segunda-feira, 28 de novembro de 2016

O ACORDO DE PARIS QUER ENFORCAR O PRODUTOR RURAL BRASILEIRIO

Ativistas ambientalistas enfiaram colar de 'Pérolas mágicas' no pescoço do ministro. 

Acordo de Paris custará ao Brasil U$ 40 bilhões, ou R$ 136 bilhões

Concluída em Marrakesh, Marrocos, a Cúpula do Clima COP22 (Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança Climática 2016), que visou transformar em normas práticas as decisões utópicas do acordo de Paris. Os resultados aí estão.

Pela generosa proposta da então presidente do Brasil, Dilma Rousseff, ficou erigido um cadafalso para o País!

As cordas com as que pretendem enforcar os condenados já estão instaladas e balançando.

Falta enfileirar os “ci-devant”. Os nomes não foram dados a conhecer, mas a condenação sem processo já foi emitida. Ou forca, ou guilhotina: é a opção da “misericórdia” verde.

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, denunciou essa arbitrariedade à revista Globo Rural. O Acordo de Paris custará ao Brasil U$ 40 bilhões, ou R$ 136 bilhões em valores de hoje, e serão os produtores rurais brasileiros que terão que pagar a conta!

“Aos produtores rurais cabe a tarefa de reflorestar 12 milhões de hectares e recuperar 15 milhões de pastagens degradadas para melhorar a eficiência da pecuária e evitar novos desmatamentos e ampliar a área de plantio direto”, explicou o ministro por telefone.

"Quem vai pagar esta conta?", perguntou Blairo. O blog Código Florestal responde: quem vai pagar essa conta é o produtor rural brasileiro.

O compromisso assumido pelo Brasil em Paris foi voluntário. Assumimos porque quisemos, explicou o blog Código Florestal.

Em verdade, o compromisso foi adotado enquanto dormíamos ou a grande mídia silenciava para o brasileiro o que estava acontecendo em Paris.

O acordo foi negociado por Dilma Rousseff, ratificado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, onde foi relatado pela senadora Katia Abreu, foi sancionado pelo presidente Michel Temer, e hoje é defendido por Blairo Maggi e Sarney Filho.

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, levantou uma polêmica na Conferência em Marrakesh, segundo escreveu Código Florestal. E querendo salvar os condenados sem processo.

O ministro disse que o setor rural brasileiro não pode arcar sozinho com o custo de redução de emissões de gases de efeito estufa assumido pelo Brasil nas negociações.

“Posso dizer isso com toda tranquilidade. Nós não temos condições financeiras de levar adiante a intenção que o Brasil colocou”, disse Blairo. “A intenção que o Brasil assumiu perante o mundo não pode ser obrigação do produtor brasileiro”, completou com toda razão.

Na elaboração do Acordo de Paris, a presidente Dilma Rousseff, em nome do Brasil, fixou para o país uma meta de redução de emissões, de 37% até 2025 e 43% até 2030.

Denunciei o utopismo ideológico e a inviabilidade material dessas metas. Elas, na prática, estão feitas para estrangular os grandes setores produtivos da Nação e serem utilizadas como instrumentos a serviço da utopia socialo-comunista das esquerdas tupiniquins.

A mesma administração petista entregou aos negociadores de Paris uma lista de ações que o Brasil poderia tomar para atingir esses valores.

Entre elas, estão o reflorestamento de 12 milhões de hectares e a recuperação de 15 milhões de hectares de pastos degradados, o fim do desmatamento ilegal e investimentos em energias renováveis.

Essa lista de ações acabou entrando no Acordo de Paris como um anexo que não chega a ser obrigatório, mas vale como compromisso moral do País diante da comunidade mundial.

Blairo Maggi bateu nessa tecla:

“É intenção. Não é a agricultura e a pecuária que tem de pagar essa conta.

“As metas são metas gerais que o Brasil colocou e ali deu uma indicação de por onde pode sair, mas se não cumprir através de reflorestamento ou de melhoramento de pastagem, vai ter de fazer em outro lugar. “Não é obrigação da agricultura. Não queiram pendurar essa conta no setor agrícola sozinho”, disse o ministro ao jornal O Estado de São Paulo.

Tecnicamente é verdade, mas os ativistas ambientalistas não se importam muito com leis ou formalidades.

Já está em campanha um grupo de ONGs ambientalistas radicais reunidas no “Observatório do Clima” para fazer exatamente isto: pendurar mais essa conta no setor rural.

Em carta entregue aos ministros Blairo e Sarney Filho, escreveu o blog Código Florestal, essas ONGs radicais afirmam que o Brasil deve usar os recursos que financiam a safra agrícola para custear as ações decorrentes do acordo de Paris.

A carta dos ambientalistas responsabiliza o agro braseiro do aquecimento global:

“o setor rural brasileiro tem uma imensa responsabilidade sobre a contribuição brasileira para as emissões globais de gases de efeito estufa e, portanto, para o aquecimento global", diz o texto, reproduzido por “Código Florestal”.

Após pressão das ONGs, o ministro recebeu alguns representantes dos ambientalistas. Esses colocaram em seu pescoço não uma corda mas um colar de “pérolas mágicas”, em cáustica “alusão à verborragia que tem demonstrado em Marrakesh”, como disse “Código Florestal”.

O cadafalso está erguido, ainda não começaram as execuções, os agitadores estão ao trabalho procurando “suspeitos” já escolhidos previamente como faziam os “sans-culottes” na Revolução Francesa.

Falta que algum demagogo, alguma lei sorrateiramente redigida, ou até alguma portaria inesperada mande fazer o que ate agora não é obrigatório.

Então, os agitadores extremistas verdes ou vermelhos terão pretexto para exigir dos poderes públicos – ou executar de mão própria – os acordos de Paris e Marrakesh.

O cenário ficou montado e exige muita prontidão do Brasil trabalhador.

ESCRITO POR LUIS DUFAUR | 24 NOVEMBRO 2016 
ARTIGOS - AMBIENTALISMO
Do site: http://www.midiasemmascara.org/

domingo, 27 de novembro de 2016

O CHEFE DO PAPA - WIKILEAKS: O PAPA E SOROS, UMA ALIANÇA PROFANA



Aviso alarmante: Tão logo publicou a notícia sobre a influência de George Soros no Vaticano, o site http://www.sensusfidei.com.br/ foi retirado do ar.

De acordo com a documentos vazados da OSF, George Soros está financiando esforços para promover a agenda radical socialista da desigualdade econômica usando o púlpito do Papa Francisco.

Entre as evidências substanciais expostas no vazamento do Wikileaks, estão os documentos que deveriam preocupar enormemente os católicos. A mais recente divulgação de dados do Wikileaks, os documentos internos da Open Society Foundation (OSF) de George Soros, expõe a mais escandalosa de todas as alianças políticas. De acordo com a documentos vazados da OSF, George Soros está financiando esforços para promover a agenda radical socialista da desigualdade econômica usando o púlpito do Papa Francisco. Soros procura “envolver o papa em questões de justiça econômica e racial” fazendo lobby com o Vaticano.

A aliança profana e o plano estratégico são apresentados na página 16 do livro vazado da reunião de maio de 2015 do diretório norte-americano da OSF:

Visita do Papa Francisco – U$ 650,000
A primeira visita do Papa Francisco aos Estados Unidos em setembro incluirá um histórico discurso no Congresso, um discurso nas Nações Unidas, e uma visita a Filadélfia para o “Encontro Mundial das Famílias”. Para aproveitar este evento, vamos apoiar as atividades organizadas pelo PICO para envolver o papa em questões de justiça econômica e racial, usando inclusive a influência do Cardeal Rodriguez, o principal conselheiro do Papa, e enviando a visita de uma delegação ao Vaticano na primavera ou no verão para possibilitar que ouça diretamente os católicos de baixa renda da América.

O objetivo da colaboração de Soros com o Vaticano é influenciar as eleições americanas de 2016 para assegurar o candidato presidencial escolhido por Soros, Hillary Clinton.

