sexta-feira, 29 de abril de 2016

E AGORA, BRASIL?

Há tempos, venho afirmando que se o governo Dilma não fosse capaz de colocar as contas públicas em ordem e retomar a confiança de investidores, empresários e consumidores – como, infelizmente, não foi – dificilmente a Presidente chegaria ao final de seu mandato. A decisão de ontem da Câmara dos Deputados de aprovar o pedido de impeachment da Presidente torna uma transição política em um horizonte relativamente breve praticamente inevitável.

Até meados de maio, o Senado deve aprovar por maioria simples – 41 ou mais dos 81 Senadores - a instauração do processo contra a Presidente. A partir daí, o Senado terá até novembro para julgar o mérito do processo. Neste momento, a aprovação vai requerer os votos de pelo menos 54 dos 81 senadores. O fundamental é que a instauração do processo no Senado é praticamente certa. Ela já afastaria Dilma da Presidência por 180 dias do cargo, na prática antecipando a transição do poder ao atual vice-presidente Michel Temer. Exatamente por isso, o Vice-Presidente já começou a discutir medidas e composição da equipe caso efetivamente venha a assumir a Presidência.

É importante lembrar também que nos dias 2 e 30 de outubro, teremos o primeiro e segundo turnos das eleições municipais e parte dos senadores governistas talvez prefira antecipar o trâmite de todo o processo de impeachment – como querem os oposicionistas – a ir às eleições municipais como defensores da manutenção no poder de uma Presidente comum único dígito de taxa de aprovação popular.

Até por isso, alguns senadores petistas, com o apoio de ministros do atual governo, pretendem enviar ao Senado um Projeto de Emenda Constitucional (PEC) que anteciparia o fim do mandato do atual governo federal para o final deste ano, alongaria o mandato do próximo presidente de quatro para seis anos e anteciparia as próximas eleições presidenciais para as mesmas datas das eleições municipais.

Se esta solução tivesse sido proposta no ano passado ou ao menos antes do início do andamento do processo de impeachment da Presidente na Câmara dos Deputados, talvez as crises política e econômica não tivessem tomado proporções tão graves e a perspectiva de eleição de um Presidente com um mandato mais longo e, portanto, mais poderoso, talvez criasse condições mais propícias para o avanço de reformas estruturais fundamentais para o desenvolvimento brasileiro, como as reformas da previdência, trabalhista, tributária e política.

Neste momento, parece mais uma tentativa desesperada para fugir de uma provável derrota do governo no Senado, ou um golpe, para usar um jargão petista. Além disso, como os próprios autores da PEC reconhecem, mesmo que aprovada pelo Congresso, para não criar um limbo jurídico, a proposta de encurtamento dos mandatos atuais teria de ter o aval da Presidente Dilma e do Vice-Presidente Temer. Talvez, a Presidente Dilma concordasse com isso, o que está longe de ser certeza, dada sua personalidade aguerrida, mas é bastante possível em função da sua falta de apoio mesmo entre governistas, como ficou evidente na votação de ontem. No entanto, no momento atual, o Vice-Presidente Temer certamente não concordará.

Restam ainda as ações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) alegando que dinheiro de corrupção foi usado no financiamento da campanha eleitoral de Dilma e Temer – fato já confirmado por alguns dos financiadores da campanha eleitoral – que, a princípio começariam a ser julgadas já em maio. Se uma delas for aprovada, haveria a cassação tanto de Dilma quanto de Temer e, provavelmente, novas eleições seriam chamadas. Estas ações foram impetradas pelo PSDB, partido que se aliou a Temer para dar andamento ao Impeachment e já publicou uma carta de intenções para apoiar e eventualmente até participar da composição do governo Temer. Entretanto, ainda não é clara qual será a postura do partido em relação a elas caso Temer assuma a Presidência, em particular considerando-se que os três principais caciques do partido - Aécio Neves, José Serra e Geraldo Alckmin – têm interesses divergentes em relação ao grau de sucesso de um eventual governo Temer.

Em resumo, as incertezas políticas continuam grandes. Se quer não apenas assumir a Presidência, mas ter condições de tirar o país do fundo do buraco, cabe a Temer a difícil tarefa de costurar uma base de sustentação suficientemente ampla e coesa para conseguir avançar no Congresso as reformas estruturais. Além delas, cortes de gastos públicos, medidas administrativas que melhorem o ambiente de negócios e a eficiência da economia brasileira - têm de ser parte de um pacote de retomada da confiança.

A habilidade de Temer de costurar estas alianças – que provavelmente incluirá um acordo onde ele se comprometa a um papel de transição, não participando das eleições de 2018 - será seu primeiro e principal teste. Vencendo-o, Temer aumenta não só suas chances de efetivamente chegar à Presidência, mas de ser bem sucedido ao longo do governo. Caso contrário, a hipótese de eleições em breve, em função do julgamento do TSE ou mesmo da PEC – cresce em probabilidade.

Enfim, os desafios para Temer e o país não são poucos, mas assim como aconteceu na Argentina após a saída de Cristina Kirchner e a posse de Mauricio Macri na Presidência, Temer deve contar com o apoio de uma classe empresarial que há muito perdeu a confiança em Dilma e que está ávida por ver a economia, os resultados de suas empresas e os valores de seus negócios se recuperarem. Além disso, em um mundo em que os países desenvolvidos vivem nas palavras do ex-secretário do Tesouro americano, Larry Summers, uma “estagnação secular” e a maioria dos países emergentes tem mercados pequenos demais para fazerem individualmente diferenças significativas nos resultados de grandes empresas globais, o Brasil e os outros poucos países emergentes com mercados grandes e bom potencial de crescimento de longo prazo encontram-se em uma posição privilegiada para atrair investimentos estrangeiros. Junte-se a isso a moeda desvalorizada e o baixo valor atual das empresas brasileiras, que coloca o país em liquidação do ponto de vista de investidores estrangeiros e está completo o quadro para uma avalanche de investimentos produtivos uma vez que a confiança tiver sido retomada.

Para completar, nos últimos meses apareceram sinais - ainda incipientes - de que, talvez, o dólar tenha revertido seu ciclo de valorização dos últimos anos, o que tem colaborado para uma elevação dos preços das commodities internacionais – grãos, metais, fontes de energia. Essa elevação beneficia a economia brasileira e, junto com a perspectiva de transição política, levou a uma apreciação recente do Real de quase 20%, que aliás só não foi maior porque o Banco Central vendeu mais de US$30 bilhões de dólares em derivativos cambiais desde a semana passada. A apreciação do Real e a intensidade da recessão já fizeram a inflação no Brasil dar os primeiros sinais de queda recentemente. Esta tendência não deve se alterar se o Real continuar a se fortalecer, o que poderá levar a taxa de juros a começar a cair entre o final deste ano e o ano que vem, permitindo a recuperação do crédito e expansão de investimentos, consumo e geração de empregos. Considerando que a taxa básica de juros SELIC é hoje de 14,25% ao ano no Brasil e a taxa média mundial equivalente é hoje de apenas 0,2% ao ano, o potencial de atração de capitais estrangeiros, queda da taxa de juros e estímulo econômico no Brasil, quando ocorrer a retomada da confiança, é brutal.

Em resumo, os desafios são muitos, mas como venho defendendo, a probabilidade de uma recuperação econômica cíclica por alguns anos que surpreenda pela força uma vez retomada a confiança é muito maior do que temem os pessimistas.

Por outro lado, a sustentação desta recuperação inicial e a aceleração do potencial de crescimento brasileiro exigirá reformas estruturais, melhora de nossa infraestrutura e ambiente de negócios, maior qualificação da mão de obra e mecanização da economia brasileira entre outros avanços.

Além disso, avanços recentes, em particular no combate à corrupção não podem se perder. O impeachment da Presidente por crime de responsabilidade em função das pedaladas fiscais tem de ser apenas o maior passo até agora de uma mudança de mentalidade no país. A prisão de importantes empresários envolvidos em corrupção foi outro passo fundamental. É importante que os políticos envolvidos em corrupção, incluindo vários pesos pesados dos Poderes Executivo e Legislativo, independentemente dos partidos a que pertencem, tenham o mesmo fim.

Em resumo, cabe a nós, brasileiros, garantir que o grande potencial de melhoras institucionais, a recuperação econômica e a construção e um país melhor e mais justo se materializem. Sem a nossa pressão, as chances diminuem bastante. Recentemente, aprendemos a cobrar a classe política e a questionar como nossos próprios atos colaboram para criar os problemas que criticamos. Não podemos perder estes hábitos. Aliás, devemos levá-los também para dentro de casa e das empresas.

Por: Ricardo Amorim, autor do livro Depois da Tempestade, apresentador do Manhattan Connection da Globonews, presidente da Ricam Consultoria, o brasileiro mais influente no LinkedIn, único brasileiro na lista dos melhores e mais importantes palestrantes mundiais do Speakers Corner e o economista mais influente do Brasil segundo a revista Forbes.

Do site: https://www.linkedin.com/pulse/e-agora-brasil-ricardo-amorim?trk=eml-b2_content_ecosystem_digest-recommended_articles-69-null&midToken=AQFwZyCklrH7jw&fromEmail=fromEmail&ut=1BBlcePOJDN7c1




quinta-feira, 28 de abril de 2016

A PEDALADA FISCAL DO PT É DE R$ TRILHÕES. ISTO MESMO.

Crime Perfeito é quando o próprio roubado não sabe que foi lesado para correr atrás.

A pedalada fiscal do PT é muito maior do que estes R$ 90 bilhões, detectados pelo TCU.

A pedalada até agora é de R$ 5 trilhões, e só este mês pedalaram mais R$ 30 bilhões.

E mês que vem serão mais R$ 30 bilhões, e assim por diante mês após mês, a farra continua.

Se alguém estava na dúvida se as pedaladas de um governo anterior davam impeachment, vocês do Vem Pra Rua, MBL, Endireita Brasil, Revoltados On Line, têm agora um prato cheio pela frente.

Mas assustador não é este valor colossal.

O assustador é que depois de mais de um ano de noticiário diário sobre pedaladas, vocês nem saibam disso.

É um número mais de 500 vezes maior do que o noticiado, e ninguém sabe e comenta?

Como um valor desta monta, e que continua todo mês, pode ser “pedalado” e nenhuma instituição do Brasil, TCU, Congresso, Ordem dos Advogados, IPEA, USP, Unicamp, se manifesta?

E não é de hoje.

Desde a gestão do Ministro Maílson da Nóbrega, que foi quem inventou esta pedalada fiscal, ela ocorre todo ano, todo mês, desde 1988.

Um dos meus primeiros artigos na Veja, 30 anos atrás, tocava neste assunto.

Só no governo PSDB, que todos acham um bando de intelectuais brilhantes e inocentes, a pedalada total foi de mais uns R$ 3 trilhões.

Não posso precisar o número total certo justamente porque ela foi pedalada, mas uma estimativa por cima são R$ 16 trilhões.

Pior que a pedalada foi gastar a grana e não contabilizar uma dívida que vai quebrar ou já quebrou o Brasil.

Vou dar uma dica, a pedalada foi registrar como Receita o que deveriam ter registrado como uma Dívida.

E quem souber do que estou falando, responda nos comentários, qual deveria ter sido o valor do Débito que não registraram.

Registraram o débito como Despesas, que é o que eles queriam, gastar, gastar, gastar, mas deveriam ter registrado como ………..?

Aposto que um ou dois somente irão acertar.

Nossos Ministros da Fazenda dos últimos 25 anos, nem ao menos fizeram uma nota explicativa para os seus sucessores do tipo:

“Não se esqueçam de devolver a pedalada que fizemos, senão no futuro vai faltar para alguém.”

E este “alguém” são vocês próprios que me leem.

E nem sabem?

Estes Ministros da Fazenda e seus Contadores Públicos, que teriam a obrigação de recusar, cometeram o crime perfeito.

Crime perfeito é quando o próprio roubado não sabe que foi lesado para correr atrás.

É isso que me deixa em pânico.

