segunda-feira, 17 de outubro de 2016

BUFÃO ACINTOSO


O “Comandante Máximo”, que se acha um sujeito “safo” na sua eterna permissividade, é um péssimo exemplo que nos leva à desídia e à dissolução.

No clássico romance “Os Irmãos Karamazov”, Dostoievski nos fala de um personagem abjeto, Fiodor Pavlovitch, o Karamazov pai, sujeito que embute na alma corrompida a “volúpia de mentir”. O gigante russo, abarcando como nenhum outro os abismos da alma humana, considera, com agudo senso psicológico, que o sujeito que mente a si próprio e que mergulha na própria mentira, acaba por não poder mais discernir a verdade, nem em si mesmo, nem em torno de si, deixando, portanto, de respeitar a si próprio e aos outros.

Dostoievski tem o velho Karamazov, assassinado pelo próprio filho (Smerdiakov), na conta de um debochado contumaz e lança suas luzes sobre o tipo: “Os embusteiros calejados, que passam a vida inteira mentindo, têm momentos que tomam o seu papel tão a sério que chegam a chorar e a tremer de emoção, embora nesse mesmo instante (ou um segundo depois) possam dizer a si próprios: - Mentes, velho sem-vergonha; não passas de um palhaço, apesar de toda tua ‘santa’ ira e do teu ‘santo’ minuto de cólera”.

Tudo bem medido e pesado, não há diferença básica entre o tragicômico personagem do romancista russo e a figura farsesca de Lula. No caso do vosso velho sindicalista, o exercício diuturno da mentira, para além de manifesta degeneração de caráter, revela uma forma voluptuosa de prazer: no frigir dos ovos, Lula da Silva goza mentindo – e eis a explicação pertinente encontrada pelo escritor russo, que, ademais, no romance, associa o vício incontrolável de mentir à histeria compulsiva do Karamazov pai.

Muito bem. Desde o episódio em que o Ministério Público Federal, baseado em fatos, denunciou o líder do PT como “comandante máximo” do esquema de corrupção montado para saquear a nação, armou-se, em pífia resposta, a encenação de lastimável ópera-bufa. Nela, como émulo do Karamazov pai, saracoteia a figura de Lula da Silva, a um só tempo, patética e burlesca.

Com efeito, sem argumentos válidos para contestar a denúncia sobre os milhões subtraídos dos cofres públicos, o milionário do ABC, no centro do picadeiro habitual, depois de beijar a camisa vermelha, chorar, bufar, esganiçar e se comparar a Getúlio Vargas, JK, Jango e ainda, num ato de estúpida bravata, ao próprio Jesus Cristo - terminou por jurar que, uma vez comprovada sua culpa, “ia a pé”, de São Bernardo a Curitiba, “para ser preso” .

Pior: mais tarde – mesmo sabendo que a mulher de Guido Mantega fazia simples exame de colonoscopia, considerado procedimento de rotina pela filha do ex-ministro preso – Lula vociferou, roufenho de tanto mentir, que a prisão do encalacrado petista era uma falta de “humanitarismo” da PF, silenciando, no entanto, quanto ao achaque de Mantega ao trêfego Eike Batista, o empresário “forte” do governo petista cevado na grana manipulável do BNDES.

Como todos sabem, os comunistas vivem da e para a mentira. Fidel Castro, o Vampiro do Caribe, por exemplo, se jactava de mentir em discursos enfadonhos nos quais castigava o povo cubano (a ouvi-lo de pé) por mais de 12 horas; Stalin, genocida por vocação, mentia sem pestanejar, em especial quando promovia jantares para homenagear camaradas do PC que mandava fuzilar no dia seguinte; por sua vez Lenin, carniceiro-mor, mentia de forma consciente quando iludia o povo com promessas de fortuna igualitária nunca estabelecida na malfada Rússia dos Sovietes; e Mao, o grande pedófilo, sacrificou literalmente 75 milhões de chineses com a campanha do “Grande Salto Para Frente”, mentindo que iria melhorar a vida da população em tempo recorde.

E Lula? Bem, este mente por convicção. Certa vez escrevi que Lula mente até quando diz a verdade – se isto é possível. Mário Morel, autor da biografia “Lula, o Metalúrgico”, narra episódio em que um jovem aprendiz de torneiro mecânico pede ao patrão para fazer hora extra, aos sábados, pois precisa de dinheiro. O dono da fábrica de autopeças resiste, depois cede e avança algum dinheiro ao aprendiz, que não cumpre o trabalho. Cobrado pela falta, Lula, em resposta, diz que estava mentindo e, no deboche, pelas costas, manda o patrão “vtnc”.

O “Comandante Máximo”, que se acha um sujeito “safo” na sua eterna permissividade, é um péssimo exemplo que nos leva à desídia e à dissolução. Nunca se matou tanto, nunca se roubou tanto, nunca se mentiu tanto no Brasil.

Chegou a hora de trancafiá-lo.
Publicado na coluna do jornalista Claudio Humberto.
Foto: Dida Sampaio
Por: Ipojuca Pontes, cineasta, jornalista, e autor de livros como 'A Era Lula', 'Cultura e Desenvolvimento' e 'Politicamente Corretíssimos', é um dos mais antigos colunistas do Mídia Sem Máscara. Também é conferencista e foi Secretário Nacional da Cultura.
Do site: http://www.midiasemmascara.org/

A IMPORTÂNCIA DO PH NO VINHO

Enófilos iniciantes adoram conversar sobre o perfil aromático de um determinado vinho. Assim que seu conhecimento se aprofunda, a atenção se volta para discussões sobre a estrutura dos taninos, textura e harmonia entre açúcares e ácidos, complexidade, e assim por diante. O elemento pH raramente é mencionado, apesar de ser um dos fatores mais importantes, pois afeta o aspecto visual, o aroma, o paladar, assim como a longevidade de um vinho.


O conceito de pH pode ser difícil de entender para quem não é cientista, mas o objetivo é explicá- lo usando uma terminologia cotidiana. Sofra comigo nos próximos 30 segundos e, depois, será mais fácil entender o impacto disso no vinho.

O conceito de pH teve origem com o bioquímico dinamarquês Soreson (1868-1939). O termo é francês, “pouvoir hydrogène”, significando o poder do hidrogênio. Ele mede a concentração de hidrogênio presente numa solução usando um medidor de pH, numa leitura direta. Em termos simples, ele mede a força da acidez. A escala vai de 0 a 14, com 0 sendo muito ácido e 14 alcalino (soda cáustica). Com pH 7, a solução é neutra, como é o caso da água pura destilada.

Vinhos são naturalmente ácidos, com a maioria indo de 2,8 a 4,0. Por exemplo, um Riesling alemão pode alcançar um pH de 2,9. Em uma primeira impressão, a variação de pH é pequena, no entanto, mesmo mínimas diferenças, de 0,1, possuem impacto no aspecto visual, no perfil aromático, nas características organolépticas e na capacidade de envelhecimento dos vinhos.

Este tópico é extremamente complexo. Para torná-lo mais simples e relevante para o consumidor, diversas questões-chave como a relação entre pH e acidez, dióxido de enxofre, fermentação malolática, proteínas e tartaratos não serão discutidas. Ainda, deve-se dizer que o nível de pH pode ser manipulado tanto no vinhedo quanto na vinícola, mas é melhor deixar isso para os enólogos. Nossa meta é entender como o pH afeta o que vemos e o que sentimos no nariz e na boca, assim como o impacto na capacidade de envelhecimento a partir do ponto de vista do consumidor.

pH e a cor do vinho

Mesmo para um degustador experiente é complicado aferir os níveis de pH. Contudo, os elementos visuais podem dar algumas pistas. Nos vinhos tintos, níveis de pH muito baixos estão acompanhados por uma cor roxa brilhante. Assim que o pH vai aumentando, sombras azuladas aparecerão. Em níveis altos de pH, reflexos marrons ficam evidentes.

Usando a Itália como exemplo, somos capazes de comparar a Negroamaro do clima quente do sul – que tende a apresentar notas amarronzadas muito prontamente, indicando altos níveis de pH – contrastando com o Valpolicella, proveniente do norte, que é frequentemente dominado pela uva Corvina e tende a apresentar notas jovens roxas, indicando um vinho com baixo nível de pH.

Nos vinhos tintos, níveis de pH muito baixos estão acompanhados por uma cor roxa brilhante. Assim que o pH vai aumentando, sombras azuladas aparecerão. Em níveis altos de pH, reflexos marrons ficam evidentes

Aroma

Além de como ele se mostra, o pH também afeta os aromas. Até a mesma variedade de uva pode ter diferentes tipos de aroma dependendo de onde são cultivadas. Claro que isso pode ocorrer devido a vários fatores, incluindo clima, tipo do solo, práticas vinícolas e escolhas feitas durante o processo de vinificação.

