segunda-feira, 31 de outubro de 2016

QUEM FOI CHE GUEVARA?

É hora de tirar a sorridente máscara de Che e revelar a sua verdadeira face.

Hollywood se despede de 2009 com uma fraude monumental: o épico Che, de Steven Soderbergh, com quatro horas de duração, em Castelhano, transformando um assassino marxista sádico num, de acordo com o New York Times, “genuíno revolucionário durante as estações do seu martírio”. [1] A palavra “estações” faz referência a Cristo nas Estações do Calvário – a Via Crucis. O protagonista do filme, Benicio del Toro, realmente comparou “o herói revolucionário cubano Ernesto Che Guevara” a Jesus Cristo. [2]


O Che de Soderbergh é uma ficção criada pela comunidade KGB, da qual fez parte o serviço de espionagem romeno ao qual pertenci – o DIE – numa época que me coloca diretamente na trama. O Che real foi um assassino que comandou pelotões de fuzilamento comunistas e fundou o terrível gulag cubano. Foi também um covarde que obrigou os outros a lutar até a morte pela causa comunista e que mandou para o patíbulo centenas de pessoas que se recusaram a fazê-lo, mas que se rendeu sem luta ao exército boliviano embora estivesse armado até os dentes. “Não me matem” implorou Che aos seus captores. “Valho mais vivo do que morto”. [3] O filme de Soderbergh omite este episódio – o qual demoliria o seu Che.

Eu poderia escrever um livro sobre como o terrorista Che foi transformado num ídolo esquerdista inspirador – como um belo príncipe emergindo lindamente de uma repulsiva lagarta – e pode ser que o faça algum dia. Por enquanto, aqui vai um resumo de como a KGB criou o seu Che de ficção.

Na década de 1960, a popularidade do bloco soviético estava em baixa. A brutal repressão soviética ao levante húngaro de 1956 e o seu papel na crise dos mísseis cubanos de 1962 enojaram o mundo, e cada um dos ditadores dos países satélites soviéticos tentou se safar como pôde. Khrushchev substituiu a “imutável” teoria marxista-leninista da revolução proletária mundial pela política de coexistência pacífica e fingiu ser um defensor da paz. Dubcek apostou num “socialismo com face humana” e Gomulka no lema “deixe a Polônia ser a Polônia”. Ceausescu proclamou a sua “independência” de Moscou e se retratou como um “dissidente” dentre os líderes comunistas.

Os irmãos Castro, que temiam qualquer tipo de liberalização, decidiram apenas maquiar, com uma romântica fachada revolucionária, o seu comunismo desastroso que estava matando o país de fome. Escolheram Che como garoto propaganda, já que ele havia sido executado na Bolívia – na época um aliado dos EUA – e assim podia ser retratado como um mártir do imperialismo americano.

A “Operação Che” foi lançada mundialmente pelo livro “Revolution in the Revolution” – uma cartilha para insurreição guerrilheira comunista escrito pelo terrorista francês Régis Debray – que elevou Che aos altares. Debray dedicou a sua vida a exportar a revolução estilo cubano por toda a América Latina; em 1967, entretanto, uma unidade das forças especiais bolivianas treinada pelos EUA o capturou, juntamente com todo o bando guerrilheiro de Che.

Che foi sentenciado à morte e executado por terrorismo e assassinato em massa. Debray foi sentenciado a 30 anos de prisão mas foi libertado depois de três anos devido à intervenção do filósofo francês Jean Paul Sartre, um comunista romanticamente envolvido com a KGB, que também era o ideólogo do bando terrorista Baader-Meinhof. Sartre aclamou Che Guevara como “o ser humano mais completo do nosso tempo”. [4] Em 1972, Debray retornou à França, onde trabalhou como conselheiro para a América Latina do presidente François Mitterrand, e dedicou o resto da vida a disseminar o ódio contra os Estados Unidos.

Em 1970, os irmãos Castro elevaram a santificação de Che a um novo patamar. Alberto Korda, oficial da inteligência cubana trabalhando secretamente como fotógrafo para o jornal cubano Revolución, produziu uma foto romantizada de Che. Aquele Che agora famoso, com longos cabelos ondulados e usando uma boina com estrela, olhando diretamente nos olhos de quem o vê, é o logo de propaganda do filme de Soderbergh.

É de se notar que esta foto de Che foi apresentada ao mundo por um agente da KGB trabalhando secretamente como escritor – I. Lavretsky –, num livro intitulado “Ernesto Che Guevara”, editado pela KGB. [5] A KGB chamou a foto de “Guerrillero Heroico” e a espalhou por toda a América do Sul – área de influência de Cuba. O editor milionário italiano Giangiacomo Feltrinelli, outro comunista romanticamente envolvido com a KGB, inundou o resto do mundo com a imagem de Che impressa em cartazes e camisetas. O próprio Feltrinelli virou terrorista e foi morto em 1972 enquanto plantava uma bomba nos arredores de Milão.

Ouvi o nome de Che pela primeira vez em 1959, da boca do general Aleksandr Sakharovsky, antigo chefe da inteligência soviética e conselheiro para a Romênia, que mais tarde dirigiu a “revolução” dos Castro e foi recompensado com a promoção a chefe da toda-poderosa organização de inteligência estrangeira soviética, posição que manteve por quinze anos. Ele chegou a Bucareste com o seu chefe, Nikita Khrushchev, para conferências sobre Berlim Oriental e sobre a “nossa Gayane cubana”. Gayane era o codinome geral para a operação de sovietização da Europa Oriental.

Na época, a burocracia soviética acreditava que Fidel Castro era apenas mais um aventureiro, e relutava em apoiá-lo. Mas Sakharovsky havia ficado impressionado com a devoção ao comunismo do irmão de Fidel, Raul, e do seu tenente, Ernesto Guevara, e fez deles os principais protagonistas da “nossa Gayane cubana”. Os dois foram levados a Moscou para serem doutrinados e treinados, e ganharam um conselheiro da KGB.

De volta a Sierra Maestra, Che provou ser um verdadeiro assassino sangue frio nos moldes da KGB – responsável pela morte de mais de 20 milhões de pessoas apenas na União Soviética. “Meti uma bala de calibre 32 no lado direito do seu cérebro, que vazou por toda a têmpora” escreveu Che no seu diário, descrevendo a execução de Eutimio Guerra, um “traidor da Revolução”, a quem matou em fevereiro de 1957. [6] Guerra era a sétima pessoa a quem Che matara. “Para enviar homens para o pelotão de fuzilamento não é preciso provas judiciais”, explicou. “Estes procedimentos são detalhes burgueses obsoletos. Isso aqui é uma revolução! E uma revolução deve se tornar uma fria máquina de matar movida por puro ódio.” [7]

No dia 1° de janeiro de 1959, a “Gayane cubana” venceu, e a KGB encarregou Che de limpar Cuba dos “anti-revolucionários”. Milhares de pessoas foram enviadas para “el paredón”. Javier Arzuaga, capelão da prisão Al Cabaña no início de 1959, escreveu em seu livro “Cuba 1959: La Galeria de la Muerte” ter testemunhado “o criminoso Che” ordenando a execução de cerca de duzentos cubanos inocentes. “Argumentei diversas vezes com Che a favor dos prisioneiros. Lembro-me especialmente de Ariel Lima, um garoto de apenas 16 anos. Che estava obstinado. Fiquei tão traumatizado que em maio de 1959 recebi ordens para deixar a paróquia Casa Blanca, onde ficava La Cabaña … Fui para o México receber tratamento.” [8]

De acordo com Arzuaga, as últimas palavras de Che para ele foram: “Quando tirarmos nossas máscaras, seremos inimigos”. [9] É hora de tirar a sorridente máscara de Che e revelar a sua verdadeira face. O Memorial Cubano no Parque Tamiami, em Miami, contém centenas de cruzes, cada uma com o nome de uma pessoa identificada, vítima do terror comunista de Raul e Che. [10]

Também é tempo de interromper a mentira de trinta anos, reforçada pelo filme de Soderbergh, de que os irmãos Castro e o seu carrasco Che eram nacionalistas independentes. Em 1972, eu estava presente a um discurso de seis horas no qual Fidel pregou a mesma mentira. No dia seguinte, fui a uma pescaria com Raul. Havia outro convidado no barco, um soviético que se apresentou como Nikolay Sergeyevich. O meu colega cubano, Sergio del Valle, sussurrou no meu ouvido “Aquele é o coronel Leonov”. Anteriormente, ele já havia explicado para mim que Leonov era conselheiro da KGB para Raul e Che nas décadas de 1950 e 1960. Lá, naquele barco, para mim ficou claro como nunca que a KGB estava nas rédas da carruagem revolucionária dos Castro. Dez anos mais tarde, Nikolay Leonov foi recompensado por seu trabalho de manipulação de Raul e Che com a promoção a general e representante chefe de toda a KGB.

Na década de 1970, a KGB era um estado dentro do estado. Hoje, a KGB, renomeada de FSB, é o estado na Rússia, e o Che de Soderbergh é o maná dos céus para os representanes dela na América Latina. Meses atrás, duas marionetes do Kremlin – Hugo Chávez e Evo Morales – expulsaram, no mesmo dia, os embaixadores americanos de seus países. Milhares de pessoas carregando o retrato do Che de Soderbergh tomaram as ruas pedindo a proteção militar russa. Navios de guerra russos estão de volta a Cuba – e, mais recentemente, chegaram à Venezuela – pela primeira vez desde a crise dos mísseis cubanos.