Nem o TCU, nem o Sérgio Moro, nem o Vem Pra Rua, nem a Folha, nem a Unicamp, sabem do que estou falando.

Quando explico esta pedalada a engenheiros, a advogados, a economistas, a jornalistas que acham que entendem de contabilidade e administração, eles imediatamente me dizem, “ah mas isto é impagável”.

Como ninguém é formado em finanças, acham que uma dívida impagável de R$ 16 trilhões viraria zero imediatamente.

Claro que não!

Quem tem a receber vai, via Receita Federal, tirar o que puder.

Talvez não consigam arrancar os R$ 16 trilhões, de fato, mas vão tentar 15, 14, 13, o que puderem. A Receita Federal está aí para isto.

Alguém me explica como é possível tão poucos Ministros da Fazenda enganarem tantos brasileiros por tanto tempo?

E como é possível vocês terem sido roubados todos estes anos e nenhum jornalista progressista, professor da Unicamp, da USP, da FGV, do PT e do PSDB comentarem, muito menos agirem?
Agradeço antecipadamente.
Por: Stefen Kanitz do site:http://blog.kanitz.com.br/

Os Jesuitas e a Perpetuação da Ignorância

segunda-feira, 25 de abril de 2016

ESQUERDA VERSUS DIREITA

Não perca tempo com Esquerda versus Direita - apenas defenda a liberdade

Não perca seu tempo classificando as pessoas, os partidos e as bandeiras entre esquerda e direita. A classificação existe apenas no discurso, não na realidade, e é uma ferramenta retórica para criar conflitos, marcar posições e demonizar adversários.

Mais do que isso, falar em esquerda e direita é participar de um jogo. Um jogo retórico que serve aos interesses de apenas um dos jogadores. Quase sempre, quem dá as cartas é a esquerda. 

Funciona assim: o primeiro lance é da (autodeclarada) esquerda. Ela olha uma dada situação social vista como problemática e a interpreta como uma instância de luta de classes: um lado mais forte que oprime um lado mais fraco. A esquerda então arroga para si a defesa do lado mais fraco/oprimido, que envolve algum tipo de compensação para esse lado e punição do lado opressor. 

E a direita, o que faz? Fica com a inglória incumbência, que ela aparentemente aceita de bom grado, de defender o lado mais forte contra o ataque da esquerda que quer balançar o status quo. 

Isso vale desde os casos clássicos do conflito, como a situação dos trabalhadores. A esquerda arroga para si a defesa da causa dos operários e a direita fica com a defesa dos empresários. 

No entanto, sabemos que na prática não é nada disso: há vários empresários de esquerda e há também sindicalistas de direita. Além disso, essa conveniente dicotomia exclui muita gente: o desempregado, o informal, o pequeno empreendedor, o autônomo, o profissional liberal etc. 

Mesmo assim, a leitura "pega", e acaba sendo a lente básica pela qual muitos leem a realidade e se posicionam. 

O mesmo jogo serve também para contextos totalmente díspares e nos quais encontrar um oprimido e um opressor é bem menos claro. Penso em dois bem aplicáveis ao Brasil, que mostram como é arbitrária essa divisão. 

O primeiro é o aborto. A narrativa dominante nesse tema é a que pinta a mulher como vítima e os homens ou a sociedade machista patriarcal como opressores, que não querem que a mulher seja dona de si, seja feliz etc. Mas a própria esquerda brasileira, que tem em suas raízes ainda muito da teologia da libertação católica (ferrenhamente anti-aborto), oferece uma narrativa alternativa: o aborto é uma situação dramática na qual a mulher é jogada por um sistema injusto (pois, tendo condições, ninguém decidiria abortar), e as grandes empresas que ofertam e lucram com o aborto clandestino são parte do aparato opressor do capitalismo global. 

De que lado ficar? Dos que negam direitos reprodutivos ou dos que apoiam a agenda de multinacionais? 

Ou pensemos no caso do transporte. Há luta de classes aí? Não havia, não precisava haver, mas agora há. Ônibus, usado pela maioria pobre, e bicicletas — preferência de uma minoria rica e bacan — são o lado oprimido. Quem aposta neles é esquerda. Os egoístas motoristas de carro (mesmo os motoristas de um Fusca ou uma Brasília) são os opressores; quem os defende é a direita. 

Há uma série de questões que revelam o absurdo dos termos esquerda e direita: ambientalismo, industrialização (ironicamente, defender as grandes indústrias com tarifas protecionistas e subsídios virou bandeira da esquerda), povos indígenas e tradicionais, agricultura familiar versus agronegócio, grande empresariado (beneficiado por políticas protecionistas e de subsídios, que virou uma agenda da esquerda), política externa, e muitas outras etc. 

O pobre recostado recebendo bolsa-família e fazendo filhos, o maconheiro de Humanas que anda de bicicleta e quer revolução, o proletário pelego, o negro racista, a feminista beligerante: figuras que a direita adora odiar. Todos têm alguma base numa realidade parcial — assim como os estereótipos que a esquerda adora odiar! — mas são, antes de tudo, criações da imaginação ideológica. E nessa guerra de ódios, foi dado à direita o lado perdedor: o lado do mais forte, que naturalmente não desperta a simpatia popular. 

Quer combater a mentalidade esquerdista? A maneira certa está em se recusar a participar do jogo da luta de classes; está em apresentar soluções que não passem nem pela defesa de um grupo e nem pela demonização de outro. Está em descobrir as lógicas que desarmam esse discurso que só enxerga opressores e oprimidos. 

A realidade social não é fundamentalmente uma realidade de exploração, de transações perde-ganha. Essas existem, mas são abusos. A luta de classes (ou melhor, de grupos) é a realidade básica apenas em um campo da vida social: a política, que instaura cabos de guerra por onde passa. 

Fora da política, o padrão de interação humana em uma sociedade que reconhece direitos individuais é o darelação voluntária, que gera uma situação em que ambos os lados envolvidos ganham, sem soma zero. As transações que ocorrem voluntariamente no mercado são uma modalidade desse tipo de interação. 

Cada transação acontece como um acordo voluntário entre duas pessoas ou entre grupos de pessoas. Esses dois indivíduos (ou grupo de pessoas) trocam dois bens econômicos: serviços ou bens (tangíveis ou intangíveis) e dinheiro. Ambas as partes empreendem a troca porque cada parte espera ganhar com ela. Você faz algo positivo para mim — como, por exemplo, me ofertar um bem ou serviço — e eu, em troca, faço algo positivo para você, dando-lhe dinheiro. 

A minha situação melhorou, pois, para mim, o bem ou o serviço vele mais que o dinheiro que lhe dei (se não valessem, eu não estaria incorrendo nessa troca). E a sua situação também melhorou, pois você valoriza meu dinheiro mais do que o bem ou serviço que me vendeu (se não valorizasse, não os estaria vendendo). 

Nós dois ganhamos. 

Essa é a única relação que deve ser estimulada e que deve ganhar cada vez mais espaço — em vez de lutas de classe, de gênero, de cor, de preferência sexual, de distribuição de privilégios estatais etc. —, pois é ela que eleva a qualidade de vida de todos no longo prazo. 

Nem esquerda nem direita defendem exclusivamente esta relação. 

Por fim, como bem disse Leonard Read: 

"Esquerda" e "direita" descrevem, cada uma, posições autoritárias. A liberdade não possui relação horizontal com o autoritarismo. A relação do libertarianismo com o autoritarismo é vertical; está muito acima dessa podridão de homens escravizando indivíduos. [...]

O libertário não pode querer nada com "esquerda" ou "direita" simplesmente porque ele desdenha qualquer forma de autoritarismo: o uso do aparato estatal para tolher e controlar a criatividade e o empreendedorismo do indivíduo. [...]

E como também desdenha todas as formas de igualitarismo forçado, o libertário quer distância de comunismo, fascismo, nazismo, fabianismo e assistencialismo.

O libertário está acima de toda esta degradação. Sua posição no espectro ideológico, se fossemos usar analogias direcionais, seria acima — como um vapor que se separa do esterco e sobe a uma atmosfera saudável. Se a idéia de extremismo for aplicada a um libertário, que seja baseada em quão extrema é a sua oposição às crenças e tentações autoritárias. 
Por: Joel Pinheiro da Fonseca é mestre em filosofia e escreve no site spotniks.com." Siga-o no Twitter: @JoelPinheiro85 
Do site: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2391

segunda-feira, 18 de abril de 2016

O QUE É O SOCIALISMO FABIANO - E POR QUE ELE IMPORTA


Antes da Revolução Russa, o Partido Comunista tinha duas alas:Bolchevique e Menchevique.

Os Bolcheviques acreditavam na imediata imposição do socialismo por meios violentos, com confisco armado das propriedades, das fábricas, e das fazendas, e o assassinato dos burgueses e reacionários que porventura oferecessem resistência. 

Já os Mencheviques (que também se auto-rotulavam social-democratas) defendiam uma abordagem mais gradual, não-violenta e não-revolucionária para o mesmo objetivo. Para estes, a liberdade e a propriedade deveriam ser abolidas pelo voto da maioria.

Os Bolcheviques venceram a Revolução Russa e implantaram o terror. No entanto, após cometerem crimes inimagináveis, eles praticamente desapareceram do cenário. Já os Mencheviques, no entanto, não apenas seguem vivos como também se fortaleceram e se expandiram, e estão no poder de boa parte dos países democráticos.

Os mencheviques modernos seguem, em sua essência, as mesmas táticas dos Mencheviques russos: em vez de abolirem a propriedade privada e a economia de mercado, como queriam os Bolcheviques, os atuais mencheviques entenderam ser muito melhor um arranjo em que a propriedade privada e o sistema de preços são mantidos, mas o estado mantém os capitalistas e uma truncada economia de mercado sob total controle, regulando, tributando, restringindo e submetendo todos os empreendedores às ordens do estado. 

Para os mencheviques atuais, tradições burguesas como propriedade privada e economia de mercado devem ser toleradas, mas a economia tem de ser rigidamente regulada e tributada. Políticas redistributivistas são inegociáveis. Uma fatia da renda dos indivíduos produtivos da sociedade deve ser confiscada e redistribuída para os não-produtivos. Grandes empresários devem ser submissos aos interesses do regime e, em troca, devem ser beneficiados por subsídios e políticas industriais, e também protegidos por tarifas protecionistas. 

Acima de tudo, cabe aos burocratas do governo — os próprios mencheviques — intervir no mercado para redistribuir toda a riqueza e manter a economia funcionando de acordo com seus desígnios. 

No entanto, a estratégia menchevique não se resume à economia. A questão cultural é tão ou mais importante. Para os mencheviques atuais, a cultura burguesa deve ser substituída por uma nova mentalidade condicionada ao modo de pensar social-democrata, e a estratégia para isso consiste na imposição lenta e gradual de uma revolução cultural.

Os mencheviques, fiéis ao seu ideal "democrático", sempre se sentiram desconfortáveis com a ideia de revolução, preferindo muito mais a "evolução" gradual produzida pelas eleições democráticas. O estado deve ser totalmente aparelhado por intelectuais partidários e simpatizantes, de modo a garantir uma tomada hegemônica das instituições culturais e sociais do país. Daí a desconsideração pelos gulags e pela revolução armada.

Como tudo começou

As raízes do menchevismo atual não estão na Rússia de Lênin, mas sim na Londres de 1883, quando um grupo de socialistas adeptos do gradualismo fundou a Sociedade Fabiana. Liderada por um cidadão chamado Hubert Bland, os mais famosos membros da sociedade eram o dramaturgo George Bernard Shaw, os autores Sidney e Beatrice Webb, e o artista William Morris.

A Sociedade Fabiana tem este nome em homenagem a Quintus Fabius Maximus, político, ditador e general da República Romana (275-203 a.C.) que conseguiu derrotar Aníbal na Segunda Guerra Púnica adotando a estratégia de não fazer confrontos diretos e em larga escala (nos quais os romanos haviam sido derrotados contra Aníbal), mas sim de incorrer apenas em pequenas e graduais ações, as quais ele sabia que podia vencer, não importa o tanto que ele tivesse de esperar.