A contribuição também apoiará os meios de comunicação, as estratégias e as ações da opinião pública de FPL, incluindo o desenvolvimento de uma pesquisa que mostra que os eleitores católicos são receptivos à mensagem do Papa sobre a desigualdade econômica e recebendo cobertura da mídia para transmitir a mensagem de que ser “pró-família” requer enfrentar a crescente desigualdade. Ao utilizar a visita papal para reforçar as fortes críticas do Papa ao que ele chama de “uma economia de exclusão e desigualdade” e sua rejeição das teorias de “derrame”, PICO e FPL trabalharão para construir uma ponte para uma conversação mais ampla sobre preocupações econômicas fundamentais e mudar os paradigmas e prioridades na corrida para a campanha presidencial de 2016.

A Fundação de Soros vê claramente o papa Francisco como um importante aliado do movimento socialista da desigualdade econômica de Soros na corrida eleitoral de 2016 dos Estados Unidos. Observem como os da esquerda radical de Soros redefinem as palavras pró-família como “crescente desigualdade.” A descrição desta colaboração ressalta como a esquerda se apropria da linguagem e a explora para sua própria vantagem política radical. Seus parceiros na promoção da linguagem transformacional são os meios de comunicação de esquerda.

Outra pérola fascinante da reunião do conselho de Soros expõe sua íntima relação com o Cardeal Rodriguez Maradiaga, o Vice Papa e confidente próximo do Papa Francisco. O Cardeal Oscar Maradiaga, de Honduras é identificado pelos funcionários de Soros como “usando a sua influência” dentro do Vaticano para promover a narrativa da desigualdade econômica radical de Soros. Claramente, Maradiaga foi identificado pelas regras de Soros como um jogador chave no movimento radical de redistribuição econômica global. A equipe de Soros sabe que Maradiaga se sentirá confortável para promover esta iniciativa dentro do Vaticano e, mais ainda, com o Papa Francisco, seu bom amigo.

Quem é PICO, o receptor de uma contribuição de US $ 650.000 que irá organizar atividades para envolver o Papa em ações para a justiça econômica e racial? De acordo com KeyWiki,

PICO é uma rede nacional progressista de organizações baseadas na fé. Como na reforma do sistema de saúde, a mais recente iniciativa do PICO visa redistribuir a renda, afirmando que “líderes religiosos tomem posições nos conselhos dos grandes bancos.”

PICO National Network recebeu uma contribuição de US$ 600.000 do Open Society Institute de Soros. PICO foi fundado em 1972 por John Baumann, um padre jesuíta treinado na comunidade de Saul Alinsky de Chicago na década de 1960. Mais tarde foi redesenhado como COPS, um projeto da Fundação de Áreas Industriais (Industrial Areas Foundation) de Alinsky em St. Antony, Texas.

O Open Society Institute descreve PICO como “uma rede de organizações comunitárias com base em congregações, que eleva as vozes de pessoas de fé e líderes na fé para o debate público sobre as prioridades nacionais”, e menciona outros financiamentos de Soros além da principal colaboração.

Soros rastreia e financia a sua influência no Vaticano através do PICO, entre outros. A Open Society Foundation (OSF) reconhece que o dinheiro investido no Vaticano é bem gasto para a agenda globalista de Soros. Eles identificaram o Cardeal Oscar Maradiaga como um solidário e disposto promotor da causa globalista. Ele será um poderoso aliado e um ouvido simpático para a agenda de Soros.

Outra organização chave financiada por Soros é a FPL que significa “Fé na Vida Pública”. À FPL se dá ordens juntamente com as contribuição. Também é revelado a manipulação e a teatralidade que a esquerda faz para influenciar a opinião pública. A OSF descaradamente admite que os resultados dos inquéritos da FPL sejam exigidos com antecedência por Soros, conforme especificado na contribuição:

Os meios de comunicação, as estratégias e ações da opinião pública da FPL, incluindo o desenvolvimento de uma pesquisa que mostre que os eleitores católicos são receptivos ao foco do Papa sobre a desigualdade econômica e recebendo cobertura da mídia para transmitir a mensagem de que ser “pró-família” requer enfrentar a crescente desigualdade.

Ali está. A FPL recebeu ordens de seu financiador para conduzir uma pesquisa e mostram que os eleitores católicos apoiam o Papa Francisco na causa da desigualdade econômica. Você confiaria em uma pesquisa depois de ver a conspiração e a cumplicidade da filantropia esquerdista de Soros?

Quem é FPL, conhecida como Fé na Vida Pública? A organização de nome inócuo e religioso é outra organização de esquerda radical financiada por Soros, que dirige a agenda esquerdista na comunidade da fé. Em 2011, American Thinker expôs os indivíduos por trás da FPL e sua organização de esquerda.

Quem poderia opor-se a uma organização que inocuamente se autodenomina “fé na vida pública”? FPL é um satélite das centenas de organizações financiadas por Soros sob o disfarce de filantropia bem-intencionada que realmente promove uma agenda econômica radical de anti-capitalismo e redistribuição global.

Sorte para Soros ter encontrado um novo sócio popular que promoverá a agenda esquerdista usando as táticas do braço forte e misericordioso do papado. Os católicos servem como um enorme e influente bloco de votação nas eleições dos EUA. O uso que Soros faz do líder da Igreja Católica para influenciar este bloco chave de votação se reflete nas notas do planejamento estratégico da OSF. Não é a primeira vez que a aliança profana de Soros e o Vaticano colabora com sucesso em um projeto político.

Em 2015, os funcionários de Soros incorporados no Vaticano dirigiram a agenda ambientalista do Papa Francisco, publicando para Soros e a ONU uma exortação apostólica sobre a mudança climática, com o precioso apoio papal das metas de desenvolvimento sustentável da ONU e benção apostólica do Tratado do Clima de Paris. Soros ganhou “a trifecta”[1] meio-ambientalista selada e entregue das mãos do Papa Francisco.

Tendo o Papa Francisco alcançado as metas ambientalistas de Soros, é hora de voltar para o ponto # 2 da agenda socialista radical de Soros: a redistribuição da riqueza. Aparentemente, Soros sabe que o Papa Francisco colaborará mais uma vez para promover sua agenda socialista.

Preste atenção, católicos, uma vez que os dados forçados das pesquisas/enquetes refletem seu surpreendente apoio por mais impostos globais e a poluição, para uma redistribuição mais equitativa da renda. Soros vai usar o Vaticano para promover Hillary, sua candidata presidencial escolhida.

Estão avisados!

Por: Elizabeth Yore

Do site Sensus Fidei.

Traduzido ao espanhol para Adelante la Fe por Marilina Manteiga.

Publicado originalmente em Remnant – THE POPE'S BOSS – Wikileaks: Papa and Soros, a Unholy Alliance Do site: http://www.midiasemmascara.org/

sábado, 26 de novembro de 2016

DOM PEDRO II ERA A LUZ DO BAILE


Foi preciso que viesse a República, e que se alijasse do trono a força catalítica, para patentear-se bem claro o curioso fenômeno.

A experiência republicana, no Brasil, tem sido um fracasso evidente. Uma análise deste 127 anos de história republicana revelam uma instabilidade crônica das instituições, uma sucessão de sobressaltos político-sociais e o surgimento, de tempos em tempos, de "salvadores da pátria" que, em pouco tempo, se tornam decepções dolorosas.

Vivemos hoje momentos especialmente críticos dessa experiência. Próceres republicanos reconhecem que todo o sistema político está em xeque, enquanto uma operação sem precedentes - a Lava Jato - vai revelando ao País como, a partir da própria Presidência da República, se atuou para subverter a ordem legal do País, com um assalto generalizado ao Estado, ao seu (nosso) patrimônio e às instituições do Estado de Direito.

Mas, como traduzir, em poucas palavras, a diferença entre o ambiente social, político e institucional que imperava no regime monárquico e o que passou a vigorar na república? Monteiro Lobato o fez de modo didático, num texto que passo a transcrever:

“D. Pedro II agia pela presença.

