segunda-feira, 23 de março de 2015

EXISTEM DOIS TIPOS DE GOVERNO



Segundo a ciência da administração existem dois tipos de governo.

E não é a dicotomia ensinada esquerda x direita, droit et la gauche, leftist and conservationist.

A dicotomia segundo a ciência da administração é outra:

A. Governos ditatoriais, como vocês incluem governos de direita e esquerda, monarquias e ditaduras, fascistas e socialistas.

B. Governos descentralizados, onde os habitantes são empoderados, países democráticos por excelência, e não só no papel.

Por que estes governos ditatoriais, mesmo de esquerda que prezam a liberdade, acabam optando por ditaduras como vemos em Cuba, Coreia do Norte, Venezuela, e de certa forma o Brasil?

E por que países descentralizados não se preocupam tanto com reeleição, e não se desesperam tanto quando a oposição entra no poder? 

Tudo tem a ver com o estado da Ciência da Administração nestes países.

Países que não possuem boas escolas de administração tendem a ser ditatoriais, ideológicos, e a lutar pela reeleição e perpetuação do poder.

São países onde se ouve a palavra “gestor”, mais do que administrador.

Administradores acreditam implantar sistemas administrativos que andam por si só.

Acreditamos em métodos, formas de organização que perduram, Built to Last, sem a nossa presença.

Nós não administramos o dia a dia, mas sim as exceções ou as falhas dos sistemas enquanto ocorrerem.

Nós delegamos poder, não concentramos poder.

Se a oposição tomar o controle da empresa, não ficamos desesperados. Porque os sistemas que implantamos, se funcionam, continuarão intactos.

A oposição não vai desmontar o que fizemos. Pelo contrário, vai nos consultar democraticamente com relação ao passado e até com relação ao futuro.

Por isto você não ouve sobre movimentos de guerrilha administrativa, frentes revolucionárias administrativas, partidos socialistas administrativos.

As ditaduras empresariais que existem são invariavelmente as de estatais e de empresas familiares, onde imperam o gestor e não o administrador.

Os países ditatoriais são normalmente atrasadíssimos com relação à ciência da administração. Lá impera a alquimia da “gestão”.

Eles têm gestores que dão ordens, gesticulam, apontam com o indicador o que tem de ser feito.

São durões como a Dilma, Serra, Castelo Branco e Getúlio Vargas.

Eles sabem que se não mandarem com pulso forte, as coisas desandam.

Acreditam na centralização porque acham que só assim haverá coerência e ações conjuntas.

Um ditador na concepção deles não é um ditador, mas a única forma de termos um governo organizado, onde todos falam a mesma língua, a do Ditador.

Onde todos trabalham no mesmo objetivo, do Ditador, e portanto de forma coordenada e não bagunçada.

A oposição ou troca de poder, para um Gestor, é um desastre.

Significa que o outro partido irá mandar em tudo, e tudo em que você acredita ou o partido acredita será desfeito.

O presidente do McDonald’s, da Apple ou da Samsung não tem pavor de ser substituído e tem certeza que mesmo se morrer nada irá mudar com o sistema por ele implantado. 

Administradores que acreditam em delegar poder, terceirizar funções, empoderar funcionários, orientar funcionários, e não dar ordens a empregados estão na contramão da História do Brasil. 

Queremos mandões, seja da direita militar ou da esquerda intervencionista. Ao invés de uma empresa livre e democrática, onde todos os stakeholders opinam e assumem as suas respectivas responsabilidades.

Até quando? Por: Stephen Kanitz  Do site: blotz.com.bg.kanir

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