Deixando tudo isso de lado, uma Cabernet Sauvignon com baixos níveis de pH apresentará notas jovens de frutas vermelhas frescas. Por contraste, a mesma variedade, com níveis mais altos de pH, tende a apresentar notas de frutas negras e chocolate. Isso também fica evidente na hora da degustação. Muitos produtores concordam que, em níveis baixos de pH, a fermentação ficará mais lenta, resultando em um sabor melhor. Com pH 3,6, o que é relativamente alto para uma uva como a Sauvignon Blanc, o sabor será áspero, embotado e fraco. Com um pH menor, por volta de 3, um vinho pode se tornar muito azedo.

Como todo o resto, o nível ideal é algo mediano. Em termos gerais, o nível perfeito de pH para brancos deve estar entre 3,1 e 3,4. Para tintos, a maioria dos produtores prefere atingir níveis ao redor de 3,3 e 3,6. O Katnook Estate, na Austrália, foca em níveis em torno de 3,3 e 3,4.

Envelhecimento

O nível de pH tem impacto direto na capacidade de envelhecimento de uma garrafa. Geralmente, um vinho com níveis de pH mais baixos terá maior longevidade. Vinhos de regiões mais frias, onde bate menos sol, tendem a ter maior acidez e pH mais baixo. Estes, por sua vez, tendem a durar mais. Se alguém tem em sua adega uma garrafa de Chablis Premier Cru e uma de um Chardonnay australiano do sudeste da Austrália, é fácil adivinhar qual delas vai envelhecer com mais elegância.

O nível de pH varia de acordo com as condições da safra. Segundo Frederic Magnien, um qualificado produtor da cidade de Morey St. Dennis na Borgonha, o nível de pH dos vinhos de 2003 ficou ao redor de 3,8, em contraste com os 3,4 normais. Com essa informação, acreditamos que os vinhos de 2003 podem não envelhecer tanto quanto uma safra típica na Borgonha, cujo pH foi mais baixo.

O nível de pH tem impacto direto na capacidade de envelhecimento de uma garrafa. Geralmente, um vinho com níveis de pH mais baixos terá maior longevidade. Vinhos de regiões mais frias, onde bate menos sol, tendem a ter maior acidez e pH mais baixo. Estes, por sua vez, tendem a durar mais.

pH interfere em estilo e qualidade

A questão é: quão importante é o pH para o vinho? A resposta: os níveis de pH estão intrinsecamente ligados ao estilo e qualidade dos vinhos. O pH relativamente baixo, na faixa de 3,1 a 3,4, parece ser pré-requisito para a produção de vinhos de alta qualidade com solidez. Este é um aspecto essencial, mas dificilmente mencionado pelos connoisseurs.

Não precisamos ser cientistas ou enólogos para entender o básico, porém agora sabemos. Entretanto, da próxima vez que alguém ao seu lado estiver com uma taça de vinho, sugiro que você resista à tentação de conversar sobre a importância do pH. Não é um tópico apropriado se você quiser começar uma conversa alegre para fazer novos amigos ou impressionar alguém do sexo oposto. É legal saber, porém talvez seja melhor resistir à tentação.
Por: DOUGLAS WURZ  14 de maio de 2016

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

OS "VIRTUOSOS" NOVOS NAZISTAS

Em vez de se preocuparem com o terrorismo islamista e o ninho de jihadistas acantonados em Molenbeek em Bruxelas, há racistas na Europa que querem destruir Israel, a única democracia no Oriente Médio.


Todos eles afirmam falsamente serem "pacíficos", usando meios "econômicos" para corrigir "injustiças" nos territórios palestinos. No entanto eles nunca tentaram corrigir injustiças cometidas pelos governos corruptos, repressivos da Autoridade Palestina e do Hamas em Gaza, nem mesmo protagonizar a imprensa livre, o estado de direito ou a edificação de uma economia estável. Suas verdadeiras motivações racistas estão desmascaradas.

As linhas pré ou pós-1967 são apenas um álibi para esses novos nazistas. Muitos consideram Israel em sua totalidade, ilegal, imoral, ou as duas coisas juntas -- ainda que os judeus tenham estado nesta terra há 3.000 anos -- parte dela ainda é chamada de Judeia. Sua ânsia em acusar os judeus de terem a audácia de "ocupar" a sua própria terra histórica, bíblica, só revela a conivência com as mentiras mais obscuras dos extremistas islâmicos, os quais estão tentando destruir os cristãos coptas autóctones em sua terra nativa do Egito e os cristãos assírios autóctones que estão sendo massacrados no Oriente Médio. Será que os franceses também deveriam ser acusados de estarem "ocupando" a Gália? Basta olhar para qualquer mapa da "Palestina", que será possível ver o Estado de Israel coberto por inteiro: para muitos palestinos toda a terra de Israel é uma única colônia gigante que tem que ser desmontada.

Conheça os bandos dos novos nazistas, posando como defensores da Justiça e da Virtude, em busca de novas políticas de extermínio de Israel e, logo em seguida, dos judeus.

"Na Alemanha nazista", conforme observa Brendan O'Neill no Wall Street Journal, "era a fúria total para tornar a cidade Judenfrei (sem nenhum judeu)".

"Agora uma nova moda está assolando a Europa: tornar a cidade ou o município naquilo que poderíamos chamar de Zionistfrei -- livre de produtos e da cultura do estado judeu. Por todo o continente, cidades estão se declarando zonas livres de Israel, afastando seus cidadãos de produtos e da cultura israelenses. Ecos monstruosos do que aconteceu há 70 anos".

Os nazistas diziam "kauft nicht bei Juden": não compre de judeus. O slogan destes novos racistas é "kauft nicht beim Judenstaat": não compre nada do estado judeu. Os nazistas entoavam palavras de ordem: "Geh nach Palästina, du Jud": vá para a Palestina, judeu. Os racistas na Europa gritam "Judeus fora da Palestina"!

Vamos olhar mais de perto e ver quem são eles. A Câmara Municipal de Leicester, por exemplo, aprovou recentemente a proibição da venda de produtos "made in Israel". Pense no seguinte: uma cidade sem produtos israelenses. Não estamos falando da Alemanha nazista de 1933, trata-se de uma cidade britânica administrada pelos trabalhistas em 2016. Dois conselhos galeses, de Swansea e Gwynedd, bloquearam parcerias comerciais com empresas israelenses. Em Dublin, o famoso restaurante Exchequer, decidiu não usar produtos israelenses. A cidade irlandesa de Kinvara tornou-se "livre de Israel". Na Espanha a cidade deVillanueva de Duero já não distribui água israelense em seus edifícios públicos. A cidade francesa de Lille congelou um acordo com a cidade israelense de Safed.

Boicote aos produtos produzidos por judeus, naquela época e agora.

Sob pressão racista a empresa aérea Brussels Airlines, da qual a Lufthansa participa parcialmente, decidiu que não servirá mais na sobremesa a halva da marca israelense Achva. Um ativista do Movimento de Solidariedade Palestino, saindo do Aeroporto Ben Gurion em Tel-aviv para Bruxelas se viu servido com a sobremesa produzida em Israel. Este nazista light se queixou à companhia aérea, que rapidamente retirou a iguaria do cardápio (após manifestações de indignação, a empresa aérea voltou atrás). Em vez de se preocuparem com o terrorismo islamista e com o ninho de jihadistas acantonado em Molenbeek em Bruxelas, há racistas na Europa que querem destruir Israel, a única democracia no Oriente Médio.

Um caso embrionário na tentativa de destruir Israel por meios econômicos ocorreu em 1980, quando a L'Oreal comprou a empresa de cosméticos Helena Rubinstein. Os regimes árabes ameaçaram cortar os lucrativos relacionamentos com a empresa multinacional caso ela não cortasse os laços com Israel. Em vez de rejeitar a chantagem, a L'Oreal cedeu à chantagem. Hoje, este antissemitismo não é liderado por países árabes nem por países ocidentais. Por exemplo, a França recentemente proibiu chamamentos em casos de boicote, se for apenas e tão somente em relação ao Estado de Israel. As campanhas de ódio e as políticas nazistas de hoje estão sendo lideradas em grande parte por empresas, universidades, sindicatos e grupos hipócritas assim chamados de "direitos humanos", bem como outras ONGs.

E, vergonhosamente, igrejas. Em 11 de agosto de 2016 a Igreja Evangélica Luterana dos Estados Unidos (ELCA), pediu ao governo dos EUA para acabar com toda e qualquer ajuda a Israel e abraçar as táticas para destruir o país pela via econômica. No inverno passado, aIgreja Metodista dos Estados Unidos também de maneira anticristã deixou de trabalhar com cinco bancos israelenses.