O fato de existir no ápice da sociedade um símbolo vivo e ativo da honestidade, do equilíbrio, da moderação, da honra e do dever, bastava para inocular no País em formação o vírus das melhores virtudes cívicas.

O juiz era honesto, se não por injunções da própria consciência, pela presença da honestidade no trono. O político visava o bem comum, se não pelo determinismo de virtudes pessoais, pela influência catalítica da virtude imperial. As minorias respiravam, a oposição possibilitava-se: o chefe permanente das oposições estava no trono. A justiça era um fato: havia no trono um juiz supremo e incorruptível. O peculatário, o defraudador, o político negocista, o juiz venal, o soldado covarde, o funcionário relapso – o mau cidadão, enfim – muitas vezes passava a vida inteira sem incidir num só deslize. A natureza o propelia ao crime, ao abuso, à extorsão, à violência, à iniquidade, mas sofreava as rédeas aos maus instintos a simples presença da eqüidade e da justiça no trono.

Foi preciso que viesse a República, e que se alijasse do trono a força catalítica, para patentear-se bem claro o curioso fenômeno. O mesmo juiz, o mesmo político, o mesmo soldado, o mesmo funcionário, até 15 de novembro honesto, bem intencionado e bravo e cumpridor dos deveres, percebendo ordem de soltura na ausência do imperial freio, desenfrearam a alcatéia dos maus instintos mantidos de quarentena.

Daí o contraste, dia a dia mais frisante, entre a vida nacional sob Pedro II e a vida nacional sob quaisquer das boas intenções quadrienais que se revezam na curul republicana.

Pedro II era a luz do baile: muita harmonia, respeito às damas, polidez de maneiras, jóias de arte sobre os consolos, dando o conjunto uma impressão genérica de apuradíssima cultura social.

Extinguiu-se a luz: as senhoras sentem-se logo apalpadas, trocam-se tabefes, ouvem-se palavreados de botequim, desaparecem as jóias.”

(Monteiro Lobato, D. Pedro II, Revista Brasil, RJ, nº 36, dezembro de 1918)
Por: José Carlos Sepúlveda da Fonseca  18 de novembro de 2016


sexta-feira, 25 de novembro de 2016

O Sol é mesmo maior que a Terra ?

DONALD TRUMP DÁ FORÇA AO MOVIMENTO ANTI-ESTABLISHMENT DA EUROPA

- Os Estados Unidos acabam de se libertar do politicamente correto. Os americanos expressaram o desejo de continuarem sendo um povo livre e democrático. Agora é a vez da Europa. Podemos e faremos o mesmo"! — Geert Wilders, parlamentar holandês, Presidente do Partido da Liberdade (PVV), ora sendo julgado na Holanda no tocante à liberdade de expressão.


- "Ao que tudo indica 2016 será o ano de duas grandes revoluções políticas. Eu achei que o Brexit era algo grande, mas cara, isso parece que vai ser maior ainda" — Nigel Farage, membro do Parlamento Europeu e líder do Partido da Independência do Reino Unido.

- "A classe política está sendo vilipendiada em grande parte do Ocidente, os institutos de pesquisa de opinião estão falidos e a imprensa ainda não acordou para ver o que está acontecendo no mundo" — Nigel Farage.

- "Em uma democracia, quando as pessoas se sentem ignoradas e desprezadas, elas encontram um meio de serem ouvidas. Esta votação é a consequência da revolta da classe média contra uma elite dominante que quer enfiar goela abaixo como ela deve pensar." — Laurent Wauquiez, líder do partido de oposição francês Os Republicanos.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
A vitória eleitoral de Donald Trump caiu como uma bomba no establishment político e midiático da Europa, que teme que a onda de transformação política em andamento nos Estados Unidos dará novas forças aos partidos populistas da Europa.

Políticos anti-establishment, muitos dos quais estão bem colocados segundo sondagens para as próximas eleições europeias, esperam que a ascensão de Trump irá influenciar os eleitores europeus a votarem na chapa deles em número recorde.

Ao tecer comentários sobre a vitória de Trump o legislador holandês Geert Wilders ressaltou: "os Estados Unidos acabam de se libertar do politicamente correto. Os americanos expressaram o desejo de continuarem sendo um povo livre e democrático. Agora é a vez da Europa. Podemos e faremos o mesmo"!

Mais de uma dozena de eleições serão realizadas na Europa nos próximos doze meses, começando pelo 2º turno da eleição presidencial austríaca marcada para 4 de dezembro. As pesquisas apontam que Norbert Hofer do Partido da Liberdade, anti-imigração austríaco, está a caminho de vencer a corrida presidencial.

No mesmo dia os italianos irão votar em um referendo sobre a reforma da constituição. Observadores dizem que a vitória de Trump tornará mais difícil para o primeiro-ministro italiano Matteo Renzi, um dos poucos líderes mundiais a endossarem Hillary Clinton, sair vitorioso. Eles salientam que o apoio aberto da Renzi a Clinton irá prejudicar as relações da Itália com os Estados Unidos. Renzi afirmou que renunciará caso seja voto vencido no referendo que pede a diminuição do papel do senado. A maioria das pesquisas de opinião mostra que o "não" está na frente. Renzi diz que a medida irá simplificar a tomada de decisões, mas os opositores dizem que irá reduzir os "checks and balances".

As eleições gerais que serão realizadas na República Checa, França, Alemanha e Holanda, estão programadas para 2017, países da UE onde os candidatos anti-establishment estão pondo em xeque a ordem estabelecida.

Políticos dos principais partidos e a mídia tentaram desacreditar os líderes populistas tachando-os de neonazistas e xenófobos por serem contrários à migração em massa, multiculturalismo e à ascensão do Islã na Europa. Se Donald Trump conseguir mostrar que é capaz de governar os Estados Unidos e produzir resultados positivos, especialmente em relação ao crescimento da economia e reduzir a imigração ilegal, o establishment político europeu terá uma tarefa muito mais árdua em estigmatizar os dissidentes.

Políticos anti-establishment da Europa, como o líder Geert Wilders (esquerda) do Partido da Liberdade da Holanda e o líder Nigel Farage (direita) do Partido de Independência do Reino Unido, enalteceram Donald Trump e esperam que a ascensão de Trump irá influenciar os eleitores europeus a votarem na chapa deles em número recorde.

O que se segue é uma série de reações oficiais europeias em relação à vitória eleitoral de Trump. Políticos anti-establishment comemoram a vitória de Trump e os políticos do establishment, em sua maioria, divulgaram comunicados pró-forma de felicitações, cordiais, porém formais e distantes.

Áustria. O líder do Partido da liberdade, Heinz-Christian Strache, felicitou Trump no Facebook. Ele salientou:

"Pouco a pouco os políticos de esquerda e o establishment corrupto e fora de sintonia está sendo punido pelos eleitores e retirados do poder. Isso é positivo porque os mandatos vêm do povo. A grande mídia austríaca, que se posicionou contra Trump por semanas a fio e prematuramente declarou Hillary Clinton a vencedora, ficou desconcertada pelo voto do eleitorado".

Bélgica. O partido populista Vlaams Belang (Interesse Flamengo) felicitou Trump e disse que a sua vitória inesperada poderia ser replicada na Europa. O presidente do partido Tom Van Grieken tuitou: "a eleição nos EUA mostra novamente o quão distantes os políticos estão do povo". Em outro tuíte, ele salientou: "a ascensão de Trump não é um fenômeno isolado. Na Europa também, cada vez mais eleitores querem uma mudança de verdade".

Grã-Bretanha. A Primeira Ministra Theresa May realçou:

"Eu gostaria de parabenizar Donald Trump, após uma árdua campanha, por ele ter sido eleito o próximo presidente dos Estados Unidos. A Grã-Bretanha e os Estados Unidos mantêm um relacionamento duradouro e especial, baseado nos valores da liberdade, democracia e empreendedorismo. Nós somos e continuaremos sendo parceiros fortes e próximos no comércio, segurança e defesa."