Em suma, Quintus Fabius Maximus era um estrategista militar que evitava qualquer confrontação aberta e decisiva; em vez disso, ele preferia fatigar seus oponentes com táticas procrastinadoras e cansativas, manobras enganadoras e assédios contínuos.

Fundada exatamente no ano da morte de Marx com o intuito de promover as idéias do filósofo alemão por meio do gradualismo, a Sociedade Fabiana almejava "condicionar" a sociedade, como disse a fabiana Margaret Cole, por meio de medidas socialistas disfarçadas. Ao atenuar e minimizar seus objetivos, a Sociedade Fabiana tinha o intuito de não incitar os inimigos do socialismo, tornando-os menos combativos.

Ao contrário dos revolucionários marxistas, os socialistas fabianos conheciam muito bem o funcionamento das políticas públicas britânicas. Sendo os especialistas originais, eles fizeram várias pesquisas, elaboraram planos, publicaram panfletos e livros, e criaram várias propostas legislativas, sempre contando com a ajuda de aliados nas universidades, igrejas e jornais. Eles também treinaram oradores, escritores e políticos. Sidney Webb foi além e fundou a London School of Economics em 1895 para ser o quartel-general desse trabalho.

Embora a Sociedade Fabiana jamais houvesse tido mais do que 4.000 membros, foram eles que criaram, promoveram e conduziram pelo Parlamento a maior parte das políticas sociais britânicas até o início da década de 1980. O resultado foi uma economia em frangalhos e uma sociedade esclerosada, situação esta que só começou a ser revertida quando Margaret Thatcher começou a "desfabianizar" a Inglaterra.

Os fabianos foram bem-sucedidos em seu objetivo de criar um "estado provedor", um estado assistencialista que cuidaria não apenas dos pobres, mas também da classe média, do berço ao túmulo.

Seja na forma de compensações trabalhistas, ou de pensões e aposentadorias, seguro-desemprego e medicina socializada, os fabianos sempre enfatizaram a "reforma social". Segundo o escritor John T. Flynn, os fabianos

Perceberam prematuramente o imenso valor das reformas sociais em acostumar os cidadãos a ver o estado como a ferramenta para curar todas as suas doenças e inquietudes. Eles viram que uma agitação em prol de um estado assistencialista poderia se tornar o veículo ideal para incutir idéias socialistas nas mentes do cidadão comum.

Outra inovação fabiana: reformas sociais invariavelmente envolviam algum tipo de "seguridade". As pessoas seriam induzidas a aceitar o socialismo caso este fosse apresentado por meio de modelos oriundos das ciências atuariais, tendo empresas de seguro como base.

Empresas de seguro genuínas, baseando-se em estatísticas de distribuição aleatória de acidentes, coletam dinheiro de seus segurados na forma de um consórcio e concentram-no em um fundo, desta forma tornando o mundo menos incerto para seus membros. Os fabianos, muito espertamente, pegaram esse modelo e disseram: concentremos a riqueza de todos nas mãos do estado e seremos felizes, saudáveis e teremos uma vida melhor.

Aneurin Bevan, o ministro da saúde fabiano do governo trabalhista dos pós-guerra, que criou o National Health Service — o sistema estatal de saúde britânico (veja algumas notícias recentes da saúde britânica estatal aqui,aqui, aqui e aqui) —, chegou realmente a argumentar que tal modelo iria drasticamente aumentar a expectativa de vida de todos, chegando ao ponto de postergar a morte indefinidamente.

Mas a verdadeira visão fabiana do estado foi mais bem explicitada no livro de Sidney e Beatrice Webb intituladoSoviet Communism: A New Civilization?, publicado em 1935 (o ponto de interrogação foi removido do título após a primeira edição). O livro glorificava a URSS de Stalin como se fosse virtualmente um paraíso na terra.

Como marxistas, embora de uma outra estirpe, os Webbs aprovavam o stalinismo — se não os meios, os fins. "Os fabianos eram, de uma certa forma, marxistas mais bem treinados do que o próprio Marx", disse Joseph Schumpeter. Que continuou:

Concentrar-se nos problemas que podem ser alterados por métodos políticos práticos, adaptar-se à evolução das questões sociais, e deixar o objetivo supremo ser alcançado automaticamente [por meio da alteração cultural das massas] é algo que está muito mais de acordo com a doutrina fundamental de Marx do que a ideologia revolucionária que ele próprio propôs.

Conclusão

No linguajar fabiano, impostos são "contribuições", gastos do governo são "investimentos", criticar o governo é "entreguismo" ou "falta de patriotismo", donos de propriedades são "elites", "reacionários" e "privilegiados", e "mudança" significa " socialismo".

Quando os atuais social-democratas pedem "sacrifícios" da população em prol dos "ajustes" do governo, tenha em mente que os fabianos diziam exatamente o mesmo, defendendo, segundo as próprias palavras de Beatrice Webb, a "transferência" da "emoção do serviço sacrificante" de Deus para o estado.

Para os fabianos, o estado (seus burocratas e toda a sua mentalidade) é o único deus por quem a população deve se sacrificar.

Por fim, vale ressaltar que o desaparecimento dos bolcheviques nunca foi lamentado pelos social-democratas fabianos. Muito pelo contrário: os social-democratas fabianos agora detêm o monopólio da marcha "progressista" da história rumo à Utopia.

A janela de vidro pintada que adorna a casa de Beatrice Webb em Surrey, Inglaterra, mostra George Bernard Shaw e Sidney Webb remodelando o mundo com uma bigorna, tendo ao fundo o brasão da Sociedade Fabiana: um lobo em pele de cordeiro. Aquele lobo está hoje entre nós. 

Por: Lew Rockwell,  chairman e CEO do Ludwig von Mises Institute, em Auburn, Alabama, editor do website LewRockwell.com, e autor dos livros Speaking of Liberty e The Left, the Right, and the State
Tradução de Leandro Roque
Do site: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2331

sexta-feira, 15 de abril de 2016

UM DESAFIO PARA A ESQUERDA: DEIXEM QUEBRAR


Agora começou a previsível palhaçada de grandes bancos e corporações do país se unindo ao governo para um pacotaço de renegociação de dívidas em função da crise que eles mesmos criaram. Em resumo: eles quebram o país mas a conta é sua.

A esquerda, hipócrita como sempre, diz que é contra as grandes corporações e bancos, mas quando o governo é deles há 14 anos, o que fazem? Depois de devastar a economia, querem dar dinheiro público (ou seja, seu dinheiro) para “salvar” bancos privados e “grandes grupos”, alguns deles com os maiores lucros já registrados na história. É claro que estes plutocratas (ou metacapitalistas) saberão retribuir o favor.

Durante a crise de 2008, políticos carreiristas americanos dos dois partidos defenderam a ajuda às grandes empresas e bancos, um absurdo antiliberal que apenas lembra como as relações incestuosas entre governos e corporações é uma das grandes ameaças ao liberalismo. Não é possível ser liberal e ao mesmo tempo apoiar que governos “salvem” empresas.

A Grande Recessão tem sua origem nos anos 70, durante o governo Carter, mas os governos posteriores só colocaram mais combustível na fogueira até tudo explodir no apagar das luzes do governo Bush, autor da desastrada frase: “precisei abandonar os princípios do livre mercado para salvar o sistema de livre mercado”. O correto seria dizer “precisei abandonar os princípios do livre mercado para salvar meus amigos de Wall Street”, os mesmos que foram ainda mais ajudados pelo governo Obama.

Alguns autoproclamados “Intelectuais esquerdistas” dizem que a crise de 2008 foi a “Queda do Muro de Berlim Capitalista”, mas se não fossem analfabetos funcionais saberiam que tudo que a economia de livre mercado rechaça é o intervencionismo estatal, não apenas por motivos teóricos ou ideológicos mas também porque não funciona e, ao final, o país fica ainda mais endividado e quebrado, a despeito dos banqueiros e amigos do governo salvos com dinheiro público.

A esquerda é a grande incentivadora deste “capitalismo de quadrilha” que existe hoje no Brasil e estes acordões são a prova definitiva disso. O Brasil está vendo como o PT se relaciona com as empreiteiras e não tem qualquer motivo para imaginar que as relações com banqueiros e os plutocratas respeitem uma bússola moral diferente.

Nunca deixe que um esquerdista jogue na sua cara que a direita defende este tipo de relação entre grandes grupos econômicos privados e governos, mesmo que alguns “direitistas” tenham participado destas negociatas. Eu não defendo e quem defender é tudo menos conservador ou liberal. O liberalismo surgiu no séc. XVIII exatamente para combater o mercantilismo que, entre outras idéias absurdas, criava todo tipo de barreira protecionista e salvaguardas, além de financiamentos subsidiados, para as grandes corporações da nobreza.

A economia de mercado não só aceita que empresas quebrem, ela precisa disso como nós precisamos de água. Uma empresa que vai à falência envia informações importantíssimas para toda sociedade sobre o que não fazer na alocação de recursos e torna o sistema como um todo mais inteligente. Uma pizzaria que fecha não acaba com o mercado de pizzas, pelo contrário, ela ensina às outras pizzarias quais erros devem ser evitados, o que é vital para o desenvolvimento do capitalismo.

Quando uma empresa quebra, seus recursos são liberados para serem reutilizados na sociedade em empreendimentos em que há real demanda de consumidores por eles. Uma empresa “salva” artificialmente pelo governo prende estes recursos em negócios ineficientes e a sociedade perde duplamente.

Vamos lá, PT! Deixem os ricos que vocês fingem combater irem à falência! O remédio é amargo no começo, mas é o único que funciona. A mensagem passada para a sociedade é: empresa privada corre riscos e, assim como os lucros, os prejuízos também são privados.
Por Alexandre Borges, publicado pelo Instituto Liberal
Do site: http://www.institutoliberal.org.br/

segunda-feira, 11 de abril de 2016

A MINORIA CRISTÃ DE ISRAEL

Cristãos em Israel, assim como todas as minorias hoje já compreendem que servir nas forças armadas israelenses é essencial. Muitos cristãos e outras minorias compartilham o mesmo temor em Israel: eles entendem que nesta região, Israel é a única ilha de segurança que permite que eles usufruam de direitos democráticos e liberdade.

Os cristãos e outras minorias em Israel crescem e prosperam, ao passo que em outros países no Oriente Médio, incluindo a Autoridade Palestina, eles sofrem pesadamente do movimento e perseguição islâmicos, até que sejam forçados a desaparecer.

Contrário à propaganda, não há "Apartheid" de nenhuma espécie em Israel e não há estradas nas quais somente judeus podem trafegar.

Em Israel, membros das minorias cristãs e muçulmanas ocupam cargos nas mais altas posições, assim como qualquer judeu israelense que queira seguir uma carreira de sucesso. Salim Jubran juiz do Supremo Tribunal é cristão maronita.

Amplamente debatido também, naquela região, é a maneira pela qual os europeus querem, secretamente, que Israel seja varrido do mapa e esperam que as novas leis, somadas à velha violência árabe, atinjam esse objetivo.

No ano passado Israel reconheceu a existência de um grupo de cristãos, os "arameus", dentro de seu território, gesto este que nenhuma nação árabe ou muçulmana do Oriente Médio fez ou jamais fará. Israel reconheceu um grupo distinto, étnico e religioso: o povo nativo do milenar Crescente Fértil.

Seu idioma, o aramaico, era a língua falada por Jesus séculos antes do Islã aparecer naquela região.

Israel não só dá suporte como também confere aos cristãos e às demais minorias como drusos, muçulmanos, Baha'i, a todos enfim, plenos direitos civis, direitos legais e de liberdade para viverem pacificamente e praticarem suas religiões como bem entenderem e também para se desenvolverem como minoria com todas as implicações das diferenças na cultura. Os árabes, por exemplo, são bem-vindos nas Forças de Defesa de Israel (IDF), mas não são, ao contrário dos judeus, obrigados a servir. David Ben Gurion, primeiro-ministro fundador de Israel, humanamente não queria que os árabes se sentissem como se fossem obrigados a lutar contra seus "irmãos".

