pela população. Isso significa destruição de capital e de riqueza.

3. Nada é realmente gratuito; tudo tem custos

Não existe almoço grátis. Receber algo aparentemente gratuito significa apenas que há outra pessoa pagando por tudo.

Por trás de cada universidade pública, de serviços de saúde "gratuitos", de bolsas estudantis e de toda e qualquer forma de assistencialismo jaz o dinheiro de impostos de pessoas que trabalham e produzem.

Embora os pagadores de impostos saibam que é o governo quem confisca parte de sua renda, eles não sabem para quem para onde vai esse dinheiro. E embora os recebedores desse dinheiro e dos serviços custeados por esse dinheiro saibam que é o governo quem está por trás de tudo, eles não sabem de quem o governo tomou esse dinheiro.

4. O valor é subjetivo

A maneira como cada indivíduo atribui valor a um bem é subjetiva, e varia de acordo com a situação e com os gostos deste indivíduo. Um mesmo bem físico possui diferentes valores para diferentes pessoas.

A utilidade de cada bem é subjetiva, individual, situacional e marginal. Por isso, não pode haver algo como "consumo coletivo". Mesmo a temperatura de uma sala traz sensações distintas para cada pessoa ali presente. A mesma partida de futebol possui diferentes valores subjetivos para espectador, como é facilmente perceptível no momento que um dos times faz um gol.

5. É a produtividade o que determina os salários

A produção de um indivíduo durante um determinado período de tempo determina o quanto ele pode ganhar durante esse período de tempo.

Quanto mais esse indivíduo produzir um bem ou serviço voluntariamente demandado pelos consumidores em um determinado intervalo de tempo, maior poderá ser a sua remuneração.

Em um mercado de trabalho genuinamente livre, empresas contratarão mão-de-obra adicional sempre que a produtividade marginal de cada um desses trabalhadores for maior que o seu salário (custo). Em outras palavras, sempre que um trabalhador adicional for capaz de gerar mais receitas do que despesas, ele será contratado.

A concorrência entre as empresas irá elevar os salários até o ponto em que ele se equiparar à produtividade.

O poder dos sindicatos pode alterar a distribuição dos salários entre os diferentes grupos de trabalhadores, mas não pode elevar o valor total dos salários de todos esses trabalhadores. Estes dependem inteiramente da produtividade.

E o que aumenta a produtividade da mão-de-obra? Poupança, investimentos e acumulação de capital. Sem poupança não há investimento. E sem investimento não há acumulação de capital. Sem acumulação de capital não há maior produtividade. E sem mais produtividade não há aumento da renda.

6. Gastos representam, ao mesmo tempo, renda para uns e custo para outros

Keynesianos dizem que todo gasto gera renda. Eles apenas se esquecem de que todo gasto é também um custo. O gasto é um custo para o comprador e uma renda para o vendedor. A renda é igual ao custo.

O mecanismo do multiplicador de renda keynesiano diz que, quanto mais se gasta, mais se enriquece. Quanto mais todos gastam, mais ricos todos ficam. Tal lógica obviamente ignora os custos. O multiplicador fiscal, por definição, implica que os custos aumentam junto com a renda. Se a renda se multiplica, os custos também se multiplicam. O modelo do multiplicador keynesiano ignora esse efeito do custo.

Graves erros de política econômica ocorrem quando as políticas governamentais contabilizam os gastos públicos apenas pela ótica da renda, ignorando completamente o efeito dos custos.

Gastos, portanto, são custos. O multiplicador da renda implica a multiplicação dos custos.

7. Dinheiro não é riqueza

O valor do dinheiro consiste em seu poder de compra. O dinheiro serve como um instrumento para se efetuar trocas. Quanto maior o poder de compra do dinheiro, maior sua capacidade de efetuar trocas.

Mas o dinheiro, por si só, não é riqueza. É apenas um meio de troca. Riqueza é abundância de bens e serviços e bem-estar. A riqueza de um indivíduo está, portanto, em sua capacidade de ter acesso aos bens e serviços que ele deseja

O governo criar mais dinheiro não significa criar mais riqueza. Uma nação não pode aumentar sua riqueza ao aumentar a quantidade de dinheiro existente.

Robinson Crusoé não estaria um centavo mais rico caso encontrasse uma mina de ouro ou uma valise repleta de dinheiro em sua ilha isolada.

8. O trabalho, por si só, não cria valor

O trabalho, quando combinado com outros fatores de produção (matéria-prima, ferramentas e infraestrutura), cria produtos. Mas o valor desses produtos depende do quanto ele é útil para o consumidor.

A utilidade desse produto depende da valoração subjetiva feita por cada indivíduo (ver item 4). Por isso, criar empregos apenas para que haja mais empregos é algo economicamente insensato (ver item 2).

O que realmente importa é a criação de valor, e não o quão duro um indivíduo trabalha. Para ser útil, um produto ou serviço tem de gerar benefícios ao consumidor. O valor de um bem ou serviço não está diretamente ligado ao esforço necessário para produzi-lo.

