domingo, 26 de agosto de 2012

UM SÉCULO DE NELSON RODRIGUES


Não quero falar do voto de Ricardo Lewandowksi que absolve o petista João Paulo Cunha, nem das greves dos “servidores” públicos que assolam o país. Hoje é sexta-feira e de sol aqui no Rio. Falemos de algo melhor. Falemos de Nelson Rodrigues, que nessa quinta faria um século de vida.


Nada como a morte para tornar alguém querido por todos. É no mínimo curioso ver até gente da esquerda elogiando tanto nosso “reacionário” dramaturgo. Ah, se ele estivesse vivo... O fato é que Nelson jamais deu trégua para seus colegas da esquerda. Era paulada atrás de paulada, sempre com seu humor ácido. A canalha fala bem dele só porque agora ele não está mais aqui para detonar suas baboseiras “politicamente corretas”. Então façamos nós isso, resgatando algumas de suas célebres tiradas:


"Repito que o socialismo é todo um processo de desumanização."


"Daí o meu horror à medicina socializada. Vocês entendem? A socialização cria uma responsabilidade difusa, volatilizada, que não tem nome, nem cara, nem se individualiza nunca."


"O socialista que se diz anti-stalinista é, na melhor das hipóteses, um cínico. Os habitantes do mundo socialista, por maior que seja o seu malabarismo, acabarão sempre nos braços de Stalin. Admito que, por um prodígio de boa-fé obtusa, alguém se iluda. Não importa. Ainda esse é stalinista, sem o saber."


"Quem é a favor do mundo socialista, da Rússia, ou da China, ou de Cuba, é também a favor do Estado Assassino."

‎"Se me perguntarem qual a fatalidade de nossa época, responderia que são as esquerdas."
"O nosso homem de esquerda bate papo e só. Mas não sai do Leblon, não larga a praia e, à noite, vai para o Antonino's, gozar a sua boêmia ideológica."

"Há sujeitos, no Brasil, que não estão de quatro e urrando no bosque, porque há os Estados Unidos. Xingar essa pobre nação é uma maneira de ser inteligente sem ler, sem escrever, sem pensar."


Por fim, uma de minhas preferidas:



"Por que D. Hélder não vai rezar três Aves Marias e seus Padres Nossos para os seringueiros cegos, surdos e mudos? Ah, porque sem o ódio ao americano, nenhuma miséria é promocional, e não rende primeira página, nem manchete, nem entrevista, nem televisão.
Por: Rodrigo Constantino, para o Instituto Liberal

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