Em Israel, membros das minorias cristãs e muçulmanas ocupam cargos nas mais altas posições, assim como qualquer judeu israelense que queira seguir uma carreira de sucesso. Salim Jubran juiz do Supremo Tribunal é cristão maronita.

Contrário à propaganda, não há "Apartheid" de nenhuma espécie e não há estradas nas quais somente judeus podem trafegar. Esse tipo de estrada existe na Arábia Saudita, onde as estradas Apartheid são reais, uma vez que somente muçulmanos têm permissão para viajarem para Meca.

Israel age desta maneira, principalmente em uma redondeza onde a maioria dos habitantes, amiúde os inimigos mais brutais da humanidade, quer que Israel seja varrido do mapa e em muitos casos dão o máximo de si para que esse desejo se torne realidade. Lamentavelmente, muitos europeus compartilham o mesmo desejo. Todos nós tivemos a oportunidade de ver as recentes e odiosas investidas da União Européia para sufocar Israel economicamente, rotulando mercadorias produzidas nos territórios em litígio. Esse tipo de exigência, jamais imposta a nenhum outro país com fronteiras em litígio, na realidade obstaculiza qualquer perspectiva de paz, que por meio de trabalho conjunto pode ser alcançada.

Esses europeus não enganam ninguém. Suas "punições" hipócritas, sagazmente sádicas, cujo propósito é atingir Israel irão somente tirar o emprego, bem remunerado, prementemente necessário dos palestinos, esses ditames também conduzirão muitos palestinos, recém desempregados para a agência de emprego de última instância: extremismo e terrorismo islâmico. Ironicamente esses europeus, para satisfazerem seu desejo de prejudicar os judeus, fazendo de conta que estão ajudando os palestinos, estão na realidade semeando uma nova geração de terroristas que irá posteriormente para a Europa e mostrará aos europeus o que eles pensam sobre esse tipo de hipócritas.

Amplamente debatido também, naquela região, é a maneira pela qual os europeus querem, secretamente, que Israel seja varrido do mapa e esperam que as novas leis, somadas à velha violência árabe, atinjam esse objetivo. Dessa maneira os europeus podem enganar a si mesmos dizendo que eles "não tinham nada a ver com isso". Esses europeus precisam saber que eles não enganam ninguém.

Israel, enquanto isso, não obstante ter que lidar com as frentes européias e americanas, bem como com as ameaças genocidas muçulmanas, não raras, continua diligentemente a fortalecer suas comunidades minoritárias através de uma variedade de programas patrocinados pelo estado. Entre eles há um plano de cinco anos destinado a desenvolver as comunidades minoritárias tanto árabes-israelenses quanto outras, adotado pelo governo em 30 de dezembro de 2015, a um custo de 15 bilhões de shekels (aproximadamente US$4 bilhões). A Ministra da Igualdade e Bem Estar Social Gila Gamliel, do Partido Likud é a encarregada de colocar o plano em prática. O Primeiro Ministro Netanyahu, que é injustamente demonizado, esteve à frente nos últimos anos do "Órgão para o Desenvolvimento Econômico dos Setores Árabes, Drusos e Circassianos". Atualmente o órgão é presidido pelo árabe muçulmano Aiman Saif, que controla um orçamento considerável de 7 bilhões de shekels (aproximadamente US$1,8 bilhões), que foi encaminhado na maioria das vezes para diferentes cidades e vilarejos árabes para o desenvolvimento de infraestrutura moderna, zonas industriais, oportunidades de emprego, educação e outros benefícios. O restante foi alocado para ajudar os vilarejos cristãos na Galiléia.

Os árabes possuem seu próprio departamento no Ministério da Educação, encabeçado pelo árabe muçulmano Abdalla Khateeb, que também é responsável por um orçamento considerável de 900 milhões de shekels (US$230 milhões).

Cristãos, assim como todas as minorias hoje já compreendem que servir nas forças armadas israelenses é essencial para a sua integração em Israel. Muitos cristãos e outras minorias compartilham o mesmo temor em Israel: eles entendem, cada vez mais, que nesta região, Israel é a única ilha de segurança que permite que eles usufruam de direitos democráticos e liberdade. A comunidade árabe muçulmana em Israel, bem como os cristãos e outras comunidades que falam a língua árabe, veem o trágico destino de seus irmãos na Síria, Iraque, Líbano e outros países árabes. Muçulmanos matando muçulmanos, grupos fanáticos de muçulmanos matando cristãos, expulsando-os de suas terras, cortando suas gargantas, queimando-os vivos, afogando-os em jaulas levadas por guindastes até piscinas e, obviamente, crucificando-os, até mesmo criancinhas. As minorias de Israel sabem muito bem disso. Eles também não conseguem entender porque ninguém demoniza esses canalhas. Eles temem que a devastação irá se espalhar, primeiro à Terra Santa de Israel e depois para a Europa.

Esse temor é um dos motivos pelos quais há um crescimento no número de cristãos se alistando para servir nas Forças de Defesa de Israel (IDF): trinta por cento do recrutamento são de voluntários, enquanto na sociedade judaica como um todo, a porcentagem é de cerca de 57%, que neste caso é obrigatório. Hoje há até mais do que 1.000 árabes muçulmanos servindo na IDF.

Todos nós sabemos o perigo que esses grupos jihadistas islâmicos fanáticos como o Hamas representam e nos sentimos mais engajados do que nunca em proteger esse solitário estado pluralista.

A comunidade à qual o autor deste artigo pertence, os cristãos arameus, remonta à língua e às raízes étnicas aramaicas/fenícias, originalmente acantonadas na Síria, Líbano e Iraque. Durante os 1.400 anos de conquista islâmica, os cristãos arameus foram forçados a falar árabe no lugar de sua língua e, mais recentemente de fugirem de seus lares na Síria e no Iraque. Eles não têm status nos países árabes e islâmicos, que na maioria é governada de acordo com a lei da Sharia islâmica. Os cristãos arameus também não têm nenhum status sob a Autoridade Palestina, que agora governa a Judéia e Samaria.

Sabemos que alguns grupos cristãos, como o Sabeel, Kairos Palestine e outros controlados pela Autoridade Palestina, ainda sentem a necessidade de bajular os soberanos árabes muçulmanos que os conquistaram.

Jerusalém está aberta a todos. Mas nem sempre foi assim, especialmente sob jurisdição da Jordânia que durou até 1967. Como se não bastasse os judeus não terem permissão de entrar em Jerusalém, 38.000 lápides foram arrancadas do cemitério do Monte das Oliveiras e usadas como material de construção e assoalho para as latrinas na Jordânia.

Membros árabes muçulmanos do Knesset de Israel (parlamento) rejeitam o direito dos cristãos de preservarem seu patrimônio inigualável. Em 5 de fevereiro de 2014, Haneen Zoabi, membro do Knesset do Partido Lista Árabe Unida ameaçou os representantes cristãos israelenses que faziam lobby na Comissão do Knesset para o Emprego em favor de uma lei que irá permitir a entrada de representantes cristãos em uma comissão sobre igualdade de emprego no Ministério da Economia. Zoabi rejeitou a declaração deles segundo a qual eles faziam parte de uma etnia cristã /aramaica independente. Ela insistiu em obrigá-los a aceitar uma identidade árabe e palestina. Essa identidade era obviamente tão falsa quanto, a título de comparação, se nós cristãos insistíssemos que os árabes muçulmanos chamassem a si mesmos de índios americanos. A lei foi aprovada apesar dos esforços de Zoabi e seus colegas, devido à coalizão de membros do Knesset, com a vasta maioria dos parlamentares judeus que votaram a favor.

Esse incidente ilustra como certos árabes muçulmanos de Israel, ao mesmo tempo que pedem ajuda aos seus vizinhos judeus para preservar seu próprio patrimônio árabe/muçulmano, querem proibir a outras minorias étnicas esses mesmos direitos.

Mas não, eles procuram impor a arabização e a palestinização por meio de ameaças, através do uso da força. Em setembro de 2014, por exemplo, uma cristã araméia, Capitã da IDF Areen Shaabi, foi assediada por ativistas árabes muçulmanos em Nazaré. Ela foi ameaçada aos gritos de "Allahu Akbar" ("Alá é o Maior") e à noite os pneus de seu carro foram rasgados.

O Major Ehab Shlayan da IDF, um cristão arameu de Nazaré, fundador do Christian Recruitment Forum, acordou em uma manhã de agosto de 2015 e se deparou com uma bandeira palestina colocada, naquela noite, em frente da porta de sua casa. Na véspera do Natal, em 24 de dezembro de 2014, trinta muçulmanos atacaram Majd Rawashdi, um soldado cristão de 19 anos e sua casa com pedras e garrafas de vidro.


O Major Ehab Shlayan da IDF (à esquerda da foto à esquerda), é um cristão arameu de Nazaré, fundador do Christian Recruitment Forum, que estimula cristãos arameus israelenses a servirem nas forças armadas. A árabe muçulmana, membro do Knesset Haneen Zoabi (direita), ameaçou recentemente representantes cristãos israelenses, rejeitando a declaração deles segundo a qual eles faziam parte de uma etnia cristã /aramaica independente, insistindo em obrigá-los a aceitar uma identidade árabe e palestina.

Isso tudo é hipocrisia no mais alto grau, misturado com racismo.

Em uma saudação oficial de boas festas pelas comemorações do Natal aos cristãos de Israel em 24 de dezembro de 2012, o Primeiro Ministro Netanyahu ressaltou:


"As minorias em Israel, incluindo mais de um milhão de cidadãos que são árabes, sempre gozam de plenos direitos civis. O governo de Israel jamais irá tolerar qualquer tipo de discriminação contra as mulheres. A população cristã de Israel sempre terá liberdade de praticar sua fé. Aqui é o único lugar do Oriente Médio onde os cristãos têm total liberdade de praticar sua religião. Eles não têm o que temer, eles não têm do que fugir. Em uma época em que os cristãos estão sitiados em tantos lugares, em tantos países do Oriente Médio, eu me sinto orgulhoso que em Israel os cristãos são livres para praticarem sua religião e que há uma comunidade cristã próspera em Israel".

Os cristãos e outras minorias em Israel crescem e prosperam, ao passo que em outros países no Oriente Médio, incluindo a Autoridade Palestina, eles sofrem pesadamente do movimento e perseguição islâmicos, até que sejam forçados a desaparecer.


Por: Shadi Khalloul, fundador do Movimento Aramaico Israelense. Antes de se formar na Universidade de Nevada, Las Vegas, ele serviu como tenente na divisão de paraquedistas da IDF. Ele também é empreendedor, líder comunitário e candidato ao parlamento de Israel.

Original em inglês: Israel's Christian Minority
Tradução: Joseph Skilnik Do site: http://pt.gatestoneinstitute.org/7818/minoria-crista-israel

segunda-feira, 4 de abril de 2016

A VERDADEIRA FACE DE NELSON MANDELA


Dedico este artigo ao povo sul-africano, especialmente às vítimas do apartheid, do terrorismo comunista, da barbárie de Mandela, do regime do CNA e dos genocídios. Descansem em paz. 

PRÓLOGO 

Para o historiador John Dalberg-Acton, o 1º barão Acton, o guia da História não é Clio, uma das musas gregas inspiradoras das ciências, literatura e arte. Este papel caberia a Radamanto, um dos juízes do mundo dos mortos, carrasco dos injustos e vingador dos inocentes. 

Nunca este espírito foi tão necessário quanto hoje, em um mundo onde a mídia de massa distorce os fatos a serviço das mais infames agendas políticas. 


Nelson Mandela, assim como muitos falecidos, goza de uma injusta reputação de herói e libertador perante a opinião pública. Seus métodos, motivação e legado, porém, são nefastos. 

A finalidade deste artigo é expor a verdadeira face do mais querido assassino e terrorista da História. 

