domingo, 15 de julho de 2012

QUEM PRECISA DE CRESCIMENTO?


Confesso que acordei um tanto sombrio hoje. Deve ser o clima, com essas nuvens carregadas. Ou talvez seja a sexta-feira 13. Sei lá. O que sei é que minha paciência, normalmente elevada, chegou ao limite e explodiu. Portanto,data venia, mas não posso ficar calado diante das novas afirmações de nossa ilustre “presidenta”.

Dilma disse: "Uma grande nação deve ser medida por aquilo que faz para as suas crianças e adolescentes, não é o PIB". Não é lindo isso? Não obstante o mistério de o que exatamente este governo tem feito de bom para nossas crianças e adolescentes, resta descobrir como será o futuro deles se a economia ficar estagnada.

Mas eis o que realmente revira meu estômago: não era este o governo que ainda há pouco se vangloriava porque nosso PIB ultrapassara o do Reino Unido? O governo dança conforme a música. A presidente cada vez mais se parece com seu antecessor, o Zelig, o camaleão humano que sabe se adaptar para qualquer público e ocasião. Haja cara-de-pau!

O Secretário de Política Econômica do Ministério das Finanças, Márcio Holland, pede paciência. Como eu disse no começo, a minha se esgotou. Para o economista, existe crescimento acima de 7%, mas sem democracia, sem estabilidade e com má distribuição de renda. Ora, ora, temos vários casos com crescimento bem maior que o nosso, com democracia e maior estabilidade, como o Chile ou países asiáticos.

Além disso, resta descobrir onde estão a grande estabilidade e a boa distribuição de renda no Brasil. À democracia eu concedo o benefício da dúvida, mas quando se trata do PT é sempre bom estar alerta. Ela tem resistido, a duras penas, a despeito do PT, e não por causa dele.

Acordei sombrio, dizia eu. Pensei na excelente coleção dos “reis malditos”, de Maurice Druon, uma vez que a superstição com a sexta-feira 13 pode ter ligação com o extermínio dos Cavaleiros Templários a mando de Felipe O Belo, no começo do século 14.

No livro, o autor coloca no Grão-Mestre dos Templários, Jacques DeMolay, as últimas palavras que amaldiçoaram seus algozes: “Eu convoco vocês ao Tribunal dos Céus antes do término deste ano!” Não chego a tanto. Mas convoco este governo ao tribunal dos dados econômicos objetivos até o final do ano!

sexta-feira, 13 de julho de 2012

DESTRUIÇÃO DA SUINOCULTURA NO BRASIL


Como o CADE está destruindo a suinocultura no Brasil

 

