segunda-feira, 20 de março de 2017

A METODOLOGIA DE GOLITSYN E A ADMINISTRAÇÃO TRUMP


O marioneteiro deve sempre esconder as cordas da marionete. Isto ele consegue através de uma distração, na qual ele chama o homem (Trump) de fantoche, e o fantoche (Obama) de homem.


"A nova metodologia provê explicações para muitas contradições e anomalias no mundo comunista, nas quais as antigas metodologias nada esclarecem. Ela explica a confiança do mundo comunista e a lealdade e dedicação da vasta maioria de seus oficiais. Explica as razões para liberar informações pelos comunistas a respeito de si mesmos e as relaciona com as exigências da política de longo prazo. Explica a aparente tolerância de um sistema totalitário com relação à dissidência abertamente expressa por seus cidadãos em seus contatos com estrangeiros. Provê critérios para analisar a confiabilidade de fontes, para distinguir agentes secretos genuínos e desertores de provocadores, para distinguir informação genuína de desinformação e propaganda. Provê indicadores para a identificação de agentes de influência no Ocidente. Sugere que a desinformação, reconhecida como tal, pode providenciar pistas para as intenções de seus autores. Oferece direcionamento na importância relativa das fontes comunistas oficiais e não-oficiais. Diverge a atenção das polêmicas comunistas espetaculares entre partidos e foca, ao invés, nos avanços sólidos no trabalho de base das cooperações e coordenações comunistas. Indica o caminho para a recuperação da crise nos estudos ocidentais e análises do comunismo. Poderia ajudar a reavivar a efetividade dos serviços de inteligência e segurança ocidentais. Explica a vitória comunista na Guerra do Vietnã, apesar da ruptura sino-soviética. Acima de tudo, explica a disposição e habilidade do mundo comunista, apesar da aparência de desunião, de tomar a iniciativa e desenvolver e executar suas estratégias em relação aos Estados Unidos, os outros países industrialmente avançados, e o terceiro mundo, na jornada para a completa e final vitória do comunismo internacional."
Anatoliy Golitsyn, New Lies for Old, p. 102

O que Anatoliy Golitsyn, o desertor da KGB que corretamente antecipou o colapso falso do comunismo, diria da administração Trump? Eu acredito que ele diria que os estrategistas comunistas lançaram uma nova provocação baseada em uma suposta divisão entre o Partido Democrata americano, dominado por comunistas, e a Rússia (soviética).

Esta suposta divisão oferece algumas vantagens táticas atormentantes para o lado comunista. 

Diverge a atenção da extensa e traidora colaboração da Esquerda americana com a Rússia e o bloco comunista. Também ajuda a camuflar colaborações futuras por parte dos críticos de Trump (pessoas que avisam da interferência russa nas eleições não serão escrutinizadas tão cuidadosamente neste ponto, especialmente por uma mídia já cheia de operantes comunistas). Dizer que Trump é um fantoche russo afasta a atenção do fato que os que levantam a acusação serviram à Rússia e a causa comunista por muitos anos. Enfraquece a autoridade de um presidente que prometeu reverter as muitas políticas de auto-negação nacional que foram o pilar do Partido Democrata, e o lema do establishment do Partido Republicano. Enquanto isso, Barack Obama continua a repassar ordens aos seus quadros esquerdistas dentro do Governo Federal dos Estados Unidos. Por isto é que ficou em Washington. Para todas as intenções e propósitos, ele ainda é presidente; isto é, ele é o comandante-chefe para os comunistas dentro do governo. A conspiração deles continua, como sempre, em direção à “inevitável” convergência do capitalismo com o comunismo (nos termos comunistas).

É importante (do ponto de vista comunista) que ninguém descubra a situação de fato, que ninguém veja quão longe chegou a subversão, ou quão poderoso o lado comunista se tornou dentro do Estado. Enquanto Obama era presidente dos Estados Unidos, uma circunstância idêntica ocorreu tanto em Washington quanto em Moscou. Em ambas as capitais, os comunistas eram retratados como uma minoria irrelevante e desprezível. Na verdade, os presidentes de ambos os países eram comunistas comprometidos. As alavancas do poder estavam em suas mãos, e o mundo de nada suspeitava. Enquanto Obama trabalhava para desarmar os Estados unidos, Putin trabalhava em prol de rearmar a Rússia. Enquanto Obama minava nossos aliados estrangeiros, Putin invadia a Criméia e intervinha no Oriente Médio. Conforme o perigo crescia, conforme Hillary era com certeza a próxima e última presidente, a colaboração entre Washington e Moscou era a garantia da derrota da América.

Então, no entanto, ocorreu um milagre. Donald Trump foi eleito presidente; um homem de instinto nacionalista impecável, e notável coragem em frente do inimigo. Os comunistas estavam pasmos com sua vitória. E então, estranho como possa parecer, decidiram em uma fraude absurda. Enquanto posavam como inimigos da Rússia, Donald Trump seria mostrado como seu aliado.

Para os principais comunistas, negar sua afiliação comunista foi um passo estratégico preliminar tanto em Washington quanto em Moscou. Livres do rótulo que realmente os define, os comunistas foram capazes de avançar sem oposição dos incômodos anti-comunistas. E agora estão compelidos pela lógica de sua falsa oposição a retratar o “dinossauro patriótico americano” (Donald Trump) como um fantoche da Rússia. Aqui, o verdadeiro fantoche aponta para o homem e declara que ele é o fantoche. É uma mentira que constrói a história. É grandiosa e corajosa. Cinicamente estima a ignorância da população, a criminalidade da classe política, e a traição voluntária da mídia. Depende do fato de que os estrategistas e analistas mais inteligentes do lado americano foram assassinados ou escanteados. Então, não há ninguém para apontar a verdade.

Quem agora ousa dizer a verdade a respeito do que acontece nos Estados Unidos da América? Qualquer um escrevendo nessa vertente está cometendo suicídio de carreira. Portanto, apenas alguém sem uma carreira ousaria escrever algo desse tipo! E ainda assim significa entrar em uma lista negra, como Anna Politkovskaya e Alexander Litvinenko. (Quer uma carreira de sucesso? Quer continuar vivo? Cante a canção que lhe foi dada. Interprete um papel do roteiro comunista. Pode ser um conservador se quiser, mas você será um conservador de Moscou).

Claro, você acha que sou louco. Você acha que o comunismo acabou em 1991. Você acha que o comunismo não existe mais. Mas então você terá de explicar como chegamos aqui – com rufiões comunistas usando intimidação aberta nas ruas de nossas cidades! Se o comunismo perdeu a Guerra Fria, por que ele atualmente tem tal poder em agências do governo, universidades e jornais? Por que você acha que a contra-inteligência dos EUA está espionando o presidente dos Estados Unidos e seus oficiais? Quem quer derrubá-lo? Você precisa explicar todos os fenômenos variáveis de hoje: da sabotagem econômica de inspiração comunista da “ciência” do aquecimento global à insistência de que nossas fronteiras continuem uma peneira. Apenas nossos inimigos tem a ganhar com tais políticas.

Mas "o comunismo acabou". Ninguém mais acredita nele. Nos dizem que o último verdadeiro crente no comunismo foi o protegido do Stalin e Chefe Ideológico do Partido Comunista, Mikhail Suslov. Gorbachev e Yeltsin, e outros altos oficiais soviéticos, fizeram um show do abandono do comunismo. Mas foi apenas um show, lhe digo. O ex-oficial da KGB Anatoliy Golitsyn insistia que todas as fontes de informação comunistas são cheias de falsidade; que oficiais comunistas publicamente e privadamente fazem declarações enganadoras sobre si mesmos, seus pensamentos e intenções.

O que realmente sabemos sobre o pensamento de Mikhail Suslov ou Mikhail Gorbachev (por um acaso)? Apenas sabemos o que os oficiais do Partido Comunista dizem que é verdade – sobre si mesmos e o partido. E comunistas mentem! Há também um ponto mais sutil, que pode parecer contraditório em si, mas é fundamental em um nível não-ideológico: é irrelevante o que Suslov ou Gorbachev acreditavam. Suas crenças pessoais seriam decisivas apenas se o marxismo houvesse sido um mero sistema de crença, se representasse um conjunto de princípios estável; mas Marx propriamente não acreditava no marxismo. Ele ria das pessoas que acreditavam. Por que importaria se Suslov não acreditasse também?