INTRODUÇÃO À TRAGÉDIA SUL-AFRICANA 

"O racismo é a forma mais baixa e mais cruelmente primitiva de coletivismo. É a noção de atribuir significado moral, social ou político à linhagem genética de um homem - é a noção de que os traços caracterizadores e intelectuais de um homem são produzidos e transmitidos por sua química corporal interna. O que quer dizer, na prática, que um homem deve ser julgado, não por sua índole ou ações, mas pelas índoles e ações de um coletivo de antepassados." — Ayn Rand 
África do Sul, dias atuais 
O inimigo do meu inimigo não é necessariamente meu amigo. Os infames bolcheviques de Lenin lutaram contra a cruel tirania czarista dos Romanov. Seus métodos eram horrendos, vitimando inclusive as crianças inocentes da família real. Ao assumir o poder Lenin e seus sucessores perpetraram horrores inauditos contra seu povo.

Analogamente, Nelson Mandela lutou contra o Partido Nacionalista da África do Sul, que impunha o grotesco sistema de políticas racistas conhecido como Apartheid. Seus métodos foram diabólicos. Uma vez no poder, ele e seus sucessores espalharam o terror pelo país. E seu objetivo? O mesmo que o de Lenin. 

Mandela foi um terrorista. Seu modus operandi incluía uso de minas e explosivos contra civis inocentes, assassinato de negros não alinhados à sua causa, incêndios contra negócios cujo proprietário era negro, greves e boicotes incitados através de coerção e tortura. Aterrorizava as mesmas pessoas que dizia estar libertando da tirania do Apartheid. 

Uma luta armada contra os membros criminosos de um Estado, e que não ceife vidas inocentes, é legítima defesa. Santo Agostinho de Hipona dizia que uma guerra justa é aquela que castiga uma injustiça; mas a doutrina de "guerra justa", derivada do pensamento de Hugo Grotius, estabelece importantes limites éticos a respeito do jus in bello (justiça na conduta da guerra). O princípio da distinção veda o emprego da violência contra não-combatentes. 

Mandela não observou princípio ético algum. Como disse Aida Parker, compaixão e sentimento pela condição humana não tinham papel em suas ações. 

Oficialmente membro do Congresso Nacional Africano (CNA), Mandela também fazia parte do Partido Comunista da África do Sul (PCAS), embora tenha mentido sobre o fato. Era inclusive um de seus líderes. O PCAS, cujas diretivas estratégicas vinham do Kremlin, controlava o CNA. 

Explorava o triste quadro de segregação e opressão racial não para ajudar os negros, mas para levar adiante uma revolução comunista. 

Até o fim da Guerra Fria, o continente africano foi palco de inúmeras "guerras por procuração" comandadas pela URSS. Nos países onde o socialismo marxista triunfou, tais como Angola, Congo, Etiópia, Moçambique, Zimbábue e Zâmbia, o resultado foi morticínio, miséria extrema e tragédias humanitárias. 

Para usar um termo do cientista político R.J. Rummel, as guerras de libertação nacional promovidas pela URSS nos países subdesenvolvidos foram um "democídio" em massa. Este tenebroso quadro tem sido concretizado na África do Sul desde que Mandela assumiu o poder e vem piorando sob o governo de seus sucessores do CNA. 

Mandela transformou a África do Sul em uma ditadura sem oposição comandada pela cleptocracia da aliança CNA/PCAS, que está levando o país à extrema pobreza, ao caos social e até mesmo ao genocídio. 

Ironicamente, a ideologia defendida por Mandela é a grande responsável por aquilo que o mundo acredita que ele combateu. O apartheid é filho do casamento profano entre a mentalidade anti-capitalista e os interesses dos grandes players políticos e corporativos. 

Ricas reservas de diamantes e metais preciosos foram descobertas na África do Sul entre as décadas de 1860 e 1880. O atual território do país era dividido em províncias britânicas, estados africâneres (etnia sul-africana descendente de colonos europeus, principalmente holandeses) e territórios nativos. 

A disputa pelo controle das jazidas resultou em diversos conflitos, incluindo a Primeira Guerra dos Bôeres (1880 -1881), uma luta pela independência da República do Transvaal, estado bôer (subgrupo africâner que fala holandês) rico em ouro e que havia sido anexado pelo Império Britânico. A vitória dos bôeres não durou muito. A disputa pelo ouro de Witwatersrand levou à eclosão da Segunda Guerra dos Bôeres (1899 — 1902). 

A decisiva vitória britânica resultou na hegemonia imperial sobre Transvaal e Orange. Em 1910 a unificação destas e de outras duas colônias britânicas formou a União da África do Sul (1910 — 1961). O território passou do status de colônia para domínio. 

Leis de segregação racial tão antigas quanto 1893 foram outorgadas para garantir o domínio de sindicatos britânicos brancos sobre essas imensas reservas. 

O apartheid foi institucionalizado em 1910 pelo governo do bôer Louis Botha. Conforme demonstra o economista Herry Valentine, essa política tinha como objetivo criar uma reserva de mercado para os brancos. O apartheid introduziu políticas de discriminação salarial que decretavam a obrigatoriedade de um salário maior para os brancos. Era acompanhada de restrições ocupacionais aos negros. 

O maior crime do Apartheid talvez tenha sido o Ato da Terra de 1913, que reservava 87% da terra do país para posse dos brancos e segregava etnias negras em territórios etnicamente homogêneos e administrativamente autônomos conhecidos como Bantustões. Havia 10 deles. O resultado foi um roubo massivo da terra legítima dos negros, que ficaram também impedidos de adquirir terras. 

De acordo com o economista William Hutt em seu livro "The Economics of the Colour Bar", um apartheid industrial foi imposto em 1922 por sindicatos brancos britânicos liderados por William H. Andrews, um dos chefes do PCAS (sim, o mesmo do Mandela). Seu slogan era "Brancos uni-vos e lutem por um mundo trabalhista". 

Muitos negros abandonaram o país, incluindo profissionais altamente qualificados. Quando o Partido Nacional assumiu o poder, em 1948, as políticas do Apartheid foram arrochadas, levando a uma emigração ainda maior da população negra. Foi somente por volta da década de 1970 que os mecanismos de mercado conseguiram ajustar parcialmente a situação. 

O acúmulo de capital que ocorre naturalmente a despeito do estado aumentou a oferta de empregos. Os empreendedores passaram a burlar as regulações trabalhistas do apartheid para contratar mão-de-obra negra. Some-se a isso o fato de que muitos negros entravam no país para fugir da opressão de regimes comunistas em países vizinhos, que era pior que o apartheid. 

No final da década de 1980 o governo havia afrouxado a fiscalização das políticas segregacionistas e uma classe média negra com alto nível de instrução havia se formado. Havia negros empreendedores e negros milionários. Entre 1971 e 1980 a renda real da população negra havia crescido 40%. Leis como o controle de fluxo interno e as restrições ocupacionais haviam sido abolidas. 

A geração de riqueza e qualidade de vida eram prejudicadas principalmente pelas políticas intervencionistas, pelos ditames estatais no setor bancário e de mineração, e pelo excesso de gastos do governo. 

Os fatos corroboram a frase do economista Murray Rothbard: 

O capitalismo de livre-mercado é um maravilhoso antídoto para o racismo. Num livre mercado, empregadores que se recusarem a contratar trabalhadores negros produtivos estão ferindo os seus próprios lucros e posição competitiva da própria empresa. É apenas quando o estado se intromete que o governo consegue socializar os custos do racismo e estabelecer um sistema de apartheid 

Mandela, ao se tornar estadista, insistiu nos mesmos erros do apartheid. É impressionante o paralelismo entre seu discurso em 1997 e o discurso de 1958 do racista pró-apartheid Hendrick Verwoed, então primeiro-ministro da África do Sul. 

Verwoed disse: 

Há pessoas (que argumentam) que tudo deve ser submetido às chamadas leis econômicas. Felizmente, sob um governo nacionalista, estes adoradores das leis econômicas nunca acharam seu caminho, mas um ideal mais alto e mais nobre se reforçou: a manutenção da civilização branca. 

Mandela em 1997 disse: 

A evolução do sistema capitalista no nosso país coloca no mais alto pedestal a promoção dos interesses materiais de uma minoria branca 

Embora com cores invertidas, a injusta acusação contra o capitalismo se manteve e o racismo e a pobreza se perpetuam. 

Selo soviético em homenagem a Mandela 
PRÊMIO NOBEL DO HORROR

"O povo da África do Sul, liderado pelo PCAS, destruirá a sociedade capitalista e construirá no seu lugar o socialismo." — Nelson Mandela 


Mandela entrou para o CNA em 1943 (aos 25 anos), encorajado por Walter Sisulu, habilidoso articulador político e membro do PCAS. Em 1944 ambos se uniram ao ativista Oliver Tambo para formar a Liga da Juventude do CNA. Até então o partido se opunha à luta armada. Tendo atingido certa proeminência no partido, Mandela passou a pressionar o CNA para adotar métodos mais violentos. 

Esta pressão encontrou eco após o massacre de Sharpeville, em março de 1960. O governo de Hendrik Verwoerd arrochou as leis de segregação racial, o que levou milhares de negros a protestar nos arredores de um posto policial. 

A polícia abriu fogo contra a multidão, matando 69 pessoas, alimentando o radicalismo da oposição, e corroborando o fato de que a maior parte do terrorismo é incitada pela própria barbárie estatal. 

Conforme explica o historiador Stephen Ellis, muitos grupos estavam dispostos a pegar em armas contra o regime após Sharpeville, mas era o PCAS que possuía maiores conexões internacionais. 

O membro do PCAS Joe Slovo havia sido colega de Mandela na Universidade de Witwatersrand. Coronel da KGB, sua ligação com Moscou se dava através da Zâmbia. 

Seguindo diretivas do Kremlin, Mandela e Slovo fundaram, em 1961, o Umkhonto we Sizwe (MK), traduzido como "Lança da Nação", o braço armado do CNA, cujo objetivo era uma revolução comunista, como preconizava a agenda soviética para o continente. 

Foi o ano em que a África do Sul separou-se da Commonwealth para se tornar uma república, como resultado de um referendo no qual apenas brancos votaram. Ao mesmo tempo tensões étnicas se acirravam em torno das questões relativas à representatividade política no novo regime. A MK planejava se aproveitar daquela situação delicada para lançar uma campanha de terror e tingir o país de vermelho com sangue inocente. Conforme Mandela mesmo disse: 

O movimento comunista ainda enfrenta inimigos poderosos que devem ser completamente esmagados e varridos da face da Terra antes que o mundo comunista possa se concretizar. 

Slovo escreveu em 1986, no seu artigo "A Campanha de Sabotagem", que ele havia sido apontado para constituir o alto comando do MK pelo PCAS, enquanto o CNA havia indicado Mandela. 

Mas sendo este último também um alto membro do Comitê Central do Partido Comunista e sendo a própria fundação do braço armado uma instrução de Moscou, fica fácil concluir que o PCAS controlava, de fato, o MK; e que Mandela era uma peça-chave da estratégia de terror soviética na África. 

Segundo Igor Glagolev, que intermediava o suporte soviético ao MK, o comitê executivo do Partido Comunista da União Soviética havia decidido tomar a África do Sul no fim da década de 1950. O país, contudo, já estava nos planos comunistas desde 1928, quando a Internacional Comunista havia instruído o PCAS para converter o CNA em instrumento revolucionário. 

Em 1962 Mandela recebeu treinamento militar na Argélia, um dos países onde os membros do CNA recebiam instrução em táticas de guerrilha, terrorismo e tortura. Outras localidades incluíam Cuba, Egito, Etiópia, Coréia do Norte, Rússia, China, Alemanha Oriental e Tchecoslováquia. 

Mandela teve experts como tutores. Com o FLN, partido socialista e terrorista argelino, aprendeu a decepar o nariz de seus desafetos. O manejo de explosivos lhe foi ministrado pelo IRA, cuja ligação com o CNA se dava através de Gerry Adams, político socialista irlandês. 

As técnicas de espionagem e interrogatório lhe foram ensinadas pela STASI, a polícia política da Alemanha Oriental. De acordo com as instruções, os interrogatórios deveriam ser brutais, contra qualquer um que fosse minimamente suspeito de trair os dogmas do partido. 