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Em 13 de julho de 2011, o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) finalmente aprovou, por 04 votos a 01, a fusão  da Sadia com a Perdigão, após um processo de negociações que vinha se arrastando por cerca de dois anos, e que ao fim resultou em uma série de medidas tão gravosas que por apenas um pouco mais inviabilizaram definitivamente a operação.
Da fusão entre as duas bem-sucedidas empresas, nasceu a holding BRF — Brasil Foods, amputada ainda na maternidade, sendo obrigada a alijar uma parte substantiva dos seus ativos, além de ter sido submetida a uma severa dieta de participação no mercado.
Nada menos que 10 fábricas de alimentos, 04 abatedouros, 12 granjas, 02 incubadoras de aves, 08 centros de distribuição e 04 unidades de produção de ração terão de ser vendidos, e para uma única compradora; além disso, o conglomerado também terá de se desfazer de nada menos que 12 marcas consagradas pelo público consumidor: Resende, Wilson, Doriana, Texas Burguer, Confiança, Patitas, Escolha Saudável, Fiesta, Delicata, Light & Elegant, Tekitos e Freski.
Acabou? Mal começou: o conglomerado ficou ainda impedido de entrar em campo por três anos para a produção e comercialização no mercado interno de presunto, linguiça, paio, palheta, pernil, lombo e produtos natalinos, em especial, suínos (grifos meus); 04 anos para o salame, e 05 anos para comidas prontas, tais como almôndegas.
Mais: a marca Batavo ficou proibida de produzir e comercializar produtos de origem em carne animal, tendo sido limitada ao setor dos produtos lácteos.  Por fim, à holding BRF restou resignar-se com a proibição de substituir as marcas alienadas e de estabelecer parcerias com o varejo para vendas com exclusividade ou criar pontos de vendas exclusivos.
Será que me esqueci de algum detalhe? No total, a BRF foi decepada em uma capacidade operacional de 730 mil toneladas por ano, o equivalente a 80% da capacidade produtiva da antiga Perdigão. (Fonte: Veja Economia)
Uma pausa para um suspiro e uma reflexão...
Estamos em 2012, exatamente um ano depois, faceando as seguintes manchetes:
Será que alguém conseguiu enxergar no cotejo entre as duas notícias alguma relação de causa e efeito? Pois é...
Com o impedimento da BRF de participar do mercado e, de forma agravante, de ter sido obrigada a vender um substancial conjunto de ativos para os quais ainda não encontrou um comprador único, naturalmente criou-se um enorme vácuo na cadeia econômica, especialmente danoso para o setor da suinocultura, que tem no estado de Santa Catarina o principal produtor nacional.
Sem haver quem compre a produção, que a beneficie e a distribua para todo o país, naturalmente, somente restou ao suinocultor ver os preços de sua produção despencarem na cratera logística aberta pelo governo.  Mas, pasmem, o preço ao consumidor final, no varejo, longe de ter diminuído proporcionalmente, como seria de se esperar segundo um raciocínio mais ligeiro, curiosamente tomou o rumo inverso e encareceu significativamente, tanto mais quanto mais afastado o mercado consumidor das regiões produtoras.  
Isto só pode ser explicado, logicamente, pelo duro golpe na estrutura logística promovido pela pretensiosa mão estatal do "Super CADE".  Moral da história: o consumidor saiu (muito) mais lesado do que se a fusão entre as duas empresas não tivesse sido submetida a nenhum óbice.
Ademais, os produtos de ambas as marcas — digo, Perdigão e Sadia —, vinham sendo oferecidos com um certo equilíbrio entre qualidade e custo, de modo que suas concorrentes, até então, vinham buscando a diferenciação pela priorização de uma ou outra  característica.  Agora, dado o novo cenário, as rivais que primavam pelo preço mais acessível viram-se livres para praticar preços mais altos sem ter necessariamente de melhorar a qualidade de seus produtos, ao passo que as concorrentes, que se diferenciavam pela qualidade, não viram motivo para manchar a reputação perante o público-alvo mais seleto (e endinheirado) para o qual se especializaram.
No frigir dos ovos, o consumidor saiu-se triplamente prejudicado: perdeu o bem da marca favorita e viu-se diante da inglória alternativa de comprar um substituto de pior qualidade por um preço majorado!
Da minha experiência pessoal, há várias marcas para as quais não me contentei com os substitutos e, ao final, fossem por ser de qualidade inferior ou de preço não razoável para os meus padrões de consumo, simplesmente abdiquei completamente de adquirir os respectivos gêneros.  Portanto, creio ser possível acreditar que outras pessoas de classe média tenham repetido, em maior ou menor grau, o meu comportamento, o que revela uma forma não contábil de empobrecimento relativo ou diminuição da qualidade de vida.
Como tem sido anunciado, o governo catarinense tem acenado com medidas paliativas, tais como a de incluir a carne suína na merenda escolar e de promover campanhas midiáticas enaltecendo o valor nutritivo e os benefícios para a saúde promovidos pelo seu consumo.  Da parte do governo federal surgiram propostas de facilitação de créditos, prorrogação de dívidas e diminuição de alguns tributos.
Como sempre, remédios absolutamente ineficazes; pior do que isto, geradores de ainda novas distorções, as quais demandarão novas medidas de contenção dos indesejados efeitos colaterais, gerando assim uma insana e infindável espiral intervencionista de insucessos. 
Vamos lá, detalhadamente: pra começar, no que me aconselha a prudência a não tomar o lugar de um nutricionista, declino da tarefa de especular o efeito alimentar para as crianças da rede escolar que serão submetidas a tal esperável monotonia em seus cardápios.  Porém, do ponto de vista psicológico, ou ainda do mero bom senso, não há quem aguente ingerir carne suína permanentemente, isto sem falar das que não gostam, não consomem por motivos religiosos, e das que não podem consumir por motivo de alergia.
No meu tempo como aluno da Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante, passei por uma situação semelhante, de modo que não me é difícil imaginar o cenário a porvir: naquela época, o governo do então presidente José Sarney se negava a pagar ágio pela carne bovina cujo preço havia sido congelado por meio do plano Cruzado, de modo que só nos era servido peixe, dia após dia (Arre!).  Consequentemente, depois de algum tempo, já recusávamos as piscosas porções antes mesmo de nos serem servidas, as quais possivelmente iam acabar parando no lixo.
À parte do empobrecimento não monetário da qualidade de vida dos alunos da rede pública de ensino catarinense, frise-se que uma preferência pela carne suína na merenda escolar só pode ser efetivada por uma concomitante preterição dos outros produtos de origem animal, com injusto prejuízo para os respectivos produtores, resultando afinal que a ação promete ser absolutamente ineficaz do ponto de vista econômico (conquanto o possa ser do político, ou melhor, do politiqueiro...)
Com relação às campanhas midiáticas, difícil imaginar algo que seja mais nonsense! De partida, é extremamente injusto, senão ilegal ou inconstitucional, que o governo pague por propaganda para beneficiar cidadãos particulares com o dinheiro dos impostos tanto de consumidores quanto de não-consumidores de carne suína; complementarmente, a medida teria o mesmo resultado que disparar um tiro no ar, já que não se trata de um problema relacionado à rejeição da carne suína pelos consumidores, mas sim pela impossibilidade ou dificuldade destes de encontrá-la nas gôndolas e balcões frigoríficos, processada ou não processada.
Já o governo federal aponta com soluções ainda mais caquéticas do que o estado sulista, vez que promete encurralar os produtores em uma espiral de endividamentos sem prover-lhes absolutamente nenhuma saída viável da crise que lhes assola.
Na literatura internacional, destacam-se os trabalhos de Dominick Armentano, Thomas DiLorenzo e Mary Bennett Peterson, autores que se empenharam em demonstrar, tanto teórica quanto empiricamente, que todas as empresas que forma processadas pelas leis antitruste nos EUA, longe de estarem diminuindo a produção, aumentando o preço dos seus produtos e serviços e estagnando tecnologicamente, sempre estiveram centradas em proporcionar ganhos para os seus clientes, o que as fez progredir tecnologicamente em uma escala inaudita e baixar os preços vertiginosamente; que o Shermann Act, a primeira lei antitruste do mundo, nasceu de um lobby de empresários mercadologicamente incompetentes mas politicamente influentes que geraram incomensuráveis prejuízos para a sociedade americana, na forma de cotas de participação, gravames aduaneiros, políticas de preços máximos e de preços mínimos, bem como programas estatais de estocagem de grãos — e, pasmem, até mesmo de programas de subsídios para que fazendeiros NÃO produzissem!  Em uma frase genial, a economista Mary Bennett Peterson sintetizou: "a legislação antitruste não nasceu para proteger a concorrência, mas os concorrentes!".
Nem só de concorrência vive o mercado, mas também de cooperação, parcerias e de coordenação.  Muitas vezes, os concorrentes servem, eles próprios e em conjunto, como fomentadores de um determinado mercado.  Como exemplos, lancemos os olhos à rua 25 de Março, em São Paulo-SP, ou à rua Teresa, em Petrópolis-RJ.  Nestas ruas, compreende-se claramente que o aglomerado de concorrentes favorece o comparecimento da clientela muito mais do que se houvesse um único participante em cada um daqueles lugares.
Nos seus delírios macroeconômicos, os economistas apontam-nos irreais modelos de competição perfeita para defender um cenário de concorrentes atomizados como a solução para o que afirmam ser desejável, isto é, um (jamais alcançável) "equilíbrio do mercado".  Fogo fátuo!  Um único participante de um dado mercado inteiramente livre de intervenções estatais está mais sujeito à concorrência do que uma dúzia de comensais em um sistema de mercado autarquizado, pois a qualquer momento podem candidatar-se novos participantes, seja com produtos semelhantes, seja com soluções totalmente inovadoras, tal como Mary Bennet Peterson muito bem elucidou-nos:
Quem de fato pôs o ferreiro da vila fora do mercado, ou, mais recentemente, o fez com o vendedor de gelo, ou, ainda mais recentemente, com o doceiro da esquina?  Muitos podem estar inclinados a dizer que estes empreendedores de outra era foram economicamente vencidos pelos gigantes de Detroit, pelas grandes empresas de utilidades públicas, Westinghouse e General Eletric, pelas redes de alimentos A&P, Safeway, Grand Union e por outros grandes conglomerados.  Eu argumentaria, ao contrário, que o real algoz do vendedor de gelo foi o consumidor — a pessoa que comprou um refrigerador elétrico ou a gás. (PETERSON, Mary Bennett. The regulated consumer. The Ludwig von Mises Institute, Auburn Alabama, 2007).
Assim tem sido com a Brasil Foods, um empreendimento que só terá condições de competir com gigantes globais se munir-se dos ganhos de escala advindos da fusão, o que promete servir aos consumidores preços mais baratos e produtos de maior qualidade e mais inovadores.
Causa-me um desconsolo ter tido conhecimento de que os setores atingidos, mormente o da produção suína, estejam a pedir de joelhos ao governo por ajuda na forma de benefícios e privilégios particularizados que nada têm a proporcionar-lhes senão mais dependência e prejuízos, quando deveriam raciocinar se não estão sendo vítimas de pretéritas e malogradas ingerências estatais na economia, sendo o caso especificamente, como os fatos levam a crer, resultantes da desastrada atuação do CADE.  Que este singelo artigo alimente o debate e sirva como um botão de parada de emergência para tal vicioso ciclo, eis uma das minhas mais caras esperanças. 
Até lá, vou tristemente recitando "No meio do caminho", de Carlos Drummond de Andrade: "No meio do caminho tinha uma pedra; Tinha uma pedra no meio do caminho;..."