O que é decisivo para entender sobre o marxismo é seu papel sempre-mutante enquanto racionalização para um novo tipo de poder. O que é importante aqui não são as particularidades da lógica em si, mas o espírito que invoca a lógica em primeiro lugar. Se queremos entender como a Grande Máquina Totalitária é capaz de transformar-se e mudar e trocar-se com o tempo, devemos adentrar sua alma. No fundo, o marxismo é uma estratégia por trás da qual existe um desejo patológico por poder absoluto e destruição global. O fenômeno externo do marxismo é meramente a camuflagem do psicopata politicamente auto-realizado. Aqui é a expressão externa de sua racionalização por assassinato, pela tomada do poder. Esta expressão externa mudou diversas vezes, mas sua essência espiritual é sempre a mesma. E sempre parecemos nos esquecermos do objetivo. Sempre parecemos remeter aos pensamentos íntimos e intenções de pessoas que assumem-se acreditar ou não acreditar em um conjunto de “princípios”. Mas isto é um erro. Nós não entendemos estas pessoas de forma alguma! O comunista não leva idéias à sério. Ele leva poder e estratégia à sério. Uma máscara não é uma idéia. Uma estratégia não é um princípio. Estas são ferramentas, armas, métodos. Marx não acreditava em suas ferramentas. Ele as usava, e seus seguidores as usavam, até que as ferramentas do momento não mais serviam ao seu objetivo. Então as ferramentas velhas, as armas velhas, eram descartadas em favor de novas armas - “novas mentiras pelas velhas”. Os que falam de crença ou descrença estão apenas falando da casca superficial da coisa, que pode ser trocada por uma nova casca – uma nova aparência externa. Se Marx não acreditava no marxismo, então o verdadeiro marxista também não deveria. É um pobre golpista o que acredita em seu golpe. Por trás da casca de pretensões exteriores do comunista, encontramos o mesmo fenômeno central: a alma malévola do destruidor, o invejoso desejoso por poder e vingança, o ódio do bem por si só. E na auto-afirmação desta alma encontramos, curiosamente, uma reformulação dos mesmos temas totalitários antigos; a mesma sacola de truques para desfigurar e nivelar a humanidade. Com tudo isto dito, a casca externa do supostamente derrubado comunismo não está de forma alguma descartada. Comunismo declarado pode retornar ao poder a qualquer tempo. Até mesmo o hitlerismo pode ressurgir. As várias outras cascas externas – as racionalizações e golpes – podem mudar e trocarem-se conforme exigem as circunstâncias; ainda mantém-se sempre constante a mesma força motriz, sempre alerta à novas oportunidades. Marxismo é uma estratégia, não uma crença. Por isto dizia Mao Tsé-Tung, “marxismo é melhor que uma metralhadora”. Ninguém acredita numa metralhadora. Apenas a usa para neutralizar um inimigo. Deve ter em mente sempre sua utilidade quem a usa, neste aspecto, de morteiros, howitzers, e bombas atômicas ideológicas – o arsenal todo do politicamente correto.

Mas você não consegue superar esta idéia; nomeadamente, de que o comunismo morreu. Você viu ele morrer na TV. Como podemos novamente falar de marxismo-leninismo? Ou, como um presidenciável estoniano me perguntou uma vez, em resposta ao meu discurso: “O que é marxismo-leninismo?”. Sua expressão dolorida transmitia a idéia de que o marxismo-leninismo era algo que não existia de verdade. Ninguém acredita nele, então por que importa? Até mesmo os comunistas não acreditam mais no comunismo. Simples assim! Qualquer idiota que te diz que há verdadeiros crentes no comunismo tinha de usar um chapéu de burro. Rússia é uma democracia. China é capitalista. Cuba é uma sociedade aberta com saúde pública fantástica. E aquele agradável homenzinho da Coréia do Norte é um campeão da paz mundial!

É meramente mais uma frase ridícula dentre tantas outras. De fato, é a frase ridícula final. É a frase que destrói a alma de um homem. Dizer que o comunismo não existe é se render. Significa entregar seu país aos comunistas que não existem. Lembra do Ministério da Verdade de 1984, de George Orwell? Era um ministério que nada dispensava além de mentiras. Agora imagine que o Ministério da Verdade debandasse e admitisse mentir. “Vamos para uma folha nova”, diz o Ministro da Verdade. “Somos agora o Ministério da Verdade Verdadeira”. Oh, mas que alívio! Finalmente, podemos acreditar neles! Marxismo-Leninismo acabou e os marxistas-meninistas agora são honestos! Se eles dizem que vencemos a Guerra Fria, vencemos a Guerra Fria. Em um mundo onde o non-sense é frequentemente acreditado, por que isto não seria aceito como o Novo Evangelho (conforme São Gorbachev)? Caem o Martelo e a Foice, sobe a bandeira tricolor. Como pode questionar isso? É como ser contra chocolate!

Então, para onde foram todos os comunistas? Simplesmente retornaram para a Cristandade? Viraram Cientologistas? Pare e pense por um momento. Você controla metade do planeta e enganou as pessoas em todo país por décadas. E o que faz para o bis? Você cai do canto da terra plana! Bem, acho que superaram-se, apesar de tudo. E então, vinte e cinco anos depois, de repente, você descobre que eles dominaram a cabeça do seu filho e mandaram ele bater em um idoso deslocado que trabalha em uma fábrica usando um boné escrito “Make America Great Again”. Você tem a CIA e o FBI espionando o presidente dos Estados Unidos para a vantagem dos agentes da mudança. E o Congresso está arrastando os pés nas nomeações de Gabinete pois foram agradavelmente presos pelo Apocalipse Zumbi Comunista Satânico Pedófilo.

Já viu o filme “Vampiros de Almas”? É uma ficção alegórica sobre uma tomada comunista. Bem, nós a estamos vivendo. De fato, os alienígenas estão tentando convencer o mundo de que eles que estão combatendo a invasão alienígena! Esta mentira é repetida em todo noticiário. E você pode facilmente acreditar neles: Primeiro, porque você não entendeu quem é o inimigo. Segundo, porque você não acredita em alienígenas. Terceiro, porque você votou nos alienígenas para a Casa Branca em 1992, 1996, 2008 e 2012. E quando os alienígenas finalmente colonizaram o governo e deterioraram seu arsenal nuclear, o antigo presidente alienígena não voltou para Illinois. Ele ficou em Washington para comandar o exército de alienígenas dentro do governo federal, enquanto o Sr. Trump erroneamente acredita estar no comando.

Então eles não acreditam mais em marxismo-leninismo? Então por que socializamos a medicina? E por que Vladimir Lenin, que morreu e 1924, está calmamente posto com seus olhos fechados em seu mausoléu na Praça Vermelha – não enterrado em um túmulo com uma lápide? Sem dúvidas, ele é mantido em exposição porque “ninguém mais acredita nele lá”! É um jeito engraçado de não acreditar em alguém, não acha?

Ninguém em Moscou acredita no comunismo! Eles se recusam a enterrar Lenin porque ele é uma boa atração turística. E além disso, Vladimir Putin usa um crucifixo e diz que acredita em Deus (Bem, ele não gosta realmente de falar sobre isso. Mas achamos que ele acredita em Deus). E então, ao fim do dia, somos todos fantoches do Kremlin. Estamos pulando sem esperanças na ponta das cordas de Moscou.

Mesmo agora o marioneteiro aparenta estar em conflito com suas crias mais secretas – os espiões na CIA e FBI! Aparências não obstantes, o marioneteiro deve sempre esconder as cordas da marionete. Isto ele consegue através de uma distração, na qual ele chama o homem (Trump) de fantoche, e o fantoche (Obama) de homem. E então, da mesma forma, chama o amigo de inimigo, e o inimigo de amigo.

Se o presidente Trump pudesse ler uma frase destes rabiscos, desejaria que lesse este último parágrafo. Então ele poderia entender, em um instante, quem são seus inimigos – ambos externos e internos. E eu digo, nosso inimigo não é um oponente, não é um competidor, não é um rival comercial. Não, não. Eu digo – um inimigo! E uma vez que nosso presidente consiga distinguir amigo de inimigo, seu compasso estratégico irá alinhar-se ao norte verdadeiro e metade da batalha estará ganha.

POR JEFFREY NYQUIST http://www.jrnyquist.com/

Tradução: Talles Diniz Tonatto ( talles.tonatto@gmail.com)
Do site: http://www.midiasemmascara.org

domingo, 19 de março de 2017

INCITADORES ÁRABES RECICLAM O LIBELO DE SANGUE


Manfred Gerstenfeld entrevista Raphael Israeli.

Raphael Israeli é professor emérito de história Islâmica, chinesa e do Oriente Médio da Universidade Hebraica. Ele é autor de mais de 50 livros, incluindo, Libelo de Sangue e Suas Ramificações: Flagelo e Veneno do Antissemitismo: Manifestações Modernas de um Libelo de Sangue.

"No mundo político árabe, temas clássicos de antissemitismo extremo são usados como ferramentas políticas. Essas difamações aparecem em diversos países, são até protagonizadas por estudiosos consagrados e difundidas pelos principais veículos de mídia. Uma dessas calúnias é o libelo de sangue. Essa invenção originalmente alegava que os judeus sequestram e matam crianças cristãs para a fabricação de matzót (pão sem fermento) para a celebração da Páscoa Judaica. A primeira vez que o libelo de sangue apareceu foi em 1144 na cidade britânica de Norwich. Desde então ele tem sido repetido em diversas localidades europeias.

"Não apenas isso, os cristãos também levaram o libelo de sangue para o mundo islâmico. Em 1840 o cônsul francês em Damasco e alguns dos monges afirmaram falsamente que um padre cristão naquela cidade, o padre Thomas, foi assassinado por judeus que usavam seu sangue. O libelo de sangue também foi instigado pelos nazistas. Sua publicação antissemita Der Sturmer, publicou uma edição especial em 1934. A primeira página destacava uma ilustração de um menino alemão deitado sobre uma mesa rodeado por judeus com longas barbas e cachos. Eles sugavam o sangue do corpo do menino através de longos tubos."

"A utilização do libelo de sangue pelos árabes se manifesta em parte por meio da reciclagem do caso Damasco. Tomemos com exemplo Mustafa Tlas, ministro da defesa da Síria entre os anos de 1972 e 2004, que auferiu credibilidade ao libelo de sangue ao escrever a sua tese de doutorado sobre a matéria, como se ela fosse um fato histórico e não uma invenção antissemita.

"Algumas caricaturas se valem do tema libelo de sangue. Em 1990 o jornal do Bahrein, Al-Bayan, publicou uma charge onde dois soldados sionistas golpeiam a machadadas uma criança (presumivelmente árabe) até a morte. Na caricatura a Sra Shamir, esposa do então primeiro-ministro israelense Yitzhak Shamir exclama: "pena que vocês estão desperdiçando o sangue da criança. Eu preciso dele para assar o pão ázimo".

