segunda-feira, 20 de julho de 2015

O FIM DE LULA, POR ELE PRÓPRIO

Lula foi construído por todo um conjunto de seres humanos mais narcisistas ainda


Lula está em pânico e em depressão.

Ele já foi tratado por depressão quando perdeu pela terceira vez a presidência, mas agora vai ser pior.

Finalmente percebeu que no fundo ele foi usado todo este tempo por pessoas que o assediavam, e agora está sendo abandonado pelos mesmos que o usaram.

Nunca teve o preparo e condições objetivas de ser presidente de uma empresa, muito menos de uma nação, verdade seja dita.

Lula foi conduzido à líder do movimento socialista deste país por vários grupos distintos.

Pelos militares, em especial o estrategista General Golbery que analisou corretamente que a ditadura acabou fortalecendo o movimento marxista e não o contrário como queriam.

Temendo um crescimento de partidos comunistas controlados por intelectuais gramscistas e marxistas, Golbery viu em Lula, um sindicalista, a possibilidade de um partido de esquerda pró-grande empresa, pró-capitalismo de capital pulverizado e antimercados cativos e monopolistas como do comunismo.

Pelos intelectuais da USP que perceberam que o povo brasileiro jamais aceitaria um intelectual marxista como Presidente da República, tipo Lenin, e viram em Lula um fantoche controlável.

Marilena Chauí, Paul e André Singer, José Dirceu, Bresser Pereira, Ruth Cardoso, Marta Suplicy, Eduardo Suplicy, viram no Lula alguém que poderiam colocar na frente da batalha, mas suficientemente inculto para depender deles para governar, o que de fato ocorreu.

Nenhum administrador, contador, orçamentista, controlador de custos, projetista foi chamado para governar o país, a ideia era se locupletar nos cargos públicos que criaram para si.

Pelos intelectuais, empresários e funcionários públicos mais medíocres da sociedade, que viram no PT uma forma de ascensão social que jamais teriam fora de uma sociedade estatizada.

Neste aspecto, Lula insuflado por jornalistas como Mino Carta e publicitários como Duda Mendonça, empresários como Antoninho Trevisan, acabou acreditando num falso futuro grandioso e criou um círculo de assessores mais inteligentes, mas no mucho, do que ele.

Nisto Lula teve seu mérito. FHC fazia questão de escolher assessores menos inteligentes do que ele, para reinar sozinho.

Sem nenhuma educação formal, não foi capaz de perceber que seus assessores eram medíocres, embora mais capazes do que ele, mas mesmo assim medíocres.

Henrique Meirelles foi a grande exceção, que prova a regra, pois foi o único que fez algo construtivo no governo Lula.

Lula nunca percebeu que o PT atrai pessoas medíocres, os losers, pessoas sem a menor competência executora e administrativa, e que tinham uma agenda oculta de benefício próprio e não idealista.

“Eu fui usado, petista só quer cargo público. A gente só pensa em cargo, só pensa em emprego, só pensa em ser eleito, ninguém trabalha mais de graça.”, disse Lula agora numa palestra.

Culpá-lo por tudo isto é injusto.

Culpar seu narcisismo e sua megalomania é desconsiderar como ele foi enganado, criado, forjado a ser esta figura humana patética em que ele se tornou.

Bebe copiosamente, não à toa. A vida dele, nunca foi sua. 

Foi construído por todo um conjunto de seres humanos mais narcisistas ainda, mais medíocres ainda, mais patéticos ainda, e que continuam no poder, nas agências publicitárias, nas editorias dos jornais, nas cátedras da USP, nas repartições públicas, na blogosfera.

E é bom lembrar, eles estarão rapidamente forjando outro Lula, uma Luciana Genro ou um Lindberg, para serem usados da mesma forma no futuro, não por idealismo, mas por interesse próprio da classe dominante deste país.

A classe dominante dos medíocres que escrevem bem.

Por: Stephen Kanitz Do site: http://blog.kanitz.com.br

Extraído de Administração Responsável das Nações.

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