“A fraude trabalha como cocaína” costumava dizer para mim Yury Andropov, o pai da contemporânea era russa da fraude, quando ele era chefe da KGB. Em seguida, explicava: “Se você cheirar uma ou duas vezes, não mudará a sua vida. Mas, se você usá-la dia após dia, ela fará de você um viciado, um homem diferente”. Mao tinha a sua própria frase: “Uma mentira repetida centenas de vezes vira verdade”. O filme de Soderbergh sobre Che prova que ambos estavam certos.

Notas:

[1] A. O. Scott, “Saluting the Rebel Underneath the T-Shirt,” The New York Times, December 12, 2008.
[2] Guillermo I. Martínez, “Guevara biopic belies his ruthlessness,” The Sun Sentinel, January 1, 2009, p. 13A.
[3] Idem.
[4] Idem.
[5] I. Lavretsky, “Ernesto Che Guevara, “Progress Publishers, 1976, ASIN B000B9V7AW, p. 5. Initially published in Russian in 1973.
[6] Matthew Campbell, “Behind Che Guevara mask, the cold executioner,”The Sunday Times, September 16, 2007.
[7] Mark Goldblath, “Revenge of Che: no amount of Hollywood puferry will change the fact that commies aen’t cool,” The Wall Street Journal, December 19, 2008.
[8] “The Infamous Firing Squads,” p. 1, as published in http://therealcuba.com/page5.htm.
[9] Idem.
[10] Ibidem.

O general Ion Mihai Pacepa é o oficial soviético de mais alta patente que recebeu asilo político nos Estados Unidos. No Natal de 1989, Ceausescu e a sua esposa foram executados após um julgamento no qual as acusações eram, quase palavra por palavra, extraídas do seu livro “Red Horizons”, subsequentemente traduzido para 27 idiomas.

Publicado no FrontPageMagazine.com em 23 de janeiro de 2009.

ESCRITO POR ION MIHAI PACEPA | 20 NOVEMBRO 2014 
ARTIGOS - DESINFORMAÇÃO

Tradução: Ricardo Hashimoto, editor do blog Letters To Hungary. Do site: http://www.midiasemmascara.org/


domingo, 30 de outubro de 2016

O VERDADEIRO NELSON MANDELA

É falso como dizem os meios de comunicação e como se impôs que Mandela foi encarcerado por se opor ao apartheid. Outros ativistas como o bispo Desmond Tutu se opuseram a este sistema publicamente sem ser censurados ou encarcerados.

Mandela como político foi um fracassado que colapsou uma potência econômica, que fomentou o ódio e cujo legado é uma onda de mortes, violações e crimes que ainda perduram no país.

(Artigo foi escrito em junho de 2013.)

A notícia desta semana foi a saúde do líder político Nelson Mandela. Em seus 94 anos, Mandela está gravemente enfermo e conectado a um respirador artificial, logo morrerá e o mundo terá a imagem de um homem com sorriso que conquista corações que foi mitificado pelo sistema.

O mundo nunca conhecerá o verdadeiro Nelson Mandela e a justiça nunca cairá sobre este homem que encontra-se em uma cama de hospital com milhões de pessoas que choram por ele. Mandela é um ídolo com pés de barro. Por trás desse sorriso e dessa imagem de pacifista encontra-se um dos assassinos mais sem piedade da história. Falar do verdadeiro Nelson Mandela é um assunto incômodo. O sistema o santificou de tal forma que não se admite nenhuma crítica, nenhuma alusão a seu passado nem nada que pudesse manchar essa imagem limpa que ele tem.

Mandela faz parte desses ídolos com pés de barro que o sistema forma, tais como Martin Luther King, Mahatma Gandhi, John Lennon, Benito Juárez, só para mencionar uns quantos. Figuras inquestionáveis, ídolos no mais alto pedestal e cuja vida é uma obrigação admirar sem questionar.

Aos seus 94 anos, Mandela foi elevado à categoria de herói dos pacifistas, anti-racistas e uma figura quase divina para as massas, fazem-lhe homenagens, músicos e políticos lhe rendem sua admiração.

A mídia é uma criadora de mitos e uma tergiversadora da realidade. Eles pode fazer de um terrorista um herói e vice-versa.

O verdadeiro Nelson Mandela está muito distante dessa figura cálida que os meios de comunicação pintam. Seus crimes do passado foram apagados. Se você investigar a vida dele poderá encontrar uma vida de quase milagres, mas nada sobre seu lado obscuro. Porém, logo a verdade sai à luz e o mito Mandela se derruba.

Em 1961 Mandela foi o líder do braço armado do Congresso Nacional Africano (CNA), chamado Unkhonto We Sizwe, grupo responsável por assassinatos, bombas e roubos em lugares públicos. Mandela foi declarado culpado de 156 atos de violência pública e por essa razão foi encarcerado em 1963 e sentenciado a 27 anos de prisão.

É falso como dizem os meios de comunicação e como se impôs que Mandela foi encarcerado por se opor aoapartheid. Outros ativistas como o bispo Desmond Tutu se opuseram a este sistema publicamente sem ser censurados ou encarcerados. Se Mandela foi encarcerado foi por seus crimes, inclusive a organização Anistia Internacional não lhe deu apoio, já que havia considerado a sentença justa.

Mesmo quando saiu da prisão e até nossos dias, Mandela sempre apoiou o terrorismo e guardou um silêncio vergonhoso ante a matança dos boêres no continente africano. Apesar de ser considerado um “herói da liberdade”, Mandela apoiou descaradamente a ditadura comunista em Cuba, a qual chama “um baluarte da liberdade e da justiça”, mas claro que não menciona a pobreza na qual está afundada a população, nem a opressão do “santo” governo comunista. Também apoiou o sangrento regime de Robert Mugabe e o regime chinês.

Sua esposa Winnie Mandela tampouco fica atrás em seu apoio à violência. Nos anos oitenta realizou infames atividades contra seus opositores. Todos aqueles que a ela se opunham eram atados de pés e mãos para depois serem queimados vivos com pneus, inclusive gente de sua própria raça - uma tática de guerrilha própria do CNA. O Congresso Nacional Africano, partido cujo líder mais notável foi Mandela, foi uma organização terrorista culpada de atos terroristas e assassinatos contra a população civil, não só contra a gente branca mas também contra os negros que se negaram a apoiá-los.

Enquanto Mandela fazia sua campanha, o CNA assassinou e torturou camponeses brancos sem que os meios de comunicação falassem a respeito. Após o triunfo de Mandela o CNA passou de organização terrorista a um partido legal, e sua política racista continuou.

Muito dirão que Mandela abandonou a violência mas se equivocam. Durante seu tempo na prisão o presidente Botha ofereceu a Mandela sua liberdade em troca de que renunciasse à violência, mas seu oferecimento foi rechaçado e Mandela nunca renunciou à violência publicamente.

Deixando de lado seu apoio ao terrorismo, o governo do “beato” Mandela foi catastrófico para a África do Sul. Sendo um dos países mais estáveis e prósperos do continente africano passou a ser um país afundado na violência e na ruína econômica.

Atualmente a África do Sul é um dos países mais inseguros e violentos do mundo, tem a maior quantidade de infectados pelo vírus da AIDS e a violência é o pão de cada dia. Entre 20.000 e 25.000 pessoas morrem por ano vítimas da violência em um país multi-cultural e “pacífico”. Durante o governo de Mandela e o CNA, a economia próspera da nação foi para baixo trazendo pobreza, desemprego, violência e falta de oportunidades.

Mandela e o CNA trouxeram também a decadência moral do país. Foram eles que legalizaram o aborto, o jogo e a pornografia. Coisas típicas e legais nos regimes democráticos. As políticas racistas do CNA não são só contra as pessoas brancas senão contra os negros como as pessoas da etnia Zulu. No verão de 2008 o CNA cometeu uma multidão de assassinatos contra imigrantes procedentes de Moçambique, Malawi e Zimbabue.

A moeda sul-africana, que em outros tempos foi de alto valor, em que pese o bloqueio da extinta União Soviética, hoje vale quase nada na África do Sul, o fracasso econômico é evidente em que pese que os meios de comunicação pintarem o país como um paraíso tolerante e multi-cultural.

Concluindo, pode-se dizer que a revolução de Mandela deixou o país na ruína e no caos, porém isso trouxe a democracia, o governo tão santificado e perfeito que nos pintam, e que na realidade é uma falácia que custou milhões de vidas e a decadência da espécie humana.

Mandela como político foi um fracassado que colapsou uma potência econômica, que fomentou o ódio e cujo legado é uma onda de mortes, violações e crimes que ainda perduram no país. 

No ano de 2009 a ONU declarou o dia 18 de julho como o “Dia Internacional de Nelson Mandela”, uma mostra de até que ponto o sistema pode fabricar um ídolo para as massas em cumplicidade com os meios de comunicação e uma espécie decadente cheia de “heróis”.

Atualmente e enquanto o país está afundado na pobreza, enquanto milhares de africanos enfrentam diariamente a insegurança e o desemprego, Mandela viveu em sua mansão rodeado de segurança e a comodidade que o povo não tem.