"Além desse libelo há novas variantes sendo instigadas. Em 1992 o jornal egípcio Al-Ittihad retratou um judeu retirando sangue do povo americano com um canudo. Em 1994 o diário jordaniano Al-Dustur retratou um judeu de aspecto grotesco presenteando uma garrafa com sangue de crianças palestinas a uma senhora (personificando o fanatismo sionista), declarando que o sangue era um presente do Dia das Mães para a "melhor mãe no mundo'. Naquele mesmo ano o jornal Sawt al Quweit do Kuwait publicou uma charge de um canibal judeu após ele ter consumido corpos árabes, deixando os ossos na mesa. É importante notar que mesmo no caso desses jornais árabes serem privados, são submetidos ao controle do governo que censura o que eles publicam.

"Em 2010 a Hamas TV transmitiu um vídeo de desenho animado com o título "Colonos Bebem Sangue Palestino". O vídeo retrata crianças palestinas em uma poça de sangue e o estereótipo do judeu europeu lambendo os lábios vermelhos depois de tê-las assassinado. A Hamas TV também entrevistou o Dr. Salah Sultan, o fundador do Centro Americano de Pesquisa Islâmica. Ele ressuscitou o libelo de sangue de Damasco, ressaltando que o Padre Thomas foi assassinado juntamente com a sua enfermeira. Posteriormente, as matzót (pães ázimo) foram sovadas com o seu sangue.

"A conceituada intelectual saudita Dra. Umayma al-Jalahma da Universidade Rei Faisal em Damam, inventou uma nova variante do libelo de sangue cristão clássico, no qual dirige o foco no feriado de Purim em vez da Páscoa Judaica. Ela alega que durante este feriado os judeus devem preparar doces especiais. Os judeus precisam obter sangue humano para que seus clérigos possam assar os bolos. Segundo Al-Jalahma a vítima deve ser um adolescente, muçulmano ou cristão. Na sequência ela entra em uma série de detalhes sobre o método de matar a vítima e como o sangue é preparado. Um relato sobre esta 'obra' foi publicado no diário do governo saudita Al-Riyadh.

"Um dos mais conceituados jornais árabes, o egípcio Al-Ahram al-Iqtisadi, publicou um artigo do 'especialista' Dr. Lutfi abd-al-Adhim, intitulado "Árabes e Judeus: Quem Irá Aniquilar Quem?" Um trecho diz o seguinte: a única diferença entre os vários círculos judaicos é se a vítima árabe deve estar anestesiada ao ser morta ou se ela deve ser atacada violentamente e seu sangue bebido de imediato... Nesse ponto todos os judeus estão de acordo ".

"Não são só os árabes muçulmanos que promovem o libelo de sangue. O consagrado poeta libanês cristão Marwan Chamoun, descreve detalhadamente o uso do sangue do padre cristão em 1840 em Damasco para a fabricação de matzót, como se ele estivesse lá presente. Chamoun diz que em vez de chocolates, ele presenteia livros sobre essa matéria para os casais recém-casados.

"Todos os casos acima mencionados devem ser vistos como parte de uma iniciativa no mundo árabe e islâmico de criar uma atmosfera na qual os judeus não são considerados plenamente humanos. Fazer vista grossa a essa empreitada só incentiva os elementos mais extremos destas sociedades a florescerem sem obstáculos e aumentarem a sua influência política. Há raras vozes sãs no mundo árabe. Ocasionalmente, a pressão americana também tem sido exercida. No entanto, nada disso teve um impacto duradouro". 
Por Manfred Gerstenfeld 7 de Março de 2017
Tradução: Joseph Skilnik Do site: https://pt.gatestoneinstitute.org

sexta-feira, 17 de março de 2017

O FUTURO DEMOGRÁFICO MUÇULMANO DA ALEMANHA

- Os críticos da política de imigração de portas abertas da Alemanha estão alertando que o recente salto da população muçulmana na Alemanha - que já ultrapassou pela primeira vez a casa de seis milhões de pessoas em 2016 - mudou para sempre a cara do país.


- O preço para inverter o declínio demográfico na Alemanha parece ser islamizar ainda mais o país, sob o pretexto do multiculturalismo.

- Com uma taxa de fertilidade de 1,6 nascimento por mulher, bem abaixo da taxa de substituição populacional de 2,1, a Alemanha irá necessitar um influxo permanente de 300.000 migrantes por ano a fim de manter estável o nível da população atual até o ano 2060, segundo o documento.

- "Estamos importando o extremismo islâmico, antissemitismo árabe, conflitos nacionais e étnicos de outros povos, bem como um entendimento diferente de sociedade e lei. As agências de segurança alemãs não têm condições de lidar com estes problemas de segurança importados e as consequentes reações da população alemã" − Documento vazado da inteligência alemã.

- Há mais de uma década, o historiador Bernard Lewis alertou que se as propensões migratórias atuais continuarem, a Europa será islâmica até o final do século XXI. As elites políticas da Alemanha estão na vanguarda de tornar essa previsão uma realidade.
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A Alemanha terá que absorver anualmente 300.000 migrantes nos próximos 40 anos para conter o declínio populacional, de acordo com um informe vazado do governo.

Os trechos do documento que foram publicados pelo Rheinische Post em 1º de fevereiro, revelam que o governo alemão conta com a migração contínua de grande contingente de pessoas — aparentemente da África, Ásia e Oriente Médio — para manter o tamanho atual da população alemã (82,8 milhões) estável até 2060.

O documento indica que a decisão da Chanceler Angela Merkel de permitir a entrada no país de cerca de 1,5 milhão de migrantes, em sua maioria muçulmanos, entre 2015 e 2016 não foi primordialmente um gesto humanitário e sim uma iniciativa calculada para evitar o declínio demográfico da Alemanha e preservar a viabilidade do futuro do bem estar social do estado alemão.

Se a maioria dos novos migrantes que chegarem à Alemanha nas próximas quatro décadas forem do mundo islâmico, a população muçulmana da Alemanha poderá saltar para bem mais de 20 milhões e representar mais de 25% da população alemã em 2060.

Os críticos da política de imigração de portas abertas da Alemanha estão alertando que o recente salto da população muçulmana na Alemanha - que já ultrapassou, pela primeira vez, seis milhões de pessoas em 2016 - mudou para sempre a cara do país.

A migração em massa está impulsionando açodadamente a ascensão do Islã na Alemanha, conforme evidenciado pela proliferação de zonas proibidas, tribunais da Sharia, poligamia, casamentos de crianças e violência em nome da honra. A migração em massa também é responsável pelo caos social, incluindo ataques jihadistas, a epidemia de estupros cometidos por migrantes, a crise na saúde pública, o aumento da criminalidade e a corrida de cidadãos alemães para comprarem armas para defesa pessoal - e até mesmo abandonarem para sempre a Alemanha.

O governo não disse como pretende integrar outros milhões de muçulmanos em potencial na sociedade alemã. O preço para inverter o declínio demográfico na Alemanha parece ser islamizar ainda mais a Alemanha, sob o pretexto do multiculturalismo.

Fora com os idosos, bem-vindos os jovens...

Segundo o documento que foi elaborado pelo Departamento Federal de Estatística (Destatis), o governo havia previsto anteriormente que a população da Alemanha cairia do patamar de 82 milhões para 73 milhões até o ano de 2060 - ou até mesmo para 67,6 milhões na pior das hipóteses. Esta estimativa já está sendo revista, no entanto, com base em um novo recálculo das previsões em relação à imigração, taxas de natalidade e expectativa de vida.

Devido à migração líquida positiva (mais pessoas entrando no país do que saindo), a população alemã aumentou em 1,14 milhão de habitantes em 2015 e mais 750.000 em 2016, para atingir o recorde histórico de 82,8 milhões no final de 2016, segundo estimativas preliminares do Destatis.

Com uma taxa de fertilidade de 1,6 nascimento por mulher, bem abaixo da taxa de substituição populacional de 2,1, a Alemanha irá necessitar um influxo permanente de 300.000 migrantes por ano a fim de manter estável o nível da população atual até o ano 2060, segundo o documento.

O documento ressalta a necessidade de integrar rapidamente os migrantes no mercado de trabalho, de modo que possam começar a contribuir com o sistema de bem estar social. "Com base em experiências passadas, isso não será nada fácil e levará bem mais tempo do que o esperado inicialmente", admite o documento. "O sucesso será visível somente no médio e longo prazo".

Uma pesquisa recente realizada pelo Frankfurter Allgemeine Zeitung constatou que as 30 maiores empresas alemãs empregam apenas 54 refugiados, incluindo 50 que foram contratados como entregadores do provedor de logística Deutsche Post. Os executivos da empresa dizem que o principal problema é que os migrantes não possuem qualificações profissionais e conhecimento da língua alemã.

De acordo com o Departamento Federal do Trabalho, o nível educacional dos migrantes recém-chegados na Alemanha é bem mais baixo do que o esperado: apenas um quarto tem diploma do ensino médio, ao passo que três quartos não têm nenhuma formação profissional. Somente 4% dos recém-chegados à Alemanha são altamente qualificados.

Por ora a grande maioria dos migrantes que entraram na Alemanha em 2015 e 2016 estão sob tutela do estado alemão. Contribuintes alemães pagaram aproximadamente US$23,4 bilhões de ajuda aos refugiados e candidatos a asilo em 2016 e irão pagar um montante mais ou menos igual em 2017.