Bacharel em Ciências Náuticas no Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar, em Belém, PA. Técnico da Receita Federal com cursos na área de planejamento, gestão pública e de licitações e contratos administrativos. Dedicado ao estudo autodidata da doutrina do liberalismo, especialmente o liberalismo austríaco.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

NÃO É A EUROPA, É A CHINA


O Brasil está preparado para enfrentar a crise na zona do euro, tem reservas, tem liquidez, pode reduzir os juros porque a inflação recua, tem um mercado financeiro saudável, conta ainda com o potencial do mercado interno, mas está preparado para a desaceleração da China. E aumentam os sinais de que o PIB chinês não deve passar de 7,5% este ano. Muitos analistas falam no comércio entre os dois países, com a China importando menos, mesmo assim, ainda comprando commodities, petróleo, minério de ferro, soja. Além disso, argumentam, o comércio entre os dois países - importação e exportação -, hoje de US$ 37,2 bilhões, continua vigoroso. Cresceu 7% no primeiro semestre do ano, sobre igual período de 2011. É verdade que as importações da China aumentaram 9% enquanto as exportações apenas 6%, mas o Brasil ainda acumula um superávit de US$ 5,1 bilhões no semestre.

Medo de quê? Sim, se a China continua sendo um dos maiores e mais vigorosos mercados do Brasil, onde está o problema? Aqui, um aspecto para o qual poucos atentam. A China não está importando menos do Brasil ou algo parecido, está crescendo menos e importando menos do mundo, Ou seja, dos nossos parceiros comerciais - Estados Unidos, Europa - e nem falamos do espaço que ela está roubando dos produtos brasileiros na Argentina e no mercado mundial. A China é, com os Estados Unidos, o maior importadora mundial, em torno de US$ 2 trilhões por ano; representa cerca de 16% do comércio mundial. Seus principais parceiros são Estados Unidos, União Europeia e Japão - em recessão, ou crescendo não mais que 1,5%.

E os números divulgados esta semana em Pequim mostram que a economia chinesa está crescendo menos; o FMI estima 7,5%, o governo fala em 8,0%. E um crescimento sustentado pelo setor imobiliário onde surgem nítidos sinais de superaquecimento e especulação. Uma pesquisa feita na China mostra que 1 entre 5 pessoas compraram dois imóveis. Já se viu isso nos Estados Unidos e, agora, na Espanha. Esses mesmos indicadores informam que os investimentos representam 49% do PIB, em obras do governo, sim, mas a maior parte no setor imobiliário. Desde 2010, o governo procurou desestimular as compras especulativas, aumentou em 60% a entrada para adquirir um segundo imóvel, mas dá sinais de estar recuando. O consumo interno, que representa 35% do PIB chinês, não está reagindo e a saída encontrada pelo governo é forçar o aumento das exportações, importar menos e intensificar a compra de produtos nacionais.

E é isso que os números do comércio exterior chinês confirmam. As exportações chinesas aumentaram 11,3% em junho e as importações apenas 6,3%. E isso ocorreu em todos os setores, não apenas de commodities. A China voltou a usar o câmbio. "O ritmo no crescimento do comércio na segunda economia do mundo recuou para o nível mais baixo desde a crise global de 2008. Como a demanda interna não reagiu aos estímulos ainda indefinidos do governo, pode-se esperar mais pressão sobre o mercado externo", afirma Alister Cham, da Moody's Analistic.

"A desaceleração das importações chinesas foi maior do que se esperava", e se espera mais porque há nítidos sinais de que a economia chinesa não deve reagir este ano. Haverá mais protecionismo e mais pressão sobre o mercado externo. Só que será difícil encontrar mais espaço nos Estados Unidos ou Europa, que representam quase 50% das exportações chinesas. Restam os outros países. Nós.

Comércio encolhe. O que a OMC e a Unctad (Agência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento) estão prevendo é uma forte desaceleração do comércio mundial, que deve crescer menos de 3,7% depois de haver aumentado apenas 5% no ano passado e 13% em 2010.

Não é só isso. Mas os indicadores da China não mostram apenas uma retração do comércio mundial; afinal, isso poderia ser compensado pelos outros países com maior incentivo à demanda interna e aos investimentos. É muito mais. O que a China confirma é a desaceleração da economia mundial que, já se prevê, não deve crescer muito mais de 3% este ano. Não há mercado externo, não há incentivos internos nos países que representam quase 60% do PIB mundial. Um cenário inquietante e desanimador no qual o Brasil tenta, mas ainda não se ajustou. Não é a Europa, a zona do euro. É tudo. É a economia mundial que está parando. 
Por: ALBERTO TAMER   O Estado de S.Paulo - 12/07

NOTINHAS DEPRIMENTES



O PT é parceiro político das Farc e outras organizações criminosas. Não há como disfarçar que é ele próprio, portanto, uma organização criminosa.

Aprovada a legislação gayzista, toda veleidade de distinguir entre uma mulher e um homem vestido de mulher será crime. A boutade de Groucho Marx, “Afinal, você vai acreditar em mim ou nos seus próprios olhos?” terá virado realidade. Vocês estão preparados para viver num mundo onde as percepções sensíveis mais naturais e espontâneas terão de ceder ante a fantasia do legislador?

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É difícil discutir ao mesmo tempo com gayzistas empenhados em impor ao país as leis da Rainha de Copas e com crentes burros que não entendem a diferença entre o conceito de “natureza” usado num contexto religioso ou metafísico e o mesmo conceito tal como aparece na ciência moderna. O empenho devoto que estes colocam em provar que o homossexualismo “é antinatural” – afirmação que é verdadeira no primeiro sentido e falsa no segundo – contrasta de maneira patética com sua total abstinência de qualquer ação efetiva contra a ascensão do poder gayzista. Todos, sem exceção visível, deixaram a psicóloga Marisa Lobo enfrentando sozinha, no Congresso, uma multidão enfurecida, enquanto eles, na segurança de seus lares, se deleitavam no sentimento de pureza doutrinal com que verberavam a antinaturalidade do homossexualismo em mensagens ao Facebook ou ao Orkut. Não é de hoje que a afetação de rigidez moral é o disfarce perfeito da covardia e da omissão.

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Faz tempo que a “grande mídia”, praticamente do mundo inteiro, se transformou em puro show business, alheio e até hostil ao dever de informar o público. Poucos fatos, em todo o universo, são tão bem provados quanto aqueles, precisamente, que a classe jornalística em peso faz questão de ignorar, ou de só reconhecer tarde demais, quando nada mais resta a fazer a respeito.

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Barack Hussein Obama elegeu-se presidente com documentos falsos. Sua certidão de nascimento é falsa, seu cartão de Social Security é falso, seu alistamento militar é falso. Especular onde ele nasceu é conjetura, saber se é elegível ou não é matéria de controvérsia legal, mas os documentos falsos são fatos brutos, visíveis com os olhos da cara. A mídia chapa-branca, que é a mídia americana inteira, desviou a discussão dos fatos para as especulações, e os próprios birthers caíram no engodo, insistindo em tentar vetar pela lei eleitoral um candidato que mais facilmente teriam enviado à cadeia por crime de falsidade documental. Napoleão ensinava que é preciso atacar o adversário diretamente e num só ponto, o mais vulnerável. Os birthers, iludidos pela classe jornalística maciçamente obamista, diluíram sua força de ataque, investindo contra o inimigo em terrenos onde ele desfruta de um estoque ilimitado de subterfúgios processuais.