Nigel Farage, líder do Partido da Independência do Reino Unido, que com sucesso fez campanha no referendo a favor do "Brexit" para que a Grã-Bretanha saísse da União Europeia, disse que a vitória de Trump não o surpreendeu. Ele tuitou:

"Ao que tudo indica 2016 será o ano de duas grandes revoluções políticas. Eu achei que o Brexit era algo grande, mas cara, isso parece que vai ser maior ainda".

Ele também tuitou: "eu entrego o manto a @RealDonaldTrump! Meus parabéns. Você venceu uma campanha com coragem".

Falando à ITV, Farage salientou: "a classe política está sendo vilipendiada em grande parte do Ocidente, os institutos de pesquisa de opinião estão falidos e a imprensa ainda não acordou para ver o que está acontecendo no mundo".

República Checa. O Presidente Milos Zeman ressaltou que a eleição do Trump foi uma vitória sobre a "manipulação da mídia". Ele salientou:

"Eu gostaria de parabenizar cordialmente Donald Trump. Eu, um dos poucos políticos europeus, declarei apoio público a este candidato porque concordo com suas opiniões sobre migração, bem como sua luta contra o terrorismo islâmico. Eu admiro a conduta pública de Donald Trump. Ele fala sem rodeios, às vezes impositivamente, mas de maneira compreensiva e evita o que muitas vezes é chamado de politicamente correto".

União Europeia. O Presidente da Comissão Europeia Donald Tusk destacou:

"A Europa e os Estados Unidos simplesmente não tem outra opção a não ser cooperar o mais estreitamente possível. Ouvi com atenção o chamamento do presidente eleito Trump para a união dos americanos. Eu, no nosso caso, gostaria de fazer o chamamento para a união dos europeus e a união transatlântica. Não acredito que algum país hoje possa ser grande no isolamento. Acredito porém que os Estados Unidos e a Europa podem, devem e irão trabalhar juntos. É de nosso interesse comum. Temos que reconhecer que este trabalho requererá grandes esforços de ambos os lados. A UE é um parceiro forte e confiável e assim permanecerá. Esperamos o mesmo dos Estados Unidos e de seu novo presidente".

França. O Presidente François Hollande tuitou: "o povo americano se pronunciou. Elegeu Donald Trump. Parabenizo-o. Também penso em Hillary Clinton".

O embaixador francês nos Estados Unidos, Gérard Araud, tuitou: "este é o fim de uma era. Depois do Brexit e desta votação, tudo é possível. O mundo está se desintegrando diante dos nossos olhos". Mais tarde, ele apagou o tuíte.

O ex-primeiro-ministro Dominique de Villepin, ressaltou: "o que está acontecendo nos EUA poderá acontecer na França".

O ex-primeiro-ministro Jean-Pierre Raffarin ressaltou: "os limites da razão desapareceram com o Brexit, a principal lição para a França é a de que Le Pen pode vencer".

Laurent Wauquiez, líder do partido de oposição Os Republicanos, enfatizou: "em uma democracia, quando as pessoas se sentem ignoradas e desprezadas, elas encontram um meio de serem ouvidas. Esta votação é a consequência da revolta da classe média contra uma elite dominante que quer enfiar goela abaixo como ela deve pensar."

A líder do partido Frente Nacional, Marine Le Pen, tuitou: "felicitações ao novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ao povo americano livre!"

O pai de Le Pen, Jean-Marie Le Pen, fundador do partido, tuitou: "hoje, os Estados Unidos, amanhã a França".

Alemanha. A Chanceler Angela Merkel, que não mencionou o nome de Trump admoestou o presidente eleito no tocante a valores:

"A Alemanha e os Estados Unidos estão unidos por valores: democracia, liberdade, respeito ao Estado de direito, dignidade humana independentemente da sua origem, cor da pele, religião, gênero, orientação sexual ou opiniões políticas. Eu ofereço uma estreita cooperação com o futuro presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com base nesses valores".

O Vice-Chanceler Sigmar Gabriel foi menos elegante. Ele assinalou:

"Trump é o prenúncio de um novo movimento internacional autoritário e machista. Ele também serve de alerta para nós. Nosso país e a Europa precisam mudar se quisermos combater o movimento internacional autoritário".

O Ministro das Relações Exteriores Frank-Walter Steinmeier ressaltou:

"Esperamos não enfrentar uma instabilidade ainda maior na política internacional. Durante a sua campanha, Trump criticou não apenas a Europa, mas também a Alemanha. Acredito que devemos nos preparar para uma política externa americana menos previsível. Temos de nos preparar para uma situação na qual os Estados Unidos estarão inclinados a tomar muito mais vezes decisões por conta própria.

"Eu não quero dourar a pílula: nada será mais fácil e muito vai ser mais difícil. Assim como nós alemães aprendemos muito no passado com nossos amigos americanos, agora nós devemos encorajar nossos amigos americanos a permanecerem fiéis às antigas parcerias e conosco".

A Ministro da Defesa Ursula von der Leyen salientou: a vitória de Trump foi um "choque enorme" e "não foi um voto para ele, mas sim contra Washington, contra o establishment". Ela acrescentou:

"É claro que nós europeus, como aliados na OTAN, sabemos que, se Donald Trump se tornar presidente, ele irá perguntar: qual a sua contribuição para esta aliança? Mas nós também gostaríamos de saber qual é a sua posição nesta aliança?"

O Ministro da justiça Heiko Maas tuitou: "o mundo não vai acabar. Mas ficará mais louco".

A líder do partido populista Alternative für Deutschland (AfD), Frauke Petry, previu que a vitória de Trump resultará em uma mudança política na Europa também. No Facebook ela ressaltou:

"Chegou a hora das pessoas nos Estados Unidos, que estão descontentes, não mais votarem no establishment político. Enquanto 93% dos eleitores em Washington DC votaram em Clinton a fim de manterem suas próprias estruturas de poder, a maioria dos eleitores em todo o país optaram por um novo começo político, uma recuperação econômica para a classe média que vem sendo castigada e o fim da divisão do país que ainda é o mais poderoso do mundo.

"O resultado da eleição é encorajador para a Alemanha e para a Europa porque Trump realmente tem as cartas na mão para conduzir uma mudança política radical. Felicito Donald Trump pela vitória eleitoral e por esta oportunidade histórica..."

"Assim como fizeram os americanos, os cidadãos da Alemanha devem ter a coragem de ticar a cédula de votação e mostrar nas urnas que não ficarão complacentes. A opinião deles conta, mesmo que a correção política dê a impressão de ter elevado o consenso decretado ao nível de uma nova doutrina".

Beatrix von Storch, membro da AfD no Parlamento Europeu, salientou:

"A vitória de Trump é um sinal claro de que os cidadãos do mundo ocidental querem mudança política. Isto veio como uma surpresa só para o establishment. Nos EUA, assim como na Alemanha, os cidadãos querem viver dentro de fronteiras seguras, menos globalização e uma política que aja com bom senso no tocante aos problemas de seu próprio país."

Hungria. O Primeiro Ministro Viktor Orbán ressaltou no Facebook: "que ótima notícia. A democracia ainda está viva."

Itália. O fundador do Movimento 5 estrelas anti-establishment, Beppe Grillo, comemorou a vitória de Trump. Ele salientou:

"Esta é a prova de que estes milhões de demagogos não são o povo, são jornalistas, intelectuais, ancorados a um mundo que não existe mais. Há semelhanças entre esses eventos nos Estados Unidos e o nosso movimento... Nós iremos governar e eles perguntarão: mas como eles conseguiram? Eles canalizaram a fúria coletiva".

Holanda. O legislador holandês Geert Wilders ressaltou:

"Os Estados Unidos recuperaram a soberania nacional, a identidade, recuperaram a própria democracia, é por isso que eu chamo isso de revolução".

"Agora há um líder, apesar de todo o negativismo espalhado acerca dele pela elite política e pela imprensa que tem apenas uma preocupação a saber: o interesse nacional dos eleitores dos Estados Unidos que estão preocupados com a imigração, que estão preocupados com a perda de emprego em consequência da globalização, que estão preocupados com a islamização da sociedade. E ele tende a dizer a verdade e convencer as pessoas de que se começarem a agir tudo é possível, e acredito que o evento histórico de 8 de novembro também irá ter um efeito enorme sobre a política europeia.