Sabemos que morrerá dentro de pouco e que nunca pagará por seus crimes, que o mundo continuará admirando-o, mas o verdadeiro Nelson Mandela não desaparecerá, o político inepto, o racista, o terrorista, a mentira fabricada pelo Sistema. Por mais mentiras que os meios de comunicação continuem mantendo sobre este falso herói algum dia a verdade sairá à luz. Mandela morrerá em sua cama, as massas lhe vão chorar e fazer homenagens sem que o mundo saiba de seu lado obscuro. Um verdade que sairá à luz e então o ídolo com pés de barro se derrubará.

Notas da tradutora:
[1] Para corroborar o se diz nesse artigo, veja-se também esta carta do capo do bando terrorista do ELN, Nicolás Rodríguez Bautista, por ocasião da internação de Mandela em junho de 2013: https://www.eln-voces.com/index.php/es/nuestra-voz/comando-central/450-carta-abierta-del-eln-a-madiba

[2] E finalmente, no vídeo “De terrorista a Prêmio Nobel”, Olavo de Carvalho reafirma o que foi dito no artigo:
ESCRITO POR FERNANDO TRUJILLO | 09 DEZEMBRO 2013 
ARTIGOS - CULTURA
Tradução: Graça Salgueiro



EDUCAÇÃO EM QUE A VERDADE IMPORTA


Lembremo-nos dos grandes livros escritos por grandes homens, como Chesterton, Eliot, Lewis e Waugh.

O título deste ensaio, Educação em que a Verdade Importa, foi tirado do subtítulo do livro de Christopher Derrick, Escape from Scepticism: Liberal Education as if Truth Mattered, publicado em 1977. O subtítulo de Derrick por sua vez, foi uma adaptação do subtítulo do bestseller internacional de E.F. Schumacher, Small is Beautiful: Economics as if People Mattered, publicado quatro anos antes. Derrick e Schumacher eram amigos, sendo aquele fundamental em apresentar ao segundo o ensinamento social da Igreja, e estes livros têm mais coisas em comum do que seus assuntos aparentemente diferentes fazem crer. Em ambos, os autores ilustram como o materialismo filosófico da modernidade enfraqueceu os próprios fundamentos da vida civilizada, e como a solução para este problema é um retorno aos conceitos tradicionais de bom, belo e verdadeiro. Schumacher voltou-se para a sabedoria dos antigos para que ela o ajudasse a entender as imperfeições da economia; Derrick voltou-se para a sabedoria dos antigos para corrigir as falhas da academia. Seja abordando o estado precário da economia ou da academia, ambos demonstraram como denegrir o bem, fragmentgar a verdade, e destruir o belo resultaram num mundo falido em termos de riqueza verdadeira.

Num ensaio para The Imaginative Conservative, Chesterton and the Meaning of Education, salientei a sabedoria contida na crítica de G.K. Chesterton à educação moderna. Cabe notar, porém, que a crítica de Chesterton às tolices e falácias presentes no âmago da academia moderna foram ecoadas pela geração de grandes escritores que o seguiram neste caminho. Modern Education and the Classics, de T.S. Eliot, publicado em 1934, complementou Reflections on Education with Special Reference to the Teaching of English de C.S. Lewis, subtítulo de seu A Abolição do Homem. Ambos os livros insistem na ideia de que a a educação não pode ser divorciada da moralidade, e que esta última deve permear a primeira. Da mesma forma, The Idea of a Christian Society (1939) e Notes Towards the Definition of Culture (1948), também de Eliot, encaixam-se como uma luva na posição de Lewis no que concerne à necessidade do Cristianismo em qualquer tentativa de restauração genuína da cultura européia. Mais notável ainda é a descrição que Eliot faz do Homem Oco no poema de mesmo nome, publicado em 1925, que prenuncia os Homens sem Peitos de Lewis no livro A Abolição do Homem e que são ficcionalizados com grande efeito satírico em Essa Força Medonha, que contem uma deliciosa paródia da desintegração e estultificação da academia moderna.

Evelyn Waugh, na sua obra-prima Brideshead Revisited, um romance inspirado por uma frase de uma das histórias do Padre Brown de Chesterton, ridiculariza os homens ocos produzidos pela academia moderna nas figuras de Hooper e Rex Mottram. Hooper não possui nenhuma ilusão especial distinta da névoa envolvente e generalizada de onde ele observa o universo:

Hooper já chorou várias vezes, mas nunca pelo discurso de Henry no dia de São Crispin, nem pelo epitáfio das Termópilas. A história ensinada a ele tinha poucas batalhas; em vez disso, uma profusão de detalhes sobre legislação humana e as recentes mudanças industriais. Gallipoli, Balaclava, Quebec, Lepanto, Bannockburn, Roncesvales e Maratona estas, e a batalha no Ocidente onde Artur caiu, e uma centena de outros nomes cujos clamores, mesmo no meu atual estado árido e desregrado, chamavam irresistivelmente por mim através dos anos com toda a clareza e força da juventude, esses clamores soavam em vão para Hooper… [i]

Tal como Hopper, Rex Mottram serve para personificar o homem oco, o produto grosseiro da academia moderna e desintegrada. Nas palavras da esposa Julia, ele não apenas é ignorante como, ainda pior, é completamente ignorante da própria ignorância:

Você sabe que o Padre Mowbray percebeu a verdade sobre Rex imediatamente, quando custou a mim um ano de casamento para notar. Ele simplesmente não está inteiro ali. Ele não é, afinal, um ser humano completo. É um fragmento pequeno e anormalmente desenvolvido… Eu achava que era uma espécie de selvagem primitivo, mas ele era algo absolutamente moderno e atual, que só esta era pavorosa poderia produzir. Um pequeno pedaço de homem fingindo ser algo inteiro… [ii]

Deixemos os homens sem peitos ponderar com seus botões e os homens ocos com a própria vacuidade. E lembremo-nos dos grandes livros escritos por grandes homens, como Chesterton, Eliot, Lewis e Waugh. E lembremos que grandes homens escrevem grandes livros por causa dos Grandes Livros que eles mesmos leram. Se o século XXI quiser produzir mais grandes homens e livros, deverá restaurar a educação verdadeira; e uma educação verdadeira é uma educação em que a verdade importa.
Notas:

[i] Evelyn Waugh, Brideshead Revisited, New York: Alfred A. Knopf, Everyman’s Library, 1993, pp. 8–9.
[ii] Ibid., pp. 181–2.

Joseph Pearce. “Education as if Truth Mattered”. The Imaginative Conservative, 1 de Março de 2016.
ESCRITO POR JOSEPH PEARCE | 17 OUTUBRO 2016 
ARTIGOS - CULTURA
Tradução: Felipe Alves
Revisão: Rodrigo Carmo
http://tradutoresdedireita.org  Do site: http://www.midiasemmascara.org/


quarta-feira, 26 de outubro de 2016

A ÚLTIMA PALAVRA

Não queremos admitir que estamos fracos. 

Queremos continuar na ocupação agradável de negar a força da Rússia, e os preparativos militares da China.

É nossa desconsideração pelo que é nobre que nos condena. É a nossa desconsideração pela verdade.

“O problema hoje é que as pessoas estão tão monstruosamente auto centradas que elas são incapazes de verem a si mesmas como outra coisa senão como beneficiários exclusivos e como culminação da história, quando na verdade somos todos apenas lajotas na estrada do tempo que estende-se diante de nós. Todos têm sido ensinados que cada pessoa nasceu para a glória, fama e riquezas terrenas, e qualquer coisa aquém disso não pode estar correto e certamente não pode ser a vontade de Deus. Tenho ouvido, em mais de uma ocasíão, cristãos me dizerem com o tom mais sério, “A que propósito as pessoas podem servir e que bem elas podem fazer se estiverem mortas”?
Ann Barnhardt

Para esclarecer a declaração de Barnhardt, especialmente em relação a muitas de nossas autoridades eleitas: “A que propósito eles podem servir, e que bem eles podem fazer se estão vivos?” Se o principal objetivo éviver, e obter um alto cargo, então o que acontece à verdade? Pois o político deve falar o que o eleitor quer ouvir. Neste caso, se o político vive, prospera e obtém um alto cargo – quem vence?
Falsidade, corrupção e traição.

A falsidade preserva o carreirista político. Ele avança escada acima, passo a passo. Observe-os cuidadosamente. Se ele tivesse morrido quando criança, a sociedade teria sido abençoada. Mas ele vive, e avança. E o Demônio possui sua alma. Ele deve seguir um caminho determinado pelo Inferno. Ou do contrário ele pode cair vitimado por alguma verdade indesejável.

Recentemente o General Mark A. Milley, Chefe do Estado Maior do Exército do EUA declarou: “Conquanto o Exército esteja reduzindo sua força final (end-strength), tomamos a decisão deliberada de priorizar a prontidão”. (Em outras palavras, estamos excepcionalmente preparados, mas nossas forças estão diminuindo de tamanho).

Milley não explica a situação em linguagem clara. Ele usa o termo “reduzindo a força final”. Ele faz da prontidão e do obscurecimento uma virtude. Mas quão pronta está uma força pequena demais para triunfar? É um tipo engraçado de prontidão. E contudo o General Milley vive e avança.

Milley pode perguntar: “A que propósito as pessoas podem servir e que bem elas podem obter se elas não forem promovidas à patente de general?” E que general! Pois então, talvez, muitos homens corajosos não morreriam por conta de uma prontidão para ser assaltado por um inimigo superior.

