Não teremos crescimento nas exportações compatível com o crescimento da Ásia.
Se você estava pensando em prestar o vestibular em Relações Internacionais, leia este artigo.
Se você está pensando em trabalhar com Comércio Exterior, importar ou exportar produtos, leia também.
O centro geopolítico do mundo mudou.
O centro do mundo não será mais Londres e Inglaterra, o novo mapa mundi é este que ilustra o artigo.
O novo centro geopolítico serão a China e Ásia. China, inclusive, significa centro.
Agora notem a proximidade da China com a Índia, Japão, Coreia, Austrália, Rússia e Europa.
No círculo amarelo reside 50% da população do mundo. Isto mesmo.
A densidade populacional desta área é de 200 hab. por km quadrado. A do Brasil é de 17 hab.
Agora veja a distância entre o Brasil e 50% da população do mundo.
Hoje estamos longe, muito longe do mundo.
Estamos onde está a Nova Zelândia nos mapas de hoje. Você já foi para a Nova Zelândia? Estava nos seus planos ir para lá algum dia?
Alguém do Brasil faz comércio internacional com a Nova Zelândia?
Estes 50% do mundo está crescendo 7% ao ano per capita, e o Brasil está crescendo 1% ao ano per capita, ou menos.
Estaremos geograficamente muito longe de onde ocorrerá 80% do crescimento do mundo nos próximos 30 anos.
Nesta nova configuração geoeconômica, nossa indústria teria que ter a melhor qualidade total do mundo, porque trocar produtos defeituosos a 15.000 km de distância seria caríssimo e inviável.
Pense também no problema causado pela nossa política pública cultural que é contra falar inglês e mandarim.
Nossa política pública é ensinar francês e espanhol.
Enquanto o Brasil continuar a buscar intercâmbio tecnológico e científico com Uruguai, Paraguai, Venezuela e Argentina, ficaremos ainda mais isolados tecnologicamente, dependendo das pesquisas científicas internas feitas pela USP, Kroton, Uniban, Anhanguera e das Universidades do Mercosul.
Nos próximos anos:
Não teremos crescimento nas exportações compatível com o crescimento da Ásia.
Nosso avanço tecnológico e científico dependerá dos nossos cientistas e da Academia Brasileira de Ciência, que é muito menos atuante no Brasil do que a Academia Brasileira de Letras.
Nosso avanço em técnicas administrativas, gerenciais, controle e auditoria, cibernética, dependerá das pesquisas e financiamento da FAPESP, IPEA e Ministérios da Ciência e Tecnologia na área de Administração e gestão, que hoje é praticamente zero.
Nosso comércio com a China dependerá de avanços em Refrigeração, Logística, Rapidez de Transporte, Telecomunicação com a Ásia, e intercâmbio de estudantes, hoje quase que inexistentes.
Algo para se pensar.
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