"A lição para a Europa é a seguinte: o que os Estados Unidos podem fazer, nós também podemos."

Em um ensaio publicado pela Breitbart, Wilders assinalou:

"Ontem o povo americano deixou bem claro que ele não quer seguir os passos da Europa Ocidental. Ele não quer desistir de seu país. Ele quer preservar a sua nação, suas liberdades, sua prosperidade. Eles sentiram que havia chegado a hora da libertação.

"Os eleitores americanos não querem continuar sendo representados por políticos que não levam as suas preocupações a sério. Eles sentiram que Donald Trump foi o único a escutá-los...

"Os Estados Unidos acabam de se libertar do politicamente correto. Os americanos expressaram o desejo de continuarem sendo um povo livre e democrático. Agora é a vez da Europa. Podemos e faremos o mesmo"!

Por: Soeren Kern é colaborador sênior do Gatestone Institute sediado em Nova Iorque. Ele também é colaborador sênior do European Politics do Grupo de Estudios Estratégicos / Strategic Studies Group sediado em Madri.  15 de Novembro de 2016

Tradução: Joseph Skilnik Do site: https://pt.gatestoneinstitute.org

sábado, 19 de novembro de 2016

'REDUÇÃO DE CUSTOS DEVE SER CONSEQUÊNCIA E NÃO OBJETIVO"

Muitas empresas têm verdadeira obsessão pela redução de custos. A princípio, isso pode parecer muito positivo. Trata-se de uma preocupação vital em épocas como a atual, em que as vendas diminuem, e esse cuidado torna-se um fator essencial para a sobrevivência nos negócios.

A redução de custos como consequência

Mas a forma como isso é buscado pode ser preocupante. Há uma forma questionável de gerar redução de custos. E há também uma maneira muito mais produtiva de se pensar e fazer isso. São duas formas diferentes de se conseguir esses mesmos benefícios.

A grande diferença é, por um lado, pensar na redução de custos como um “fim em si próprio”, como um objetivo a ser cumprido sem se preocupar em “como fazer” e sem entender claramente as consequências e os impactos futuros que isso poderá gerar.

Por outro lado, há a forma de pensar a economia de custos como uma “consequência” de atividades de melhoria de processos e de resolução de problemas, com o objetivo de eliminar desperdícios e de agregar valor para os clientes. Assim, gerando, igualmente, reduções de custos – mas como um resultante.

A diferença de abordagem é substancial. E muitas empresas pegam o caminho errado, às vezes mais fácil, para se fazer isso. Pressionadas pelas dificuldades de mercado ou obcecadas pelos lucros, saem cortando tudo o que podem. E muitas vezes o que não devem.

Cortam pessoas, baixam a qualidade mínima das matérias-primas, cortam processos fundamentais de qualidade, diminuem a quantidade de produtos em suas embalagens, pressionam seus fornecedores, atrasam pagamentos, reduzem preocupações com segurança e meio ambiente etc. Isso sem falar daquelas companhias que muitas vezes, baseadas em seus valores e princípios, partem mesmo para os “crimes”.

Claro que tudo isso tenderá a diminuir custos. Mas é óbvio que também vai gerar uma série de externalidades negativas. Pode deixar precários os produtos, descontentar clientes, afetar a reputação da empresa, quando não gerar investigações e processos criminais. E não vai ajudar a orientar a companhia para atender as necessidades reais de seus clientes, o que deveria ser o propósito da organização.

Foco em processos e atividades

É muito melhor, então, pensar em redução de custos como uma consequência e não como um fim em si próprio.

Por exemplo, focalizando nos processos e atividades, eliminando os desperdícios que ocorrem por todos os lados. São desperdícios que existem de todas as formas: de tempo, de vários tipos de recursos, como pessoas, equipamentos, instalações, conhecimento, espaços etc.

Desperdícios que muitas vezes as empresas não são capazes de enxergar. Mas que, lá na ponta final, geram custos absurdos, sem agregar qualquer tipo de valor ao cliente.

Gerando valor

É, então, fundamental pensar que cotidianamente todos na organização precisam ser estimulados a terem um olhar crítico sobre os processos que ocorrem na empresa, visando enxergar desperdícios e eliminá-los.

Fazer isso com a finalidade de tornar os processos mais rápidos, mais agregadores de valor, para que o cliente se beneficie e fique fiel.

Veja que a finalidade principal aqui é tornar a companhia melhor para seus clientes. Com processos mais eficazes, com menos desperdícios, numa empresa feita por pessoas que se sentem satisfeitas com seu trabalho, pois percebem que estão sempre buscando agregar valor no que fazem. E que não gastam tempo em atividades sem sentido.

Se isso for feito, pode ter certeza de que haverá uma importante consequência: uma forte redução de custos. Cada atividade de melhoria deve ser entendida claramente por todos os colaboradores.

Cuidado em achar que cortar custos significa fazer melhorias. A razão real para fazer melhorias deve ser maximizar o valor com o propósito de crescer o negócio.

Muitas empresas ficam impacientes para ter resultados em seus esforços de melhorias, e os resultados precisam ser financeiros, principalmente em reduções de custos. Assim, redução de custos torna-se uma expectativa e um objetivo frequente em processos de melhoria, até mesmo tendo por base os princípios lean (enxutos).

A alta administração acaba pressionando para ter resultados imediatos e rápidos. Mas focalizar principalmente em reduções de custos como meta de suas atividades de melhorias pode frustrar. Muitas ações de melhoria resultam em evitar custos, mas não “aparecem” como reduções de custos. Assim, muitas vezes não são tão admiradas.

A conta mais fácil de fazer e um dos custos mais fáceis de calcular é o custo de mão de obra. Portanto, a eliminação do número de colaboradores é sempre facilmente vista como grande objetivo e benefício.

Mas se deve evitar baixar o moral, que é o que mina o sistema de melhoria e de envolvimento das pessoas, algo tão fundamental para eliminar desperdícios e agregar valor.

O foco no propósito, no cliente, no valor e no desperdício trará melhorias que terão como consequência a redução de custos. Essa é a diferença entre pensar a redução de custos como uma consequência e não como um fim.

Pense nisso quando estiver analisando sua “planilha de custos” da empresa, procurando onde mais “fazer cortes”. Ou quando estiver começando ou reforçando suas atividades de melhoria contínua. Olhe mais para seus processos reais e se pergunte em que os clientes estão efetivamente sendo atendidos. Garanto que os custos baixarão substancialmente.

Trocar a obsessão pela redução de custos pela obsessão pela eliminação de desperdícios fará toda a diferença no enfoque das ações tomadas, criando uma empresa mais orientada para o valor, para os clientes e engajando seus colaboradores nessa jornada.
Por: José Roberto Ferro Do site: www.institutomillenium.org.b Fonte: “Época negócios”.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

A NOVA POLÍCIA DA SHARIA NA FRANÇA

- As instituições francesas estão sacrificando uma liberdade pela outra? O princípio da igualdade entre homens e mulheres está sendo sacrificado em nome da liberdade religiosa (Islã) para que ela possa impor seus ditames sobre a sociedade francesa?


- Caso haja alguém que ainda não percebeu que o código de vestimenta islâmico é o cavalo de Troia da jihad islâmica, vai aprender rapidinho.

- Já faz anos que os "big brothers" têm obrigado suas mães e irmãs a usarem véus ao saírem de casa. Agora que esta fase está concluída, eles começaram a importunar as mulheres não muçulmanas que usam shortinhos e saias − já não somente nos sensitivos enclaves muçulmanos, as tais "zonas proibidas" dos bairros mais afastados, onde as mulheres já não se atrevem a usar saias − mas agora também no coração das grandes cidades.

- Ao que tudo indica, muitas pessoas não sabem que no coração de Paris, um muçulmano pode insultar uma mulher por ela beber um refrigerante na rua e que ele é atendido primeiro nas lojas, antes das mulheres.

