sexta-feira, 6 de julho de 2012

MULHERES GANHAM 30% A MENOS DO QUE OS HOMENS?

Corre de tempos em tempos uma lenda urbana de que empresas, "corporações" e empresários deliberadamente discriminam mulheres e pagam 30% a menos pelo mesmo trabalho feito por uma mulher do que pagam para um homem. 

São pesquisas feitas por Universidades sérias, por sociólogos, antropólogos e economistas do trabalho. O que impressiona é como estas pesquisas são aceitas pela imprensa mundial, sem pestanejar. 

Por isto, insisto que todo jornalista faça um MBA para poder fazer as perguntas relevantes antes de sair publicando pesquisas por aí. 

Um MBA perguntaria de cara: Por que as empresas pagariam 42% a mais para contratar um homem quando uma mulher faria a mesma coisa, por um preço bem menor? 

Nem sabem calcular estes 42%. De onde veio, você sabe? Não continue se não souber. Matricule-se. 

E o que é mais impressionante, mais 42%, uma estatística muito mais forte jornalisticamente e mais chamativa do que menos 30%. 

Um salário de R$ 1.000 dividido por R$ 700 é igual 42% minha gente, muito mais chamativo do que R$ 700 dividido por R$ 1.000 - 1, que é 30%. 

Os defensores da causa feminista não são bons em números, e isto é preocupante. 

Voltando à questão. Por que empresários gananciosos, ávidos de lucros, imbuídos de espíritos animais segundo estas mesmas economistas, contratariam só homens pagando 42% a mais? 

Se existisse este tal espírito animal, administradores prefeririam ser rodeados somente de mulheres e não homens, evitando 42% de custos adicionais. 

Fico muito assustado quando vejo um Obama e um Congresso Brasileiro passarem leis baseadas em pesquisas como estas, que não tem nem pé nem cabeça. 

O que está de fato acontecendo? 

Vejamos a profissão de taxistas. 

Mesma profissão, mesmas ruas, mesmas horas de trabalho, e de fato mulheres ganham 15% a menos do que homens. 

Isto porque mulheres preferem não fazer o período noturno com a bandeira 2 suplementar, que varia de cidade em cidade. 

Engenheiras da Petrobras ganham menos do que seus companheiros porque elas preferem não trabalhar nas plataformas marítimas, onde se ganham várias vantagens extras, em troca de ficar longe da família. 

Mulheres tendem a evitar posições de risco. Homens solteiros são mais atirados e mais estressados, por sinal. 

Em contrapartida, mulheres vivem 9% mais do que os homens, o que por sinal aumenta o custo atuarial de se contratar uma mulher. 

Mulheres possuem várias vantagens trabalhistas devido à gravidez, meses onde ela recebe mas não trabalha. Isto aumenta o custo de se contratar uma mulher, custo que deveria ser dividido com o marido e não somente com a empresa, mas não o é. 

Uma mulher que tenha 3 a 4 filhos, pode custar 9% a mais do que um homem, por meses trabalhado. 

Do ponto de vista econômico, o consumidor não está disposto a pagar 9% a mais pelos produtos da empresa X, só porque as funcionárias decidiram ter mais filhos do que as funcionárias de uma empresa chinesa. 

Em 2007, a Academia de Administração Americana publicou uma pesquisa de uma economista do trabalho, Francine Blau, onde ajustando por anos de estudo, cargo, raça, indústria e ocupação, mulheres ganhavam 91% do que ganhavam os homens. Ou seja, 9% a menos e não 30%. 

Empresas americanas pagam sim 10% a mais para contratar um homem do que uma mulher, porque assim evitam pagar maiores custos atuariais, custos com gravidez, creches obrigatórias, e assim por diante. 

Portanto, acredito que o mercado ajusta o preço entre mulheres e homens, segundo estas diferenças de custos, e não por machismo corporativo. 

Eu sempre preferi contratar uma mulher mesmo com o mesmo salário, o que já é uma discriminação neste caso a favor. Subordinado macho é sempre uma encrenca a mais. 

Na realidade, os 9% de diferença de salários são custos adicionais impostos por leis feitas por pessoas que nunca trabalharam numa empresa na vida. 

Ou talvez, seja uma conspiração de jornalistas masculinos. 

Ao publicarem que mulheres ganham 30% a menos, elas aceitarão ganhar 20% a menos, como jornalistas, de bom grado. Assim, eles pagam menos e ficam rodeados de mulheres. 

Brilhante!     Por: Stephen kanitz

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