Todos eles afirmam falsamente serem "pacíficos", usando meios "econômicos" para corrigir "injustiças" nos territórios palestinos. No entanto, eles nunca tentaram corrigir injustiças cometidas pelos governos corruptos, repressivos da Autoridade Palestina e do Hamas em Gaza, nem mesmo protagonizar a imprensa livre, o estado de direito ou a edificação de uma economia estável. Suas verdadeiras motivações racistas estão desmascaradas. Eles simplesmente estão alinhados e coordenados com a estratégia violenta dos palestinos e muçulmanos fundamentalistas do Ocidente -- aqueles mesmos que permanentemente se recusaram a fazer a paz com Israel, isto por sete décadas, colocando em primeiro plano o terrorismo.

Esta guerra assimétrica, empreendida pela primeira vez desde o Holocausto de 6 milhões de judeus, recentemente também quebrou um tabu alemão. Ao que tudo indica, para certos alemães, a velha sede de sangue nunca terminou -- ela simplesmente estava em estado latente. O sindicato dos professores da cidade de Oldenburg acaba de publicar um artigo em sua revista, na edição de setembro, conclamando "um boicote total ao estado judeu", segundo o jornal Jerusalem Post trata-se "da primeira conclamação para boicotar Israel ou os judeus por um sindicato alemão desde o Holocausto". Fazendo jus à sua retratação, embora tardia, em 5 de setembro o sindicato dos professores de Oldenburg se desculpou, rotulando o boicote de "grande equívoco" além de "antissemita".

A União Europeia assinou um acordo com o Marrocos, que está em litígio territorial com a Argélia, mas, apesar disso, se reservou o direito de explorar os recursos do Saara Ocidental; não foi lançada nenhuma campanha em sinal de protesto. Também não se ouviu falar de nenhum protesto contra a Turquia no tocante à ocupação do Norte do Chipre ou quanto à prisão em massa de dissidentes, jornalistas e acadêmicos. Não, a política de boicote é direcionada exclusivamente contra o estado judeu, que ostenta um dos mais altos níveis de liberdade acadêmica, liberdade de imprensa e de igualdade perante a lei do planeta. A política de boicote é feita em "3-D", conforme observa o verdadeiro defensor dos direitos do homem, o dissidente soviético, Natan Sharansky, em seu livro The Case For Democracy:
dois pesos e duas medidas: visar apenas e tão somente Israel entre os 200 litígios territoriais, do Tibete à Ucrânia.
Demonização: comparação das atitudes de Israel a dos nazistas quando na realidade as pessoas que fazem a comparação é que deveriam ser comparadas aos nazistas.
Deslegitimação: negar o direito de Israel à existência.

A hipocrisia racista é tão transparente quanto pérfida.

Eles também estão sujeitando as universidades de Israel a uma campanha neonazista "silenciosa" vinda de universidades sem princípios: enviar menos convites, rejeitar mais artigos e usar os padrões das Leis de Nuremberg do Terceiro Reich para excluir a participação de judeus. A Universidade de Syracuse acaba de desconvidar para uma conferência Simon Dotan, um professor judeu da New York University e cineasta premiado, natural da Romênia, criado em Israel e atualmente residente nos Estados Unidos. A comentarista Caroline Glick observa:

"A decisão de Hamner não teve nada a ver com a qualidade do trabalho de Dotan. Ela admitiu até certo ponto que... Dotan foi desconvidado porque ele é israelense e também porque o título de seu filme The Settlers (Os Colonos), não deixa claro de imediato se ele vilipendia o suficiente o meio milhão de judeus israelenses que vivem na Judeia e Samaria".

Entre outros no mundo acadêmico que aprovaram estas medidas neonazistas encontra-se a historiadora britânica Catherine Hall e, vergonhosamente, o gravemente enfermo Stephen Hawking, que é capaz de falar graças apenas a um dispositivo de voz israelense.

Esta campanha de boicote acadêmico teve início quando Oren Yiftachel, um estudioso da Universidade Ben Gurion teve um trabalho acadêmico rejeitado pelo periódico Political Geography. A rejeição veio com uma nota informando-o que a revista não poderia aceitar o envio do trabalho de "Israel", seu trabalho foi enviado de volta sem ser aberto. A editora St. Jerome Manchester, especializada em traduções, recusou-se a enviar obras acadêmicas para a Universidade Bar Ilan em Israel. A revista britânica Dance Europe se recusou a publicar um artigo sobre a coreógrafa israelense Sally Anne Friedland; Richard Seaford se recusou a fazer uma avaliação crítica de um livro para a revista israelense Antiquity Scripta Classica Israelica. O professor de patologia da Universidade de Oxford Andrew Wilkie, rejeitou aceitar a papelada de inscrição para doutorado de Amit Duvshani da Universidade de Tel Aviv. Wilkie assinalou na rejeição: "de jeito nenhum eu aceitarei alguém que serviu no exército de Israel".

Estes neonazistas disseminam sua mensagem em universidades, igrejas, empresas e municípios. Adotam medidas tais como petições aos professores, perseguições em público, ameaças de ações na justiça (guerra assimétrica), manifestações em frente a lojas e muitas vezes apenas gritaria, intimidação, ameaças e concentração de pessoas.

Eles são, obviamente, incapazes de abalar a florescente economia israelense, mas estão indubitavelmente tentando botar mais lenha na fogueira do clima racista de desconfiança e hostilidade contra Israel e os judeus nos quatro cantos da terra. A Swedish Coop parou de vender bombas de gaseificação produzidas pela SodaStream de Israel, o maior fundo de pensão holandês, o PGGM, retirou os investimentos de cinco instituições financeiras israelenses. A Vitens, a maior fornecedora de água potável da Holanda cortou os laços com a sua homóloga israelense Mekorot. A loja de departamentos KaDeWe, a maior da Europa localizada em Berlim suspendeu as vendas de vinho israelense (depois voltou atrás). A maior cooperativa da Europa, a Co-operative Group no Reino Unido, introduziu uma política discriminatória em relação a produtos israelenses. O McDonald's se recusou a abrir uma lanchonete na cidade israelense de Ariel, em Samaria. A Universidade de Johannesburgcortou relações com a Universidade Ben-Gurion de Israel. Sindicatos acadêmicos de médicos a arquitetos, do Reino Unido e do Canadá, também apoiaram as novas Leis de Nuremberg contra Israel. Dezenas de artistas, principalmente músicos e cineastas, têm, assim como os nazistas originais, se recusado a realizar suas performances em Israel ou cancelaram suas apresentações. Muitos fundos de pensão deixaram de trabalhar com Israel. O Deutsche Bank, o maior banco da Alemanha, levantou "questões éticas", polêmicas, incluindo o Banco Hapoalim de Israel na lista negra de empresas.

As linhas pré ou pós-1967 são apenas um álibi para esses novos nazistas. Muitos consideram Israel em sua totalidade, ilegal, imoral, ou as duas coisas juntas -- ainda que os judeus tenham estado nesta terra há 3.000 anos -- parte dela ainda é chamada de Judeia. Sua ânsia em acusar os judeus de terem a audácia de "ocupar" a sua própria terra histórica, bíblica, só revela a conivência com as mentiras mais obscuras dos extremistas islâmicos, os quais estão tentando destruir os cristãos coptas autóctones em sua terra nativa do Egito e os cristãos assírios autóctones que estão sendo massacrados no Oriente Médio. Será que os franceses também deveriam ser acusados de estarem "ocupando" a Gália? Basta olhar para qualquer mapa da "Palestina", que será possível ver o Estado de Israel coberto por inteiro: para muitos palestinos toda a terra de Israel é uma única colônia gigante que tem que ser desmontada.

No lugar de Israel, eles facilitariam a criação de mais um estado árabe-islâmico que irá suprimir a liberdade de expressão de artistas, jornalistas e escritores; que irá expulsar os cristãos de suas casas; que irá apedrejar homossexuais até a morte; que torturará os detidos nas prisões, que condenará à morte inocentes simplesmente por desejarem se converter ao cristianismo; que irá condenar alguém a flagelação, prisão ou morte pela simples alegação de que tenha dito alguma coisa a alguém que pudesse considerar ofensivo ao Islã; que obrigará as mulheres a usarem véus e viverem alienadas; que glorificará terroristas; que proibirá bebidas alcoólicas; que encarcerará pessoas por expressarem opiniões divergentes; que incentivará a criação de uma nova categoria de refugiados muçulmanos: aqueles que fugiriam alegremente de um regime opressivo e assassino.