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O PT é parceiro político das Farc e outras organizações criminosas. Não há como disfarçar que é ele próprio, portanto, uma organização criminosa. Digo isso há mais de uma década, e só agora, pouco a pouco, a coisa começa a se tornar visível nos grandes jornais, acolchoada em mil e um eufemismos que lhe dão ares quase que de inocência angélica. É um simulacro de jornalismo encobrindo, ex post facto, longos anos de cumplicidade passiva.

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A verdade, em geral, só aparece quando o interesse político em ocultá-la se dissolve com o tempo, e o assunto passa das mãos de jornalistas mentirosos para as dos historiadores de ofício. Aí, mitos longamente consagrados acabam caindo como castelos de cartas, mas longe dos olhos da multidão. Hoje sabe-se que Joe McCarthy foi até modesto ao falar de oitenta agentes comunistas no governo de Washington, que os EUA jamais sofreram derrota militar no Vietnã, que a II Guerra Mundial foi de cabo a rabo um plano de Stálin para se apossar de meia Europa, que Alger Hiss e os Rosenbergs eram mesmo agentes soviéticos e até que, da dupla Sacco e Vanzetti, só o primeiro era inocente. Sabe-se disso e de muito mais, mas sabe-se entre especialistas, entre estudiosos, enquanto a massa continua se alimentando de lendas urbanas propositadamente fabricadas para a sua imbecilização. É impossível estudar esses e outros episódios do mesmo teor sem trazer à memória os versos célebres de Murilo Mendes, que contrastavam “as lentas sandálias do bem” com “as velozes hélices do mal”.

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Há mais de uma década sugeri, consciente de que pregava no deserto, que os coleguinhas jornalistas averiguassem nos Arquivos de Moscou os nomes das dezenas de profissionais de imprensa que em 1964, segundo o homem da KGB no Brasil, Ladislav Bittman, estavam na folha de pagamentos dos serviços de inteligência da URSS. Muitos desses indivíduos ainda estão por aí, pontificando nos jornais e na TV, e sendo ouvidos  respeitosamente como especialistas idôneos até mesmo por organizações “conservadoras”. Ainda não decorreu, parece, o tempo que tornará inofensiva a revelação do seu crime.

Quando essa verdade, inutilizada pelo decurso de prazo, for finalmente liberada para divulgação, todos saberão também, tarde demais,  que a lenda da autoria norte-americana do golpe de 64, até hoje cultivada como verdade de evangelho, foi inteiramente inventada no escritório do próprio Ladislav Bittman mediante falsificação de uma carta do então diretor do FBI, J. Edgar Hoover a um seu agente lotado no Brasil.

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Cinqüenta por cento dos que respondem a fatos e documentos com o epíteto de “teoria da conspiração” são charlatães. Os outros cinqüenta são papagaios de pirata.



Publicado no Diário do Comércio.
 

A APOSTA ERRADA DO GOVERNO


A aposta errada do governo

12 de julho de 2012
Autor: Rolf Kuntz
pequeno normal grande
Rolf Kuntz
O governo continua apostando no mercado interno para enfrentar a crise global, mas até agora a aposta deu pouco ou nenhum resultado. As políticas de estímulo resultaram quase exclusivamente no aumento do consumo, do endividamento, da insolvência e das importações. Jornais publicam longas matérias sobre os altos níveis de calote, em geral involuntário, e sobre como evitar as armadilhas do crédito. O problema é importante, mas é apenas um dos muitos sintomas de um desarranjo muito mais amplo. Por nove semanas o mercado financeiro reduziu as projeções de crescimento econômico. O último número é 2,01%, mediana das previsões coletadas pelo Banco Central (BC) para o Boletim Focus. O próprio BC já havia, em junho, baixado sua estimativa de 3,5% para 2,5%.
A economia brasileira teria crescido muito mais no ano passado e continuaria a expandir-se com folga, neste ano, se o aumento do produto interno bruto (PIB) fosse mais dependente do consumo privado e do custeio do setor público. Foi essa, no entanto, a terapia básica adotada pelo governo. Teria dado resultados melhores, provavelmente, se os grandes problemas da produção nacional fossem conjunturais. Não são, mas os formuladores da política oficial têm agido como se a maior ameaça econômica viesse de fora, isto é, das grandes potências em crise. Com essa interpretação, tão irrealista quanto confortável, o governo se dispensa de cuidar mais seriamente dos problemas reais, todos made in Brazil.
O governo se dispensa de cuidar mais seriamente dos problemas reais, todos made in Brazil
Gastança pública e estímulo ao consumo são bons para fazer a economia pegar no tranco, em tempos de desemprego e muita capacidade ociosa. A longo prazo, o crescimento depende mesmo é da taxa de investimento e da eficiência do capital investido. Entre janeiro e março deste ano, o Brasil investiu o equivalente a 18,7% do PIB. Além de baixa, essa proporção foi inferior à do primeiro trimestre do ano passado (19,5%) e à de igual período de 2010 (19,2%). Mesmo para esse resultado abaixo de medíocre foi necessária a participação externa, porque a taxa de poupança, naqueles três meses, ficou em 15,7% do PIB (17% em 2011). O governo, como já foi comprovado muitas vezes, é o mais importante moedor de recursos e tem-se dedicado com empenho à despoupança.
O Ministério da Fazenda reduziu de 20,8% para 20,4% sua projeção da taxa de investimento. A nova estimativa apareceu em abril, no último boletim da série Economia Brasileira em Perspectiva. Esse tipo de correção tem sido frequente. O setor privado investe menos do que poderia, se enfrentasse menos entraves, e o governo, bem menos do que promete, por incapacidade gerencial. Neste ano, o governo federal acelerou os empenhos e desembolsos, num esforço para se antecipar às limitações do período eleitoral. Mesmo assim, os resultados foram ruins.
De janeiro a junho, o Tesouro aplicou R$ 18,9 bilhões, 2,1% mais que em igual período de 2011, descontada a inflação, mas 13,7% menos que no primeiro semestre de 2010. Além disso, o total desembolsado correspondeu a apenas 21% do valor previsto para 2012 no Orçamento Geral da União. Como sempre, restos a pagar, R$ 14,1 bilhões, compuseram a maior parte dos desembolsos.
A realização do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, continua deficiente e os números divulgados pelo governo são enfeitados. No primeiro semestre, 52,6% dos desembolsos foram financiamentos destinados aos programas habitacionais, como indica tabela divulgada pela organização Contas Abertas. A maior parte do PAC é executada mais lentamente. Também é ruim a execução dos projetos dependentes das estatais. Mesmo a mais eficiente, a Petrobrás, tem sido incapaz de entregar os resultados prometidos, como deixou claro a nova presidente, Graça Foster, em suas primeiras declarações depois de assumir o posto.
O baixo investimento seria compensado, em parte, se a produtividade do capital investido fosse mais alta. Não se pode, no entanto, contar com isso. No setor privado, é normal o esforço para extrair o máximo de cada real investido, mas a aplicação do dinheiro no setor público segue outros critérios. Queimam-se recursos com emendas parlamentares de alcance paroquial. Montanhas de dinheiro são perdidas em projetos mal preparados, em contratos com empreiteiras malandras, em convênios com organizações delinquentes e em negócios com fornecedores despreparados. O escândalo do petroleiro João Cândido, lançado ao mar com discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e só entregue dois anos depois, é um exemplo especialmente pitoresco de como investir mal.
Tudo isso se reflete na balança comercial. Até a primeira semana de julho, as exportações foram 1,4% menores que as de um ano antes, as importações, 4% maiores e o superávit, 44,6% inferior. O sistema produtivo está emperrado e só o governo insiste em desconhecer esse fato.
Fonte: O Estado de S. Paulo