Um homem pode gastar centenas de horas fazendo sorvetes de lama ou cavando buracos, mas se ninguém atribuir qualquer serventia a estes sorvetes de lama ou a estes buracos — e, portanto, não os valorizar o suficiente para pagar alguma coisa por eles —, tais produtos não terão nenhum valor, não obstante as centenas de horas gastas em sua fabricação.

9. O lucro é um bônus para o empreendedor

No capitalismo de livre concorrência, o lucro econômico é o bônus extra que uma empresa ganha por ter sabido alocar corretamente recursos escassos.

Em uma economia estacionária, na qual não ocorre nenhuma mudança, não haveria nem lucros nem prejuízos, e todas as empresas teriam a mesma taxa de retorno. Já em uma economia dinâmica e crescente, ocorrem mudanças diariamente nos desejos dos consumidores. E aqueles mais capazes de antecipar essas mudanças nos desejos dos consumidores e que souberem como direcionar recursos escassos — mão-de-obra, matéria-prima e bens de capital — para satisfazer esses consumidores irão colher os lucros econômicos.

Empreendedores capazes de antecipar as demandas futuras dos consumidores irão auferir as maiores taxas de lucro e irão crescer. Empreendedores que não tiverem essa capacidade de antecipar os desejos dos consumidores irão encolher até finalmente serem expulsos do mercado.

10. Todas as verdadeiras leis econômicas são puramente lógicas

As leis econômicas são aprioristas, o que significa que elas não precisam ser previamente verificadas e nem podem ser empiricamente falsificadas.

Ninguém pode falsificar tais leis empiricamente porque elas são verdadeiras em si mesmas. Como tal, as leis fundamentais da economia não requerem verificação empírica. Referências a fatos empíricos servem meramente como exemplos ilustrativos; elas não representam uma declaração de princípios. (Veja exemplos práticos aqui.)

É possível ignorar e violar as leis fundamentais da economia, mas não é possível alterá-las. Sociedades que entenderem e respeitarem essas 10 leis econômicas — sem tentar revogá-las — irão prosperar.
Por: Antony Mueller Do site: http://www.mises.org.br/


quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

COM A MORTE DE FIDEL, MUDA ALGUMA COISA EM CUBA?


Na festa dos 90 anos, Fidel já era um espectro de si mesmo.

Tudo naquela ilha sempre foi mistério, segredo de Estado, desde que se instalou o regime comunista até a causa mortis do maior genocida das Américas.

Finalmente, Fidel Castro morreu, aos 90 anos. Segundo anunciou em cadeia de rádio e televisão o ditador hereditário Raúl Castro, o falecimento se deu na noite do dia 25 de novembro e a partir das 06:00 horas do dia 26 até as 12:00 do dia 4 de dezembro Cuba entraria em Luto Nacional. Durante a vigência desse luto, proibiu-se qualquer atividade e espetáculo público, a rádio (sim, lá só há uma estação!) e a televisão foram obrigadas a manter uma programação “informativa, patriótica e histórica”. Até a saudação de “bom-dia”, “boa-tarde” e “boa-noite” foi suprimida dos noticiários por ser considerado “ofensa grave” diante do ilustre defunto.

Chamou fortemente minha atenção que o velório não tenha se dado com o defunto exposto no caixão como sempre ocorre com essas personalidades comunistas, mas o corpo foi cremado na manhãzinha do sábado só para familiares e depois as cinzas foram postas numa urna onde os escravos da ilha foram obrigados a visitar e chorar. Não havia livro de condolências. Cada cubano foi obrigado a fazer um juramento de dar continuidade ao projeto comunista implantado por Fidel ao descer da Sierra Maestra e depois assinavam um documento, para controle do G2.

Muita gente se questionou se essa morte de fato ocorreu na data citada, que “coincidia” com os 60 anos da partida do iate Granma do México para Cuba, onde tudo começou. Por que o corpo não foi apresentado aos visitantes? Seriam dele mesmo, as cinzas? Tudo naquela ilha sempre foi mistério, segredo de Estado, desde que se instalou o regime comunista até a causa mortis do maior genocida das Américas. TODAS as informações que saem na imprensa são manipuladas pela nomenklatura, de modo que não há meios de checar a veracidade do que dizem.

A imprensa internacional pró-Castro saiu alardeando que, com Raúl e sua “abertura econômica”, Cuba entraria num novo período mais flexível. Desinformação pura. Raúl sempre foi mais tirânico do que Fidel, chegando mesmo a ser considerado o “cérebro” por trás de todas as crueldades do regime. E foi o que se observou desde que Fidel passou o cetro, em 2006. A repressão recrudesceu absurdamente e a vida do cubano “a pé” não melhorou nada, apesar do reatamento das relações diplomáticas e comerciais com os Estados Unidos que, apesar disso, continuam sendo vistos como o maior inimigo dos cubanos.

Raúl anunciou que em 2018 vai deixar o poder e evidentemente vai passar o bastão para alguém da dinastia Castro. Há muitas especulações, porém, deve ser alguém que dê continuidade ao projeto revolucionário comunista do seu criador, agora definitivamente morto, Fidel.