- Muitos evidentemente ainda não sabem que o Islã é uma religião e um movimento político em guerra com o Ocidente − com a flagrante intenção de subjugar o Ocidente. O que deve ser respondido à altura. O problema é que toda vez que é respondido à altura, os extremistas muçulmanos se apressam em se proteger sob a égide da liberdade religiosa.

O Conselho de Estado, o tribunal de última instância da França, decidiu que, para que haja liberdade de religião, o burquíni não pode ser proibido. A princípio a decisão parecia fazer sentido: por que as pessoas deveriam ser proibidas de usarem o que bem entendessem e quando o assim desejassem? Entretanto, o que não salta aos olhos agora é que o mal virá depois.

Caso haja alguém que ainda não percebeu que o código de vestimenta islâmico é o cavalo de Troia da jihad islâmica, vai aprender rapidinho.

Exemplos de alguns incidentes recentes:

7 de setembro. Guingamp, Bretanha, uma menina de 17 anos usando shortinho foi espancada por um homem que considerava a sua roupa "provocante demais". A despeito do agressor ter fugido, a polícia não tem a menor ideia de quem ele é ou qual seu background, isto já é um presságio do que está por vir.

7 de setembro. Em Toulon, sul da França, duas famílias estavam em uma ciclovia quando foram insultadas por uma gangue de 10 "jovens" (a imprensa francesa usa a palavra "jeunes" (jovens) como eufemismo para não usar as palavras árabes ou muçulmanos). De acordo com o promotor público local, os "jovens" gritaram "putas!" e "peladas" em direção das mulheres. Quando seus maridos se manifestaram, os "jovens" foram para cima deles e começou a confusão. Um dos maridos ficou inconsciente e com múltiplas fraturas faciais.

A princípio foi registrado que o que motivou o ataque foram os shortinhos que as mulheres estavam usando, mas na realidade as mulheres não estavam de shortinhos e sim de leggings.

19 de julho. Em um resort em Garde-Colombe (nos Alpes), um marroquino esfaqueou uma mulher e suas três filhas, ao que tudo indica, porque elas estavam usando roupas chamativas. Uma das meninas ficou gravemente ferida. Mohamed, o agressor, diz que a "vítima" é ele, porque segundo ele, o marido da mulher esfaqueada coçou a virilha na frente da sua esposa. Segundo o procurador, "o marido da vítima não lembra ter feito tal gesto."

7 de julho. Em um acampamento de lazer e entretenimento em Reims no leste da França, circulou um aviso pedindo aos pais para que evitassem que suas filhas usassem saias devido à conduta imprópria de meninos com idades entre 10 e 12 anos. Uma das mães publicou o aviso no Twitter e fez o seguinte comentário no Facebook: "obviamente não passou pela cabeça deles que não são as meninas pequenas que devem adaptar seus vestidos por causa dos importunadores maiores e sim que esses importunadores maiores devam ser educados? "

No início de junho Maude Vallet de 18 anos foi ameaçada e levou uma cuspida de um grupo de meninas em um ônibus em Toulon porque ela estava usando um shortinho. Ela postou uma foto de si mesma no Facebook com os seguintes dizeres: "olá, eu sou uma puta". A postagem foi compartilhada por mais de 80.000 pessoas. As agressoras eram meninas muçulmanas, mas Maude, de acordo com os "politicamente corretos" que acreditam que "intavcoi" (isso nada tem a ver com o Islã), não quiseram revelar sua origem étnica.

22 de abril. Nadia, uma menina de 16 anos de idade usando saia, foi brutalmente espancadaem Gennevilliers, um bairro mais afastado de Paris, por três meninas que, ao que tudo indica, eram muçulmanas.
Captura de vídeo da nova polícia da sharia na França. Esquerda: em Toulon, Maude Vallet de 18 anos foi ameaçada e levou uma cuspida de um grupo de meninas muçulmanas em um ônibus em Toulon porque ela estava usando um shortinho. Ela postou uma foto de si mesma no Facebook com os seguintes dizeres: "olá, eu sou uma puta". Direita: em um resort em Garde-Colombe, um marroquino esfaqueou uma mulher e suas três filhas em 19 de julho, ao que tudo indica, porque elas estavam usando roupas chamativas.

Casos como esses foram divulgados de forma estrondosa em todos os tipos de mídia, tanto oficiais quanto sociais. Ironicamente, nenhum desses incidentes chamou a atenção internacional e a indignação como o incidente do burquíni em Nice: uma mulher, aparentemente muçulmana, estava sozinha deitada na areia da praia sem nenhuma toalha, nenhum livro, sem guarda-sol, sem óculos, sem marido (nem irmão nem pai) para "protegê-la" do sol escaldante do meio-dia, perto de um posto policial − e um fotógrafo estava por perto, de prontidão, para tirar fotos dela rodeada por quatro policiais. Quem os alertou? A mulher foi multada e provavelmente instruída a tirar algumas das roupas na praia. Fotos do incidente foram publicadas em primeira mão em 23 de agosto pelo jornal Daily Mail e em poucos minutos viralizaram nas redes sociais, provocando indignação internacional contra esses franceses aparentemente racistas, que discriminam mulheres árabes inocentes. Uma semana depois, no entanto, o Daily Mail aventou a possibilidade de o incidente poder muito bem ter sido "encenado" e as "fotos poderem ter sido EDITADAS".

De modo que a verdadeira questão é: será que os islamistas na França estão agora usando fotos e vídeos, da mesma maneira que os palestinos o fazem contra Israel, ou seja, filmar e divulgar situações fraudulentas e encenações com o objetivo de provocar indignação global em relação às pressupostas pobres e coitadas "vítimas" muçulmanas - principalmente as mulheres que são supostamente "discriminadas" na França?

Se fraudes e montagens para fins de propaganda forem permitidas de continuar, os fraudadores vencerão uma grande guerra.

"Na guerra que o islamismo está protagonizando com determinação contra a civilização, as mulheres estão se tornando um problema real," enfatizou Berenice Levet, autora e professora de filosofia na École Polytechnique para o diário Le Figaro.


"Em vez de gerar números que dizem ao mesmo tempo tudo e nada, eu quero que seja reconhecido de uma vez por todas que se hoje os papéis dos gêneros estão sendo forçados a regredir na França, se a dominação e o patriarcado estão se espalhando em nosso país, estes fatos estão relacionados exclusivamente à importação de valores muçulmanos."

Ironicamente, naquele momento, Laurence Rossignol, Ministra da Família, Juventude e Direitos das Mulheres da França, decidiu gastar dinheiro público em uma campanha publicitária contra o "sexismo corriqueiro" − o suposto sexismo de todos os franceses contra mulheres, suposta e eternamente vitimizadas. Mas não houve nenhuma palavra na campanha sobre a possível vitimização ou sobre o resultado em potencial da crescente proliferação das burcas, véus e burquínis com respeito às mulheres muçulmanas.

Ao comentar a campanha publicitária, Berenice Levet ressaltou:


"Laurence Rossignol deveria ler o livro de Géraldine Smith,Rue Jean-Pierre Timbaud. Une vie de famille entre barbus et bobos ("Rua Jean-Pierre Timbaud: A vida de uma família entre homens barbados (islamistas) e boêmios"). Ela ficará sabendo − entre outras coisas − que em algumas lojas e padarias, os homens são atendidos e servidos primeiro, antes das mulheres."

No livro, também ficaremos sabendo que no coração de Paris, um muçulmano pode insultar uma mulher por ela beber um refrigerante na rua. Mas para muitos, incluindo Rossignol, parece que o único inimigo é o francês branco.