O PRECIPÍCIO FISCAL AMERICANO


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A mídia americana está atualmente fixada com uma característica aparentemente nova da economia dos EUA: um "precipício fiscal" no qual os EUA irão cair em janeiro de 2013.  Ela vê um perigo surgindo da simultânea implementação dos US$2 trilhões em cortes automáticos de gastos (os quais ocorrerão ao longo de 10 anos) — acordados na votação da elevação do teto da dívida do ano passado — e a expiração dos cortes de impostos feitos durante o primeiro governo Bush.  Os economistas que a maioria dos jornalistas entrevista alertam que o impacto conjunto de redução nos gastos do governo e aumento dos impostos irá desacelerar a "recuperação" e talvez jogar a economia americana de volta para a recessão.  Embora de fato haja muito com o que se preocupar na economia americana, este precipício em particular não deve figurar no topo da lista.
Grande parte do medo advém da falsa premissa de que gastos governamentais geram crescimento econômico.  As pessoas tendem a esquecer que o governo só pode adquirir dinheiro por meio da tributação, do endividamento ou da simples impressão da moeda.  Absolutamente nada que o governo gasta vem de graça, de modo a não prejudicar ninguém e beneficiar a todos.  O dinheiro que é tributado ou tomado via empréstimo é retirado do setor privado, onde ele poderia ter sido utilizado mais produtivamente.  Já o dinheiro que é criado do nada pelo Banco Central serve apenas para criar inflação de preços e ciclos econômicos.  Sendo assim, os cortes automáticos de gastos, caso eles realmente sejam implementados (o que é duvidoso), tendem a estimular o crescimento econômico, e não a impedi-lo.  Mesmo vários economistas mais liberais tendem a aceitar o boato de que gastos governamentais podem ajudar a economia em geral.  Cortes de gastos afetam apenas aqueles setores que cresceram acostumados a estes subsídios e que irão corretamente encolher quando a mordomia for cortada.
O único motivo de existir este mecanismo de corte automático de gastos é o fato de o Congresso americano não ter tido a capacidade de identificar e implantar cortes específicos.  Mas tenha a certeza de que o Congresso irá inventar outra saída de emergência tão logo se descubra novamente emparedado.  Acabar com os cortes de gastos antes de eles sequer serem implementados tornará risível qualquer plano subsequente de redução do déficit.  Mas políticos sempre irão preferir a frustração da inação à fúria de seus eleitores, os quais podem ser afetados em decorrência de decisões reais.  De qualquer forma, apenas uma fatia extremamente pequena dos cortes está agendada para 2013.  E se o Congresso americano se mostrar incapaz até mesmo de cumprir sua promessa de corte ínfimo de gastos para apenas um ano, como é que ainda existirá gente capaz de acreditar que o Congresso cortará gastos durante dez anos?
Já o impacto do fim dos cortes de impostos da era Bush é bem mais difícil de estimar.  Os efeitos adversos de um aumento de impostos poderiam ser contrabalançados pelos benefícios da redução dos empréstimos tomados pelo governo (desde que os impostos de fato resultassem em um aumento da receita).  Porém, considerando-se os incentivos negativos criados por um aumento das alíquotas do imposto de renda, particularmente no que concerne ao seu impacto na poupança e no investimento, um aumento de impostos pode na realidade resultar em menos receita, desta forma ampliando o déficit orçamentário.
A realidade é que a economia americana passará por caminhos extremamente tortuosos e perigosos independentemente de qual seja a decisão do Congresso.  O verdadeiro "precipício fiscal" está nos encargos da dívida que os EUA terão enfrentar quando os juros subirem.  E, infelizmente, ninguém está falando sobre isso.
A atual dívida pública dos EUA é de aproximadamente US$16 trilhões (e este valor diz respeito apenas à fatia do orçamento que possui receita específica.  Quando se considera todo o passivo para o qual não há receita específica, como os programas assistencialistas Medicare e Medicaid, o passivo pode chegar a estratosféricos US$144 trilhões já em 2015).  Os EUA ainda estão conseguindo pagar o serviço desta espantosa dívida simplesmente porque as taxas de juros sobre os títulos da dívida do governo estão em níveis historicamente baixos (hoje abaixo dos 2%).  Tal nível de juros faz com que o atual serviço da dívida seja de "apenas" US$300 bilhões por ano, um valor relativamente controlável.
Caso mantenha sua atual trajetória, a dívida pública dos EUA provavelmente chegará a US$20 trilhões em alguns anos.  Se, quando isto ocorrer, as taxas de juros voltarem a apresentar algum semblante de normalidade — por exemplo, uma taxa de 5%, que sempre foi seu valor histórico —, somente o pagamento de juros desta dívida será de US$1 trilhão por ano.  Esta quantia representa quase 40% do total de receitas do governo federal em 2012!
Além de tornar o serviço da dívida totalmente ingovernável, taxas de juros maiores irão deprimir a atividade econômica, consequentemente reduzindo as receitas tributárias do governo.  Ao mesmo tempo, juros maiores levam a maiores gastos do governo, justamente por causa do serviço da dívida.  Isto elevaria ainda mais os déficits do governo, gerando ainda mais pressão de alta nas taxas de juros.
Hipotecas mais caras e desemprego ascendente irão renovar a pressão baixista sobre os preços dos imóveis, talvez levando a mais uma grande onda de execução de hipotecas e arresto de imóveis.  Meu palpite é que apenas as perdas nas hipotecas seguradas pelo governo podem acrescentar várias centenas de bilhões de dólares aos déficits orçamentários anuais. 
Quando todos estes fatores são levados em conta, é possível enxergar déficits orçamentários anuais se aproximando rapidamente dos US$3 trilhões (atualmente o déficit é de US$1 trilhão).  Tudo isso deve estar nas estimativas caso as taxas de juros voltam ao seu patamar historicamente normal de 5%.
Se toda esta volumosa perspectiva de endividamento finalmente começar a preocupar os credores dos EUA, taxas de juros de 5% podem rapidamente subir para 10%.  A este novo valor, o custo anual dos juros sobre a dívida pública pode ser igual a toda a receita do governo.  Se isto ocorrer, o governo americano ou terá de cortar gastos generalizadamente (inclusive cortar benefícios politicamente sensíveis), elevar impostos significativamente sobre os pobres e a classe média (bem como sobre os ricos) e dar o calote em sua dívida, ou irá imprimir dinheiro e com isso subjugar toda a população ao prolongado impacto da alta inflação.  Isso, sim, é um precipício fiscal.
Ao continuar se endividando desvairadamente agora que os juros estão baixos, o governo americano está levando toda a sua economia para este precipício, ao mesmo tempo em que mantém os olhos firmemente fixados no espelho retrovisor (assim como o novo governo francês parece estar fazendo).  Por anos, alertei que uma crise financeira seria desencadeada pelo estouro da bolha imobiliária.  Meus alertas foram rotineiramente ignorados e ridicularizados, pois a mídia se apegava à suposição quase universal de que preços de imóveis jamais caem.  Meus alertas sobre o real precipício fiscal também estão sendo ignorados por causa de uma similarmente falsa premissa de que as taxas de juros jamais podem voltem subir.  No entanto, se a história pode nos servir de guia, deveríamos olhar o atual período de taxas de juros extremamente baixas como sendo a exceção, e não a regra.