Esses novos nazistas se valem, ao invés vez de uma argumentação, de slogans falsos e enganosos como "estado apartheid", "ocupação", "repressão", "infrator do direito internacional" (que Israel meticulosamente não o é). O objetivo deles, assim como o foi dos nazistas originais, é manipular as pessoas e incutir nelas preconceito e ódio contra Israel e por trás deste subterfúgio, contra os judeus.
Por: Giulio Meotti, Editor Cultural do diário Il Foglio, é jornalista e escritor italiano.
27 de Setembro de 2016 Original em inglês: The "Virtuous" New Nazis
Tradução: Joseph Skilnik

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

FREUD: "PACIENTES SÃO LIXO"

No dia 23 de setembro de 1939, Sigmund Freud prestou contas a Deus. A julgar pelos seus detratores, a conversa foi longa.

Quando o assunto é Freud, a conversa logo pega fogo. Louvado por seus admiradores como gênio e demonizado por quem dele discorda, o criador da psicanálise tem como maior mérito despertar paixões e confusões. "Falem mal mas falem de mim".

O mais famoso vídeo do mais famoso intelectual brasileiro – Gilberto Freyre – foi gravado no Colégio Freudiano do Rio de Janeiro durante o 2o. Congresso Brasileiro da Psicanálise d’A Causa Freudiana do Brasil, em 1985. Palavras iniciais de Freyre: “Creio poder considerar-me um dos veteranos da aplicação da perspectiva psicanalítica a uma reinterpretação da formação social do Brasil.”

Por outro lado, escreveu Olavo de Carvalho no artigo Pior para os fatos: “Marxismo, pragmatismo, nietzscheanismo e freudismo nada nos dizem a respeito da realidade, mas tudo a respeito da mentalidade de seus adeptos. São os quatro pilares do barbarismo contemporâneo.”

Face à divergência mostrada por esses monstros da intelectualidade brasileira – e, para o nosso orgulho, mundial – eu logo me coloquei no meu cantinho e, desistido de tão altos assuntos, continuei buscando a compreensão do nosso tempo nos livros de História. E eis que o homem veio, sozinho, até mim.

Estava lendo Libido Dominandi – expressão de Santo Agostinho -, livro de E. Michael Jones, quando Freud apareceu no capítulo Zürich, 1914. O livro mostra como sexo e controle social estão profundamente unidos. No citado capítulo, Freud, Jung e a família Rockefeller aparecem num verdadeiro barraco ocasionado por grana. Escreve E. Michael Jones:

Freud havia dito várias vezes que os americanos só eram bons para uma coisa: dinheiro; e agora o discípulo se mostrava superior ao mestre na exploração de americanos ricos para ganho financeiro. Freud não era estranho à idéia de explorar seus pacientes visando ganho financeiro. “Freud,” de acordo com Peter Swales,

tinha na psicoterapia algumas das mulheres mais ricas do mundo. No dia 1 de agosto de 1890, ele escreveu para Wilhelm Fliess, declinando um convite para visitá-lo em Berlim e certamente ele estava aludindo a Anna von Leiben, a quem apelidou de “prima-dona” ao explicar “Minha principal cliente está passando agora por um tipo de crise nervosa e durante a minha ausência pode ser que ela fique boa.” [ênfase minha]

Freud tinha medo que a sua paciente “pudesse ficar boa” durante a ausência dele. Uma atitude curiosa para um médico. A atitude, entretanto, não é curiosa se a psicanálise nada mais é do que controle psíquico cripto-iluminista. Dizer que Freud estava envolvido com a medicina mascara a sua real intenção. Pacientes, disse Freud a Ferenczi no fim da vida, eram “lixo”, “bons apenas para tirar dinheiro deles e para matéria de estudo, certamente, nós não podemos ajudá-los”; a psicanálise como terapia, concluiu Freud, “pode ser inútil”.

Fim da citação.

Compre o livro, leia com os seus próprios olhos e vá às fontes. Está tudo documentado lá.

Isso põe fim à confusão. Ou, como diria o já citado Santo Agostinho:

– Causa finita est.
https://13maio1917.wordpress.com
ESCRITO POR RICARDO HASHIMOTO | 23 SETEMBRO 2016

ARTIGOS - CULTURA dO SITE: http://www.midiasemmascara.org/

domingo, 9 de outubro de 2016

11 ERROS QUE FARIAM DILMA SER DEMITIDA EM QUALQUER EMPRESA DO MUNDO

Dilma Rousseff sobreviveria ao mercado corporativo apenas sendo... Dilma Rousseff? A resposta é: jamais


Demitir um CEO parece improvável, mas acontece com mais frequência do que supõe nossa vã filosofia de rede social. CEOs ou presidentes, o topo da cadeia – ou da cadeira – sofrem, sim, sanções pesadas por terem a língua solta demais, serem arrogantes demais, tranquilos demais ou até ousados demais.

Neste milênio mesmo, vieram à tona casos bizarros de demissão, como a do CEO histórico do Yahoo!, Scott Thompson, acusado de maquiar o próprio currículo com uma faculdade de Ciências da Computação quando, na verdade, só tinha um curso de contabilidade.

O desligamento de Andrew Mason, fundador e CEO do Groupon, foi ainda mais estranho: saiu por excesso de otimismo – ele acreditava tanto na plataforma do Groupon, que ignorava a queda do número de cupons vendidos.

Já a demissão do CEO da HP, Mark Hurd, teve ares cinematográficos: Jodie Fisher, ex-atriz de filmes eróticos nos anos 1990, foi o pivô de um escândalo de assédio sexual e falsificação de relatórios de despesas por parte dele.

Estar no topo da cadeia não é fácil e isso só explica os altos salários e benefícios compatíveis com tantas responsabilidades. Cabe ao presidente, líder ou CEO colocar todos acomodados confortavelmente em seus assentos e pilotar esse Boeing sem solavancos e acima de nuvens e tempestades.

E se?

Governo não é empresa e o Brasil não é a Coca-Cola, Ambev ou Johnson & Johnson. Mesmo assim, muitos governantes valem-se de sua “experiência de mercado” na hora de se candidatar a esse ou aquele cargo.

E se o exercício fosse o contrário? Se o governante se candidatasse ao cargo de CEO de uma grande empresa, seus skills e estilo de liderança fariam a diferença? E se esse governante em questão fosse Dilma Rousseff, presidente cujo destino político será traçado nessa semana pelo Senado federal?

Sobreviveria ela ao mercado corporativo apenas sendo... ela mesma?

A resposta é não. A presidente da República, eleita em 2010 e reeleita em 2014, peca em 11 posturas essenciais que, juntas ou em separado, jamais seriam toleradas em nenhuma organização séria do Brasil ou do mundo. A elas:

1. Não delegar

Marca dos dois governos Dilma Rousseff, a centralização de poder não apenas afastou a presidente de ministros e aliados, como a isolou em momentos-chave de sua caminhada no Palácio do Planalto, fosse em votações importantes no Congresso, nas disputas com a oposição e, na reta final de seu segundo mandato, durante os pedidos de apoio dentro e fora do PT.

2. Não dialogar

Dilma sempre deixou claro sua abordagem top-down, isto é, de cima para baixo, no pior estilo “eu mando, vocês obedecem”. Um estilo de liderança ultrapassado, isolacionista e comprovadamente ineficaz. Além disso, vai de encontro ao ideal de diálogo democrático pregado por ela. A presidente ignorou parlamentares pró e contra o governo e todos aqueles se se mostravam contra sua gestão. Chegou ao cúmulo de isolar (com grades) os opositores em comícios e contar com barulhentas claques para seus discursos e inaugurações. 

3. Não admitir erros

Demorou alguns anos para ver a presidente reconhecer alguma falha em seus fraquíssimos governos. Quando o fez, e dá para contar esses episódios nos dedos de uma mão, as lambanças creditadas à “contabilidade criativa” e dezenas de benesses a correligionários nunca vieram acompanhadas de um pedido sincero de desculpas. Nenhum ao menos que convencesse a população. Será lembrada por não saber ganhar sem tripudiar nem saber perder.

4. Descumprir promessas públicas

Apenas para citar duas delas: a volta da CPMF e o aumento descontrolado da tarifa de energia elétrica. Menos de um ano depois de ser reeleita, Dilma acenou com a volta de um imposto detestado pelos brasileiros. E até com possíveis outros impostos – algo amplamente combatido por ela em seus discursos pró-reeleição de 2013 e 2014. A decepção generalizada também ficou evidente durante o aumento vertiginoso da conta de luz – que baixou meses antes, pré-eleição – para depois ressurgir cara como nunca.