Em 05 de outubro o General Milley disse, “quero ser claro para aqueles que querem nos fazer mal... as forças armadas dos EUA – a despeito de todos os nossos desafios, a despeito de nosso ritmo operacional, a despeito de tudo que temos feito – nós impediremos vocês e golpearemos mais duro do que vocês já tenham sido golpeados antes. Não se enganem quanto a isso”.

Mas Milley é um que está cometendo um engano. Pois a despeito de sua prontidão, ele não está pronto. Ele não está preparado. Ele está ultrapassado.

Ele faz o mesmo ruído que Napoleão III fez em 1870, antes de Sedan. É o mesmo ruído que o Coronel Custer fez antes de Little Bighorn. O exército dos EUA é pequeno, e ultrapassado, e tem um chefe peculiar com um nome peculiar. Todavia o país anseia por tranquilidade numa época de progressivo enfraquecimento nacional. E o general fornecerá tranquilidade se ele não fornecer nada mais. Não queremos admitir que estamos fracos. Queremos continuar na ocupação agradável de negar a força da Rússia, e os preparativos militares da China.

O General Milley citou o embaixador russo na Bretanha: “A ordem estabelecida no mundo está sendo submetida a uma reorganização fundamental... A Rússia pode agora lutar uma guerra convencional na Europa e vencer”. Ah sim, isto é o que os russos estão dizendo. Enquanto estas palavras são escritas, o presidente dos EUA, Barack Obama, incita uma guerra na Síria.

Por que ele faz isso?

Você deveria saber. Você deveria ter prestado mais atenção. Obama opôs-se à guerra no Iraque. Por que ele quer a guerra na Síria? Por que ele provoca uma guerra com a Rússia? O governo russo tem dito que eles irão para a guerra nuclear se os EUA atacarem a Síria. Eles têm dito isso ao povo russo. Eles realizaram um exercício massivo de defesa civil na semana passada. Eles estão se preparando para uma guerra nuclear.

Por que Obama incita a guerra?

Obama diz que uma catástrofe humanitária está se desenrolando na Síria. Portando devemos bombardear a Síria e entrar em guerra com a Rússia. Desta forma Obama previne uma perda de vidas – causando uma guerra nuclear na qual morrem milhões. Isto é o necessário para milhares em Aleppo.

A imprensa santarrona assenta em concordância. Nunca foram mestres da lógica. Pra que serve a lógica, afinal?

Coragem cívica não é algo que eles entendam. Uma pessoa recebe um golpe por dizer a verdade. Então outra recebe um golpe. Isto não ajuda a carreira de ninguém. E eles vivem por suas carreiras, e então têm vivido sempre de joelhos (para uma mentira).

“A que propósito as pessoas podem servir e que bem elas podem fazer se estiverem mortas”? Então a questão foi colocada por Ann Barnhardt. Sim, de fato. Se defendessem a verdade, se lutassem por seu país, se fizessem algo heroico ou importante – que possível bem poderia resultar?

Aquela palavra segura, racional – sem sentimento, sem amor, sem patriotismo, sem paixão – é covardia, e por fim esta covardia leva ao retrocesso. Resulta na promoção de anti-generais, anti-patriotas, que estão muito vivos, e escalaram aos altos cargos. Eles não podem refletir os sentimentos dos heróis mortos. Eles são o oposto de heróis. Interiormente vazios, disfuncionais, cheios de mentiras. Embriagados de ideologia e socialismo. Adoram um ídolo feito a sua própria semelhança vazia. Esses seres fragmentados, feitos de ar quente e papelão, são contrários a si mesmos, incapazes de tomar sentido de alguma coisa – eles são nossos líderes, nossos eruditos, nossos professores. Sim, e nós os temos aplaudido. Cortejamos o Bezerro de Ouro deles.

Em seu livro sobre Nietzsche, Erich Heller escreveu: “A única faculdade verdadeiramente impenetrável do homem é o amor”. Mas ele não quis dizer o tipo de amor que torpemente se agarra à vida. Ele referia-se ao tipo que heroicamente se agarra à verdade. Esta verdade é fundada em retidão, em bondade; e não, como Heller alertou, naquela traição rasteira da verdade que os intelectuais modernos tendem a favorecer, especialmente em sua “desconfiança desrespeitosa da ausência de sentido em qualquer coisa que escape à definição e prova experimental"... É nossa desconsideração pelo que é nobre que nos condena. É a nossa desconsideração pela verdade. 

Novamente, a pergunta formulada por Ann Barnhardt: “A que propósito as pessoas podem servir e que bem elas podem fazer se estiverem mortas?

Por esta pergunta entenderemos que a verdade é irrelevante. Mas na realidade, é a morte que é irrelevante. O que importa é nossa fidelidade à verdade enquanto vivemos.

(Imagem: 'A adoração do bezerro de ouro', Nicolas Poussin, óleo sobre tela, 1634.)
ESCRITO POR JEFFREY NYQUIST | 20 OUTUBRO 2016 
ARTIGOS - CULTURA
Tradução: Flavio Ghetti Do site: http://www.midiasemmascara.org/

PALESTINOS: "VOCÊS NOS ENCHEM DE ORGULHO. VOCÊS MATARAM JUDEUS!"

- Abu Sbeih já é considerado o "herói" mais recente por muitos palestinos e não apenas por sua família. Ele está sendo festejado como um homem "corajoso" e um "herói" porque ele acordou de manhã, pegou um fuzil automático M-16 e saiu com o intuito de matar o maior número possível de judeus.

- Esses chamamentos estão sendo feitos não só pelos grupos extremistas Hamas e Jihad Islâmica, mas também pelos líderes "moderados" como o Presidente da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas e sua facção Fatah.

- "Nós abençoamos cada gota de sangue derramada por Jerusalém, que é sangue limpo e puro, sangue derramado em nome de Alá, se Alá o assim desejar. Cada mártir alcançará o paraíso e todos os feridos serão recompensados por Alá" − Mahmoud Abbas, líder palestino.

- Uma vez possuidores de carteiras de identidade israelense eles ainda têm o direito de dirigir carros com placas de Israel, e foi o que Abu Sbeih fez aproveitando-se disso para desferir o ataque em Jerusalém. Sua família é proprietária de pelo menos dois imóveis na cidade e é considerada de classe média. Mesmo assim, isto não impediu que Abu Sbeih se engendrasse em sua missão assassina. Isso também não impediu que os membros de sua família comemorassem o ataque.

- Este é o resultado inevitável -- assim como ocorreu na inquisição espanhola, revolução francesa, genocídio turco dos armênios, Ruanda, Darfur ou Alemanha nazista -- da intoxicação de um povo.

A família de Musbah Abu Sbeih diz estar "muito orgulhosa" com o que seu filho de 40 anos de idade fez. Assim também se sentem os palestinos que representam todas as camadas da sociedade palestina. Integrantes de sua família, incluindo pais e filha, apareceram em duas emissoras de TV para acompanhar o desenrolar dos acontecimentos e elogiar Abu Sbeih. Eles chegaram a sair nas ruas para distribuir doces, cheios de júbilo pelo ataque terrorista por ele cometido em Jerusalém nesta semana, que resultou na morte de uma avó de 60 anos e um policial de 29.

Abu Sbeih já é considerado o "herói" mais recente por muitos palestinos e não apenas por sua família. Ele está sendo festejado como um homem "corajoso" e um "herói" porque ele acordou de manhã, pegou um fuzil automático M-16 e saiu com o intuito de matar o maior número possível de judeus. Sua missão foi um "sucesso": ele conseguiu atirar e matar dois judeus, antes que ele próprio fosse eliminado pelos policiais.

Em um vídeo, Abu Sbeih alega ter cometido o ataque terrorista em resposta às visitas ao Monte do Templo pelos judeus. Ele alega (falsamente) que as visitas fazem parte de um esquema montado por Israel para destruir a Mesquita de Al-Aqsa no Monte do Templo.

É a mesma falsa alegação feita originalmente pelo amigo de Hitler, o Mufti de Jerusalém, na época, Haj Amin al-Husseini, que fabricou uma boa desculpa para atacar os judeus, isto é, como podemos ver, esta alegação continua emergindo de tempos em tempos para "justificar" o assassinato de judeus.

Que fique bem claro, trata-se de uma mentira − assim como o são as acusações palestinassegundo as quais Israel está envenenando os poços de água, que o Presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas foi obrigado, mais tarde, a retirar por falta de provas.

Como muitos palestinos que cometeram ou tentaram cometer ataques terroristas no ano passado, Abu Sbeih na verdade estava simplesmente atendendo à convocação de seus líderes para impedir os judeus de "profanarem com seus pés imundos" a Mesquita Al-Aqsa. Esses chamamentos estão sendo feitos há meses não só pelos grupos extremistas Hamas e Jihad Islâmica, mas também pelos líderes "moderados" como Mahmoud Abbas e sua facção Fatah.

São estes os líderes palestinos que, ao que tudo indica, os líderes europeus veneram. Esses líderes europeus, principalmente os franceses, alfinetam Israel para que negocie com grupos que dizem abertamente que nã oquerem que Israel exista e que na melhor das hipóteses não se interessam pela verdade − quer seja sobre os israelenses quer seja sobre os palestinos.