Um documento do Ministério da Fazenda revelou que a crise migratória pode acabar custando aos contribuintes alemães US$101 bilhões de hoje até 2020. Cerca de US$27,73 bilhões seriam gastos em programas sociais como seguro desemprego e apoio à habitação. Cerca de US$6,15 bilhões seriam destinados a cursos de línguas e US$4,96 bilhões para a integração dos refugiados no mercado de trabalho.

A migração em massa também aumentou a demanda por habitação, pressionando para cima os custos de locação para os alemães comuns. Cerca de 350.000 novos apartamentos são necessários a cada ano para atender a demanda, mas apenas 245.000 apartamentos foram construídos em 2014 e 248.000 em 2015, segundo o Rheinische Post.

Enquanto isso, os migrantes cometeram 208.344 crimes em 2015, segundo um relatório da polícia. Este número representa um salto de 80% em relação a 2014, o que significa cerca de 570 crimes cometidos por migrantes a cada dia, todos os dias, ou seja: 23 crimes a cada hora, entre janeiro e dezembro de 2015.

Um documento vazado da inteligência alemã alertou que a migração em massa do mundo muçulmano terá como consequência o aumento da instabilidade política no país. O documento alertou que "será impossível integrar centenas de milhares de imigrantes ilegais dados os enormes contingentes envolvidos e as sociedades paralelas muçulmanas já existentes na Alemanha". O documento acrescenta:

"Estamos importando o extremismo islâmico, antissemitismo árabe, conflitos nacionais e étnicos de outros povos, bem como um entendimento diferente de sociedade e lei. As agências de segurança alemãs não têm condições de lidar com estes problemas de segurança importados e as consequentes reações da população alemã".

Em entrevista concedida ao jornal Die Welt, um funcionário do alto escalão de segurança, que não quis se identificar, assinalou:

"A entrada em massa de pessoas dos mais diferentes cantos do planeta levará nosso país à instabilidade. Ao permitir esta migração em massa estamos gerando extremistas. A sociedade inserida no contexto da maioria da população está se radicalizando pelo fato do grosso da nação não querer a migração, que está sendo imposta pelas elites políticas. No futuro muitos alemães irão se afastar do estado de direito".

Um recente levantamento do YouGov constatou que 68% dos alemães acreditam que a segurança no país se deteriorou devido à migração em massa. Cerca de 70% dos entrevistados responderam que temem por suas vidas e pelos seus bens em estações de trens e metrôs na Alemanha e que 63% se sentem inseguros em grandes eventos públicos.

Uma pesquisa de opinião realizada pela INSA constatou que 60% dos alemães acreditam que não há lugar para o Islã na Alemanha. Quase metade (46%) dos entrevistados disseram estar receosos no tocante à "islamização" na Alemanha.

No entanto, se a eleição alemã fosse realizada hoje, Angela Merkel conquistaria facilmente mais um mandato de quatro anos como chanceler. Uma pesquisa de opinião realizada pela INSA encomendada pelo Bild em 2 de Fevereiro constatou que o Partido de Merkel, União Democrata-Cristã (CDU) ora no poder, venceria com 33% dos votos contra 27% para o Partido Social-Democrata de centro-esquerda (SPD) e 9% para o partido anti-imigração Alternativa para a Alemanha (AFD).
Cálculo da População Muçulmana da Alemanha

A Alemanha já compete com a França pela maior população muçulmana da Europa Ocidental.

O aumento da população muçulmana da Alemanha está sendo alimentado pela migração em massa. Estima-se que 300.000 migrantes chegaram à Alemanha em 2016, isso fora mais de um milhão que chegou em 2015. Pelo menos 80% (800.000 em 2015 e 240.000 em 2016) dos recém-chegados eram muçulmanos, de acordo com o Comitê Central de Muçulmanos da Alemanha.

Além dos recém-chegados, a taxa de crescimento da população muçulmana que já reside na Alemanha é de aproximadamente 1,6% ao ano (77.000), de acordo com dados extrapolados de um estudo realizado pelo Pew Research Center sobre o crescimento da população muçulmana na Europa.

Com base nas projeções do Pew, que foram proferidas antes da atual crise migratória, a população muçulmana da Alemanha chegaria a um número estimado de 5.145 milhões de pessoas até o final de 2015.

Adicionando os 800.000 migrantes muçulmanos que chegaram à Alemanha em 2015 aos 240.000 que chegaram em 2016, somados ao aumento natural de 77.000, a população muçulmana da Alemanha saltou 1.117.000, atingindo segundo estimativas 6.262.000 até o final de 2016. Isso equivale a aproximadamente 7,6% da população total da Alemanha de 82,8 milhões.

A população muçulmana da Alemanha poderá atingir 20 milhões já em 2020 segundo o presidente da Associação das Municipalidades Bávaras (Bayerische Gemeindetag), Uwe Brandl. Sua previsão se baseia nas assim chamadas reunificações familiares - pessoas cujos pedidos de asilo serão aprovados irão subsequentemente trazer em média de quatro a oito membros da família para a Alemanha.

Há mais de uma década o historiador Bernard Lewis alertou que, se as propensões migratórias atuais continuarem, a Europa será islâmica até o final do século XXI. As elites políticas da Alemanha estão na vanguarda de tornar essa previsão uma realidade.
Por: Soeren Kern, Colaborador Sênior do Gatestone Institute de Nova Iorque. Siga-o no Facebook e no Twitter. Original em inglês: Germany's Muslim Demographic Future
Tradução: Joseph Skilnik Do site: https://pt.gatestoneinstitute.org

quarta-feira, 15 de março de 2017

O NOMINALISMO E O DEFICIT NOMINAL ZERO


Como reduzir a dívida com toda esta má vontade política? 

Só existe uma forma de reduzir os juros em um país.

A única forma de reduzir os juros é reduzindo a dívida.

Todos estes apelos para reduzir os juros diretamente são ingênuos, porque o problema é outro.

Se o governo chegasse para os bancos e dissesse: “Toma seu dinheiro de volta, não quero mais estes empréstimos caríssimos”, os bancos ficariam com um monte de dinheiro parado nas mãos e teriam de reduzir os juros e emprestar novamente para o setor produtivo.

O Estado pagaria juros menores, e mais importante, sobre um total de dívida menor.

Só que todos os nossos governos se recusam a devolver as dívidas que governos anteriores contraíram.

Não há interesse nem estímulo político em pagar o que o governo anterior tomou emprestado e gastou.

Todo prefeito, governador e presidente quer gastar em obras, para se reeleger.

Marta Suplicy se recusou a devolver uma dívida de um bilhão de São Paulo na época, e isso nos custou uns 30 nos próximos 20 anos.

Economistas do PT falavam abertamente em repúdio às dívidas.

Pagar dívida de outro, de fato, não tem a menor graça.

O ex-Ministro da Fazenda Delfim Netto ficou famoso em 1982, ao defender que “Dívida não se paga. Dívida se rola”.

Foi o que todo governo fez desde então, aumentando a dívida cada vez mais ao longo do caminho, e por tabela, os juros.

Como reduzir a dívida com toda esta má vontade política?

O truque seria enganar os políticos, levando-os a devolver finalmente a dívida de governos passados sem que eles soubessem disto.

Nisto está a sutileza e o maquiavelismo da Proposta do Deficit Nominal Zero.

A proposta agora não é mais “rolar a dívida”, mas que o governo pague todas as suas despesas incluindo o “Juro Nominal” da dívida.

1 O “juro” nominal não é juro, é uma ficção da Escola Nominalista, mas todo mundo, a imprensa, a maioria dos professores de economia, os próprios investidores acreditam.

O “juro” nominal é na realidade a soma de um juro real (o verdadeiro juro) mais uma inflação futura, ambos incertos.

2 Pagando-se os “juros” nominais na sua totalidade, a dívida não se manterá constante, como muitos irão acreditar, mas a dívida interna diminuirá em termos reais.

Portanto, o truque é esse.

A inflação embutida no juro, é uma amortização ou devolução do seu próprio empréstimo.

Você fica feliz achando que está ganhando um juro elevado, mas na realidade é seu próprio dinheiro que estão devolvendo.

Esta prática é feita para enganar o aplicador, que acha os “juros” maiores do que “realmente” são e o “juro” nominal mais atraente ao aplicador facilita a vida do Ministro da Fazenda, que tem de colocar títulos do governo no mercado.

Mas com um governo falido, isto se torna um tiro no pé. Nem devolver parte da dívida eles são capazes de fazer.

O Deficit Nominal Zero, simplesmente obriga o governo a reduzir despesas ao ponto de terem como reduzir a dívida em termos reais, e não mais como uma porcentagem do PIB como vinha acontecendo.

Agora a dívida cai mesmo, em vez de aumentar, embora menos do que o PIB. Se a inflação for de 3,5% em 2006, 3,5% da dívida interna será devolvida. Se em 2007 a inflação for de 9%, a dívida será corroída ou devolvida, via “juro” nominal, em 9%.

Este é o primeiro problema do plano, ele sofre da incerteza quanto a inflação futura.

O plano do Deficit Nominal Zero, nunca saberá ao certo em quanto a dívida será reduzida, muito menos quanto de despesas precisam ser cortadas.

Em termos de gestão o plano é impossível de ser gerido.

Se tivermos 100% de inflação a dívida cairia pela metade, mas o governo conseguiria cortar a metade de suas despesas?

O Deficit Nominal Zero, evita o uso das palavras Superavit e Lucro, palavras riscadas do ideário nacional.

Usam o termo Deficit, tão querido pelos intelectuais e economistas de governo.

O Deficit Nominal Zero é na realidade um Superavit Real Positivo.

Um investidor ficará mais tranquilo se ouvir que finalmente haverá de fato um Superavit Positivo ou se ele ouvir esta bobagem semântica de Deficit Nominal Zero?