5. Expor-se voluntariamente ao ridículo

Por que seguir roteiros? Para quê ouvir assessores? São tantos os exemplos de discursos desconexos, respostas atravessadas a jornalistas, fotos sem contexto e outros comportamentos bizarros, que não caberiam nesse texto. Mas fiquemos com uma frase, apenas: “Temos a mandioca e aqui nós estamos e, certamente, nós teremos uma série de outros produtos que foram essenciais para o desenvolvimento de toda a civilização humana ao longo dos séculos. Então, aqui, hoje, eu tô saudando a mandioca, uma das maiores conquistas do Brasil”.

6. Faltar com transparência

Controladora, centralizadora e pouco afeita a ser contrariada, Dilma sempre alegou que a incompetência administrativa, corrupção e a formação e organização criminosa em tantos setores ocorreram sob seu nariz sem que ela jamais se desse conta. Quando identificou, bilhões e bilhões de reais desviados depois, perseguiu os envolvidos – ou quase isso. Pergunta: teria sido Dilma, a primeira presidente mulher do Brasil, mãe do PAC, brava lutadora contra a ditadura, enganada por tantos e por tanto tempo? Para refletir.

7. Faltar com ética

Dilma é produto de Lula e, apesar do discurso contrário, ela nunca negou nem escondeu isso. Reuniões secretas e, com o tempo, escancaradas, foram realizadas para salvaguardar o pouco crédito que ainda restava à presidente no primeiro e segundo mandatos. Quando, a pedido do juiz paranaense Sergio Moro, Lula foi levado para depor coercitivamente, em março, após suspeita de envolvimento em crimes da Operação Lava Jato, Dilma não só foi a São Bernardo prestar solidariedade (??), como ainda o reconduziu à Casa Civil. A manobra quase circense, negada pela Justiça, custou caro aos dois.

8. Tomar decisões equivocadas em série

A condução equivocada da política econômica brasileira já havia sido evidenciada no primeiro mandato pelo empresariado – uma classe que, incrivelmente, não era considerada por Dilma. E mesmo com as portas fechadas para o comércio exterior, a perda de graus de investimento sucessivas, a indústria nacional ruindo e todas as tendências econômicas em queda, Dilma preferiu seguir culpando, literalmente, o mundo. Quando acordou para a realidade, sem apoio algum, era tarde.

9. Comunicar-se mal e menosprezar as vozes contrárias

Dilma será lembrada como uma oradora ruim. Mais ainda: uma oradora ruim e prepotente. Desprezava opositores, em vez de combate-los com argumentos, e rebatia críticas com ironias e frases grosseiras. Também foram necessárias algumas manifestações, black blocs e panelaços para que ela se posicionasse ante a voz das ruas. No início, a presidente simplesmente ignorou os protestos. Em junho de 2013, ainda em seu primeiro mandato, limitou-se a enviar ministros como mensageiros para acalmar os ânimos e a imprensa, em vez de assumir aquilo para que foi eleita: as rédeas da nação. A Dilma forte, que pegou em armas para encarar os militares na ditadura, estava acuada, para decepção inclusive dos eleitores dela. Postura semelhante aos últimos meses, quando elegeu o advogado José Eduardo Martins Cardozo como sua segunda voz.

10. Atacar os inimigos certos de forma errada

A última briga de Dilma foi também aquela que sepultou o seu mandato. A pá de cal foi justamente contra uma das biografias mais sujas da política nacional: Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Sem apoio dos congressistas, traquejo político e estratégias acertadas, Dilma, ao se posicionar contra a candidatura de Cunha para a presidência da Câmara dos Deputados, em fevereiro do ano passado, assumiu um embate mortal, afinal, o nefasto Cunha era estratégico no encaminhamento das pautas do governo federal no Congresso. O peemedebista anunciou o rompimento com o governo, contaminou a base, aliou-se ao vice Michel Temer – velha raposa do Congresso, um verdadeiro animal político – e, como acompanhamos, o resto é história viva – gostemos ou não.

11. Mentir

Não foi apenas a contabilidade destrutiva e as fraudes fiscais que pairam sobre a figura da presidente. Basta dar um rasante pela imprensa para verificar que as acusações contra ela, baseadas em fatos e datas, estão na boca de jornalistas, delatores e até, pasme, do mentor maior Luiz Inácio Lula da Silva.

Dilma mentiu no currículo

Dilma mentiu sobre encontros com Odebrecht

Dilma mentiu sobre compra da refinaria de Pasadena

Dilma mentiu na campanha de 2014

A herança dos anos Dilma, em números

Quando Dilma Rousseff tomou posse, em janeiro de 2011, o Brasil crescia 7,5%, a maior taxa desde 1986.

Passados cinco anos, o País amarga queda de 3,8% no PIB, contas públicas deterioradas, desemprego em 8,5% (já são 11,5 milhões de desocupados) e uma inflação de dois dígitos, que penaliza os mais pobres.

O governo caminha oficialmente para fechar 2016 com o terceiro rombo anual seguido em suas contas e um deficit primário recorde, de R$ 170,5 bilhões.

As expectativas indicam que, no final deste ano, a economia terá encolhido quase 8% desde 2014. A última vez que isso aconteceu foi em 1931, em meio à Grande Depressão. A dívida pública pode chegar a 80% do PIB em 2018.

E você, contrataria Dilma Rousseff para comandar a sua empresa?


sexta-feira, 7 de outubro de 2016

VALOR NÃO TEM PREÇO!

Quando você entra numa loja, pede por um produto e pergunta por aquilo que será cobrado, está falando em valor ou preço? Este é um tema aparentemente fácil de resolver, mas é preciso investigar um pouco melhor antes de atribuir juízos. Um filósofo que pode ajudar a pensar melhor sobre isso é Max Scheler, filósofo alemão que trabalhou com profundidade esta questão, criando inclusive uma tabela que define uma escala de valores. Para ele o valor é anterior ao objetivo, ou seja, a escala de valores é objetiva e independe do objeto em questão.


Quando você chega numa loja e pergunta pelo valor de um produto está cometendo um engano, pois quem atribui valor é você. Caso pergunte sobre o preço, essa sim é a maneira certa, pois quem atribui o preço é o dono do produto. O proprietário estabelece o preço de acordo com uma série de custos que ele tem para produzir e leva em conta ainda a lei da oferta e da procura. Para o proprietário não existe uma hierarquia de preços, cada produto terá uma margem de lucro, algumas maiores, outras menores. O valor é individual e geralmente se dá em escala, ou seja, a pessoa tem uma ligação com o produto, pessoa, conceito, havendo uma ligação entre pessoa e objeto em escala de importância.

A maneira como cada um elabora sua escala de importância depende de vários fatores, mas pode-se resumir dizendo que depende da história de vida da pessoa. Algumas pessoas aprenderam que tem valor aquilo que elas não têm. Para elas, tudo o que elas não tiverem será valorado. Há outras pessoas que aprenderam que tem valor o que os outros dizem que tem valor, assim a elas terá valor o que a televisão disser que tem valor, por exemplo. Há casos de pessoas que dão valor ao que a fé diz que tem valor, sendo assim, o que estiver fora dos conceitos da fé, não terá valor. Existem tantas formas de valorar quantos existem pessoas sobre a terra, nenhuma certa e nenhuma errada, cada uma com o seu jeito.

Há um mito, algumas vezes já relatado, mas não custa relembrar. Midas, rei grego, homem muito ganancioso, queria ser o homem mais rico do mundo. Em certa oportunidade Zeus, rei dos deuses gregos, perguntou-lhe porque não distribuía sua riqueza aos pobres. Midas, por sua vez, disse que se pudesse transformava tudo o que tocasse em ouro. Logo que chegou em casa pediu um banquete, mas não conseguia comer porque tudo o que tocava virava ouro. Enquanto jantava chegou sua filha. O rei a tocou e ela logo se tornou uma estátua de ouro. Esta é apenas uma das centenas de versões que existem.

Midas aprendeu a duras penas a diferença entre dinheiro e valor.. Há um tempo um amigo me contou uma história. Dizia ele que um amigo, muito rico tinha vários carros na garagem, mas os filhos não dirigiam nenhum deles. Não porque não soubessem dirigir, não tivessem carteira ou a permissão do pai, todos eles estavam livres para pegar qualquer um dos carros, mas mesmo assim não os dirigiam. Quando foram questionados sobre o motivo de tal comportamento, relataram que aqueles carros era o que, na vida, o pai mais dava valor. Nenhum deles sentia-se à vontade de dirigir uma coisa que não tinha preço.
Por: Rosemiro A. Sefstrom Do site: http://rosemirosefstrom.blogspot.com.br/

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

113 PRÊMIOS NOBEL: AÇÕES CONTRA TRANSGÊNICOS ENVOLVEM "CRIME CONTRA A HUMANIDADE"


Sir Richard John Roberts ganhou em 1993 o Premio Nobel de Medicina 
e lidera campanha contra o extremismo verde-vermelho.