Esses líderes europeus querem que Israel continue fazendo de conta que os interlocutores com os quais estão negociando estão realmente agindo de boa fé. Parece que eles estão tentando oferecer até aos árabes, muçulmanos e à Organização de Cooperação Islâmica (OIC), a destruição de Israel − física, diplomática, econômica, enfim qualquer coisa ao seu alcance − provavelmente uma espécie de suborno para que os muçulmanos parem deaterrorizá-los. Em breve saberão que nada do que eles oferecem será visto como adequado. Os europeus logo descobrirão, assim como os persas, turcos, gregos, norte-africanos e europeus orientais descobriram, que qualquer coisa menos do que a submissão será vista como um sinal de pagamento de uma conta bem mais alta que virá.

Esses líderes europeus se satisfazem em fazer com que nós nesta região, muçulmanos, cristãos e judeus, vivamos debaixo da brutal ditadura islâmica o máximo de tempo possível − segundo sua ingênua fantasia − para que eles tenham sossego. Eles estão prestes a sofrer um choque.

De qualquer maneira, em setembro de 2015, Abbas repetiu as mesmas palavras ditas pelo Haj Amin al-Husseini em 1924, dias antes de começar a atual onda de esfaqueamentos, atropelamentos e tiroteios.

Desde então, o incitamento com respeito às visitas dos judeus ao Monte do Templo está alimentando o que muitos palestinos chamam de a "Intifada de Al-Quds". Abbas garantiu que aqueles que morrerem defendendo a Mesquita de Al-Aqsa irão direto para o céu:

"Nós abençoamos cada gota de sangue derramada por Jerusalém, que é sangue limpo e puro, sangue derramado em nome de Alá, se Alá o assim desejar. Cada mártir alcançará o paraíso e todos os feridos serão recompensados por Alá".

Repetindo: Abbas fez o pronunciamento acima duas semanas antes dos palestinos desencadearam a nova onda terrorista contra Israel. Sabemos portanto o que estimulou estes ataques. Eles são o resultado direto da doutrinação e incitamento em curso contra Israel que está sendo empreendido por palestinos representando praticamente todas as instituições palestinas e partidos da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. As palavras de Abbas não foram em vão. O ataque terrorista desta semana, perpetrado por Abu Sbeih, mostra que a "Intifada de Al-Quds" está longe de diminuir. Muito pelo contrário, há o temor de que a campanha terrorista possa escalar do uso de facas, veículos e pedras para pistolas e fuzis.
Musbah Abu Sbeih (direita) é o mais novo "herói" de muitos palestinos, porque ele assassinou dois judeus esta semana, atuando sob influência do incitamento do Presidente da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas (esquerda).


Por que este cenário não é surreal? Não apenas por causa da motivação dos perpetradores como também por conta do que aparenta ser o amplo apoio popular dos palestinos a qualquer ataque contra os israelenses. Nem um único representante palestino se atreveu a se manifestar abertamente contra o ataque terrorista em Jerusalém. E nenhum palestino comum ousou questionar a consequência dos danos que os ataques causam à população palestina, especialmente àqueles que são diretamente prejudicados pelas medidas retaliatórias israelenses, como por exemplo as restrições às viagens.

Longe de se manifestarem contra esse tipo de carnificina, muitos palestinos prestam homenagens ao assassino.

Abu Sbeih, que como residente permanente de Jerusalém possuía uma carteira de identidade israelense, desfrutando portanto de todos os direitos e privilégios concedidos aos cidadãos israelenses (menos votar nas eleições gerais), não veio de uma família humilde. Diferentemente de seus colegas palestinos da Cisjordânia e Faixa de Gaza, ele podia se movimentar livremente em Israel, ir e vir de qualquer lugar e a qualquer hora, como bem entendesse.

Tanto ele quanto a família dele tinham condições de acordar de manhã e ir de carro para a praia de Tel Aviv ou comer em algum restaurante em Israel sem ter que passar pelos postos de controle israelenses. Uma vez possuidores de carteiras de identidade israelense eles ainda tinham o direito de dirigir carros com placas de Israel e foi o que Abu Sbeih fez aproveitando-se disso para desferir o ataque em Jerusalém. Sua família é proprietária de pelo menos dois imóveis na cidade e é considerada de classe média. Mesmo assim, isto não impediu que Abu Sbeih se engendrasse em sua missão assassina. Isso também não impediu os membros de sua família de comemorarem o ataque.

Eman, filha de 15 anos de Abu Sbeih, foi a primeira a expressar "alegria" e "orgulho" com respeito à morte de dois judeus. "Graças a Deus, estamos muito felizes e orgulhosos do meu pai", disse ela em uma entrevista concedida a uma rede de televisão palestina local.

Como aconteceu em casos anteriores, alguns palestinos, incluindo a irmã de Abu Sbeih, distribuíram doces para "simpatizantes" como forma de expressar sua alegria em relação ao ataque terrorista. Horas depois do ataque, dezenas de palestinos se reuniram na frente da casa da família, entoando palavras de ordem, elogiando o homicida como "herói", conclamando o Hamas e outros grupos palestinos a intensificarem seus ataques contra Israel. Essas cenas são corriqueiras no cenário palestino e se assemelham àquelas que costumavam ocorrer durante a onda de atentados suicidas contra os israelenses durante a Segunda Intifada.

Inúmeras facções palestinas elogiaram Abu Sbeih, conclamando a intensificação das "operações armadas contra o inimigo sionista". Khaled Mashaal, líder do Hamas que juntamente com sua família vive no conforto do Qatar, num piscar de olhos telefonou à família do homicida para "felicitá-la" sobre o "martírio" de seu filho. "Nosso povo e nação estão orgulhosos do heroísmo e coragem exibidos pelo seu filho, que sacrificou sua vida por amor a Alá," ressaltou Mashaal aos pais de Abu Sbeih. Ele realçou que seu filho era um exemplo para os palestinos de sua geração.

Ainda não está claro se o líder do Hamas fez o telefonema de sua suíte em um dos hotéis cinco estrelas do Qatar ou de sua academia particular.

Portanto, para o Hamas e para um grande contingente de palestinos, um homem que mata dois judeus é o exemplo a ser desejado com veemência e seguido pelos jovens palestinos. Nesse sentido, os simpatizantes de Abu Sbeih invadiram as redes sociais com o intuito deelogiá-lo e exortar os palestinos a seguirem seus passos. Pelo fato dele ter conseguido matar dois judeus, Abu Sbeih agora está sendo festejado no Twitter e no Facebook como o "Leão de Al-Aqsa". Do ponto de vista deles o que ele fez foi um ato nobre, um esforço para salvar a Mesquita de ser "profanada" pelos "pés imundos" dos judeus.

O apoio a Abu Sbeih, ao que tudo indica, permeia todas as facções políticas palestinas. Mesmo aquelas pertencentes à facção Fatah do Presidente Abbas vieram à casa de Abu Sbeih para mostrar solidariedade à família dele. A Fatah também declarou que Abu Sbeih era um "mártir". Um palestino que sai para encontrar com um judeu é condenado com veemência e acusado de buscar a "normalização" com o inimigo. Mas um palestino que carrega uma faca ou um fuzil e se prepara para matar judeus ganha as estrelas de "mártir" e recebe elogios praticamente unânimes dos palestinos. Esta é a mentalidade atual na sociedade palestina, fruto de décadas de incitamento palestino e deslegitimação de Israel. Este é o resultado inevitável -- assim como ocorreu na inquisição espanhola, revolução francesa, genocídio turco dos armênios, Ruanda, Darfur ou Alemanha nazista -- da intoxicação de um povo.
Por: Bassam Tawil, pesquisador estabelecido no Oriente Médio 19 de Outubro de 2016
Tradução: Joseph Skilnik Do site: https://pt.gatestoneinstitute.org

terça-feira, 25 de outubro de 2016

A RÚSSIA E A BOMBA DE PULSO ELETROMAGNÉTICO (EMP)


A Rússia vem desenvolvendo uma arma ultra-sofisticada que pode destruir a rede elétrica dos Estados Unidos e condenar à morte milhões de pessoas. 

E pior: aliados de Vladimir Putin também já possuem ou estão em vias de obter tal arma, o que pode mudar o equilíbrio de forças a favor de nações inimigas da democracia.

Imagine uma arma secreta que emitisse raios gama capazes de danificar a rede elétrica de um país inteiro, inutilizar aviões, armas, bombas atômicas e submarinos; e destruir satélites, componentes eletrônicos e computadores, interrompendo todo o sistema de comunicações. Imagine ainda que essa arma, ao ser detonada, fizesse parar de funcionar aeronaves e mísseis em pleno voo, ou mesmo destruir todo o arsenal nuclear inimigo. Pode parecer coisa de vilão de história em quadrinhos ou de filmes de 007, mas não é. É algo muito próximo de se tornar realidade e que vem sendo desenvolvido pela Rússia há mais de 50 anos. Há suspeitas de que a China e a Coréia do Norte também já possuam tecnologia para construir essa superarma. Ela se chama EMP: Electromagnetic Pulse (Pulso Eletromagnético).

