quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

MUDANÇAS DE POSIÇÕES NO EQUILÍBRIO ENERGÉTICO MUNDIAL

Grandes mudanças já estão a caminho no setor global de energia. Algumas dessas mudanças são contrárias às expectativas anteriores. O que nós percebemos agora, novamente, é que o capitalismo funciona. O capitalismo sempre resolveu nossos problemas básicos. Mesmo agora ele está resolvendo nosso problema energético.


Quatro anos atrás a Rússia era a potência crescente da produção de energia global. No livro de 2008 sobre a Rússia, intitulado Petrostate: Putin, Power and the New Russia, Marshall I. Goodman explica que “a Rússia [...] encontra-se em uma nova posição assertiva, e até mesmo dominante, no cenário internacional. Sua emersão como uma nova superpotência energética acontece simultaneamente ao enfraquecimento dos Estados Unidos que desperdiçou nossos [...] recursos no Iraque”. Mas o setor energético russo sempre foi um gigante manipulado pelo estado com seus próprios problemas.

Alguns na Rússia estão preocupados com o declínio da produção russa e com o aumento da produção energética norte americana, que também cresce em eficiência. Em uma matéria no dia 21 de novembro do Moscow Times, intitulada “What the U.S. Oil Revolution Means for Russia” (NT: O que a revolução petrolífera dos EUA significa para a Rússia, tradução livre), Chris Weafer escreveu: “O crescimento esperado nos estoques americanos de petróleo e gás é a mais séria preocupação para a Rússia e outros líderes de exportação”. De acordo com Weafer, a demanda americana de petróleo importado está para cair, além de ser esperada uma queda de 10 milhões de barris por dia até o fim do próximo ano. Ele também faz referência a um relatório da Agência Internacional de Energia, o World Energy Outlook 2012 (NT: Perspectiva Energética Mundial para 2012, tradução livre).

Em uma recapitulação do relatório no site da Agência Internacional de Energia, podemos ler: “O mapa energético global está mudando dramaticamente...”. De acordo com a diretora executiva da AIE, Maria van der Hoeven, “A América do Norte encabeça uma vasta transformação na produção de petróleo e gás que afetará todas as regiões do mundo...” O relatório World Energy Outlook “constata que o extraordinário crescimento na produção de petróleo e gás nos Estados Unidos significará uma gigantesca mudança nos fluxos de energia global”.

Ainda de acordo com o relatório da AIE, os Estados Unidos tornar-se-ão “quase autossuficientes energeticamente” em 2020 de modo que passarão a ser um fluente exportador de gás natural. Ainda mais surpreendente, diz-se que a América do Norte irá emergir como um fluente exportador de petróleo, “acelerando uma mudança na direção do comércio internacional de petróleo, dado que quase 90% das exportações de petróleo do Oriente Médio estarão direcionadas para a Ásia em 2035.”

Uma dúvida pode ser levantada: essas projeções são parte de alguma fantasia bizarra? Damian Carrington do britânico Guardian recentemente disse que o relatório da AIE é um lembrete de que “a ideia de que estamos no auge do petróleo virou cinzas”. Em uma manchete do Financial Times, diz-se que “EUA será o maior produtor mundial de energia”. Em uma matéria do dia 13 novembro para a Forbes, Mark P. Mills escreveu que “A Agência Internacional de Energia entra em harmonia com os produtores americanos de petróleo” começando com o seguinte comentário: “Recebemos de braços aberto a AIE na comunidade dos experts ao perceber que o mundo energético mudou. Leva algum tempo para os analistas e especialistas entrarem em consonância com os produtores.”

Enquanto o boom do gás natural atraiu muita atenção no ano passado, o boom petrolífero “tem agora a atenção de todos” comentou Mills. “O prognóstico da AIE sobre os EUA tornarem-se os maiores produtores de petróleo antes de 2020 tem enormes implicações econômicas e geopolíticas para todos”. E de fato tem.

Certamente o grande papai governista poderia colocar um fim no glorioso futuro energético da América. Burocratas que temem “mudanças climáticas globais” podem facilmente evocar regras e regulamentos que podem matar nossas melhores esperanças econômicas dos próximos anos. Deveríamos lembrar que os milagres criativos do capitalismo dependem da liberdade econômica, e esta está seriamente ameaçada nos dias de hoje. Lembro do ácido vídeo “If I wanted America to Fail”. Os leitores deveriam visitar o siteFreeMarketAmerica.org e ver outros vídeos educacionais sobre o ataque à liberdade econômica e o “milagre do livre mercado”. POR JEFFREY NYQUIST Publicado no Financial Sense.

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