Mandela foi um bom aluno e aprendeu bem as lições. A maior parte das técnicas brutais foi aplicada contra negros suspeitos de traição. O CNA mantinha um centro de detenção conhecido como QUATRO em Angola, onde milhares de negros, muitos deles adolescentes, foram torturados e mortos. 

Ainda em 1962, Mandela foi capturado em uma fazenda nos arredores de Johanesburgo, de posse de granadas-de-mão, minas terrestres antipessoais e detonadores. Muitos dos explosivos estavam disfarçados de objetos corriqueiros como caixas de fruta e potes de alimentos. 

Os planos terroristas de Mandela, expostos mais tarde, incluíam a colocação destes artefatos em locais movimentados de forma a maximizar os danos. 

Em julho do ano seguinte a polícia efetuou novas buscas e detenções, e teve início o famoso Julgamento de Rivonia, onde dez líderes do CNA foram julgados por 221 atos de sabotagem. Embora a ONU diga que Mandela era um prisioneiro político, a Anistia Internacional afirmou claramente que ele foi condenado por seus atos de violência, tais como terrorismo, e até por contrabando de minas terrestres. 

Durante as investigações, foi apreendido um documento conhecido como Operação Mayibuye, cujo comando supremo seria composto por Mandela, Slovo e Joe Modise. 

O documento continha um plano detalhado de guerra revolucionária que teria sido traçado, provavelmente, com consultoria soviética ou maoísta. 

Consistia em dividir o país em 4 regiões que seriam invadidas por pequenos grupos guerrilheiros de 10 homens cada, cuja missão era causar levantes nas comunidades e tribos através de dissimulação e intimidação, conseguindo adeptos. 

Enquanto estes commandos "trabalhariam" os vilarejos, uma força convencional de 7000 homens invadiria o país com o apoio dos sindicatos. Em outro documento que veio à tona em Rivonia, Mandela declarou que "traidores e informantes devem ser brutalmente eliminados." 

Ao ser condenado, Mandela proferiu o discurso "Estou Preparado para Morrer", no qual negava a influência socialista sobre suas ações e dizia lutar pelos direitos dos negros. 

O discurso foi escrito a várias mãos e editado por um jornalista profissional. Tratava-se de propaganda enganosa conduzida por diversos canais de esquerda para angariar simpatia. 

Apesar de tais afirmações soarem como teoria conspiratória de extremistas da direita, elas foram confirmadas por diversos membros não marxistas do CNA, que acusaram Mandela de ter sequestrado a causa antiapartheid, submetendo-a a agenda de Moscou. Cabe ressaltar que todos os integrantes do PCAS também faziam parte do CNA. 

De acordo com Rowley Arenstein, proeminente membro do PCAS, Mandela era o principal instrumento dos comunistas para "sequestrar" o CNA e marginalizar seu antigo líder, Albert Luthuli, um ativista legitimamente antiapartheid, e que se opunha à luta armada e aos planos marxistas. 

Sabotar e marginalizar os membros moderados e pacíficos do CNA era um de seus papéis. Mandela enganava seus colegas de CNA conforme novas diretivas do PCAS eram emitidas. Explorava os anseios legítimos dos verdadeiros ativistas antiapartheid, de derrotar o racismo institucionalizado, para implantar um regime totalitário de extrema-esquerda. No documento "Como Ser um Bom Comunista", Mandela escreveu que o estudo do marxismo é necessário para controlar melhor as massas. E ele controlou. 

Em 1965, o MK se aliou ao ZIPRA, o braço armado de um partido marxista-leninista do Zimbábue (Rodésia na época), e que tem no seu currículo o emprego de mísseis antiaéreos contra aviões comerciais. 

Após uma desastrada invasão conjunta ao país, na qual as forças revolucionárias foram derrotadas pelo Exército da Rodésia, a MK entrou em uma crise militar. Durante a década de 1970 o movimento foi duramente combatido pelo governo sul-africano. 

Em junho de 1976, um protesto de estudantes negros acabou em uma infame tragédia conhecida como Levante de Soweto. A polícia sul-africana abriu fogo contra adolescentes que jogavam pedras. Houve uma escalada de violência que resultou em centenas de mortes, incluindo crianças. Mais uma vez o MK aproveitou o momento para reconstruir seu exército e conquistar apoio. 

Enquanto Mandela estava preso na Ilha de Robben, sua mulher Winnie Mandela estava em pleno processo de glorificação como parte de uma campanha de culto à personalidade, a nova estratégia da MK. 

A mídia local e internacional, distorcendo os fatos a serviço das esquerdas mundiais, a elevavam à condição de "mama wetu" (mãe da nação), "rainha guerreira" e "Evita negra" (sendo a própria Evita Perón uma falsa heroína). Não demorou a que as atenções do PCAS se voltassem para a recuperação da imagem do marido dela e a pressão internacional se fizesse sentir. 

Em 1982, Mandela foi transferido para a prisão de Pollsmor, na Cidade do Cabo. Não só passou a ter diversas regalias como também obteve acesso a várias amenidades de comunicação com o exterior. Chris Hani, um líder da MK famoso por sua brutal repressão contra membros não marxistas do CNA, alegou que possuía total acesso à Mandela e que bastava um telefonema para marcar uma reunião com ele. 

Nesta época, a MK passou a adotar a estratégia de propaganda pelo ato, ou seja, ações de grande visibilidade embora de pouco valor tático. Mandela passou a comandar este tipo de atividade de dentro da prisão (tal qual os criminosos organizados brasileiros), e esta foi justamente a fase mais sangrenta e desumana do MK. 

Entre 1980 e 1994, dezenas de milhares de civis inocentes foram mortos em ataques do CNA, sendo que boa parte destes crimes foi ordenada ou autorizada por Nelson Mandela. Em cerca de 80% das vezes o alvo dos ataques era a população civil. 

Um dos mais conhecidos e infames atos terroristas deste período foi o Atentando de Church Street, em 1983. Mandela o ordenou em conjunto com Tambo. 

Embora o alvo fosse uma instalação da Força Aérea Sul-Africana, os explosivos foram programados para detonar na hora do rush, com o objetivo de causar o máximo de baixas entre os civis. Foram 19 mortos e 217 feridos, incluindo mulheres e crianças de várias etnias. Havia pedaços de corpos humanos espalhados por uma enorme área. 

No seu livro "Um Longo Caminho para a Liberdade", Mandela confessa que autorizou pessoalmente diversos atentados. O ataque ao Shopping Amanzimtoti, por exemplo, matou 2 mulheres e 3 crianças. 

Além de atentados à bomba, houve também uma campanha de minagem, pilhagem e vandalismo. 

Somente entre 1985 e 1987, as minas terrestres colocadas nas estradas rurais pelo CNA custaram 125 vidas inocentes. Entre 1984 e 1989 cerca de 7200 casas de negros não-membros do CNA foram destruídas, além de 1770 escolas, 10318 ônibus, cerca de 50 templos e milhares de carros e estabelecimentos comerciais. 

Destaque-se que o CNA foi classificado como grupo terrorista pelo Departamento de Estado dos EUA e por muitas outras agências de inteligência. 

Testemunhas das atrocidades que tentaram alertar o mundo foram assassinadas. 

Bartholomew Hlapane, dissidente do PCAS, depôs diante do Comitê do Senado Americano para Segurança e Terrorismo, em 1982. Hlapane revelou a verdade sobre a Carta da Liberdade, documento oficial contendo os princípios básicos do CNA, escrito com a participação de Mandela, e que se tornou símbolo da causa antiapartheid. 

O documento havia sido esboçado por Joe Slovo a pedido do Comitê Central do Partido Comunista da URSS. O dissidente revelou também as ligações entre o CNA e o PCAS. Pouco tempo após seu testemunho, foi executado a tiros de fuzil AK-47 por um membro do CNA. 

Por mais monstruosos que sejam os relatos lidos até aqui, nada disso se compara à natureza diabólica do que relatarei agora. 

Necklacing (colar bárbaro). Este termo foi cunhado por Winnie Mandela. Trata-se de um método de execução que consiste em colocar pneus de borracha embebidos em gasolina em torno do corpo da vítima, que por sua vez era forçada a beber o combustível. Ateia-se fogo aos pneus. A borracha derretida carcome a pele enquanto as chamas consomem a pessoa. A morte só chega após cerca de 20 minutos de sofrimento agonizante. 

Estima-se que 3.000 pessoas tenham sido mortas assim pelo CNA. O método era aprovado e incentivado por Winnie, que disse em um discurso: "Com nossas caixas de fósforos e nossos necklaces, libertaremos esse país". 

As vítimas eram praticamente todas negras, acusadas de traição e colaboração com o regime. Incluíam funcionários públicos negros, adolescentes sem engajamento político e trabalhadores que não participavam de greves. Mineiros estrangeiros e lojistas também foram vitimados. 

Os "julgamentos" aconteciam na rua, aos gritos da turba. Winnie usou o necklace como arma de guerra psicológica. 

Hordas do CNA em conjunto com a UDF (Frente Democrática Unida, um dos grupos guerrilheiros antiapartheid) promoveram uma verdadeira guerra civil negra, invadindo comunidades pacíficas e queimando casas. Cerca de 200 mil negros ficaram desabrigados. Algumas comunidades negras chegaram a montar milícias para se defender dos guerrilheiros de Mandela. 

Em 1989 formou-se uma aliança entre o COSATU (Congresso Sul-Africano de Sindicatos), PCAS e UDF. Este bloco pouco coeso na época ficou conhecido como Movimento Democrático de Massa, e viria a formar a base do novo apartheid corporativista que vigora hoje no país. 

Winnie, Nelson Mandela e Joe Slovo 
UM CURTO CAMINHO PARA A TIRANIA

"Sob regime comunista a África do Sul será uma terra de leite e mel" — Nelson Mandela 

Em 1985, P.W. Botha, então presidente da África do Sul, ofereceu a liberdade a Nelson Mandela desde que ele renunciasse à violência. A proposta não foi aceita, e ele só saiu da prisão mediante ordem incondicional de soltura emitida pelo presidente De Klerk em 1990. 

A pressão internacional pela sua libertação contou com grande participação do Conselho Mundial da Paz, uma organização fundada no âmago do politburo soviético e dirigida pela KGB. Até 1991, quando a URSS foi dissolvida, militantes do CNA ainda recebiam treinamento militar em quartéis russos. O socialismo ocidental também teve grande influência na campanha "Free Mandela". 

Cinco anos antes da soltura, o vice-diretor do Comitê de Direitos Humanos do Parlamento Europeu Nicholas Bethell disse que defendia a luta armada, afinal ele também era socialista. Lideranças da esquerda britânica, americana e escandinava ajudaram a trabalhar a imagem de Mandela e financiaram o terrorismo da MK. 

De Klerk, cuja agenda estava subordinada a interesses globalistas, tratou de esconder do país os planos e atividades do CNA. Os serviços de inteligência sul-africanos foram instruídos a não investigar o partido para não comprometer a imagem moderada que a mídia passava ao mundo. 

Jornalistas que dissessem a verdade, tais como Aida Parker, eram censurados. A Aida Parker's Newsletter divulgou detalhes dos horrores dos campos de detenção do CNA e de como a mídia colaborou para a falsificação da imagem de Mandela. 

Se Mandela era um perigo para as pessoas dentro da prisão, ao sair ele se tornou o flagelo do país. Tão logo se viu livre, o futuro ganhador do Nobel da Paz clamou por uma intensificação da luta armada. 

Uma onda de terror varreu a África do Sul logo após sua liberação. Nos primeiros 20 dias 84 pessoas foram assassinadas pelo CNA, 19 delas através do necklace. Houve inclusive execução de mulheres acusadas de bruxaria. 

As sombrias previsões do jornal de inteligência britânico Special Office Brief foram confirmadas: "A África do Sul está à beira de um banho de sangue de negros contra negros. O terrorista Mandela não é um líder majoritário e não será aceito pelos zulus." 