é o presidente da Euro Pacific Capital e autor dos livros The Little Book of Bull Moves in Bear MarketsCrash Proof: How to Profit from the Coming Economic Collapse e How an Economy Grows and Why It Crashes.  Ficou famoso por ter previsto com grande acurácia o atual cataclisma econômico.  Veja o vídeo.  Veja também sua palestra definitiva sobre a crise americana -- com legendas em português 
Tradução de Leandro Roque

LEÃO ABOCANHA R$ 800 BI MAIS CEDO



Rogério Amato, da ACSP e da Facesp: a tendência é que no último dia do ano alcancemos R$ 1,6 trilhão em tributos./ Paulo Pampolin-Hype

A arrecadação tributária registrada pelo Impostômetro atinge, hoje, por volta das 13 horas, a marca de R$ 800 bilhões. O volume de dinheiro representa o total de tributos pagos pelos brasileiros aos governos federal, estaduais e municipais, desde o início de 2012. O montante foi alcançado 11 dias antes em relação ao ano passado. Isso acontece em um momento de economia considerada fraca.
O Impostômetro estima a arrecadação em tempo real. O painel está instalado na fachada da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) desde abril de 2005. As medições feitas por ele também podem ser acompanhadas pela internet, por meio do site www.impostometro.com.br.  
Para Rogério Amato, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), o volume de impostos arrecadados é incompatível com o retorno proporcionado pelo poder público. "A tendência é que no último dia de 2012 alcancemos R$ 1,6 trilhão, um valor elevado demais para um País que ainda precisa melhorar muito a qualidade dos serviços públicos", diz Amato.
Em 2005, ano em que o Impostômetro foi lançado, no dia 11 de julho o painel apontava a arrecadação de R$ 380 bilhões. Isso mostra que em sete anos a arrecadação tributária cresceu 210%. Além disso, caso o valor de R$ 1,6 trilhão realmente seja alcançado no final do ano, ele será R$ 100 bilhões maior do que o registrado ao longo do ano passado.
Vale destacar que o contribuinte brasileiro trabalhou do início do ano até o final do mês de maio unicamente para pagar impostos. Foram exatamente 150 dias para matar a fome do Leão. O cálculo é do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). O contribuinte brasileiro é um dos que mais trabalha para encher os caixas dos governos. Na França, por exemplo, se trabalha 149 dias. Nos Estados Unidos, 102 dias, na Argentina, 92 dias.
De todo o rendimento, o brasileiro destinou, na média, 40,98% em 2012 para pagar os tributos. Esse percentual é resultado da elevada carga tributária do País, que está em 36,02% do Produto Interno Bruto (PIB), sendo que, nos últimos dez anos, ela avançou 5,9 pontos percentuais.
Além de elevada, a tributação onera em especial o consumo. Há uma série de tributos embutidos no preço dos produtos e serviços, como o Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto sobre Serviços (ISS). Há ainda os tributos incidentes sobre o patrimônio, como o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
O brasileiro pode ter uma posição mais ativa e crítica com relação à carga tributária do País. No hotsite www.horadeagir.com.br, o contribuinte pode tornar pública sua opinião a respeito do tema.
É uma forma também de pressionar os deputados federais – com o envio de mensagens por meio de um link – para que coloquem em votação e aprovem o Projeto de Lei nº 1.472/2007, que determina que o valor dos tributos seja discriminado nas notas ou cupons fiscais.

ENGASGOU



O tombo inesperado do consumo nacional em maio, conjugado com a forte expansão do calote, parece mostrar que a atual estratégia de política econômica do governo, baseada no estímulo ao consumo, está fracassando. O problema é que a opção é puxar pelo investimento, algo que o governo não vem conseguindo fazer.
O consumo em maio caiu 0,8% em relação a abril, um mês carregado de feriados e, portanto, em princípio, comercialmente mais fraco.
Ainda é cedo para concluir que esse desempenho ruim aponta para uma tendência firme de desempenho também medíocre no segmento que até agora vinha bem.
No entanto, esse recuo vem acompanhado de prolongada estagnação da indústria. E, agora se sabe, o indicador da Serasa Experian indica uma alta na inadimplência de nada menos que 19,1% no primeiro semestre deste ano em relação ao primeiro semestre do ano passado.
Na média, analisa a Serasa, "cada inadimplente carrega quatro dívidas não honradas e 60% dos inadimplentes têm dívidas acima de 100% da renda".
Essas agravantes sugerem que a expansão do crédito, instrumento fortemente acionado pelo governo para empurrar o consumo nessa conjuntura de crise global, esbarra em pronunciadas limitações técnicas. O governo Dilma já se deu conta de que os nove pacotes anticíclicos, destinados a estimular as vendas, não vêm reativando a produção e podem já não ter capacidade para puxar a demanda. Por isso, entendeu que devesse atuar na ponta dos investimentos. A Petrobrás está sendo cobrada para tocar mais agressivamente seu programa de negócios e o próprio governo, informa a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, se prepara para acionar os investimentos.
O problema é que esta administração vem dando demonstrações seguidas de deficiência gerencial. Como o jornalista Rolf Kuntz mostrou na sua coluna de ontem no Estado, os desembolsos do Tesouro no primeiro semestre deste ano corresponderam a apenas 21% do total previsto no Orçamento.
O PAC continua empacado, excessivamente concentrado em programas habitacionais. E a Petrobrás, de quem se esperam investimentos de US$ 236,5 bilhões nos próximos quatro anos, reconhecidamente vem se apresentando como contumaz furadora de cronogramas. Afora isso, o governo vem sendo incapaz de dar agilidade à concessão de licenciamentos ambientais.
Esses e tantos outros indicadores mostram que sobram dúvidas sobre a eficiência de uma provável mudança de ênfase nas políticas de estímulo, do consumo para o investimento.
O biólogo francês do século 19 Jean Lamarck se notabilizou por enunciar a tese evolucionista segundo a qual "a necessidade cria o órgão".
Pois o governo Dilma enfrenta inadiável necessidade de mostrar serviço na área econômica e ainda tem tempo de virar o jogo adverso.
Quem sabe essa cobrança possa ajudar a mudar a direção e, sobretudo, a qualidade de sua administração. Por: Celso Ming - O Estado de S.Paulo

OBAMA E O BRASIL


A reeleição de Obama é boa para o Brasil? Alex Ribeiro

Valor Econômico - 11/07/2012
 
O presidente Barack Obama é mais popular no Brasil do que nos Estados Unidos. Uma pesquisa de opinião recente do Pew Research Center, um centro de estudos de Washington, mostra que 72% dos brasileiros torcem para que Obama ganhe um segundo mandato nas eleições de novembro, enquanto 16% acham melhor que seja outro. Os americanos estão bem divididos, em virtude sobretudo da crise econômica que afeta o país. Ontem, o jornal "The Washington Post" publicou pesquisa que dá empate com 47% das intenções de voto para Obama e para o seu virtual oponente republicano, o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney.