Duas questões preocupantes estão em jogo:
A polícia da sharia está emergindo na França?
As instituições francesas estão sacrificando uma liberdade pela outra? O princípio da igualdade entre homens e mulheres está sendo sacrificado em nome da liberdade religiosa (Islã) para que ela possa impor seus ditames sobre a sociedade francesa?
Polícia da Sharia

Na França, brigadas islamistas não organizadas patrulham as ruas (assim como na Alemanhae Grã-Bretanha) para combater o consumo de bebidas alcoólicas ou para espancar mulheres por conta das roupas que elas estão usando. No entanto, gangues de "jovens", homens e mulheres, estão, na prática, mais uma vez fazendo exatamente isso e de modo crescente. Já faz anos que os "big brothers" têm obrigado suas mães e irmãs a usarem véus ao saírem de casa. Agora que esta fase está concluída, eles começaram a importunar as mulheres não muçulmanas que usam shortinhos e saias − já não somente nos sensitivos enclaves muçulmanos, as tais "zonas proibidas" dos bairros mais afastados, onde as mulheres já não se atrevem a usar saias − mas agora também no coração das grandes cidades.

Cada vez mais, o que se poderia chamar de "Polícia da Virtude Islâmica", tenta impor essas normas através da violência. Conforme acentuou Celine Pina, ex-conselheira regional da Île-de-France, no Le Figaro:

"Segundo o último registro de um ataque (contra famílias em Toulon), com apupos de "putas" e "peladas", os jovens (do sexo masculino) se comportaram como uma verdadeira "polícia da virtude" que achávamos impossível ser encontrada aqui em nossa região...

"Impossível ser mais claro do que isso: é uma ordem de compostura como norma social e autocensura como norma comportamental... ela ilustra a rejeição do corpo feminino, visto como inerentemente impuro e sujo...

"A questão do burquíni, a proliferação dos véus que cobrem o corpo por inteiro, os ataques contra mulheres que usam shortinhos e o espancamento de suas companhias, fazem parte da mesma lógica. Fazer do corpo da mulher uma questão social e política, marca e prova do progresso de uma ideologia dentro da sociedade."

Laurent Bouvet, professor de ciência política, salientou em sua página no Facebook que após os homens serem espancados em Toulon, as assim chamadas organizações de direitos humanos − teoricamente "profissionais" do "antirracismo" − permaneceram em silêncio durante a troca de mensagens.

O procurador da #Toulon assinalou: "a confusão foi provocada por um código de vestimenta feminino. Aquelas mulheres não usavam shortinhos... É inegável que há sexismo. Onde estão os profissionais da indignação pública?"

Laurence Rossignol, ministra dos direitos da mulher, também permaneceu em silêncio. De modo que acaba de surgir uma nova norma na França: quanto mais os políticos e as instituições se esquivam em criticar as normas islamistas, mais violentas se tornam as discussões nas redes sociais.
Igualdade entre Homens e Mulheres ou a Liberdade de Religião (Islâmica)?

O silêncio dos políticos e das organizações de direitos humanos, quando mulheres não muçulmanas são violentamente agredidas porque usam shortinhos que não são compatíveis com a sharia − contrastando com a sua indignação ensurdecedora contra a polícia pela emissão de uma multa a uma muçulmana usando um burquíni − sinalizam um passo político e institucional extremamente importante: um princípio fundamental e constitucional, a igualdade entre homens e mulheres, está sendo sacrificada em nome da liberdade de religião, permitindo desse modo que uma religião (Islã) imponha seus ditames ao restante da sociedade.

Ao estudar o caso do burquíni em Nice, Blandine Kriegel, filósofa e ex-presidente da Haut Conseil à l'intégration (Alto Conselho de Integração) publicou uma análise na qual ela constata que, antes de mais nada, no caso do burquíni, nem o secularismo nem a liberdade individual corriam perigo. Mas "houve uma flagrante capitulação com respeito ao princípio da igualdade entre homens e mulheres":

Em sua portaria digna de nota, o Conselho de Estado menciona a jurisprudência de 1909 sobre o uso da batina e não dá a devida atenção às leis mais recentes votadas pelo povo soberano, que proíbe o véu na escola (2004) e a burca em lugares públicos (2010).

O Conselho de Estado também não se sentiu encorajado pelo compromisso constitucional em relação às mulheres: "a lei garante às mulheres, em todos os campos, o mesmo direito que aos homens."

No caso do burquíni, nem o secularismo nem a liberdade individual estão em jogo e sim, fundamental e flagrantemente, o princípio da igualdade entre homens e mulheres. O termo "burquíni" abarca intencionalmente a palavra "burca", este termo não expressa o desejo de ir nadar na praia (nada proíbe isso), ou a asseveração de uma liberdade religiosa (nenhum prefeito jamais proibiu a prática da religião muçulmana), a palavra burquíni expressa somente o ponto nevrálgico da desigualdade das mulheres.

Ao contrário de seus maridos, que tem a liberdade de expor sua nudez, algumas mulheres tem por obrigação estarem cobertas da cabeça aos pés. Não apenas porque elas são impuras, mas principalmente por causa do status jurídico que lhes foi conferido: elas estão subordinadas ao direito privado do marido, do pai ou da comunidade.

A República não pode aceitar algo que se contrapõe às suas leis e valores. Desigualdade das mulheres não pode ser defendida sob o pressuposto da liberdade religiosa, da liberdade de consciência. Esse problema foi abordado há três séculos por nossos filósofos europeus, fundadores da República. Para aqueles que legitimavam a opressão, escravidão e desigualdade tratava-se apenas de uma expressão do livre arbítrio, explicou o filósofo francês Jean-Jacques Rousseau, inspirando a nossa Declaração de 1789 (dos Direitos Humanos e do Cidadão] e que a liberdade e a igualdade são bens inalienáveis.

O governo socialista e os juízes administrativos da França aparentemente constataram ser politicamente útil fazer concessões aos islamistas. Talvez eles inicialmente tenham concordado com o uso do burquíni não só porque eles acreditavam que cada um deva ter a liberdade de usar o que bem entender, mas também na vã esperança de acalmar a incessante pressão que cada vez mais parece ser uma jihad cultural. Pode até ser que nem lhes tenha ocorrido que eles estavam potencialmente sacrificando o princípio da igualdade das mulheres.

Muitos evidentemente ainda não sabem que o Islã é uma religião e um movimento político em guerra com o Ocidente − com a flagrante intenção de subjugar o Ocidente. O que deve ser respondido à altura. O problema é que toda vez que é respondido à altura, os extremistas muçulmanos se apressam em se proteger sob a égide da liberdade religiosa.

Já está mais do que na hora dos políticos franceses e europeus imporem um limite entre onde termina o direito de uma pessoa professar seu culto como bem entender e onde começa o direito à liberdade e à segurança da sociedade. E está na hora de proscrever, não necessariamente o burquíni, mas o verdadeiro problema da supremacia agressiva.

A raiz do problema é o incitamento à violência. É crucial que as sociedades ocidentais comecem a fazer uma distinção entre liberdade de expressão e incitamento à violência e, começarem a penalizar com rigor ataques contra inocentes, bem como o chamamento para atacar inocentes.
Por: Yves Mamou, radicado na França, trabalhou por duas décadas como jornalista para o Le Monde. 30 de Outubro de 2016
Original em inglês: France's New Sharia Police
Tradução: Joseph Skilnik Do site: https://pt.gatestoneinstitute.org

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

CINCO FATOS SOBRE A SUÉCIA QUE OS SOCIAL-DEMOCRATAS NAO GOSTAM DE COMENTAR

Nota do Editor

Este Instituto praticamente já esgotou seus assuntos sobre a Suécia (ver aqui, aqui, aqui, aqui, aquie aqui). Portanto, nada melhor do que compilar tudo o que foi dito em cinco itens sucintos e diretos.
_____________________

Quando o assunto é política econômica, a Suécia se destaca.

De um lado, esquerdistas de todo o mundo citam o país nórdico como um exemplo de que um estado grande e assistencialista funciona. E dado que várias fontes de dados (como o enorme banco de dados do FMI) mostram que a Suécia é relativamente próspera ao mesmo tempo em que possui uma pesada carga tributária, o argumento parece ser plausível.

De outro, liberais, embora críticos ao atual estado de bem-estar sueco, dizem que o país primeiro enriqueceu por meio do livre mercado, e depois, só depois, adotou um estado de bem-estar social abrangente. E, após ter adotado este modelo, seu crescimento econômico estancou.