De fato, os zulus eram majoritariamente anticomunistas e ferrenhos opositores do CNA. Iniciou-se uma guerra entre este e o Partido da Liberdade Inkatha, organização conservadora nacionalista zulu, com o CNA iniciando as agressões e culpando o Inkatha. 

A violência incitada por Mandela atingiu pesadamente a população branca. O canto de "Matem o bôer! Matem o Fazendeiro" ecoava nas fileiras do CNA. 

Em 1992, houve 369 ataques contra fazendas. No auge dos massacres, em 1993, 55 pessoas eram assassinadas por dia, a maioria africâneres vítimas da campanha de vingança racial de Mandela. 

A brutalidade do processo político que levou o CNA ao poder faria inveja a Oliver Cromwell. 

O partido organizou uma unidade de 3150 homens chamada National Peacekeeping Force (NPKF), traduzido como Força Nacional de Paz. Sua função era assegurar o poder do CNA e de Mandela. 

A oposição foi esmagada através de golpes políticos contra os bantustões. Estes territórios já gozavam de certa autonomia e muitos de seus líderes recusavam a incorporação à África do Sul. 

Mas para uma democracia, o número de pessoas espoliadas importa e separatismo é um mau negócio. Em um documento chamado "Prepare a Foice para o Martelo Vindouro", preparado pelo PCAS, lê-se: 

Esforços devem ser feitos para persuadir os servidores públicos de que sua estabilidade trabalhista e suas pensões só podem ser garantidas por um governo popular e não por líderes tribais. 

De fato, apenas governos voltados para as massas podem garantir tamanho nível de espoliação e parasitismo. 

O pior conflito aconteceu no Bantustão de Bophuthatswana, o mais rico deles. Seu líder, Lucas Mangope, queria a autonomia do território e se opunha ao CNA, que por sua vez iniciou uma invasão de 1 semana contra Bophuthatswana. 

Houve pilhagens, incêndios, saques e estupros. A NPKF depôs Mangope. O mesmo aconteceu no Bantustão de Ciskei, com a deposição de Oupa Gqoso. Após Ciskei, Joe Slovo disse: "dois já foram, falta um", referindo-se ao KwaZulu, território outrora autônomo da etnia zulu. 

Março de 1994. Cerca de 20 mil membros do Partido da Liberdade Intakha, que defendia a autonomia do KwaZulu, protestaram pacificamente contra as eleições até Shell House, o quartel general do CNA. 

Sob ordens de Mandela, homens armados do CNA abriram fogo contra a multidão matando 53 zulus. O incidente ficou conhecido como Massacre de Shell House. Dissidentes políticos capturados foram torturados, inclusive uma criança. 

A imprensa internacional reagiu com doentia condescendência. Um artigo no Los Angeles Times dizia: 

Os sul-africanos e a comunidade internacional devem encarar o fato de que muitos chefes do Intakha não irão cooperar. Forçá-los a aceitar a realidade de uma África do Sul democrática será um longo e talvez violento processo. 

Qualquer semelhança com os ataques dos revolucionários franceses aos alsacianos com a desculpa de que eles não falavam a "linguagem da república" não é mera coincidência. Mas os livros franceses que glorificam as barbáries da Revolução Francesa afirmam: "O Terror é terrível, mas grandioso". 

No período entre sua soltura e a subida ao poder, Mandela fez um giro pelo mundo, como parte da campanha para promover sua imagem. 

Ao longo da turnê manifestou seu apoio aos mais sanguinários ditadores do mundo, como Fidel Castro, Saddam Hussein, Ali Khamenei e Hafez al-Assad. 

Muito amigo do genocida líbio Muammar al-Gaddafi, disse que ele possuía compromisso com a paz e com os direitos humanos. 

Mandela era simpatizante de Idi Amin Dada, o brutal ditador de Uganda que foi cúmplice do sequestro de um avião comercial por terroristas palestinos. Na ocasião, em 1976, commandos israelenses resgataram os reféns no Aeroporto de Entebbe. 

Mandela era antissemita. Em um encontro com o também terrorista Yasser Arafat, classificou o resgate de Entebbe como "ato de barbárie." Em uma cerimônia em Teerã, Mandela disse: 

O povo da África fará da revolução islâmica do Irã um modelo para seus movimentos revolucionários. 

Em meio à festa da mídia mundial em torno de Mandela, um homem, em um ato de bravura, expôs a verdadesobre o terrorista no American Opinion Speakers Bureau da Sociedade John Birch. 

Trata-se de Tomsanqa Linda, ex-prefeito de Ibhayi, uma cidade com 400 mil habitantes negros. Linda quase foi assassinado pelo CNA em 1985. Sua casa e seus negócios foram incendiados, bem como a casa de seus parentes e amigos. 

A despeito das ameaças de morte, Linda contou ao mundo os crimes de Mandela. Mais importante que isso, revelou o fato de que a população negra sempre havia desprezado o CNA e a UDF. 

Enquanto Mandela pressionava os governos do mundo para aumentar as sanções e boicotes contra a África do Sul, Linda alertou para o fato de que as sanções afetariam principalmente as famílias negras mais pobres. Estas, ao contrário de Mandela, pediam o fim das sanções. Como disse Don Fotheringham, a maior ameaça à população negra era Mandela e seu partido comunista. 

A eleição que colocou Mandela no poder foi fraudulenta. Enquanto a mídia internacional preparava a opinião pública ocidental para uma possível intervenção militar da ONU, a NPKF intimidava o eleitorado de oposição. Homens do CNA pululavam nos locais de votação. 

Crianças receberam documentos falsos para votar em Mandela. A chamada Comissão Eleitoral Independente era liderada pelo esquerdista Johann Kriegler, simpatizante do CNA. 

E assim o terrorista agraciado com o Nobel da Paz assumiu a presidência da África do Sul em maio de 1994. Estima-se que a guerra civil promovida pelo CNA de Mandela tenha tido o sanguinolento saldo de 300 mil mortos desde então. 

Mandela e Fidel Castro 
COMO SER UM BOM GENOCIDA



"Para a maioria dos negros, as promessas utópicas de Mandela se transformaram em um Pesadelo Orwelliano." — Aida Parker 


Pior que Mandela revolucionário foi Mandela no poder. 

Em 1995 foi formada a Comissão da Verdade e Reconciliação (CVR), uma corte constituída após o fim do Apartheid e controlada por membros do CNA e do PCAS. Dedicava-se ao revisionismo histórico e à absolvição de criminosos, bem como à promoção cultural do revanchismo étnico. 

No mesmo ano, o tenente-coronel Willem Ratte, veterano das guerras de fronteira na Angola, acusou Mandela de homicídio devido ao Massacre de Shell House. A CVR o absolveu. 

No mesmo ano a Rádio Donkerhoek, de Hatte, foi fechada por Mandela que, já no poder, cerceou a liberdade de imprensa buscando esconder a verdade. 

Winnie Mandela foi condenada pela CVR pela tortura e necklacing de Stompie Moeketsi, uma menina de 14 anos que havia sido acusada de colaborar com a polícia em 1988. 

Sua sentença de 6 anos de prisão foi reduzida pela comissão para uma simples multa e ela continuou sendo membro do CNA. 

Mandela foi o mentor de um novo apartheid, piorado, desta vez contra brancos e zulus. 

O objetivo é o mesmo do apartheid original: garantir o domínio da aliança entre governo e grandes corporações sobre as reservas minerais através do controle do mercado, da cizânia entre as etnias, da expulsão da população africâner e da segregação do povo zulu. 

Os bôeres passaram a ser assassinados em suas fazendas, em seus negócios e em suas casas. Charles Nqakula, membro do PCAS e Ministro da Segurança, disse que se os brancos não gostam dos ataques, que se retirem da África do Sul. 

Houve total repressão ao direito de autodeterminação de etnias negras minoritárias. 

A primeira parte do plano de Mandela foi a disseminação do caos e a formação de uma base política que o apoiasse. 

Assassinos e estupradores foram soltos dos presídios. 

O então presidente sul-africano ordenou também que escolas dos brancos fossem queimadas e proibiu a fala do idioma africâner, embora ele próprio fosse fluente no idioma. 

Lembremos que Pol Pot falava francês fluentemente mas executava quem falasse o idioma no Cambodja. Seu gabinete era quase inteiramente composto por comunistas, alçados a posições proeminentes de acordo com seu ódio contra brancos. 

Um deles era Peter Mokaba, um dos responsáveis por popularizar o lema "Matem o fazendeiro, matem o bôer". 

Com Mandela no poder a taxa de criminalidade disparou, o padrão de vida caiu e houve degradação ambiental. 

Sua política econômica foi caracterizada por leis trabalhistas altamente restritivas, impostos escorchantes, ações afirmativas altamente discriminatórias e inflacionismo. 

Um grande número de brancos deixou a África do Sul num primeiro momento e hoje um número ainda maior de pessoas de todas as etnias está abandonando o país. A maior parte dos emigrantes são pessoas com alto grau de instrução. 

Os sucessores de Mandela perpetuaram suas ingerências e o CNA está até hoje no poder. O país é governado por uma elite política. Os tiranos brancos foram substituídos por tiranos negros. Enquanto o CNA se autoglorifica com monumentos e mansões para seus membros, o povo sofre com doenças, miséria e violência, como de costume em regimes socialistas. 

Em 2002 a taxa de desemprego chegou a alarmantes 48%. Os negros são os principais afetados, uma vez que na década de 1980 o CNA proibiu negros de estudar como parte da campanha "revolução antes da educação". 

Os efeitos disso no mercado de trabalho são sentidos com força atualmente. Entre 1994 e 2011 houve uma desvalorização de 70% do rand, a moeda do país, o que agravou os efeitos da pobreza. 

O estado de bem-estar social promovido por Mandela conseguiu aquilo que o apartheid nunca alcançou: a destruição dos negros. 

Em apenas uma década de regime democrático do CNA o número de pessoas vivendo com menos de 1 dólar por dia passou de 2 milhões para 4 milhões, e o número de favelados aumentou 50%. 

Apenas 5000 dos 35 milhões de negros sul-africanos ganhavam mais de 60 mil dólares por ano em 2004. Naquele ano os registros apontaram para 60% dos habitantes vivendo sem saneamento adequado e 40% vivendo sem telefone, enquanto o índice de infecção por HIV chegava a intoleráveis 20%. 

Entre 1994 e 2010 quase meio milhão de pessoas morreram de AIDS. A expectativa de vida havia caiu 13 anos em apenas 10 anos de governo do CNA. 

Nunca houve tanta violência na África do Sul quanto agora. Desde que o CNA de Mandela assumiu o país, quase 1 milhão mulheres foram estupradas e quase 300 mil sul-africanos foram assassinados. 

O Ato de Controle de Armas de Fogo de 2000 fez com que a criminalidade e o número de gangs disparassem e abriu caminho para uma escalada sem precedentes do genocídio branco. 

A África do Sul se transformou na capital mundial do crime organizado. Há 600 sindicatos do crime operando no país, incluindo mafiosos russos e sicilianos e traficantes nigerianos. As palavras do historiador Paul Johnson, proferidas em 1995, nunca foram tão verdadeiras: 

A África do Sul é um país afetado pelo crime e pela corrupção, com padrões declinantes e uma população acometida pela pobreza e pela existência carnal. 

O legado mais nefasto de Mandela é o genocídio perpetrado pela CNA e seus aliados contra a população branca. 

Esta abjeta campanha de terror ocorre com a anuência do atual presidente sul-africano, Jacob Zuma, que tem em seu currículo uma acusação de estupro. Zuma forjou uma aliança entre CNA, PCAS e COSATU, formando uma frente comunista responsável pela desapropriação violenta das terras bôeres. 

Embora o número de fazendeiros mortos na última década ultrapasse 4000, e o número de africâneres brancos assassinados em crimes de ódio no mesmo período chegue próximo de 70 mil, e apesar do fato de que 50 africâneres são assassinados por dia, o genocídio ainda não atingiu seu auge. 

Gregory Stanton, presidente da Genocide Watch, é um dos maiores especialistas em estudos sobre genocídio do mundo. 