Paulo Skaf, Presidente da Fiesp, também não entendeu a proposta, ao declarar em nome dos empresários de São Paulo, “Queremos um Superavit Nominal, ainda que seja de 1% ou menos.

Precisamos pagar todas as contas e juros, e ainda sobrar algum dinheiro.

Do contrário, não adiantará nada, o esforço será desperdiçado.”

Não há necessidade de se ter um superavit nominal, o Deficit Nominal Zero já é superavitário, vai sobrar dinheiro até para devolver parte da dívida!

Todos os economistas entrevistados nos primeiros dias de discussão não entenderam.

Uns falaram que só daria para reduzir a dívida se reduzisse os juros, ou seja, justamente o contrário da proposta do Delfim.

O que preocupa é que mentira tem perna curta.

Algum professor de Economia da Unicamp vai ler este meu artigo e descobrir a verdade.

É tão elementar o truque proposto, que não demorará outros descobrirem o que escrevo por si mesmos.

E o plano já recebe “fogo amigo” da Fiesp, porque o plano não é claro, como tudo no Nominalismo.

E se não é claro, como fazer um choque de gestão, se gestão requer ação conjunta sobre metas claras e definidas?

Se não é claro, por que os “juros” iriam despencar de um dia para outro, por que os investidores ficariam mais tranquilos com esta falta de clareza? Um economista realista ou administrador financeiro teria proposto algo muito mais operacional e transparente.

Teria proposto uma política onde o Estado se comprometeria a pagar a totalidade de um juro-real, transparente e definido, o que por si só reduziria os juros pela metade. Seria o juro de mercado, o que permitiria o Banco Central a fazer uma política monetária.

Pérsio Arida também não entendeu o plano do Delfim.

Ao mesmo tempo, o Estado se comprometeria a devolver ao povo brasileiro, digamos, 3, 4 ou 5% da dívida interna ao ano, ou outra taxa politicamente viável.

Seria uma política clara e transparente, o que reduziria ainda mais os juros, por antecipação.

Em 10 anos poderíamos reduzir a dívida em 30, 40, ou até 50%.

De uma forma clara e transparente. Isto sim, reduziria os juros. Na fórmula do Delfim, daqui a 10 anos a dívida terá sido reduzida em quanto? Ninguém sabe, mesmo depois de 10 dias de manchetes, com mais de 50 economistas sendo entrevistados.

Assusta a persistência do pensamento Nominalista neste país que engloba praticamente todas as faculdades de economia daqui, e está por trás de quase todos os nossos erros econômicos nesta história recente.

O brasileiro quer ser enganado para sempre? Engenheiros, contadores, juízes, advogados, professores, psicólogos, querem ser enganados por economistas Nominalistas para sempre?

Vocês querem comprar títulos que dizem pagar 19,75% de “juros” nominais, e achar que estão de fato ganhando esta mentira para sempre?

3 Pior, O Deficit Nominal Zero, deixará os banqueiros torcendo por uma inflação zero, o que mantém a dívida e os juros como estão.

Os industriais, por sua vez, irão torcer por uma inflação de 20%, para que o governo devolva rapidamente a dívida, permitindo que estes recursos sejam reciclados pelos bancos para uma atividade produtiva.

Uma Ideia Antiga.

A ideia do Deficit Nominal Zero é antiga, e foi a causa da estagnação da economia brasileira por 10 anos. A década perdida!

Na crise da dívida externa, nossos ministros da economia, incluindo Delfim, adotaram esta ideia, sem saber.

Nossos economistas Nominalistas da época não perceberam que ao pagar o “juro” nominal aos bancos internacionais, eles estavam pagando muito mais do que os juros, estavam também amortizando a dívida, de forma acelerada, antecipada e injusta.

Gerou uma recessão brutal e desnecessária, mas reduziu, como previ na época, a dívida em termos reais a ponto de não ser mais um problema nacional. Mas, se Delfim tivesse estudado economia real e não nominal teria percebido na época que este mesmo Deficit Nominal Zero foi exatamente o que o FMI e os Bancos na época nos impuseram.

Deficit Nominal Zero não é um plano administrativamente bem construído, porque seus resultados dependem de fatores fora de seu controle, isto é, a inflação futura, mas é um enorme avanço no pensamento social-democrata deste país, ao admitir que dívidas precisam ser devolvidas após um certo tempo, e que a sociedade, o povo e seus trabalhadores não podem pagar juros indefinidamente só para manter a dívida na mão do Estado.

Talvez, somente com a ilusão monetária que o Deficit Nominal Zero proporciona, ao não revelar as suas verdadeiras intenções, possamos iniciar o processo de redução da dívida interna.

A clareza e transparência do Realismo Econômico viriam depois.
Por: Stephen Kanitz  Do site: http://blog.kanitz.com.br/

terça-feira, 14 de março de 2017

SEGUNDO A LEI INTERNACIONAL QUEM SERÁ O RESPONSÁVEL PELAS PRÓXIMAS GUERRAS EM GAZA?

- Os recorrentes ataques com foguetes lançados pelo Hamas contra israelenses não combatentes são atos de terrorismo. Este terrorismo -- todos os tipos de terrorismo, independentemente daqueles assim chamados de "justa causa" -- representam um crime inequívoco segundo a Lei Internacional.


- Quando o terrorismo palestino é o reflexo das populações que entusiasticamente apoiam ataques terroristas e, onde os terroristas podem encontrar refúgio acolhedor no seio da população local, a responsabilidade legal por todos os danos resultantes das ações antiterroristas que se seguirem está nas mãos dos perpetradores.

- De acordo com o direito internacional, que também faz parte da lei dos Estados Unidos, todos os terroristas palestinos são hostes humani generis: "inimigos comuns da humanidade."

- A não distinção aqui entre "judeus" e "israelenses" é intencional. Para o Hamas, o verdadeiro inimigo é identificável pela religião, não pelo território, sendo portanto irremediável. No tocante "aos judeus", isto significa que a única maneira de evitar o terrorismo árabe é desaparecer ou se submeter ao controle islâmico -- se tornarem cidadãos dhimmi, perseguidos, de segunda classe em seu próprio país, assim como os cristãos autóctones agora o são no Egito e em grande parte do Oriente Médio.
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"A Segurança do Povo Deverá Ser a Lei Maior." — Cícero, Tratado das Leis.

Já está começando de novo. À medida que os terroristas do Hamas estão atacando, indiscriminadamente civis israelenses com foguetes, na cidade de Sderot ao sul de Israel, as retaliações de autodefesa israelense já estão sendo rotuladas como "excessivas" e "desproporcionais". Como de costume, a opinião pública internacional está rapidamente, ainda que de forma estapafúrdia, se mobilizando contra a suposta e subentendida "ocupação" de Israel por meio dos judeus que vivem em sua própria terra bíblica.

Mas e quanto aos fatos? Desde 2005 pelo menos, quando todos os judeus, até não sobrar nem unzinho, deixaram Gaza, não tem como haver "ocupação".

As sistemáticas deturpações do Hamas pioram gradualmente.

Qualquer acusação dessa natureza, no entanto, não tem nenhuma base legal. Em relação à "proporcionalidade", a verdadeira exigência legal quanto à proporcionalidade contida nas Leis Humanitárias Internacionais (a lei sobre os conflitos armados) não tem nada a ver com o número lamentável de mortes que possa haver em qualquer um dos lados. Proporcionalidade não tem nada a ver com a equivalência de mortes causada por cada lado.

Luis Moreno-Ocampo, procurador-geral do Tribunal Penal Internacional, investigou as acusações de crimes de guerra cometidos durante a invasão do Iraque em 2003 e publicou em 2006 uma carta aberta contendo suas conclusões. Constava nesta cláusula o item proporcionalidade:

Segundo as Leis Humanitárias Internacionais e o Estatuto de Roma, a morte de civis que ocorrem durante um conflito armado, não importando o quão grave e lamentável sejam, não constituem em si crime de guerra. As Leis Humanitárias Internacionais e o Estatuto de Roma permitem às partes beligerantes realizarem ataques proporcionais contra objetivos militares, mesmo quando é sabido que haverá um certo número de feridos ou fatalidades civis.

Ocorre um crime se houver um ataque proposital direcionado contra civis (princípio da distinção) ou quando um ataque é lançado contra um objetivo militar mesmo com o conhecimento de que os ferimentos acidentais nos civis seriam claramente exagerados em relação à esperada vantagem militar (princípio da proporcionalidade). [1]

Sob nenhuma circunstância, pelo menos as documentadas, os israelenses são culpados de tais excessos em suas retaliações.

Os recorrentes ataques com foguetes lançados pelo Hamas contra israelenses não combatentes são, basicamente, exemplos de terrorismo. Este terrorismo -- todos os tipos de terrorismo, independentemente daqueles assim chamados de "justa causa" -- representam um crime inequívoco segundo a Lei Internacional.
Nas palavras do líder do Hamas Ismail Haniyeh (esquerda), os túneis que o Hamas cava a partir de Gaza para dentro de Israel (direita), usados para desfechar ataques terroristas não têm apenas o propósito de "defender a Faixa de Gaza, mas também para servir de plataforma de lançamento para atingir toda a Palestina".

Quando o terrorismo palestino é o reflexo das populações que entusiasticamente apoiam ataques terroristas e, onde os terroristas podem encontrar refúgio acolhedor no seio da população local, a responsabilidade legal por todos os danos resultantes das ações antiterroristas que se seguirem está nas mãos dos perpetradores.

