sábado, 22 de abril de 2017

NOSSOS INTELECTUAIS QUE NADA PRODUZEM

Todo país precisa de pessoas pensantes de várias disciplinas para, juntas, encontrarem soluções para os nossos problemas.

Os Estados Unidos devem muito a seus “think tanks“, como Brookings Institute, NBER, Russell Sage Foundation, muitos criados em 1910 e que contribuíram para o desenvolvimento do país.

Leiam The Idea Brokers, de James A. Smith.

Talvez seja por isso que o Brasil está à deriva, sem rumo e sem projeto.

Pesquisem os sites de nossas principais universidades e procurem as “soluções para a corrupção

ou “soluções para os juros altos”

ou “soluções para a questão da Previdência”

ou “soluções para fazer o Brasil crescer”.

Quando muito encontraremos “papers” de um professor ou outro, raramente uma solução multidisciplinar.

Nem temos um termo como “think tank” em português.

Não se encontram soluções onde não se ouvem profissionais de direito, contabilidade, administração, demografia, medicina, atuária.

Só para citar as áreas que deveriam se reunir para uma Reforma da Previdência, por exemplo.

Nenhum atuário foi sequer entrevistado ou convidado na GloboNews.

Somente ouvimos as mentiras de intelectuais de Esquerda, economistas dizendo que não há deficit, cientistas políticos afirmando que o problema são as empresas devedoras.

Nossa imprensa de esquerda nem sabe entrevistar uma equipe, somente intelectuais trabalhando sozinhos.

Entre nos sites da USP e seu Instituto de Estudos “Avançados” ou nas Universidades Federais, e veja se estamos recebendo sugestões em troca dos bilhões que gastamos em “pesquisa”.

O Plano Real não foi criado numa Universidade com o concurso de psicólogos, contadores de custos, administradores, advogados, publicitários, como deveria ter ocorrido.

O Plano Collor, o mais dramático dos planos, foi elaborado às pressas por três economistas enfurnados num hotel.

O cerne do conceito de universidade é justamente congregar intelectuais num mesmo lugar ou “universo”, para que eles pesquisem e proponham soluções em conjunto.

Se fosse para todos ficarem enfurnados em suas faculdades ou departamentos, não necessitaríamos de universidades.

Quando eles assinam algo em conjunto, são sempre abaixo-assinados a favor do Lula ou artigos que não vão além da crítica.

Ou com platitudes como “precisamos aumentar os gastos com a educação”.

Nossos intelectuais de esquerda têm muita dificuldade para desenvolver trabalhos em grupo, sempre reina uma fogueira das vaidades só.

A grande maioria da esquerda é no fundo individualista, egocêntrica, vaidosa e persegue seus interesses pessoais de pesquisa.

Não é esse tipo de intelectual que o Brasil desesperadamente necessita.

Precisamos de intelectuais de Direita nas Universidades.

Que acreditem na cooperação, na pluralidade de ideias vindas de várias especialidades, não somente de economistas e sociólogos.

Um recente estudo da OCDE mostra que o Brasil é o país que mais gasta com universidades e não tem o retorno que deveria.

Essa flagrante omissão em especificar soluções multidisciplinares, em entrar nos detalhes, a tendência de ser simplesmente contra alguma coisa, não justifica o que gastamos, verdadeiras fortunas.

Se dependermos desses intelectuais de esquerda jamais sairemos desse marasmo.

Você que é Professor de Universidade de Direita, estamos cansados com sua omissão, sua falta de coragem de se manifestar, seu desprezo com os nossos problemas.

Se você é um professor de Direita, mas calado, mexa-se. Crie as propostas sensatas que precisamos.

Ou será que não há essa tal pluralidade de pensamento nas nossas Universidades?

Caso contrário vocês serão privatizados e depois demitidos.

E aí jamais teremos as pesquisas e soluções que precisamos porque o objetivo desses donos de Faculdades, como um Ricardo Galindo, é o lucro trimestral e realizar mais um IPO.

Portanto, mexam-se ou vocês serão mexidos. 
Por: Stephen kanitz. Do site: blog.kanitz.com.br

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