O autor identificou oito estágios que caracterizam o processo de genocídio, sendo o último deles a negação de que tenha acontecido. O extermínio é o penúltimo. O quinto estágio é a polarização, que no caso da África do Sul é uma polarização racial. Há uma campanha cultural para incutir na população a ideia de que os brancos não são sul-africanos. 

De acordo com Stanton o país encontra-se no sexto estágio, chamado preparação. Nesta fase as vítimas são identificadas e separadas segundo critérios étnicos ou religiosos e sua propriedade é expropriada. 

O ataque à propriedade privada é, segundo Stanton, uma maneira de consolidar o poder do estado: "propriedade privada te dá o poder econômico de se opor ao governo, sem propriedade privada não há base de poder econômico para tal oposição." A ideia é minar a capacidade de resistência da população oprimida. 

De fato, entre 1994 e 2013 o número de fazendas comerciais caiu de 120 mil para 37 mil. Somente no setor agrícola 400 mil empregos foram perdidos. 

Outra estratégia é minar sua capacidade de defesa. O regime do CNA baniu as milícias rurais bôeres que protegiam as fazendas e confiscou suas armas. 

A verdadeira razão por trás da matança transparece nas palavras do supremacista negro Julius Malema, ex-presidente da Liga Jovem do CNA e atual comandante do Lutadores da Liberdade Econômica, um partido marxista-leninista, ao requerer a nacionalização das minas: "Eles (brancos) exploraram nossos minerais por muito tempo. Queremos as minas, é a nossa vez." 

O verdadeiro motivo é o roubo, tal qual aquele perpetrado pelo III Reich contra os judeus. O que Malema quer fazer com as minas já está sendo feito com a terra. O CNA as distribuiu para membros do partido através de reforma agrária política e racialmente motivada. 90% dessa terra é improdutiva. 

Julius Malema segue conclamando uma guerra contra a população branca, que ele acusa de ser inteiramente criminosa. Promete roubar a terra dos africâner através de uma brutal violência que já está acontecendo. 

Mulheres e crianças brancas estão sendo executadas em suas próprias casas. Algumas vítimas são mortas enquanto dormem. Aqueles que tiverem o coração forte podem ver os assustadores e tocantes relatos destas barbáries aqui. Algumas imagens podem ser chocantes demais. 

Peter Mokaba, falecido comparsa de Mandela ameaçava os brancos: "When Mandela dies we will kill you like flies." (Quando Mandela morrer mataremos vocês como moscas). Algumas pessoas nascem e morrem apenas para causar tristeza e sofrimento. A situação tende a piorar. 
Mandela com o banqueiro David Rockefeller 
A QUEM INTERESSA A FARSA MANDELA?

"O primeiro campo de batalha é a reescrita da História" — Karl Marx 

A pergunta "a quem interessa?" deveria ser feita mais vezes. Por que terroristas como Mandela recebem o Nobel da Paz, a Medalha Presidencial da Liberdade e o Prêmio da Paz de Lenin? (embora este último, como disse meu amigo David Lage, soe algo como "Prêmio Mengele de Boas Práticas Médicas"). 

A quem interessa glorificar Nelson Mandela? Por que as pessoas se comovem com um falso preso político, mas sequer ouvem falar em presos políticos reais como Ignatius Kung Pin-Mei, Óscar Biscet e Saeed Abedini? 

Por que tão poucos lembram aqueles que realmente lutaram contra os horrores do Apartheid, movidos por um genuíno senso antirracista e pró-liberdade? 

Refiro-me a pessoas como Mangosuthu Bethelezi, líder do Inthaka Freedom Party; e o bispo Isaac Mokoena, líder da Associação da Igreja Reformada Independente, que lutou contra a lei que impedia casamentos entre etnias e contra as sanções econômicas ocidentais. 

Ressalte-se que a Igreja Católica e muitas outras denominações cristãs tiverem um importante papel na luta antiapartheid, mas hoje sofrem não só com a ingratidão, mas também com injustiças. 

Jacob Zuma acusa o Cristianismo de ser o culpado pelos problemas do país. 

Por que não se ouve falar dos outros casos de apartheid no continente africano, como a expulsão de milhares de negros mauritanos de suas terras (e tortura e morte de muitos outros), promovida por Ould Taya? 

Por que as escolas ensinam que Mandela foi um herói? Por que o mundo inteiro se comove com a África do Sul, mas não com Serra Leoa, Sudão, Uganda, ou com os curdos? 

É ingenuidade pensar que as lideranças políticas e geopolíticas — os mesmos indivíduos que mentem, falsificam, roubam, matam, e declaram guerras injustificáveis — seriam tomados por um espírito de luz que os encheria de terna compaixão pelos povos oprimidos. 

O real motivo da cruzada mundial contra o Apartheid e pró-Mandela se resume a uma palavra: minérios. 

A África do Sul é rica em ouro e diamantes, além de abrigar um dos 19 pontos de estrangulamento do comércio marítimo internacional. A área de influência de sua Marinha de Guerra abrange outros 7 pontos de estrangulamento no Oceano Índico. 

O país possui também uma das maiores reservas de minérios estratégicos do mundo. Utilizados em ligas de alta resistência e alta tecnologia eletrônica, estes recursos são de grande interesse militar. 

Até 1989, 40% de todo o ouro minerado na História era proveniente da África do Sul. Ainda hoje, o país é o maior produtor de cromo e possui 95% das reservas mundiais de metais do grupo da platina (platina, paládio, ródio, rutênio, irídio e ósmio). 

Durante a guerra fria, a importância de se controlar essas jazidas atingiu novos patamares. 

Após a independência em 1961, o status da África do Sul como potência regional e o crescente poderio do Partido Nacional passaram a representar uma grande ameaça aos interesses soviéticos, o suficiente para que estes tomassem providências imperialistas. 

Relatórios dos serviços de inteligência sul-africanos revelaram que o objetivo do apoio soviético ao PCAS e ao CNA era de fato o controle das reservas minerais. Em 1973 o então presidente da URSS Leonid Brejnev afirmou: 

Nossa meta é ganhar o controle dos dois grandes tesouros dos quais o Ocidente depende — o tesouro energético do Golfo Pérsico e o tesouro mineral da África do Sul. 

A estratégia adotada era a desestabilização do regime africâner através do suporte e financiamento de movimentos comunistas revolucionários internos e externos. 

Tanto o crescimento do poderio africâner quanto da influência soviética na África do Sul eram intoleráveis para os líderes corporativistas anglo-americanos que controlavam as minas desde os tempos coloniais. 

A resposta dos banqueiros ocidentais foi garantir sua posição valendo-se do método soviético, já testado em campo. 

Relatórios policiais indicam que em 1984, Gavin Reddy, CEO da Anglo-American Mining Corporation, já estava em plena negociação com líderes do CNA exilados na Zâmbia. 

A empresa foi fundada na África do Sul pelo banco J.P. Morgan e por Ernst Oppenheimer, empresário do ramo de ouro e diamantes que também controlava o cartel de mineradoras De Beers. 

O lobby dos governos ocidentais, grandes corporações, grandes bancos e instituições midiáticas havia se organizado para assumir o patrocínio da CNA, organização oficialmente amparada pela diplomacia americana na época. 

Um artigo de 1983 publicado por Thomas G. Karis, colaborador da ONU, declara que seria vantajoso para os EUA ver pessoas como Mandela no poder. 

A partir de 1986 o presidente americano Ronald Reagan impôs sanções ao governo sul-africano, pressão para boicote internacional, retirada da CNA da lista de organizações terroristas e a ordem de soltura de prisioneiros, incluindo Mandela. 

O motivo não era as atrocidades racistas do regime, mas a aliança com o CNA, que uma vez no poder, favoreceria a agenda dos cartéis anglo-americanos. 

O senador americano Jesse Helms, que se opôs às sanções, notou que esta medida não estava ligada aos problemas de segregação racial, mas sim à transferência de poder para as elites comunistas do movimento antiapartheid. As lideranças negras não comunistas foram completamente esquecidas. 

Na mesma época a mídia iniciou um amplo trabalho de marketing pessoal para construir a imagem de Mandela como herói e libertador. 

A manipulação da opinião pública no Ocidente legitimou politicamente não apenas as sanções como também os planos de transferência de poder. 

Ao assumir o poder, o CNA cumpriu sua parte do acordo. O partido de Mandela não adotou medidas marxistas-leninistas, mas sim medidas corporativistas keynesianas, oferecendo concessões a grandes corporações ocidentais para exploração de minérios e outros ativos estratégicos. 

Em 1994 o CNA submeteu seu plano econômico a Harry Oppenheimer, filho de Ernst, e que havia financiado movimentos revolucionários entre as décadas de 1970 e 1980. 

Mandela era seu amigo pessoal e disse que "suas contribuições para construir uma parceria entre grandes corporações e o novo governo democrático neste primeiro período de regime democrático merecem todo o apreço". 

Mandela também afirmou, em 1996, que a privatização das "paraestatais" herdadas da era do apartheid é a política fundamental do CNA. 

O que ele chama de "privatização" são na realidade concessões a grandes corporações em detrimento da livre competição de mercado. 

Diversas agências do governo americano, incluindo o Departamento de Defesa supervisionam programas de cooperação comercial. Bilhões de dólares de ajuda externa arrancados dos americanos pobres são enviados aos sul-africanos ricos e politicamente bem relacionados. 

Os negócios entre África do Sul e o eixo Washington-Londres decolam. Mas a vida do cidadão comum sul-africano está cada vez pior devido à ausência do autêntico capitalismo. 

Talvez o fato mais triste de todo esse jogo de interesses sejam os diamantes de sangue, cuja mineração utiliza trabalho escravo e cujas receitas fomentem batalhas entre senhores da guerra africanos. 

Trata-se de uma indústria monopolística chefiada pela DeBeers Consolidated Mines, esta controlada pelo Rothschild Bank de Londres. 

A mineradora persuadiu governos do mundo todo, através de lobby, a negociar toda a produção de diamantes através da DeBeer's Central Selling Organization (CSO). 

O mercado de diamantes não é livre. As determinações regulatórias impostas pelas agências da ONU e pelos estados servem aos interesses do cartel, perseguindo produtores independentes. Ao mesmo tempo a DeBeers consegue qualquer certificação que necessite, independentemente de seus métodos de exploração, trabalhando em conjunto com governos africanos e membros da comunidade internacional. 

A África do Sul produz mais de 1 bilhão de dólares anuais em diamantes. 

Em 2006 o cineasta Edward Zwick viajou à África para filmar "Diamantes de Sangue", um filme a respeito da Guerra Civil de Serra Leoa (1991-2002). 

O longa-metragem mostra a tragédia causada pelo monopólio da DeBeers, incluindo o sequestro de civis pela Frente Revolucionária Unida (um grupo guerrilheiro de Serra Leoa) para trabalhar nas minas. Na ocasião Mandela enviou a Zwick uma carta de advertência: 

Seria profundamente lamentável se a produção do filme inadvertidamente obscurecesse a verdade, e como resultado, levasse o mundo a acreditar que a resposta apropriada seria parar de comprar diamantes produzidos na África. 

A verdade é que Mandela, a serviço da URSS quando guerrilheiro, passou a servir aos banqueiros de Londres quando estadista. 

Mentiroso contumaz, fingiu defender os direitos individuais enquanto endossava o genocídio. Fingiu defender a união entre os povos enquanto protegeu apenas a união de cartéis e de esquemas políticos. Fingiu defender a paz enquanto lucrava com a guerra. 

Acenou para as nossas crianças com a mão encharcada de sangue inocente. Seu legado de horror ainda assombrará a África do Sul por muitos anos. 

Agradecimentos 

Tatiana Villas Boas Gabbi, por sua colaboração inestimável ao adequar minhas referências bibliográficas às normas vigentes; Ariel Barja e Fernando Fiori Chiocca pelas excelentes sugestões de sites e artigos 


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

Livros 

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Paulo Kogos é um anarcocapitalista anti-político. Estuda administração no Insper e escreve para o blog Livre & Liberdade e no seu blog pessoal.
Do site: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1758