Mas em que consiste exatamente o EMP? Conforme explica o analista militar e escritor Jeffrey Nyquist, é uma ogiva nuclear detonada em elevada altitude - entre 30 e 200 quilômetros de altura -, onde o campo magnético da Terra é mais forte. O impacto da explosão não atingiria a superfície do planeta, mas geraria um pulso eletromagnético com um raio de milhares de quilômetros, e capaz de penetrar em equipamentos eletrônicos e na rede elétrica, causando um pico de energia gigantesco que literalmente “fritaria” os circuitos. Quanto maior a altitude da explosão, maior o raio de ação. Dessa forma, o país atingido deixaria de funcionar, ao ter a sua rede de energia seriamente afetada, e voltaria ao século XIX, com consequências catastróficas. Segundo Nyquist, os Estados Unidos deixaram de desenvolver sua própria versão da bomba de pulso eletromagnético, e estão vulneráveis a um possível ataque conduzido por seus inimigos. Hoje em dia, já se sabe que a Rússia mantém o mais avançado arsenal nuclear do mundo, e que também possui superioridade nuclear no campo de batalha europeu, segundo relatou Nyquist em artigo traduzido para o Mídia Sem Máscara, em março de 2015. E não somente a Rússia, mas a China também está em vias de superar tecnologicamente os EUA no arsenal nuclear. 

Após o teste nuclear conduzido pela Coréia do Norte no começo de setembro – o segundo realizado em 2016 e o mais poderoso até agora, com potência de 10 quilotons (http://edition.cnn.com/2016/09/11/asia/south-korea-north-korea/) as autoridades da Coréia do Sul já se preparam para um eventual conflito militar envolvendo armas atômicas contra seu vizinho. Desde 2009, o exército norte-coreano já realizou cinco testes nucleares, e analistas internacionais temem que, em breve, o país seja capaz de implantar ogivas nucleares em seus mísseis de longo alcance. Segundo o analista de segurança nacional americano Peter Vincent Pry, é possível que a Coréia do Norte já tenha feito testes nucleares envolvendo o EMP. Em um deles, realizado em maio de 2009, a emissão em altos níveis de raio gama, combinada com uma explosão relativamente pequena de 3 quilotons (http://www.financialsense.com/contributors/jr-nyquist/emp-and-the-shield-act) podem ser uma indicação de que o regime ditatorial de Pyongyang estivesse fazendo experimentos com o pulso eletromagnético, utilizando tecnologia recebida da Rússia. 

Peter Vincent Pry também é diretor da EMP Task Force, comissão que atua no congresso americano, e afirma que um ataque de pulso eletromagnético (http://www.vice.com/read/we-asked-a-military-expert-how-scared-the-us-should-be-of-an-emp-attack-508) reduziria drasticamente o acesso da população dos EUA a alimentos, uma vez que um corte no fornecimento de energia prejudicaria toda a infra-estrutura de fornecimento, deixando a populança sem comida. “Nove entre cada dez norte-americanos morreriam de fome”, afirma. Por sua vez, o site Secrets of Survival enumera uma curiosa lista de lugares a serem evitados no caso de um ataque de EMP e dá dicas de sobrevivência. Apesar dos alertas parecerem exagerados à primeira vista (desde elevadores até hospitais devem ser evitados, e as pessoas devem recorrer a bicicletas para meio de transporte), o site apresenta argumentos bastante convincentes e dá uma boa idéia do caos que reinaria em tal situação. 

Em abril do ano passado, o exército dos EUA começou a armazenar equipamentos em bunkers para protegê-los de um possível ataque. Um desses abrigos, localizado sob a montanha Cheyenne, no Colorado, e que data dos tempos da Guerra Fria, estava desativado até recentemente, mas voltou a operar, ao receber aparelhos de comunicação do Comando do Espaço Aéreo Norte-Americano (NORAD). Nos últimos anos, dois projetos de lei regulamentando a criação de um sistema de proteção da infra-estrutura da rede elétrica norte-americana contra danos letais chegaram a tramitar no congresso daquele país, mas não obtiveram aprovação. O mais recente deles, conhecido como Shield Act, conseguiu passar na Câmara dos Deputados, mas acabou barrado no Senado. Pelo menos nisso o governo de Barack Obama resolveu agir e está investindo 1 bilhão de dólares para tornar o NORAD mais resistente a um ataque nuclear envolvendo o pulso eletromagnético. Mas será que essas medidas são suficientes? O quão protegida estaria a população dos EUA - e a dos demais países do Ocidente -, na eventualidade de um ataque de EMP?

Além da Rússia, da China e da Coréia do Norte, o Irã pode estar próximo de fabricar sua primeira bomba atômica. Mesmo assim há, entre os conselheiros de Obama, quem demonstre total ignorância do problema, como é o caso de Peter W. Singer, consultor de Estado-Maior do presidente norte-americano. Em uma entrevista, em abril de 2016, Singer classificou como "piada” a hipótese de um ataque de EMP. Enquanto muitos dentro do Congresso americano e da administração Obama consideram fantasiosa e exagerada essa ameaça, as nações inimigas da democracia vem desenvolvendo armas cada vez mais sofisticadas e letais, o que poderá em breve causar um desequilíbrio de forças que pode ser decisivo para o Ocidente.
Por: Alexandre Cegalla é jornalista. Do site: http://www.midiasemmascara.org/

domingo, 23 de outubro de 2016

JIHADISTAS VISAM A ESPANHA

"As ações de seus antepassados são o motivo de nossas ações de hoje".


- O documento do Estado Islâmico sustenta que desde o estabelecimento da inquisição espanhola de 1478, a Espanha "fez de tudo para destruir o Alcorão". Ele denota que a Espanha torturava muçulmanos, incluindo queimá-los vivos. Assim sendo, de acordo com o Estado Islâmico, "a Espanha é um estado criminoso que usurpa a nossa terra". O documento incita os jihadistas a "fazerem reconhecimento das rotas das companhias aéreas e de trens para futuros ataques". Ele também conclama seus seguidores a "envenenarem a água e os alimentos" com inseticidas.

- "Nós iremos matar qualquer infiel espanhol inocente que encontrarmos em terras muçulmanas, e... independentemente se somos de origem europeia ou não, nós iremos matá-los em suas cidades de acordo com nosso plano". — Documento do Estado Islâmico, 30 de maio de 2016.

- "Recuperaremos a al-Andalus, se Alá assim o desejar. Ó querida Andalus! Você achou que esquecemos de você. Juro por Alá que nunca esquecemos de você. Nenhum muçulmano pode esquecer Córdoba, Toledo ou Xátiva. Há muitos muçulmanos fiéis e sinceros que juram que voltarão à al-Andalus". — Vídeo do Estado Islâmico, 31 de janeiro de 2016.

- "A Espanha é a terra de nossos ancestrais e nós a recuperaremos com o poder de Alá". — Vídeo do Estado Islâmico, 7 de janeiro de 2016.


Militantes islâmicos estão intensificando a guerra de propaganda contra a Espanha. Nos últimos meses o Estado Islâmico e outros grupos jihadistas produziram uma enxurrada de vídeos e documentos, convocando os muçulmanos a reconquistarem a al-Andalus.

Al-Andalus é o nome árabe dado às regiões da Espanha, Portugal e França ocupadas pelos conquistadores muçulmanos (também conhecidos como Mouros) de 711 a 1492. Muitos muçulmanos acreditam que os territórios perdidos por eles durante a Reconquista cristã da Espanha ainda pertençam ao mundo islâmico. Eles sustentam que a lei islâmica lhes dá o direito de reestabelecer o domínio muçulmano naquela região.

Um recente documento do Estado Islâmico inclui uma lista de reivindicações em relação à Espanha pelas injustiças cometidas contra os muçulmanos desde a batalha de Las Navas de Tolosa em 16 de julho de 1212, quando as forças cristãs do Rei Alfonso VIII de Castela derrotaram os muçulmanos almôadas da parte sul da Península Ibérica. Mais de 100.000 muçulmanos foram mortos na batalha, vitória crucial da "Reconquista" dos reis católicos da Espanha.

O documento sustenta que desde o estabelecimento da inquisição espanhola de 1478, a Espanha "fez de tudo para destruir o Alcorão". Ele denota que a Espanha torturava muçulmanos, incluindo queimá-los vivos. Assim sendo, de acordo com o Estado Islâmico, "a Espanha é um estado criminoso que usurpa a nossa terra". O documento incita os jihadistas a "fazerem reconhecimento das rotas das companhias aéreas e de trens para futuros ataques". Ele também conclama seus seguidores a "envenenarem a água e os alimentos" com inseticidas.

O documento conclui que: "as ações de seus antepassados são o motivo de nossas ações de hoje".

Em 15 de julho de 2016 o Estado Islâmico divulgou seu primeiro vídeo de propaganda com legendas em espanhol. A alta qualidade da tradução para o espanhol, tanto na escrita quanto na sintaxe, levou alguns analistas a concluírem que a língua-mãe do tradutor é o espanhol e que a legendagem pode até ter sido feita dentro da Espanha.

Em 3 de junho o Estado Islâmico divulgou o vídeo — "Mês do Ramadã, Mês da Conquista" — que menciona a al-Andalus quatro vezes. A Espanha é o único país não muçulmano, mencionado no vídeo.