Por ordem de proximidade familiar e importância temos: Alejandro Castro Espín, único filho homem de Raúl, com 51 anos, coronel do Ministério do Interior e conhecido como o temido responsável pelos serviços de inteligência e contra-inteligência. Quando da visita de Obama a Cuba, foi visto no Palácio da Revolução, meses depois de levar pessoalmente as estratégicas negociações com Vladimir Putin. Outras figuras cotadas são o neto Raúl Guillermo Rodríguez Castro e o ex-genro de Raúl, o poderoso general-de-brigada Luis Alberto Rodríguez López-Callejas.

Raulito, como é conhecido, é não só o neto favorito como seu assistente e principal guarda-costas, leva uma década junto a seu avô, quase como uma figura invisível. Outros apontam Miguel Díaz-Canel, primeiro vice-presidente do Conselho de Estado, 56 anos, que surpreendeu o mundo quando Raúl Castro decidiu colocá-lo à frente do governo, acima de seus velhos companheiros de Sierra Maestra. É o primero civil nascido na revolução capaz de herdar o poder em 2018 com uma carreira construída no seio do Partido Comunista.

Fidel Castro e Ernesto 'Che' Guevara: dois monstros abjetos deixaram o mundo melhor com suas ausências.

De todo modo, qualquer que seja o indicado tudo sinaliza a que nada vai mudar. Assim como não mudou com o afastamento de Fidel, nem com a abertura com os Estados Unidos. Fidel finalmente deixa este mundo com as carpideiras sinistras lembrando o seu “legado heróico”, mas o que deixa de fato este monstro é um rastro de sangue, dor e miséria em uma ilha paradisíaca que ele soube destruir e subjugar como se fosse o legítimo dono da vida e da morte de cada um dos infelizes 11 milhões de habitantes. Já foi tarde! A história não o absolverá!
(Para o jornal Inconfidência.)
Por: Graça Salgueiro, jornalista e psicóloga, é especialista em política latino-americana e autora do livro O Foro de São Paulo - A Mais Perigosa Organização Revolucionária das Américas. É colunista do Mídia Sem Máscara e apresenta o programa Observatório Latino, na Rádio Vox.Do site: http://www.midiasemmascara.org/

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

PUTIN: "RÚSSIA NÃO TEM FRONTEIRA ALGUMA"


O pequeno Miroslav, de nove anos (na foto, com Putin), galardoado pela Sociedade de Geografia Russa pelo fato de decorar todos os limites dos países do mundo, foi levado ante o todo-poderoso presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Este se pôs de cócoras ante o menino e diante de um auditório lhe perguntou onde acabavam as fronteiras da Rússia.

A criança se encheu de coragem e respondeu:

– A Rússia termina no Estreito de Bering, na fronteira com os Estados Unidos.

Putin apertou-a contra o peito e olhando para o publico corrigiu a criança modelo dizendo:

– As fronteiras da Rússia não terminam em parte alguma.

Na primeira fileira aplaudia o ministro de Defesa russo, Serguei Shoigu.

O fato deu-se recentemente e foi relatado pelo correspondente Xavier Colás do jornal “El Mundo” de Madri.

Enquanto o patriótico evento se desenvolvia em Moscou, a 1.092 quilômetros de distância, em Kaliningrado, enclave russo entre dois membros da OTAN (Lituânia e Polônia), os soldados de Putin montavam os sistemas de mísseis S-400 e Iskander, esses capazes de levar bombas atômicas.

O porta-voz do Kremlin Dimitri Peskov justificou a manobra dizendo que “a OTAN é um bloco agressivo”.

Na Polônia se diz que quando a Rússia fala em se defender, ela entende atacar. Quando se diz ameaçada é porque está montando a ofensiva. É a novilíngua soviética reciclada pelos atuais amos do Kremlin.

Estrategistas como o general Valeri Gerasimov, Comandante das Forças Armadas da Federação Russa, concluíram que a guerra contemporânea deve ser misturada com luta social, econômica e sobre tudo da informação.

A tecnologia de ponta da espionagem deve visar EUA.

E a Rússia mostrou sua habilidade para penetrar as estruturas cibernéticas de seu maior inimigo.

A infiltração das infraestruturas do adversário, a propaganda, os trolls, a ação psicológica sorrateira, a confusão e a cumplicidade de partes da sociedade civil do país vítima são armas da “guerra híbrida” que está em pleno andamento.

Da parte da Rússia, é claro.

No lado ocidental parece dominar a estratégia do avestruz: esconder a cabeça num buraco para não enxergar nada e achar que está tudo bom.

A Rússia “se prepara para uma guerra totalmente diferente da que imagina o Ocidente", diz o analista Gustav Gressel, do European Council of Foreign Relations. Ele detecta nos EUA “uma percepção do risco muito antiquada”.

“El Mundo” escolheu a sugestiva manchete: “Assim se prepara a Rússia para uma guerra com a Europa”.

Enquanto isso a União Europeia corrói os países que na teoria são seus membros mas na realidade são suas vítimas. A UE está deixando o continente inerme face ao enorme perigo que se prepara dentro das fronteiras da Rússia, que para o Kremlin, conforme afirmou Putin, são transitórias.