E para a economia brasileira, quem é o melhor candidato? Os lobistas que defendem interesses de empresas brasileiras em Washington têm uma queda por Romney. Os republicanos são, em geral, mais favoráveis à abertura da economia, enquanto os democratas costumam ser mais protecionistas. Os acordos de livre comércio dos Estados Unidos com Coreia do Sul, Colômbia e Panamá, por exemplo, demoraram a ser aprovados, devido à resistência de parlamentares democratas com fortes ligações com sindicatos. Romney critica Obama por não ter se esforçado mais para abrir a economia.

Muito da agenda comercial americana é determinada pelos interesses paroquiais, como o dos produtores de algodão do Sul ou de milho no Meio-Oeste, que não têm fronteiras partidárias. Mas os lobistas veem maior disposição para negociar temas econômicos de mútuo interesse na Camara, dominada pelos republicanos, do que no Senado, cujo controle é dos democratas.

Conservadorismo fiscal pode acirrar a "guerra de moedas"

Sem a onda conservadora que tomou o Partido Republicano, que defende um forte ajuste fiscal, teria sido mais difícil extinguir as barreiras contra as exportações brasileiras de álcool combustível. Muitos desses radicais republicanos, agora, pressionam para derrubar de forma definitiva os subsídios concedidos aos produtores americanos de algodão, que foram alvo de uma reclamação brasileira na Organização Mundial do Comércio (OMC).

O Brasil, em tese, pode também se beneficiar da linha mais dura que Romney pretende adotar contra a China. Fontes do Tesouro americano sempre lembram que Brasil e Estados Unidos têm interesses comuns nessa área, pois sofrem um processo semelhante de desindustrialização causado pelas exportações chinesas.

O candidato republicano diz que, no primeiro dia no cargo, irá declarar que a China manipula a sua moeda, abrindo o caminho para a adoção de retaliações comerciais. Pode ser que não dê certo. Medidas desse tipo podem ser questionadas na OMC, e há o risco de a China desencadear uma guerra comercial. Obama tem preferido a negociação. A estratégia linha-dura, porém, funcionou contra o Japão e a Alemanha da década de 1980, que só sentaram para negociar depois que o Congresso americano aprovou uma lei que permitia taxar as exportações de países com moeda subvalorizada. No fim, o chamado Acordo de Plaza levou à desvalorização do iene e do marco alemão.

O problema com Romney é a sua política macroeconômica, que poderá ter efeitos negativos no mundo todo. Seu programa de governo prevê um forte ajuste fiscal no ano que vem, numa estratégia que ele chama de "corte, limite e equilibre". O propósito é fazer um forte corte de gastos para recolocar a dívida pública numa trajetória sustentável, limitar os gastos a 20% do Produto Interno Bruto (PIB) e aprovar uma emenda constitucional que obrigue o governo a zerar o déficit público. Para gastar mais do que arrecada, só em caso de guerra, nunca para estimular a economia.

Todas alas políticas concordam que é preciso controlar a crescente dívida pública, que chegou a 103% do PIB em 2011, com viés de alta. Obama tem pregado uma estratégia mais gradual de ajuste fiscal, reduzindo o déficit de 9% do PIB em 2011 para 8,5% do PIB em 2012 e 5,5% do PIB em 2013. Mesmo assim, sua estratégia fiscal recebeu ressalvas do Fundo Monetário Internacional (FMI), que preferia algo ainda mais suave.

O FMI prevê que, neste ano, o ajuste fiscal ficará um ponto percentual do PIB mais forte do que o anunciado por Obama, fazendo o déficit público cair a 7,5% do PIB em 2011. O organismo quer que Obama vá mais devagar, fixando uma meta de 6,25% do PIB para 2013, em vez de 5,5% do PIB.

Para o Brasil, a política fiscal americana é a peça mais importante da chamada "guerra cambial". Contração fiscal nos Estados Unidos, por definição, contribui para a depreciação do dólar ante outras moedas do mundo - e o real brasileiro é uma das que mais sofrem. Já está ruim com Obama, e promete ficar pior se Romney for reeleito. A falta de ação fiscal também sobrecarrega o Federal Reserve (Fed, o banco central americano), obrigando-o a promover mais expansões monetárias. Ruim de novo para a moeda brasileira.

Apesar do empate nas pesquisas, Obama ainda é considerado favorito para vencer as eleições. Os Estados Unidos têm um sistema eleitoral bizarro, em que nem sempre os votos de cada cidadão têm o mesmo peso. Obama lidera nos Estados considerados cruciais para vencer a eleição. O cenário mais provável, porém, é que ele não faça a maioria no Congresso. Os republicanos devem continuar com o controle da Câmara e têm boas chances de fazer a maioria simples no Senado.

Do ponto de vista prático, isso significa um alto grau de polarização nas decisões políticas. Há algumas decisões importantes que os Estados Unidos devem tomar entre o fim deste ano e começo do próximo. Sem ação, em janeiro entram em vigor US$ 4 trilhões em cortes de gastos e aumentos de impostos, conhecidos como "abismo fiscal".

Pelos cálculos do FMI, se essa armadilha não for desarmada, a economia americana irá crescer menos do que 1% no próximo ano. O organismo alertou que outros países do mundo podem ser atingidos, sem dizer exatamente como. É bem provável que uma contração fiscal dessa magnitude leve a novas rodadas de desvalorização do dólar.