Em 30 de maio o Estado Islâmico divulgou um documento de duas páginas em espanhol onde fazia ameaças diretamente à Espanha. O documento anunciava:


"Nós iremos matar qualquer infiel espanhol inocente que encontrarmos em terras muçulmanas, isso para não dizer em sua própria terra. Nossa religião e nossa fé está em seu meio e, muito embora vocês não saibam nossos nomes ou como é a nossa aparência ou se a nossa origem é europeia ou não, nós iremos matá-los em suas cidades de acordo com nosso plano, da mesma forma que vocês estão matando nossas famílias".

Em 31 de Janeiro o Estado Islâmico divulgou um vídeo no qual um de seus jihadistas espanhol adverte a Espanha que ela "irá pagar um preço muito alto" por expulsar os muçulmanos da al-Andalus. O vídeo de oito minutos inclui a seguinte declaração:


"Eu juro por Alá que vocês pagarão um preço muito alto e sua morte será muito sofrida. Recuperaremos a al-Andalus, se Alá assim o desejar. Ó querida Andalus! Você achou que esquecemos de você. Juro por Alá que nunca esquecemos de você. Nenhum muçulmano pode esquecer Córdoba, Toledo ou Xátiva. Há muitos muçulmanos fiéis e sinceros que juram que voltarão à al-Andalus".
Jihadista armado do Estado Islâmico aparece em um vídeo de propaganda no qual adverte a Espanha que ela "pagará um preço muito alto" por expulsar os muçulmanos da al-Andalus há centenas de anos. A legenda em espanhol acima diz "Ó querida Andalus! Você achou que esquecemos de você. Juro por Alá que nunca esquecemos de você. Nenhum muçulmano pode esquecer Córdoba, Toledo ou Xátiva".

Em 7 de Janeiro, a Al-Qaeda no Magreb Islâmico, que está lutando contra o Estado Islâmico pela hegemonia do Norte da África, divulgou um vídeo conclamando por ataques jihadistas em Madrid, como estratégia para ajudar os muçulmanos a recuperarem os enclaves espanhóis de Ceuta e Melilha no norte da África.

Outro vídeo do Estado islâmico jurou libertar al-Andalus das mãos dos não muçulmanos. Um jihadista falando em espanhol com um forte sotaque norte-africano adverte:

"Digo ao mundo inteiro como alerta: vivemos sob a bandeira islâmica, o califado islâmico. Morreremos por ele até libertar as terras ocupadas, de Jacarta à Andaluzia. E eu declaro: a Espanha é a terra dos nossos antepassados e nós a tomaremos de volta com o poder de Alá. "

Enquanto isso 33 jihadistas foram presos na Espanha em 17 batidas policiais nos primeiros nove meses de 2016, de acordo com o Ministério do Interior espanhol.

Mais recentemente dois cidadãos espanhóis de origem marroquina — Karim El Idrissi Soussi, de 27 anos de idade e outro homem identificado como O.S.A.A de 18 — foram presos em Madrid acusados de atividades terroristas jihadistas. Karim, um dos detidos, estudante de ciência da computação assistiu aos vídeos de propaganda jihadista durante as aulas e ameaçou massacrar seus colegas estudantes.

De acordo com o Ministério do Interior, Soussi tentou se juntar ao Estado Islâmico, mas foi detido pelas autoridades turcas ao tentar cruzar a fronteira com a Síria. Ele foi deportado e acaba de retornar à Espanha.

O Ministério do Interior assinalou que a forte inclinação de Soussi pelo Islã radical ficou evidente em novembro de 2015, quando o centro de treinamento técnico onde ele estudava ciência da computação fez um minuto de silêncio em homenagem às vítimas dos ataques jihadistas em Paris. Segundo os professores e alunos, Soussi gritava palavras de ordem em apoio aos ataques que mataram 130 pessoas, incluindo 89 na casa noturna Bataclan.

Em outras ocasiões, Soussi justificava publicamente os ataques jihadistas desfechados pelo Estado islâmico, que segundo ele era a forma ideal de governo para todos os muçulmanos. De acordo com o Ministério do Interior, Soussi ia a uma biblioteca pública quase que diariamente para se conectar à Internet e navegar pelos sites jihadistas. Ao que tudo indica ele criava perfis falsos e postava material jihadista em sites de redes sociais. Soussi também criticava os assim chamados muçulmanos moderados e expressava a esperança de que um dia a Espanha se tornasse um emirado islâmico.

Soussi, ao que tudo indica, assistiu os vídeos de propaganda do Estado Islâmico durante as aula de ciência da computação e constantemente ameaçava levar armas para a escola para matar seus colegas.

O outro jihadista, O.S.A.A., foi preso pelos crimes de "glorificar o terrorismo jihadista" e "doutrinar-se para fins terroristas". O Ministério do Interior não deu maiores esclarecimentos.

Um total de 636 jihadistas foi detido no país desde os atentados ao trem de Madrid em março de 2004 nos quais cerca de 200 pessoas foram mortas e mais de 2.000 feridas.

Um estudo recente realizado pelo Instituto Elcano Institute de Madrid constatou que dos 150 jihadistas presos na Espanha nos últimos quatro anos, 124 (81,6%) estavam ligados ao Estado Islâmico e 26 (18,4%) à al-Qaeda.

Dos ligados ao Estado Islâmico, 45,3% são cidadãos espanhóis, 41,1% são marroquinos e 13,6% de outras nacionalidades. Em termos de naturalidade, 45,6% nasceram no Marrocos e 39,1% nasceram na Espanha. Somente 15,3% nasceram em outros países.

No tocante à imigração, 51,7% são imigrantes da primeira geração, 42,2% da segunda ou terceira gerações e 6,1% não têm nenhum background relacionado à imigração, o que significa que são espanhóis convertidos ao Islã.

Quanto à residência, 29,8% foram presos em Barcelona, 22,1% no enclave espanhol de Ceuta no Norte da África e 15,3% em Madrid. Os demais foram presos em mais de uma dozena de outras localidades ao redor do país.

O Estado Islâmico sofreu uma série de reveses nos campos de batalha do Oriente Médio, mas a ameaça de terrorismo jihadista permanece inalterada. Nas palavras do analista espanhol especializado em terrorismo Florentino Portero: "o Estado Islâmico está respondendo às derrotas militares com mais terrorismo".
Por: Soeren Kern, colaborador sênior do Gatestone Institute sediado em Nova Iorque. Ele também é colaborador sênior do European Politics do Grupo de Estudios Estratégicos / Strategic Studies Group sediado em Madri. Siga-o no Facebook e no Twitter.Original em inglês: Jihadists Target Spain
Tradução: Joseph Skilnik Do site: https://pt.gatestoneinstitute.org


sexta-feira, 21 de outubro de 2016

O SOCIALISMO CLÁSSICO JÁ FOI RECHAÇADO; O INIMIGO AGORA É OUTRO


Keynesianismo, social-democracia e o conluio entre políticos e empresários são o atual problema

O século XX testemunhou o surgimento, a expansão e o fim do mais trágico experimento da história humana: o socialismo. O experimento resultou em significativas perdas humanas,destruição de economias potencialmente ricas, e colossais desastres ecológicos. O experimento terminou, mas a devastação irá afetar as vidas e a saúde das futuras gerações.

A real tragédia deste experimento é que Ludwig von Mises e seus seguidores — que estão entre as melhores mentes econômicas deste século — já haviam explicitado a verdade sobre o socialismo ainda em 1920, mas seus alertas foram ignorados. — Yuri Maltsev (1990).

O socialismo está morto tanto como ideologia quanto como movimento político. Trata-se de um exemplo de um deus que fracassou.

O socialismo é uma forma muito específica de opinião econômica. Um socialista acredita que o governo deve ser o proprietário dos meios de produção. É isso que o socialismo sempre significou: controle estatal dos meios de produção.

Quando Ludwig von Mises refutou o socialismo em 1920, ele tinha em mente exatamente esse enfoque econômico. 

Eis o seu argumento comprovando que o socialismo é uma impossibilidade prática: se o governo detém todos os bens de capital (máquinas, ferramentas, instalações etc.) de uma economia, então não há um mercado para esses bens. Não havendo mercado para esses bens, não há uma correta formação de preços para eles. Sem preços, os planejadores não têm como estabelecer o valor dessas ferramentas. Consequentemente, não há como uma agência de planejamento central determinar quais são os custos de produção dos bens de consumo mais demandados. Com efeito, não há sequer como determinar quais os bens de consumo mais demandados. É necessário haver um livre mercado para que haja uma precificação dos bens de consumo e dos bens de capital. Em uma economia socialista, não há nenhum dos dois. Portanto, disse Mises, um planejamento econômico socialista é inerentemente irracional.

Esse argumento de Mises foi ignorado pela vasta maioria dos socialistas, e nunca foi levado a sério pelos keynesianos.

No entanto, quando a economia da União Soviética entrou em colapso no final da década de 1980, ficou claro pelo menos para Robert Heilbroner, professor de economia multimilionário e de esquerda, que Mises estava certo. Ele próprio admitiu isso em um artigo na revista The New Yorkerintitulado "Após o Comunismo" (10 de setembro de 1990). Ele literalmente disse a frase: "Mises estava certo". 

Ato contínuo, Heilbroner disse que os socialistas teriam de mudar de tática, parando de acusar o capitalismo de ineficiência e desperdício, e passar a acusá-lo de destruição ambiental. Consequentemente, deveriam ser criadas inúmeras burocracias, regulamentações e leis com a explícita intenção de subverter totalmente as características do capitalismo a ponto de fazer com que, segundo os próprios socialistas, o novo arranjo social gerado não possa de modo algum ser considerado capitalismo. 