Compreendida em termos de um ciclo do terrorismo palestino ainda em curso e da legítima defesa israelense contra o terrorismo, o lado palestino deve assumir total responsabilidade jurídica quanto às vítimas civis que ocorrem em Gaza. Se não houvesse ataques terroristas premeditados contra populações civis israelenses, não haveria nenhum dano infligido por Israel aos palestinos.

É simples assim.

De acordo com o direito internacional, que também faz parte da Lei dos Estados Unidos,[2] todos os terroristas palestinos são hostes humani generis: "inimigos comuns da humanidade". De maneira significativa, segundo a lei, esses assassinos devem ser punidos exemplarmente, onde quer que estejam. Em relação a sua detenção em potencial e a posterior ação judicial são, segundo a jurisdição atual após os julgamentos e os princípios de Nuremberg pós-Segunda Guerra Mundial, expressamente "universais".

Terrorismo, incluindo o terrorismo palestino, é sempre cruel. Além dos foguetes, os assassinos palestinos muitas vezes usam bombas recheadas de pregos, lâminas de barbear e parafusos banhados em veneno de rato, que procuram mutilar e queimar civis israelenses. Este objetivo é normalmente anunciado com elogios e repletos de bênçãos de diversos líderes do clero islâmico.

Nas recorrentes acusações apresentadas pelo clero nomeado pelo Hamas consta a alegação de que "aos judeus falta santidade". A não distinção aqui entre "judeus" e "israelenses" é intencional. Ela ressalta o que a maioria dos observadores parece ainda não entender: para o Hamas o verdadeiro inimigo é identificável pela religião, não pelo território, sendo portanto irremediável.

Se os inimigos do Hamas fossem meramente "os israelenses" e não "os judeus", talvez ainda houvesse uma boa razão para a busca de um "processo de paz" político ou diplomático. Mas para os palestinos, especialmente para o Hamas e os grupos terroristas a ele aliados, os inimigos são, conforme expresso no Estatuto do Hamas, imutavelmente "os judeus". [3]

Com um inimigo desses, jamais haverá um acordo. No tocante "aos judeus",seja em Israel propriamente dito ou em um "território ocupado", isto significa que a única maneira de evitar o terrorismo árabe é desaparecer ou se submeter ao controle islâmico -- ao que tudo indica, tornar os judeus mais uma vez cidadãos dhimmi, perseguidos, de segunda classe em seu próprio país, assim como os cristãos autóctones agora o são no Egito e em grande parte do Oriente Médio.

Há mais ironias. Os comandantes palestinos, mais ou menos ricos, que controlam diretamente o caos dos homens-bomba (que ficaram ricos com as enormes somas de dinheiro sistematicamente roubadas dos fundos da agência da ONU), evidentemente preferem se esconder amedrontados em suas cidades, normalmente tomando muito cuidado para encontrar segurança própria em regiões árabes densamente povoadas.

Atuando em conjunto com diferentes unidades da Força Aérea de Israel (IAF), elementos especiais de contraterrorismo e comando das Forças de Defesa de Israel (IDF) identificam meticulosamente o alvo e têm como objetivo apenas líderes terroristas. Israel sempre procura minimizar qualquer efeito colateral. Ainda assim, não é possível sempre evitar danos, mesmo pela IDF, que obedece seu código de "Pureza das Armas" de forma mais rigorosa do que qualquer outra força armada do mundo.

Ciladas são legalmente aceitáveis em conflitos armados, mas as Convenções de Genebra vetam o posicionamento de combatentes, produção e/ou estocagem de armamentos militares em áreas civis densamente povoadas. Armazenar armamentos militares em áreas civis densamente povoadas é considerado, nos termos do direito internacional "perfídia". É amplamente reconhecido que estas leis também são compulsórias com base no direito internacional consuetudinário.

Perfídia representa uma violação especialmente grave das Leis da Guerra, identificada como "violação grave" no Artigo 147 da Convenção de Genebra IV, que proclama que,

Graves violações às quais o artigo acima se refere são aquelas que envolvem qualquer um dos seguintes atos, se cometidos contra pessoas ou bens protegidos pela presente Convenção: matança deliberada, tortura ou tratamento desumano, incluindo experimentos biológicos que causam intencionalmente grande sofrimento ou ferimentos graves ao corpo ou a saúde, deportação ilegal, transferência ou confinamento ilegal de uma pessoa protegida (segundo as Leis Humanitárias Internacionais), obrigar uma pessoa protegida a servir nas fileiras das forças hostis, privar deliberadamente uma pessoa protegida aos direitos de um julgamento justo e normal prescrito na presente Convenção, tomada de reféns e extensa destruição e apropriação de propriedade não justificada pela necessidade militar, realizada ilegal e desenfreadamente.

O efeito jurídico crucial da perfídia cometida pelos líderes terroristas palestinos em Gaza é imunizar Israel de qualquer responsabilidade por quaisquer danos involuntários causados aos civis árabes resultantes de ações antiterroristas. Mesmo que o Hamas não ataque deliberadamente de forma pérfida, qualquer ligação criada pelos palestinos entre civis e atividades terroristas concederia plena justificativa jurídica a Israel para a realização de todas as ações defensivas necessárias.

De acordo com a lei, o uso da força, qualquer que seja ela, é regido por regras estabelecidas. Todos os combatentes, incluindo os insurgentes palestinos, são obrigados a respeitar as Leis Internacionais da Guerra. Este requisito encontra-se no Artigo 3º, comum às quatro Convenções de Genebra de 12 de agosto de 1949 e também aos dois protocolos das referidas Convenções.

O Protocolo I estende as Leis Humanitárias Internacionais a todos os conflitos que envolvam "autodeterminação", objetivo declarado por todos os combatentes palestinos. Produto da Conferência Diplomática sobre a Reafirmação e Desenvolvimento das Leis Humanitárias Internacionais Aplicáveis aos Conflitos Armados (1977), o protocolo traz todas as forças irregulares para a esfera do Direito Internacional. Neste âmbito, os termos "combatente" e "irregular" são flagrantemente generosos ao descreverem os terroristas palestinos como criminosos fanáticos que "normalmente" visam apenas civis, cujo modo característico de "combate" não é o confronto militar e sim o equivalente ao sacrifício religioso.

No mundo antigo, o estadista romano Cícero escreveu no Tratado das Leis: "A Segurança do Povo Deverá Ser a Lei Maior".[4] na realidade nada mudou. Segundo o Direito Internacional de hoje, Israel tem tanto o direito quanto a obrigação de proteger os seus cidadãos de crimes de terrorismo.

Por: Louis René Beres, Professor Emérito de Direito Internacional na Universidade Purdue.Original em inglês: Who is Responsible under International Law for the New Gaza Wars?
Tradução: Joseph Skilnik 

[1] O Artigo 8(2)(b)(iv) do Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional criminaliza:


"Lançar intencionalmente um ataque com o conhecimento de que o ataque causará perda de vidas ou ferimentos a civis ou danos, generalizados ou não à propriedade, graves e duradouros danos ao meio ambiente natural ainda que contingenciais, que seriam claramente excessivos em relação à concreta e direta vantagem militar antevista como um todo".

[2] Consulte em especial no Artigo 6º da Constituição dos Estados Unidos, a "Supremacy Clause" e diversas decisões da Suprema Corte dos EUA, sobretudo Paquete Habana (1900).

[3] O Estatuto do Hamas estipula:

O Profeta, que Deus o abençoe e lhe conceda a salvação, afirmou: "o Dia do juízo não virá até que os muçulmanos combatam os judeus (matem os judeus) quando o judeu se esconder atrás de pedras e árvores. As pedras e as árvores dirão Ó Muçulmanos, Ó Abdulla, há um judeu atrás de mim, venha e mate-o. Somente a árvore Gharkad, (evidentemente um determinado tipo de árvore) não fará isso porque ela é uma das árvores dos judeus". (segundo al-Bukhari e Muçulmano).

[4] Cícero De Legibus (livro III, parte III, sub. VIII), conforme Ollis salus populi suprema lex esto.

sexta-feira, 10 de março de 2017

COMO GADO PARA O ABATEDOURO?

Se um direito é natural, inerente à condição humana, o Estado pode não o reconhecer, mas ele não deixa de existir.

No Brasil de 2017, a posse e o porte de armas deveria ser objeto de clamor nacional ante o Estado omisso no cumprimento das obrigações.


Quem se alinha com teses sempre desastrosas, como os defensores do desarmamento, por exemplo, senta-se sobre o lado esquerdo do traseiro. Por que será? As exceções são tão raras que não ocupam lugar na arquibancada dos fatos sociais. Não contentes com fincarem pé nos fracassos, nem com andarem por aí arredondando pilar quadrado até que a casa caia, esse pessoal se esmera em espancar o bom conselho e em desqualificar a divergência. Você é contra o desarmamento? Então você é raivoso, da turma da bala; está a serviço da indústria da guerra. Potencialmente, um assassino de aluguel.

No entanto, a entrega compulsória de todas as armas das pessoas de bem tem lugar de merecido destaque na lista das iniciativas absurdas e maléficas já adotadas em nosso país. Responde, diretamente, pelo aumento da criminalidade, tanto em razão do quantitativo quanto da desfaçatez com que os bandidos passaram a agir nos mais variados ambientes e circunstâncias. Percebem-se – e de fato são – “donos do pedaço”, tocadores de gado para o abatedouro ou para o brete da marcação. Rapidamente vamos adquirindo destreza em preencher boletins de ocorrência, aos quais já tratamos na intimidade como "os meus BOs".