Alex Ribeiro é correspondente em Washington

A CUT TENTA INTIMIDAR O STF


A CUT tenta intimidar o STF - EDITORIAL O ESTADÃO

O ESTADÃO - 11/07

Não engana a ninguém o recuo do presidente da Central Única dos Trabalhadores ( CUT ) , Vagner Freitas , prestes a ser empossado , da sua estrepitosa ameaça ao Supremo Tribunal Federal ( STF ) , a propósito do mensalão. " Não pode ser um julgamento político. Se isso ocorrer , nós questionaremos , iremos para as ruas ", afirmou , segundo a Folha de S. Paulo de segunda - feira. Estampado o desafio e de certo repreendido por algum grão - mensaleiro , alertado por sua vez pelos seus advogados , Freitas deu uma aparente guinada. " Não temos dúvida nenhuma de que teremos um julgamento técnico " , entoou , magnânimo , aproveitando para cobrir o Supremo de elogios. " Era isso o que eu gostaria de ter dito. "
Faltou combinar com o ainda titular da central , Artur Henrique Santos. Em discurso no 11.º congresso da entidade que ele chamou , sem corar , de " independente e autônoma " - mas no qual as estrelas da festa eram os réus " companheiros " José Dirceu , o ex-ministro de Lula , e Delúbio Soares , o ex - tesoureiro do PT , além do candidato petista à Prefeitura paulistana , Fernando Haddad - , Henrique fez um paralelo entre a denúncia do mensalão e o afastamento do presidente paraguaio Fernando Lugo. Fiel à versão de Lula para o escândalo , devidamente adotada pelo PT , o sindicalista disse que o impeachment de Lugo " foi o que tentaram fazer neste país em 2005 " , com a revelação , a seu ver fabricada , do esquema da compra de votos de deputados em benefício do governo petista.
Até aí , nada de mais. Faz tempo que jaz em camadas profundas o perdão que Lula pediu aos brasileiros , no momento de fraqueza em que também se declarou traído. O ponto é que , enquanto o bancário Vagner Freitas fingia abafar o repto ao STF , o eletricitário Artur Henrique o inchava. Fazendo praça do fato sabido de que a CUT toma partido na política , embora , como as congêneres , seja subsidiada pelo imposto sindical - todas poupadas por Lula de prestar contas dos milhões embolsados - , Henrique avisou que a organização sairá às ruas " para impedir o retrocesso e a volta da direita ". Ele se referia às próximas eleições municipais , mas não seria necessário ostentar a credencial de " petista histórico ", como diz a companheirada , para entender que o objeto oculto da falação era o Supremo.
O silogismo é elementar : se o desvendamento do mensalão foi uma tentativa de golpe, o mesmo vale para as suas consequências : a peça do procurador - geral da República, acolhida pela Corte , expondo , um a um , os membros da " sofisticada organização criminosa " responsável pela lambança , e as eventuais condenações dos réus petistas , a começar do expresidente da sigla José Dirceu. Veredictos " técnicos " , como disse Freitas na sua falsa retratação , serão os que absolverem os mensaleiros. Sentenças condenatórias serão necessariamente políticas , golpistas - merecedoras , antes até que se consumam , da justa ira do " povo trabalhador " , como Lula gosta de dizer.
Mas de que " golpe " se trata ? Excluída , por insana , a derrubada da presidente Dilma Rousseff , será a possível eleição do tucano José Serra em São Paulo ? Ou a reeleição do aecista Márcio Lacerda em Belo Horizonte ? Assim como os terrores de que padecem os paranoicos , a teoria conspiratória cutista tem um fundo de verdade.
Perdas eleitorais importantes para o PT este ano - que a sigla tratará de atribuir ao julgamento no STF - poderiam ter efeitos adversos para a reeleição de Dilma , apesar dos seus estelares índices de popularidade. O destino pessoal da presidente por quem a CUT morre cada vez menos de amores é , em si , secundário. O desejo cutista que não ousa dizer o nome é a candidatura Lula já em 2014. Nada deve pôr em risco a perpetuação no poder da sigla de que emana.
A soberba, como se sabe , cega. A truculência também. Imaginam os dirigentes da CUT que o Supremo se deixará intimidar por seus arreganhos ? Ou que a organização tem meios de criar no País um clima de convulsão capaz de " melar " o julgamento que tanto temem ? Em outras palavras , por quem se tomam ? Mas , no seu primarismo, as investidas do pelegato petista servem para lembrar à opinião pública a medida do seu entranhado autoritarismo e de sua aversão à democracia.


GOOGLE EM CAMPANHA CONTRA HOMOFOBIA


A mega-empresa de busca Google, famosa por apoiar o homossexualismo e o “casamento” de mesmo sexo, anunciou uma nova campanha no final de semana cujo foco será forçar sua ideologia homossexual em países que o Google descreve como “homofóbicos”.
Mark Palmer-Edgecumbe, diretor de diversidade do Google, fez o anúncio oficial durante a Cúpula Mundial do Ambiente de Trabalho LGBT em Londres em 7 de julho, e indicou que a iniciativa seria chamada de “Legalizem o Amor”.
“A iniciativa ‘Legalizem o Amor’ promoverá direitos humanos e atacará a discriminação no ambiente de trabalho em países que têm leis contra o homossexualismo”, o Google disse numa declaração escrita, de acordo com a CNN.
A campanha eventualmente se expandirá para todos os países em que o Google tem um escritório, disse Palmer-Edgecumbe, mas primeiro “focará em países com cultura homofóbica, onde existem leis contrárias ao homossexualismo”.
De acordo com o site Dot429, a estratégia do Google envolve “desenvolver parcerias entre empresas e organizações para apoiar campanhas de base”.
Entre os palestrantes da Cúpula Mundial do Ambiente de Trabalho LGBT constavam Bob Amnnibale, do conglomerado financeiro internacional Citigroup, e Claire Lucas, da Agência Americana de Desenvolvimento Internacional, organização do governo dos EUA (conhecida pela sigla USAID) que louvou a campanha do Google.
Claire disse: “O que vemos é que uma parceria entre empresas e o governo dos EUA tem muito poder. O governo dos EUA está trabalhando com algumas ONGs e algumas empresas numa parceria homossexual mundial. As empresas, juntamente com o governo dos EUA, estão financiando essas ONGs no mundo inteiro”. A USAID é famosa por forçar a contracepção, o aborto legal e a esterilização nos países em desenvolvimento em seus programas de controle populacional.
Bob Amnnibale, executivo do Citigroup assumidamente homossexual, disse: “O fato de que o Google é muito virtual e tem um apelo muito amplo, principalmente entre jovens, significa que o Google poderá espalhar a campanha muito, muito rapidamente”. Outro executivo, Harry Gaskell, comentou que as empresas ricas podem forçar seu influente peso financeiro nos países pequenos.
“Se estamos tentando mudar algo, os governos podem exercer poder diplomático, as ONGs podem avançar informações e argumentos, mas as empresas têm poder econômico para avançar tudo. Com essa força, até os países mais passivos darão atenção”, ele disse na cúpula, segundo o site Dot429.
Dot429 havia declarado em sua cobertura original que a campanha “Legalizem o Amor” foi lançada pelo Google “com a intenção de inspirar países a legalizar o casamento para lésbicas, gays e bissexuais no mundo inteiro”.
Subsequentemente, o Google divulgou uma correção, dizendo que a reportagem do Dot429 não é “precisa” e que a campanha não tem como alvo específico legalizar o “casamento” gay.

Para entrar em contato com o Google nos EUA:

Eric Schmidt, Chairman of the Board and Chief Executive Officer 
Google Inc. 
1600 Amphitheatre Parkway 
Mountain View, CA 94043 
Phone: +1 650-253-0000 
Email: via website (http://www.google.com/contact/)

Mark Palmer-Edgecumbe
Head of Diversity, Talent and Inclusion at Google
Zürich, Switzerland




Tradução e adaptação: Julio Severo