113 Prêmios Nobel e mais de 5.933 cientistas e cidadãos concernidos lançaram um apelo em favor dos alimentos geneticamente modificados num site dedicado ao assunto, “Support Precision Agriculture”.

De fato, o Programa de Alimentação e Agricultura da ONU enfatizou a necessidade de duplicar até o ano 2050 a produção mundial de alimentos para satisfazer a demanda da crescente população mundial.

Entretanto, organizações que se opõem à melhora da produção vegetal moderna e que têm seu mascarão de proa na ONG Greenpeace vêm contrariando e prejudicando as inovações biotecnológicas que tornariam viável essa meta fundamental e afastariam o espectro da subnutrição.

Ditas organizações ambientalistas e/o comuno-socialistas vêm distorcendo os riscos, benefícios e impactos dos alimentos geneticamente modificados.

Pior ainda, apoiam ou praticam a destruição criminosa das experiências em laboratórios e fazendas aprovadas pela comunidade científica e órgãos de governo, além de sabotarem projetos de investigação.

Os mais de cem Prêmios Nobel e quase 6 mil cientistas apelaram prementemente ao Greenpeace e seus seguidores para que recapacitem sobre a importância real das experiências com transgênicos empregados pelos produtores agrícolas e consumidos no mundo todo.

Eles pedem que os ativistas verde/vermelhos reconheçam as conclusões dos órgãos científicos competentes e dos órgãos reguladores, e abandonem sua campanha ideológica obsessiva contra os transgênicos em geral, e contra o arroz dourado em particular.

O arroz dourado foi geneticamente modificado por cientistas para incluir a vitamina A, produzindo betacaroteno.

Nas Filipinas e em Taiwan ele já está sendo consumido e, em breve, deve chegar ao Brasil.

O novo grão foi desenvolvido pela ONG Instituto Internacional de Pesquisa do Arroz para combater a falta de vitamina A especialmente entre as crianças filipinas, onde o baixo consumo desse nutriente causa cegueira em 250 mil a 500 mil meninos por ano.

Uma tigela de arroz dourado contém 60% da quantidade diária de vitamina A que uma criança saudável precisa.

Além disso, o arroz dourado traz outros benefícios para a saúde e a beleza: ajuda no brilho do cabelo, conserva o esmalte dos dentes, fortalece o sistema imunológico, mantém a saúde dos órgãos reprodutivos, diminui a formação de placas nas artérias, minimiza sintomas de esclerose múltipla, protege a pele de infecções e melhora a visão. (Mais informações, aqui.)

Prêmios Nobel, cientistas e cidadãos preocupados lembraram em seu apelo que organismos científicos e reguladores do mundo todo concluíram repetida e consistentemente que os cultivos e alimentos melhorados pela biotecnologia são tão seguros, se não mais, do que os produzidos com qualquer outro método.

Jamais foi confirmado efeito negativo algum na saúde dos seres humanos ou dos animais que o consumem.

Também ficou demonstrado repetidamente que são menos prejudiciais para o meio ambiente e trazem grandes auxilios para a biodiversidade global.

Porém, o Greenpeace lidera a oposição ao arroz dourado que reduziria grande parte das mortes e doenças causadas por deficiência de vitamina A (DVA) nos mais pobres da África e do Sudeste da Ásia.

A Organização Mundial da Saúde calcula que 250 milhões de pessoas sofrem dessa carência de vitamina A.

Nesse total estão incluídos 40% das crianças menores de cinco anos nos países subdesenvolvidos.

A UNICEF aponta estatisticamente que entre um e dois milhões de mortes evitáveis acontecem todo ano por causa dessa carência.

A carência é a principal causa da cegueira infantil em nível mundial, castigando entre 250 mil e 500 mil crianças por ano. A metade delas falece 12 meses depois de perder a visão. Causa entre 1,9 milhão e 2,8 milhões de mortes anuais, sobre tudo entre mulheres e crianças com menos de cinco anos.

Por isso, os altos cientistas mencionados endereçaram um pungente apelo ao Greenpeace e a seus adeptos para que cessem e desistam de suas campanhas contra o arroz dourado.

Eles pediram que desistissem de seus atentados e propagandas contra a plantação e consumo de alimentos melhorados pela biotecnologia em geral.

Os signatários do apelo também se voltam para os governos do mundo pedindo-lhes que recusem essas campanhas do Greenpeace e de seus congêneres verde/vermelhos.

Eles pedem aos governos para que acelerem o acesso dos produtores agrícolas a todas as ferramentas da biologia moderna, especialmente às sementes melhoradas pela biotecnologia.

Segundo os altos especialistas, deve se deter a oposição baseada na emoção e no dogma da contestação dos dados empíricos.

Eles concluem com uma interrogação dramática:

“Quantas pessoas pobres no mundo inteiro tem de morrer antes que isto [as campanhas do Greenpeace a companheiros de viagem] seja considerado ‘crime contra a humanidade’?”

Richard J. Roberts, articulador da petição, ganhou o Premio Nobel de Medicina em 1993. Ele declarou ao “Washington Post”: “Nós somos cientistas. Nós compreendemos a lógica da ciência. É fácil ver que o que o Greenpeace está fazendo é danoso e é contra a ciência”. “Greenpeace e alguns de seus aliados se afastaram deliberadamente de seu caminho para assustar as pessoas. Foi uma maneira para arrecadar dinheiro para a sua causa”.

Por:Luis Dufaur 
http://ecologia-clima-aquecimento.blogspot.com/ Do site: http://www.midiasemmascara.org/


terça-feira, 4 de outubro de 2016

EDITORAS OCIDENTAIS SE SUBJUGAM AO ISLÃ

- Por criticar o Islã, Abdel-Samad vive sob proteção policial na Alemanha e, assim como Rushdie, paira sobre ele uma fatwa. Depois da fatwa vieram os insultos: ser censurado por uma editora livre. Isto é o que os soviéticos faziam para destruir os escritores: destruíam seus livros.


- Numa época em que dezenas de escritores, jornalistas e estudiosos enfrentam ameaças dos islamistas, é imperdoável que editores ocidentais não só concordem em se ajoelhar, mas muitas vezes sejam os primeiros a capitular.

- Um tribunal de Paris condenou Camus por "islamofobia" (uma multa de 4.000 euros), referente a um discurso preferido por ele em 2010, no qual ele falou sobre a substituição do povo francês pelo cavalo de Troia do multiculturalismo. Outro escritor, Richard Millet, foi demitido em março último pela editora Gallimard por conta de suas ideias sobre o multiculturalismo.

- Não são só os editores de Rushdie que capitularam, outras editoras também decidiram cortar os laços e voltar a fazer negócios com Teerã. A Oxford University Press decidiu participar da Feira do Livro em Teerã, juntamente com duas editoras americanas, McGraw-Hill e John Wiley. Esses editores optaram por responder à censura assassina com a rendição.

- É como se na época da queima de livros pelos nazistas, as editoras ocidentais não só tivessem ficado em silêncio, como também convidado uma delegação alemã a ir a Paris e Nova Iorque.

Quando o romance Os Versos Satânicos de Salman Rushdie foi publicado em 1989 pela Viking Penguin, a editora britânica e americana foi submetida a assédio diário perpetrado por islamistas. Conforme salienta Daniel Pipes, o escritório londrino mais parecia "um acampamento armado" com proteção policial, detectores de metal e acompanhantes para visitantes. Nos escritórios da Viking em Nova Iorque, cães farejavam pacotes e o lugar foi considerado "local sensível". Muitas livrarias foram atacadas e outras tantas ainda se recusavam a vender o livro. A Viking gastou cerca de US$3 milhões em medidas de segurança em 1989, o ano fatal para liberdade de expressão no Ocidente.

Não obstante, a Viking jamais se acovardou. Foi um verdadeiro milagre que o romance finalmente tenha sido publicado. Outras editoras, no entanto, hesitaram. Desde então, a situação só piorou. A maioria dos editores ocidentais agora hesitam. Esse é o significado do novo caso de Hamed Abdel-Samad.

A Irmandade Muçulmana deu a Abdel-Samad tudo o que um menino egípcio pudesse imaginar: espiritualidade, camaradagem, companheirismo, um propósito. Em Gizé, Hamed Samad se filiou à Irmandade. Seu pai havia lhe ensinado o Alcorão, a Irmandade explicou a ele como traduzir esses ensinamentos em ações concretas.

Abdel-Samad repudiou a Irmandade Muçulmana após ficar um dia no deserto. A Irmandade deu a todos os novos militantes uma laranja após uma caminhada de horas sob o sol escaldante. Eles foram orientados a descascá-la. Em seguida, a Irmandade solicitou a eles que enterrassem a fruta na areia e comessem a casca. No dia seguinte, Abdel-Samad deixou a organização. Aquilo era a humilhação necessária para transformar um ser humano em terrorista.