Nós, os conservadores, e boa parte dos liberais, cremos que a pessoa humana é titular de direitos aos quais denominamos naturais. Entre eles, o direito à vida, à liberdade e à propriedade dos bens legitimamente havidos. Para os estatistas, socialistas, comunistas e outros totalitários em geral, as coisas não são assim. Entendem que os direitos nos são dados pelo Estado, motivo por que, fonte de todos os direitos, ele se torna, simultaneamente, objeto de reverência e de assédio. Estados vão à falência por conta do assédio. Sociedades são escravizadas por conta da reverência.

O leitor destas linhas pode estar pensando: “Mas se o Estado diz que eu não posso isto ou aquilo, na prática eu não posso mesmo; na prática eu não tenho tais direitos". Ora, se um direito é natural, inerente à condição humana, o Estado pode não o reconhecer, mas ele não deixa de existir. Os criminosos sentenciados têm a liberdade justificadamente tolhida; os presos políticos em regimes não democráticos, tem a liberdade injustificadamente contida. Mas o direito? Ah, o direito permanece na pessoa!

Isso é tão significativo quanto objeto de abuso. Se olharmos a pauta das postulações daqueles corpos políticos a que me referi no início, veremos que atuam invocando o reconhecimento de supostos direitos que seriam naturais aos grupos que manipulam. Normalmente, não são.

Pois bem, a turma das teses desastrosas acabou, simultaneamente, com o sistema penitenciário e com a possibilidade de dar devida vigência repressiva ao Código Penal. A realidade social evidencia que já há mais criminosos soltos do que presos. As baixas contabilizadas pelas estatísticas são indicativas de estado de guerra, e de guerra sangrenta. Em tais condições, nosso direito à vida não pode ser preservado, defendido ou exercido na ausência de legítimo e proporcional direito de defesa. No Brasil de 2017, a posse e o porte de armas deveria ser objeto de clamor nacional ante o Estado omisso no cumprimento das obrigações. Esse não cumprimento se torna ainda mais grave quando, simultaneamente, nos recusa o direito à posse e ao porte de armas de defesa pessoal. Como gado para o abatedouro, não!
Por: Percival Puggina   http://puggina.org 

quinta-feira, 9 de março de 2017

ELIZABETH: MULHER INDEPENDENTE MUITO ANTES DAS FEMINISTAS

Seu pai mandou cortar a cabeça de sua mãe quando ela tinha dois anos e meio de idade.

O casamento dos seus pais foi anulado e ela foi considerada ilegítima, perdendo o direito de suceder o rei. Quando tinha 20 anos, sua meia-irmã se tornou rainha e ela foi presa por suspeita de traição. Aos 25 anos, com a morte da irmã, conseguiu assumir o reino da Inglaterra e Irlanda.

Em 1588, a maior potência do mundo na época, Espanha, construiu a “Invencível Armada” para invadir a Inglaterra, tirar a rainha do trono e anexar o país. Ela venceu a guerra, a Espanha quebrou financeiramente e perdeu parte do protagonismo no mundo.

Seu apoio aos holandeses contra os espanhóis foi fundamental para a independência dos Países Baixos no final do séc. XVI, criando as bases para o “século de ouro holandês” e o nascimento do primeiro país capitalista do mundo. Da Holanda do início do séc. XVII saíram também os colonos para os primeiros assentamentos britânicos na América que criaram os EUA como conhecemos.

Durante seu longo e estável reinado, a Inglaterra viu o florescimento das artes e o nascimento do “teatro elisabetano”, que tinha como seu mais conhecido autor ninguém menos que William Shakespeare.

Mesmo com vários pretendentes, ela preferiu não se casar, sendo conhecida no reino até a morte como “a rainha virgem”. O estado americano da Virgínia foi batizado em sua homenagem.

Seu reinado durou 44 anos e durante o período a Inglaterra se tornou a maior potência econômica, militar e cultural da Europa, conquistando um forte sentimento de identidade nacional.

Mesmo Elizabeth tendo sido um dos grandes monarcas da história há quase 500 anos e durante meio século, professores, jornalistas e ativistas-lacradoras-empoderadas vão dizer que o feminismo foi inventado por eles anteontem. Alguém precisa avisar que não foi.
Por: Alexandre Borges  Do site: https://www.facebook.com/lulaborges?fref=ts

segunda-feira, 6 de março de 2017

"O ISLÃ ESTÁ GANHANDO FORÇA NA EUROPA COM A BENÇÃO DA IGREJA"

- Já há inúmeros observadores católicos questionando a cegueira da Igreja em relação ao perigo que a Europa está enfrentando.


- "O Islã conta com todas as oportunidades para fortalecer, de maneira expressiva, sua presença na Europa com a bênção da Igreja... a Igreja não só está conduzindo o continente a um impasse como também está dando um tiro no pé." — Laurent Dandrieu, editor cultural da revista francesa Valeurs Actuelles.

- "É claro que os muçulmanos têm um objetivo final: conquistar o mundo...O Islã, por intermédio da Lei Islâmica (Sharia), permite o uso da violência contra os infiéis, como por exemplo os cristãos...E qual é a conquista mais importante? Roma". — Entrevista concedida pelo Cardeal Raymond Burke ao Il Giornale.

- "Eles não são refugiados, isso é uma invasão, eles vêm para cá com gritos de 'Allahu Akbar', eles querem assumir o poder". — Laszlo Kiss Rigo, chefe da comunidade católica do sul da Hungria.

- François Fillon publicou um livro que leva o título: Conquistando o Totalitarismo Islâmico, ele subiu nas pesquisas por ter prometido controlar o Islã e a imigração: "temos que reduzir a imigração para o mínimo dos mínimos", salientou Fillon. "Nosso país não é uma soma de comunidades, é uma identidade"!
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Em breve todos na Itália e no resto da Europa "serão muçulmanos" devido à nossa "estupidez", alerta o Monsenhor Carlo Liberati, Arcebispo Emérito de Pompeia. Liberati afirmou que graças ao grande número de migrantes muçulmanos, aliado ao crescente secularismo dos europeus autóctones, em breve o Islã se tornará a principal religião da Europa. "Toda essa decadência moral e religiosa favorece o Islã", esclarece o arcebispo Liberati.

Decadência também é o título de um novo livro do filósofo francês Michel Onfray, no qual ele sugere que a era judaico-cristã pode ter chegado ao fim. Ele compara o Ocidente ao Islã: "nós temos o niilismo, eles têm o fervor, nós estamos exaustos, eles têm o vigor, nós temos o passado, eles têm o futuro".

O Arcebispo Liberati pertence a uma crescente parcela de líderes católicos que se recusa a aceitar que o futuro irá pertencer ao Islã na Europa. Eles se manifestam abertamente contrários ao Papa Francisco, que não parece estar muito impactado com o colapso do cristianismo devido à queda na natalidade, acompanhada pela apatia religiosa e sua substituição pelo Islã.



Monsenhor Carlo Liberati, Arcebispo Emérito de Pompeia (esquerda) pertence a uma crescente parcela de líderes católicos que se recusam a aceitar que o futuro irá pertencer ao Islã na Europa e que se manifestam abertamente contrários ao Papa Francisco (direita).

A visão oficial do Papa Francisco é personificada pelo Bispo Nunzio Galantino que foi nomeado pelo Pontífice ao posto de Secretário Geral dos Bispos da Itália. Em dezembro passado Galantino concedeu uma entrevista à imprensa na qual ele descartou que qualquer motivação religiosa esteja por trás dos ataques jihadistas afirmando que na realidade eles estão atrás do "dinheiro".

Já há inúmeros observadores católicos questionando a cegueira da Igreja em relação ao perigo que a Europa está enfrentando. Um desses observadores é o editor cultural da revista francesa Valeurs Actuelles, Laurent Dandrieu, que salienta:

"O Islã conta com todas as oportunidades para fortalecer, de maneira expressiva, sua presença na Europa com a bênção da Igreja. A Igreja contempla o estabelecimento de milhões de muçulmanos na Europa... e o culto muçulmano em nosso continente como inevitável manifestação da liberdade religiosa. Mas simplesmente jamais se menciona a questão civilizacional... Ao se afastar dos povos autóctones da Europa e dos seus legítimos temores, a Igreja não só está conduzindo o continente a um impasse como também está dando um tiro no pé".

Dandrieu apresenta uma série de gestos e discursos do Papa Francisco a favor do Islã e dos migrantes:

"Em 01 de outubro de 2014 o Papa recebeu sobreviventes eritreus de um naufrágio ocorrido na costa de Lampedusa, em 8 de Fevereiro de 2015 ele fez uma visita surpresa a um campo de refugiados em Ponte Mammolo que fica na região nordeste de Roma, em 18 de abril ele aproveitou a primeira visita oficial do novo presidente italiano Sergio Mattarella para exigir "um comprometimento muito maior" no tocante aos migrantes, em 6 de Setembro de 2015 no final das orações do Angelus na Praça de São Pedro, ele conclamou cada paróquia, comunidade religiosa, mosteiro e santuário na Europa a acolher uma família de refugiados, em 24 de Março de 2016 ele escolheu um alojamento que abrigava 900 refugiados para celebrar a Quinta-Feira Santa e lavar os pés de doze candidatos a asilo, em 28 de maio ele recebeu crianças cujos pais tinham falecido em um barco que naufragou repleto de migrantes, durante a audiência geral de 22 de junho o Papa Francisco se misturou à multidão para resgatar quinze refugiados".

No entanto, conforme mostra o caso de Liberati, a resistência à visão do Papa Francisco em relação à Europa está aumentando dentro da Igreja Católica.

"É claro que os muçulmanos têm um objetivo final: conquistar o mundo", salientou o Cardeal Raymond Burke .