Adicionalmente, Heilbroner disse que o socialismo era simplesmente uma ideologia morta.

No momento, não há virtualmente ninguém fora da América Latina, da Coréia da Norte e do Zimbábue que abertamente argumente em favor do socialismo clássico. Coréia do Norte e Cuba oficialmente são economias comunistas. Como consequência, são assolados pela miséria. Suas economias não têm influência nenhuma no mundo. Ninguém mentalmente são utiliza esses países como modelo econômico. O Zimbábue é gerido por uma tribo marxista, e também ninguém quer imitá-lo.



Embora os marxistas costumassem alegar que as deficiências da União Soviética nada tinham a ver com o marxismo, o fato é que a humilhante dissolução de um regime que sempre afirmou ser marxista representou um profundo e fatal golpe para a ideologia.

Conheci vários marxistas no norte da Nigéria. Eles eram jovens e confusos, mas acreditavam em uma explicação vagamente marxista para seu descontentamento. Eles não eram militantes, exceto mentalmente. Se houvesse uma manifestação, eles talvez se juntassem a ela, mas não matariam ninguém pela ideologia. Eles se contentavam meramente em proferir palavras.

Com o colapso da União Soviética, surgiu um vácuo ideológico para aquelas pessoas que buscavam uma explicação total para seu descontentamento — pessoas que, graças à difusão cultural, eram provavelmente mais numerosas e estavam mais desesperadas do que nunca. A única alternativa disponível, e uma muito mais profunda do que o marxismo, era o islamismo fundamentalista. O islã prospera naqueles locais onde o marxismo não mais possui grande influência.

O principal inimigo é outro

Com o colapso do socialismo clássico ocorreu o fortalecimento dos social-democratas. 

Estes aceitam a existência de uma economia de mercado e também aceitam a propriedade privada sobre a maior parte dos meios de produção. Aceitam também que o mercado precifique grande parte dos bens de consumo de uma economia. 

Mas, assim como os socialistas, eles defendem políticas redistributivistas. Assim com os socialistas, eles defendem o confisco de uma fatia da renda dos indivíduos produtivos da sociedade e sua subsequente distribuição para os não-produtivos. Assim como os socialistas, eles acreditam que os burocratas do governo devem intervir no mercado e redistribuir riqueza. Eles não se importam se isso irá reduzir o crescimento econômico. Eles são motivados pela inveja. Eles estão dispostos a ver uma economia produzindo menos desde que isso satisfaça sua demanda por algo que seja semelhante a uma igualdade econômica.

Mas há diferenças.

Ao passo que, para os socialistas clássicos, o objetivo era a estatização dos meios de produção, a erradicação da classe capitalista, e a tomada de poder pelo proletariado, os social-democratas entenderam ser muito melhor um arranjo em que o estado mantém os capitalistas e uma truncada economia de mercado sob total controle, regulando, tributando, restringindo e submetendo todos os empreendedores às ordens do estado. 

O objetivo social-democrata não é necessariamente a "guerra de classes", mas sim um tipo de "harmonia de classes", na qual os capitalistas e o mercado são forçados a trabalhar arduamente para o bem da "sociedade" e do parasítico aparato estatal. Os social-democratas, muito mais espertos que os socialistas, entenderam que têm muito mais a ganhar caso permitam que os capitalistas continuem produzindo e gerando riquezas, ficando os social-democratas com a tarefa de confiscar uma fatia dessa riqueza e redistribuí-la para suas bases.

Politicamente, os socialistas clássicos queriam uma ditadura do partido único, com todos os dissidentes sendo enviados para os gulags. Já os social-democratas preferem uma ditadura "branda" — aquilo que Herbert Marcuse, em outro contexto, rotulou de "tolerância repressiva" —, com um sistema bipartidário em que ambos os partidos concordam em relação a todas as questões fundamentais, discordando apenas polidamente acerca de detalhes triviais — "a carga tributária deve ser de 37% ou de 36,2%?".

E há características de atuação ainda mais nefastas.

Ao mesmo tempo em que os social-democratas mantêm os pequenos empresários sob restritos controles e regulamentações, eles fornecem trânsito livre para os grandes empresários, os quais, em troca de propinas e doações de campanha, usufruem a liberdade de fazer conluio com políticos e burocratas e, com isso, auferirem grandes privilégios e favores. Políticos concedem a seus empresários favoritos uma ampla variedade de privilégios que seriam simplesmente inalcançáveis em um livre mercado. Os privilégios mais comuns são contratos privilegiados com o governo,restrições de importação, subsídios diretos, tarifas protecionistas, empréstimos subsidiados feitos por bancos estatais, e agências reguladoras criadas com o intuito de cartelizar o mercado e impedir a entrada de concorrentes estrangeiros

(E estamos aqui desconsiderando os privilégios ilegais, como as fraudes em licitações e o superfaturamento em prol de empreiteiras, cujas obras são pagas com dinheiro público).

Em troca desses privilégios (legais e ilegais), os grandes empresários beneficiados lotam os cofres de políticos e burocratas com amplas doações de campanha e propinas.

Ou seja, neste arranjo social-democrata, quem realmente arca com a fatura são os pequenos empresários e os assalariados que trabalham nessas pequenas empresas.

Economicamente, os social-democratas são keynesianos. Mas é um grande erro dizer que o keynesianismo é socialista. O keynesianismo claramente não é socialista. O keynesianismo defende as características básicas do capitalismo. Sempre defendeu. O próprio Keynes poderia ser considerado um defensor do capitalismo. Ele acreditava que, para aditivar a economia, o estado deveria intervir no mercado aumentando seus gastos. Para isso, ele defendia que o estado ou criasse dinheiro do nada ou pegasse dinheiro emprestado dos capitalistas. Keynes queria que o estado saísse comprando bens e serviços para estimular a economia. Ele queria ver uma expansão do capitalismo, mas ele acreditava que os déficits orçamentários do governo e a inflação monetária do banco central seria a melhor maneira de restabelecer a produtividade econômica do capitalismo durante uma recessão.

Na prática, o keynesianismo é uma política que beneficia grandes empresários. Sempre que o governo aumenta os gastos públicos e incorre em déficits orçamentários, ele aumenta os lucros de alguns empresários privilegiados (ou ineficientes) à custa dos pagadores de impostos.

Como explicado aqui, se o governo disser que irá gastar mais com assistencialismo, os bancos irão financiar o déficit e os pagadores de impostos ficarão com os juros. Se o governo disser que irá gastar mais com saúde, além dos bancos, as empresas do ramo médico — desde as grandes fornecedoras de equipamentos caros aos mais simples vendedores de luvas de borracha — também irão lucrar mais. Se o governo disser que irá gastar mais com obras e investimentos públicos, além dos bancos, todas as empreiteiras selecionadas serão beneficiadas.

Quando o governo decide "estimular" a economia por meio de mais gastos, ele pode fazer duas coisas: ou ele pode contratar uma empresa privada para fazer alguma obra de infraestrutura, ou ele pode executar seus dispêndios por meio de alguma estatal, o que inevitavelmente também gerará toda uma série de lucros privados, não apenas em prol de seus empregados, mas também e principalmente em prol de empreiteiras, fornecedores, clientes etc.

Reconheça o inimigo

Social-democratas são keynesianos e são defensores do estado assistencialista e do capitalismo de estado. Eles defendem regulação da economia, impostos sobre todo o setor produtivo e privilégios para grandes empresas. Isso custa caro em termos de impostos e regulamentações para os pequenos empresários.

Eles querem dirigir o sistema capitalista da mesma maneira que os fascistas da década de 1930

Eles defendem que os meios de produção sejam propriedade privada, mas querem especificar aos proprietários o que eles podem e o que eles não podem fazer com seu capital. Eles querem dirigir a produtividade do capitalismo. 

Em troca disso, concedem favores e privilégios aos grandes empresários.

Eles, a princípio, não defendem estatização dos meios de produção (isso é um fetiche marxista). Eles apenas querem ter o porrete para dirigir o sistema produtivo, mas não querem a responsabilidade por ter feito isso.

Eles estão satisfeitos em ter um sistema corporativo produtivo o suficiente para beneficiar o governo com grandes receitas. Eles gostam dessa galinha dos ovos de ouro. Parasitas não querem matar seus hospedeiros. 

Já o socialismo é, por definição, uma filosofia econômica na qual o hospedeiro é morto. A esquerda atual é majoritariamente composta por parasitas, idealistas e bon vivants, e não por comunistas linha dura. A esquerda atual quer manter os ovos de ouro fluindo para seus cofres.

O keynesianismo, a social-democracia e o conluio entre políticos keynesianos e grandes empresários são os inimigos atuais.
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Murray N. Rothbard (1926-1995) foi um decano da Escola Austríaca e o fundador do moderno libertarianismo. Também foi o vice-presidente acadêmico do Ludwig von Mises Institute e do Center for Libertarian Studies.

Gary North, ex-membro adjunto do Mises Institute, é o autor de vários livros sobre economia, ética e história.

Juan Ramón Rallo, diretor do Instituto Juan de Mariana e professor associado de economia aplicada na Universidad Rey Juan Carlos, em Madri. É o autor do livro Los Errores de la Vieja Economía.
Do site: http://www.mises.org.br/