Abdel-Samad tem hoje 46 anos e reside em Munique, na Alemanha, onde se casou com uma dinamarquesa e trabalha no Instituto de História e Cultura Judaica na Universidade de Munique. Em seu vilarejo natal egípcio, seu primeiro livro causou alvoroço. Alguns muçulmanos queriam queimar o livro.

O último livro de Abdel-Samad, Der Islamische Faschismus: Eine Analyse, acaba de ser queimado em uma fogueira, não no Cairo pelos islamistas, mas na França por franceses metidos a santo.

O livro é um best-seller na Alemanha, onde foi publicado pela consagrada editora Droemer Knaur. A tradução para o idioma inglês foi publicada nos EUA pela editora Prometheus Books, com o título Islamic Fascism. Há dois anos, a editora francesa Piranha, adquiriu os direitos para traduzir o livro de Abdel-Samad "Fascismo Islâmico" para o idioma francês. A data do lançamento foi até postada na Amazon: 16 de setembro. Mas na última hora, a editora suspendeu o lançamento. Jean-Marc Loubet, chefe da editora, informou ao agente de Abdel-Samad que a publicação do livro no momento era algo impensável em França, não só por motivos de segurança, mas também porque isso daria mais força à "extrema-direita".

Por criticar o Islã, Abdel-Samad vive sob proteção policial na Alemanha e, assim como Rushdie, paira sobre ele uma fatwa. Depois da fatwa vieram os insultos: ser censurado por uma editora livre. Isto é o que os soviéticos faziam para destruir os escritores: destruíam seus livros.

O caso do Sr. Abdel-Samad não é novo. Numa época em que dezenas de escritores, jornalistas e estudiosos enfrentam ameaças dos islamistas, é imperdoável que editores ocidentais não só concordem em se ajoelhar, mas muitas vezes sejam os primeiros a capitular.
Por criticar o Islã, Abdel-Samad vive sob proteção policial na Alemanha e, assim como Rushdie, paira sobre ele uma fatwa. Depois da fatwa vieram os insultos: ser censurado por uma editora livre.

Na França, por criticar o Islã em uma coluna intitulada "recusamo-nos a mudar a civilização" escrita para o diário Le Monde, o famoso escritor Renaud Camus, perdeu a Fayard, editora de seus livros.

Antes dele, de uma hora para a outra, se tornar "malvisto" no establishment literário de Paris, Renaud Camus era amigo de Louis Aragon, o famoso poeta comunista e fundador do surrealismo e estava perto de entrar para "os imortais" da Academia Francesa. Roland Barthes, a estrela do Collège de France, escreveu o prefácio do romance mais famoso de Renaud Camus Tricks, o livro cult-classic da cultura gay.

Logo um tribunal de Paris condenou Camus por "islamofobia" (uma multa de 4.000 euros), referente a um discurso preferido por ele em 18 de dezembro de 2010, no qual ele falou sobre o "Grand Remplacement", a substituição do povo francês pelo cavalo de Troia do multiculturalismo. Foi naquela ocasião que Camus se tornou persona non grata na França.

A Joia De Medina, um romance da escritora americana Sherry Jones sobre a vida da terceira esposa de Maomé foi primeiro adquirido e em seguida descartado pela poderosa editora Random House, que já tinha pago um adiantamento e lançado uma ambiciosa campanha promocional. A nova editora de Sherry Jones, Gibson Square, foi então atacada com bombas incendiárias pelos islamistas em Londres.

Depois foi a vez da Yale University Press, que publicou o livro "The Cartoons That Shook the World" (As Caricaturas que Abalaram o Mundo) de Jytte Klausen, sobre a história das polêmicas "caricaturas de Maomé" que foram publicadas pelo jornal dinamarquês Jyllands-Posten em 2005 e a crise que se seguiu. Mas a Yale University Press publicou o livro sem as caricaturas e sem quaisquer imagens do profeta muçulmano Maomé que deveriam constar no livro.

"A capitulação da Yale University Press diante das ameaças, que sequer tinham sido feitas, é o mais recente e talvez o pior episódio na incessante capitulação em face do extremismo religioso -- particularmente o extremismo religioso muçulmano -- que se espalha em toda a nossa cultura", segundo observou o falecido Christopher Hitchens. A Yale provavelmente também espera receber a mesma doação de US$20 milhões do Príncipe Al-Wwaleed bin Talal da Arábia Saudita que ele acaba de dedicar à Universidade George Washington e Harvard.

Na Alemanha, Gabriele Brinkmann, consagrada romancista, também de repente ficou sem editora. De acordo com a sua editora Droste, o romance Wem Ehre Geburt ("A Quem a Honra Dá a Luz") pode ser considerado "um insulto aos muçulmanos" e expor o editor à intimidação. Brinkmann foi solicitada a censurar algumas passagens, ela se recusou, perdendo assim a editora.

Esta mesma covardia e capitulação já permeia por todo o setor editorial. No ano passado, a feira mais prestigiada do livro da Itália em Turim escolheu (depois engavetou) a Arábia Sauditacomo sua convidada de honra, apesar de muitos escritores e blogueiros estarem encarcerados no reino islâmico. Raif Badawi foi condenado a uma pena de 1.000 chibatadas, 10 anos de prisão além de uma multa de $260.000.

Agora muitos editores ocidentais também estão "rejeitando obras de autores israelenses", de acordo com a Time.com, independentemente de suas posturas políticas.

Foi depois da publicação de Os Versos Satânicos de Salman Rushdie que muitas editoras ocidentais começaram a se curvar diante da intimidação. Christian Bourgois, uma editora francesa, se recusou a publicar Os Versos Satânicos após ter adquirido os direitos de publicá-lo, assim como o fez a editora alemã Kiepenheuer, que afirmou estar arrependida por ter adquirido os direitos do livro e decidiu vendê-los a um consórcio de cinquenta editoras da Alemanha, Áustria e Suíça, associadas sob o nome de "UN-Charta Artikel 19."

Não são só os editores de Rushdie que capitularam, outras editoras também decidiram cortar os laços e voltar a fazer negócios com Teerã. A Oxford University Press decidiu participar da Feira do Livro em Teerã, juntamente com dois editores americanos, McGraw-Hill e John Wiley, apesar do pedido do editor de Rushdie, a Viking Penguin, para que boicotassem o evento iraniano. Esses editores optaram por responder à censura assassina com a rendição, dispostos a sacrificarem a liberdade de expressão no altar de negócios, como se não tivesse acontecido nada: vender livros era mais importante do que a solidariedade com os colegas ameaçados.

É como se na época da queima de livros pelos nazistas, as editoras ocidentais não só tivessem ficado em silêncio, como também convidado uma delegação alemã a ir a Paris e Nova Iorque. É tão inimaginável hoje?
Por: Giulio Meotti, Editor Cultural do diário Il Foglio, é jornalista e escritor italiano.Original em inglês: Western Publishers Submit to Islam
Tradução: Joseph Skilnik Do site: pt.gatestoneinstitute.org

domingo, 2 de outubro de 2016

ALGUNS FATOS ESTUPEFACIENTES SOBRE OS IMPOSTOS NO BRASIL


Tudo à sua volta tem impostos. Da energia elétrica que você consome para ler esse texto até a roupa que está vestindo nesse momento. 

Mas o sistema tributário brasileiro possui diversas bizarrices, das quais você provavelmente não faz a mais mínima ideia.

É um sistema complexo, desigual, cheio de brechas, gigante pela própria natureza e que tende a piorar nos próximos anos se tudo continuar nesse ritmo.

Entender toda essa legislação tributária não é tarefa simples: custa tempo, dinheiro e é algo literalmente pesado.

A seguir, sete fatos que você não sabia, mas deveria saber, sobre os impostos brasileiros. Do filme pornográfico ao livro dos recordes.

1) Pagamos mais impostos em remédios do que em revistas e filmes pornográficos

Sim, isso mesmo. 

Enquanto revistas eróticas sofrem uma taxação de 19%, nossos remédios possuem uma carga tributária de incríveis 34%. Além de dar prioridade ao conteúdo adulto, nosso sistema tributário ainda nos trata pior do que animais: segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), medicamentos veterinários possuem uma carga tributária de 13%, quase um terço dos impostos embutidos em remédios de uso humano.

2) A complexidade do nosso sistema tributário concorre por um recorde noGuinness World Records

Além das injustiças e distorções provocadas pelo nosso sistema tributário, a sua complexidade atua como um entrave para empreendedores — e essa burocracia gera custos.