"O Islã, por intermédio da Lei Islâmica (Sharia), quer dominar o mundo, permitindo o uso da violência contra os infiéis, como por exemplo contra os cristãos. Mas achamos difícil reconhecer esta realidade e responder defendendo a fé cristã (...) Tenho escutado inúmeras vezes a seguinte ideia islâmica: 'o que não conseguimos fazer com as armas no passado, estamos fazendo hoje com a taxa de natalidade e imigração'. A população está mudando. Se continuar assim, em países como a Itália a maioria será muçulmana (...) O Islã alcança a sua meta na conquista. E qual é a conquista mais importante? Roma".

O primeiro a assinalar esse rumo dramático foi o missionário mais importante da Itália, Padre Piero Gheddo, ressaltando que devido à queda da fertilidade somada ao fervor muçulmano", o Islã irá, mais cedo do que se imagina, conquistar a maior parte da Europa". Esse temor não se restringe apenas à ala conservadora da Igreja Católica.

O Cardeal Christoph Schönborn, Arcebispo de Viena, cotado como candidato a ser o próximo papa, muito próximo do Papa Francisco, é um centrista. Em setembro passado, no aniversário do Cerco à Viena, quando tropas otomanas da Turquia por pouco não conquistaram a Europa, Schönborn emitiu um apelo dramático para salvar as raízes cristãs da Europa. "Muitos muçulmanos querem e dizem que a Europa está acabada", enfatizou o Cardeal Schönborn, em seguida acusou a Europa de "esquecer sua identidade cristã". Ele então alertou, de forma contundente, sobre a possibilidade da "conquista islâmica da Europa.

Depois que um tunisiano, que chegou em meio à avalanche de imigrantes à Alemanha, assassinou 12 pessoas em uma feira natalina em Berlim, o arcebispo católico da capital alemã Heiner Koch, outro líder católico "moderado" nomeado pelo Papa Francisco, também soou o alarme: "talvez nós nos ativemos demais em cima da imagem radiante da humanidade, no que é louvável. A esta altura, no último ano ou talvez também nos últimos anos, vimos que não, também há o perverso".

O chefe da Igreja Católica Romana Tcheca, Miloslav Vlk, também fez um alerta sobre a ameaça da islamização. "Os muçulmanos na Europa têm muito mais filhos do que as famílias cristãs, isso explica porque os demógrafos chegaram à conclusão de que em determinado momento a Europa se tornará muçulmana", segundo afirmou o Cardeal Vlk. Ele também culpou a própria Europa pela conquista islâmica:

"A Europa vai pagar muito caro por ter abandonado seus fundamentos espirituais, este é o último período que não irá continuar por décadas, quando ainda é possível fazer algo a respeito. A menos que os cristãos acordem, a vida será islamizada e o cristianismo não terá forças para marcar seu caráter na vida das pessoas, isso sem falar na sociedade".

O Cardeal Dominik Duka, Arcebispo de Praga e Primaz da Boêmia também questionou a "cultura de boas-vindas" do Papa Francisco.

No âmbito dos bispos católicos orientais há muitas vozes levantando temores quanto à revolução demográfica e religiosa na Europa. Uma dessas vozes é a do líder dos Católicos do Líbano, os quais pagaram um preço altíssimo em virtude da islamização de seu próprio país, incluindo assassinato e exílio e agora vê o mesmo perigo vindo para a Europa. "Tenho ouvido muitas vezes de muçulmanos que seu objetivo é conquistar a Europa com duas armas: a fé e a taxa de natalidade", ressaltou o Cardeal Bechara Rai.

Outra voz é a do Bispo Paul Desfarges, natural da França, que dirige a diocese de Constantine na Argélia: "não é de se admirar que o Islã assumiu uma importância dessa envergadura", salientou Desfarges. "É um problema que preocupa a Europa". O Cardeal de Sydney, George Pell, logo urgiu "um debate sobre as consequências da presença islâmica no mundo ocidental". Pell foi ecoado por Laszlo Beijo Rigo, chefe da comunidade católica do sul da Hungria, que afirmou: "eles não são refugiados, isso é uma invasão, eles vêm para cá com gritos de 'Allahu Akbar', eles querem assumir o poder".

Na esfera política há outra propensão, a de fortes líderes católicos que desafiam o Papa Francisco na questão islâmica e da imigração. O mais importante deles é o candidato à presidência da França François Fillon, um dos primeiros políticos que "não esconde o fato de ser católico". Fillon publicou um livro que leva o título: Conquistando o Totalitarismo Islâmico, ele subiu nas pesquisas por ter prometido controlar o Islã e a imigração: "temos que reduzir a imigração para o mínimo dos mínimos", salientou Fillon. "O nosso país não é uma soma de comunidades, é uma identidade"!

Estes políticos, bispos e cardeais podem convencer o Papa Francisco a não abandonar a Europa, o berço do cristianismo e da civilização ocidental a um iminente e sombrio destino tomando forma no horizonte. Michel Onfray escreveu no final de seu livro: "os valores judaico-cristãos governaram por dois milênios. Um período honroso para uma civilização. O barco está afundando neste momento: só nos resta afundar com elegância". É urgente evitar isso. Já!
Por: Giulio Meotti, Editor Cultural do diário Il Foglio, é jornalista e escritor italiano.
28 de Fevereiro de 2017
Tradução: Joseph Skilnik Do site: https://pt.gatestoneinstitute.org




quinta-feira, 2 de março de 2017

MINHA QUERIDA ESTATAL - E COMO OS POBRES SUBSIDIAVAM MEUS PASSEIOS DE TREM

Cem pessoas sentam-se em um círculo, cada uma com seu bolso cheio de centavos. Um político caminha por fora do círculo, pegando um centavo de cada pessoa. Ninguém se importa; quem se importa com um centavo?


Quando o político dá toda a volta em torno do círculo, joga 50 centavos para uma pessoa, que se sente cheia de alegria com a sorte inesperada.

O processo é repetido. Um centavo é novamente recolhido de cada uma das 100 pessoas e, ao final, 50 centavos são entregues para outra pessoa.

E assim vai, até que cada uma das cem pessoas tenha recebido 50 centavos.

Após cem voltas, cada indivíduo está 100 centavos mais pobre e 50 centavos mais rico. E todos estão felizes.

Essa história acima foi criada por David Friedman, e explica não apenas por que os brasileiros gostam de programas governamentais, como também por que eles torcem o nariz para privatizações.

Se alguém perguntasse aos participantes do jogo se eles defenderiam o fim do sorteio dos 50 centavos, muitos diriam que não, claro que não.

Seria injusto acabar com o jogo que deixa tanta gente feliz e que "enriquece" cada uma em 50 centavos (os 100 centavos perdidos paulatinamente não são notados; os 50 centavos ganhos de uma só vez são perfeitamente percebidos).

As universidades públicas, por exemplo, representam os ganhos de 50 centavos. Quem entra em uma universidade pública ganhou os 50 centavos do exemplo acima. O curso de um aluno na Unicamp, segundo os cálculos de Felippe Hermes, pode custar 79 anos de impostos de um trabalhador que ganha salário mínimo. Mas ninguém vê esse custo — ele é disperso entre todos, enquanto a universidade gratuita é concreta, grandiosa e sem mensalidade.

É claro que, se um jornal sugerir a venda das universidades, como fez O Globo recentemente, as pessoas reagirão com histeria.

Uma enquete do Instituto Paraná Pesquisas, divulgada esta semana, mostrou que 61% dos brasileiros não querem que o governo Temer privatize os Correios, os bancos públicos ou a Petrobras.

Estatais (e o serviço público em geral) têm benefícios concentrados e aparentes, enquanto os custos são ocultos e dispersos entre os cidadãos. Você não sente pagar, mas sabe muito bem quando está recebendo alguma coisa que parece de graça. Por que ser a favor de empresas privadas se elas raramente dão coisas gratuitamente?

Trens e aviões

Semanas atrás, uma reportagem do Jornal do Comercio afirmou que a malha de trens de passageiros no Nordeste sofreu desmonte depois que as ferrovias foram privatizadas.

Eu tive uma impressão parecida quando a RFFSA foi privatizada no Paraná. Na época da "rede" estatal, pagávamos uma ninharia para descer a Serra de trem até Paranaguá; depois da venda, o preço explodiu. Maldita privatização!

A mesma reação tiveram os espanhóis diante da privatização da Iberia, a empresa de aviação. "Quando era estatal, era uma delícia", me contou uma amiga espanhola tempos atrás. "Custava pouco e tinha espumante liberado pra todo mundo." Depois da privatização, fim da mordomia.

O que eu, os universitários, minha amiga espanhola e os passageiros de trens do Nordeste não percebíamos é o custo do serviço público. Todos pagávamos para manter linhas de trem deficitárias, obras superfaturadas, universidades em greve e trens e aviões sucateados. Mas esse custo chegava em forma de impostos, dívida pública e inflação, que afetavam majoritariamente os mais pobres, enquanto os mais ricos ainda auferiam alguns benefícios. 

E, ironicamente, é exatamente em nome dos mais pobres que muitos defendem a existência de estatais.

Os serviços "grátis" criaram a hiperinflação dos anos 1980 e tornaram nossos pais incapazes de pagar a faculdade dos filhos, mas era difícil relacionar a ferrovia estatal ou a universidade pública à crise do país.

A privatização ajudou a diminuir o rombo das contas públicas e, com isso, ajudou no fim da hiperinflação. Mas tornou aparentes custos que antes eram invisíveis, enquanto a carga tributária só aumentou.

Não é à toa que tantos brasileiros ainda hoje rejeitam vender as estatais.
Por: Leandro Narloch Do site: http://www.mises.org.br/