Esse ponto está em conflito direto com a visão da esquerda, que frequentemente chega a afirmar que a Suécia é rica por causa de seu estado assistencialista, e não apesar dele.

Tal afirmação não só é um atentado à lógica econômica (a qual não combina com sentimentalismos), como também, para piorar, nunca foi comprovada via fatos e evidências.

A seguir, cinco fatos a serem apresentados sobre a Suécia.

1. A Suécia enriqueceu quando seu governo era pequeno.

Sim, até 1960, o tamanho do governo sueco — mensurado pelo volume de seus gastos em relação ao PIB — era menor até que o do governo da Suíça.

Veja este quadro que mostra a evolução dos gastos do governo elaborado pela revista The Economist. Toda a explosão dos gastos do governo sueco (Sweden) aconteceu entre as décadas de 1960 e 1980. A social-democracia é uma consolidação da década de 1970.



No século entre 1850 e 1950, a população dobrou e a renda real dos suecos decuplicou. A mortalidade infantil caiu de 15% para 2%, e a expectativa de vida aumentou extraordinários 28 anos. Em 1950 a Suécia já era a quarta nação mais rica do mundo, não obstante a não-existência de um estado assistencialista ou de qualquer grande controle estatal sobre os setores da economia. 

Como em qualquer outro país, o impressionante estoque de capital da Suécia foi construído por empreendedores operando em um sistema de livre mercado.

(Tudo isso foi relatado em detalhes neste livro bem como neste excelente tratado).

2. Na Suécia, a tributação das empresas é das menores do mundo. E a tributação indireta sobre os pobres é alta.

Ao contrário do que grande parte da esquerda acredita, o estado de bem-estar social sueco é custeado de uma forma relativamente brutal: jogando o fardo majoritariamente sobre os pobres e sobre a classe média.

Os suecos sabem que é impossível financiar um governo generoso tomando dos ricos e das empresas — há muito poucos deles, e a economia depende deles enormemente. Consequentemente, o governo da Suécia aufere grande parte de suas receitas por meio dos altamente regressivos impostos sobre valor agregado (o ICMS deles), a uma alíquota de 25% que incide sobre cada bem ou serviço vendido — o único imposto que ricos e pobres pagam exatamente o mesmo valor em coroas suecas.

Por outro lado, a alíquota máxima do imposto de renda de pessoa jurídica é de apenas 22% na Suécia (nos EUA é de 35%; no Brasil chega a 34%).

Mais: ao mesmo tempo em que o imposto sobre a renda decresceu, o imposto sobre o consumo aumentou na Suécia.



A linha vermelha mostra a evolução dos impostos indiretos (VAT e previdência social); a linha verde mostra a evolução dos outros impostos (diretos); a linha azul são os impostos totais. Fonte: base de dados tributária da OCDE e cálculos próprios.

Os ricos da Suécia usufruem várias vantagens econômicas não oferecidas a seus compatriotas das classes mais baixas. A Suécia sempre concedeu deduções fiscais bastante generosas para custos de capital. As empresas suecas podem deduzir 50% de seus lucros para reinvesti-los no futuro, o que os torna uma reserva isenta de impostos.

As regulamentações trabalhistas são modeladas para beneficiar as grandes empresas (não há a imposição de salário mínimo, por exemplo).

3. A Suécia contrabalança seu estado assistencialista implantando políticas extremamente pró-mercado em outras áreas da economia.

O ambiente empreendedorial da Suécia é extremamente desregulamentado e o país é um dos mais abertos do mundo para o livre comércio. Você demora no máximo 6 dias para abrir um negócio e as tarifas de importação estão na casa de 1,3%, na média.

A dívida pública é baixa, o que significa que o governo não estoura o orçamento.

O país adota um sistema nacional de vouchers escolares

Não há salário mínimo estipulado pelo governo.


Como já dito, as alíquotas de imposto de renda para pessoa jurídica são das mais baixas do mundo.

O país está implantando um programa de privatização no sistema de saúde, no sistema previdenciário, e na educação.



Como consequência, quando desconsideramos os gastos do governo e se analisamos fatores como livre comércio, desregulamentação, política monetária e direitos de propriedade, a Suécia é o oitavo país mais liberal do mundo segundo Fraser Institute.


4. Após a adoção do estado assistencialista na década de 1970, a taxa de crescimento caiu. E muito.

Como dito, primeiro a Suécia enriqueceu e acumulou muito capital (e tal tarefa foi auxiliada por uma continuamente austera política monetária, que fez com que a Suécia jamais conhecesse um período prolongado de alta inflação de preços). Depois, só depois de ter enriquecido, é que o país começou a implantar seu sistema de bem-estar social no final da década de 1960.

No entanto, o consumo deste capital acumulado está erodindo a riqueza da Suécia.

O gráfico abaixo mostra as taxas de crescimento da Suécia e da Dinamarca em dois períodos: de 1920 a 1965 (antes da adoção do estado de bem-estar; barra azul) e de 1966 a 2010 (após a adoção do estado de bem-estar; barra vermelha).



Para que uma economia que faz uso maciço de políticas assistencialistas continue crescendo, sua produtividade tem de ser muito alta. E para a produtividade ser alta, seu capital acumulado já tem de ser muito alto. Apenas um alto grau de capital acumulado pode permitir uma alta produtividade. Ou seja, o país tem de já ser muito rico para adotar uma social-democracia duradoura. (Por isso, a social-democracia no Brasil ainda é impossível.)

Apenas um país que já enriqueceu, que já acumulou o capital necessário, e que já alcançou a produtividade suficiente pode se dar ao luxo de adotar abrangentes políticas assistencialistas.

Mas, ainda assim, tais políticas cobram um preço. Por mais alta que seja sua produtividade, não dá para continuar crescendo como antes. Mas, é tudo uma opção dos eleitores.

5. Há uma comparação que complica a situação da Suécia.

Americanos de ascendência sueca são 39% mais produtivos, em termos per capita, do que os suecos que permaneceram na Suécia (para os finlandeses em mesma situação, este valor chega a 47%; para os dinamarqueses, 37%). Mais: entre os americanos de origem sueca, a taxa de pobreza é menor do que a taxa de pobreza de seus conterrâneos na Suécia.

Em termos mais abrangentes, renda dos escandinavos que vivem nos EUA é de cerca de 20% acima da média americana, e a taxa de pobreza, cerca de metade da média americana.

Aparentemente, pode-se tirar os escandinavos da Escandinávia, mas não a Escandinávia dos escandinavos. Há um legado cultural que explica parte desse sucesso: uma cultura de confiança social, de relativa ausência de corrupção, e uma ética de trabalho luterana.



A Suécia em um único gráfico

Por fim, um gráfico que praticamente resume tudo. Ele está no trabalho acadêmico do professor Olle Krantz intitulado "Economic Growth and Economic Policy in Sweden in the 20th Century: A Comparative Perspective".

O gráfico mostra a evolução do PIB per capita da Suécia em relação à média dos países europeus no período de 1870 a 2000. Perceba a brusca reversão a partir de 1950 e a acentuada queda a partir de 1970.

Difícil constatação mais explícita do que essa sobre os efeitos do estado de bem-estar sobre o enriquecimento de um país.

Vale notar também que a economia sueca chegou ao ápice em relação às suas vizinhas européias no auge da Segunda Guerra Mundial. A Suécia, sempre é bom lembrar, não participou da guerra. Nenhuma lição aqui, apenas notar que talvez não seja uma boa ideia ter suas indústrias bombardeadas.

Conclusão

A principal lição, que já deve estar abundantemente clara, é que um estado d bem-estar social é uma receita garantida para o declínio. Sim, se o país adotá-lo quando já estiver rico, ele pode durar bastante tempo; mas ainda assim cobrará um preço claro em termos de crescimento econômico e renda per capita.

O que talvez explique por que os estrategistas políticos e econômicos da Suécia passaram os últimos 25 anos tentando reverter e abolir algumas de suas políticas sociais.

Por: Daniel Mitchell Do site:http://www.mises.org.br/