Anualmente, as empresas brasileiras gastam 2.600 horas para cumprir suas obrigações tributárias. É o pior resultado entre 189 países. Estamos atrás até mesmo de países como a Venezuela (792 horas), a Nigéria (956 horas) e o Vietnã (872 horas). Mesmo o penúltimo colocado, a Bolívia, dá uma surra no Brasil: 1.025 horas.

Mas para onde vai tanto tempo?

Um advogado resolveu correr atrás do número exato dessa burocracia toda. Foram quase 20 anos compilando as leis tributárias de municípios, estados e da Federação. O resultado: um livro de 7,5 toneladas, 2,21 metros de altura e 41 mil páginas contendo todas as normas tributárias do país, escritas em fonte tamanho 22.

Atualmente, o livro concorre na categoria de mais pesado e com mais páginas do mundo. Ao todo, o trabalho custou R$ 1 milhão — dos quais, 30%, foram gastos com impostos.

3) Não bastasse a complexidade existente, todos os dias são criadas mais 46 leis tributárias
Desde a promulgação da Constituição de 1988, o Brasil criou 320.343 leis tributárias. Sim: trezentos e vinte mil, trezentos e quarenta e três leis tributárias.

Levando-se em conta o número de dias úteis no período, foram criadas 46 novas leis todos os dias, segundo um levantamento do IBPT.

Se continuarmos nesse ritmo, nossa complexidade tributária só tende a piorar e complicar ainda mais os negócios do país, que já precisam seguir 40.865 artigos legais para poderem funcionar.

4) Nosso atual imposto de importação é maior que o da União Soviética na década de 1980

Você leu certo, camarada. Em 1988, a União Soviética fez uma reforma tributária e de comércio exterior, com a intenção de atrair investimentos externos. O limite de participação estrangeira em negócios, por exemplo, saiu dos 49% para 80%. Junto a essa reforma, o governo também promoveu uma abertura comercial, permitindo a importação de diversos produtos e fixou as tarifas de importação para eles, que variavam de 1% (para itens de necessidade básica, como alimentos) até 30%, em casos de itens como eletrodomésticos.

A liberação econômica mais tarde ajudaria a acabar com a censura no país e levaria a União Soviética a um colapso econômico.

Em contraste, hoje os brasileiros pagam um imposto de importação de 60% do valor do produto. As taxas ainda podem ser maiores dependendo de impostos estaduais, como o ICMS, cobrado em cima do valor do produto após a taxa de importação. Como em alguns estados o ICMS pode chegar a 18%, a tarifa total sobre a importação pode totalizar 89% do valor da mercadoria.

5) Nosso sistema tributário é o mais injusto do mundo, por diversas razões

Não existe exatamente um ranking de sistemas tributários mais injustos; porém, se existisse, o Brasil teria boas chances de figurar nas primeiras colocações.

Primeiramente, nosso retorno sobre os impostos é o pior entre 30 países analisados pelo IBPT — posição que ocupamos por 5 anos consecutivos. Com um retorno tão baixo, o sistema tributário brasileiro força o contribuinte a pagar para a iniciativa privada, quando possível, por alguns serviços como educação e saúde. Os que não podem pagar ficam relegados a serviços públicos de péssima qualidade.

Para piorar, um estudo do IPEA demonstrou que, quanto mais na base da pirâmide, mais impostos proporcionalmente o cidadão paga de acordo com sua renda: enquanto os 10% mais pobres chegam a gastar quase 30% dos seus rendimentos com impostos indiretos, os 10% mais ricos gastam cerca de 10%. Mesmo considerando-se os impostos diretos, os pobres ainda pagam proporcionalmente mais impostos.

A solução, claro, não é aumentar as taxas do topo da pirâmide: os ricos brasileiros já deduzem uma porcentagem da renda muito próxima da de países desenvolvidos — e eles, é claro, vão semprerepassar essas taxas para o resto da população.

Por que não, então, cobrar menos dos outros degraus da pirâmide?

6) Não fosse a sonegação, teríamos a 3ª maior carga tributária do planeta

Que a carga tributária do Brasil é alta, todo mundo sabe. Mas, apesar de figurarmos na 22ª posiçãono ranking mundial, a carga de impostos do país está muito distante de sua realidade: aparecemos no ranking ao lado de diversos países europeus ricos. Se levarmos em conta todos os países do continente americano, saímos ainda pior na foto: somos o primeiro lugar entre todos os países da região, incluindo a América do Norte.

Mas a triste realidade poderia ser ainda pior, não fosse a sonegação. Isso mesmo, a sonegação.

Segundo o Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz), em 2014, o país deixou de arrecadar R$ 501 bilhões por conta da sonegação. O que pouco se fala, no entanto, é que, caso esse valor tivesse sido de fato pago pelos pagadores de impostos, o governo teria arrecadadoimpressionantes 2,3 trilhões de reais no período: 46% do nosso PIB, que ficou em R$ 5,5 trilhões ano passado de acordo com o IBGE.

Com uma carga tributária tão alta, tomaríamos o 3ª lugar na fila dos países que mais cobram impostos no mundo, perdendo somente para a Eritréia (50%) e a Dinamarca (48%).

Isso, claro, excluindo-se os dois países que são pontos fora da curva na arrecadação de impostos: aCoreia do Norte (100%) e o Timor Leste, que arrecadou 227% do PIB.

7) Existe um imposto escondido que você paga sem saber


Há um imposto ainda mais perverso com os mais pobres, o qual, mensalmente, corrói sua renda sem que eles tenham como escapar. Esse imposto é a inflação.

Como o Nobel de Economia Milton Friedman argumentava, a inflação nada mais é do que um imposto escondido — ele acontece quando o governo injeta na economia mais dinheiro do que a demanda pode suportar.

[N. do E.: O atual sistema monetário é baseado em um monopólio estatal de uma moeda puramente fiduciária. O dinheiro é criado monopolisticamente pelo Banco Central e é em seguida entregue ao sistema bancário. O sistema bancário, por sua vez, por meio da prática das reservas fracionárias, se encarrega de multiplicar este dinheiro (eletronicamente) por meio da expansão do crédito. 

Falando mais diretamente, o dinheiro criado pelo Banco Central é multiplicado pelo sistema bancário e entra na economia por meio do endividamento de pessoas e empresas.

Essa expansão da oferta monetária feita pelo Banco Central e pelo sistema bancário de reservas fracionárias é o que realmente gera a inflação de preços e, por conseguinte, um declínio na renda das pessoas em termos reais.

Quando os preços aumentam em decorrência de uma expansão da oferta monetária, os preços dos vários bens e serviços não aumentam com a mesma intensidade, e também não aumentam ao mesmo tempo.

A quantia adicional de dinheiro que entra na economia — por meio do sistema bancário que expande o crédito, e o qual é totalmente controlado pelo Banco Central — não vai parar diretamente nos bolsos de todos os indivíduos: sempre haverá aqueles que estão recebendo esse dinheiro antes de todo o resto da população. 

As pessoas que primeiro receberem esse novo dinheiro estão em posição privilegiada: elas podem gastá-lo comprando bens e serviços a preços ainda inalterados. Ora, se a quantidade de dinheiro em seu poder aumentou e os preços ainda não se alteraram, então obviamente sua renda aumentou. Essas são as pessoas que ganham com a inflação.

À medida que esse dinheiro é gasto e vai perpassando todo o sistema econômico, os preços vão aumentando (afinal, há mais dinheiro na economia). Porém, começa aí a haver uma discrepância: vários preços já aumentaram sem que esse novo dinheiro tenha chegada às mãos de outros grupos de pessoas. Essas são as pessoas que perdem com a inflação. 

Somente após esse novo dinheiro ter perpassado toda a economia — fazendo com que os preços em geral tenham subido — é que ele vai chegar àqueles que estão em último na hierarquia social. Assim, quando a renda nominal desse grupo subir, os preços há muito já terão subido. 

Houve uma redistribuição de renda: aqueles que receberam primeiro esse novo dinheiro obtiveram ganhos reais. Com uma renda nominal maior, eles puderam comprar bens e serviços a preços ainda inalterados. Já aqueles que receberam esse novo dinheiro por último tiveram perdas reais. Adquiriram bens e serviços a preços maiores antes de sua renda ter aumentado. Houve uma redistribuição de renda do mais pobre para o mais rico.]

Basicamente, é como se o governo imprimisse dinheiro continuamente; no entanto, como a produtividade da economia não acompanha o crescimento da oferta monetária, o dinheiro passa a valer menos no mercado.

Inflação, portanto, nada mais é do que um imposto, como qualquer outro, escondido sob um nome mais técnico. E este imposto é como a morte: não tem como escapar.
Por: Felippe Hermes Do site: http://www.mises.org.br/ terça-feira, 28 jul 2015