terça-feira, 18 de setembro de 2012

DE CIRCOS, FICÇÕES E REALIDADE


O CIRCO


Desde o início do julgamento do ‘mensalão’ denunciei-o como um espetáculo circense para, como na antiga Roma, desviar a atenção da população de seus reais problemas. Minha opinião não mudou com algumas vitórias dos gladiadores togados contra o outro time. Muito embora haja grandes diferenças entre o que sucedia na Roma das Sete Colinas com a nova Roma Planaltina. Na primeira, Cidade Eterna, berço de um dos maiores Impérios da Antiguidade e desde então Sé Católica, era a plebe que era enganada. Na atual, triste caricatura criada por um Presidente megalômano desatinado em conluio com um arquiteto comunista, cuja existência é absolutamente desnecessária, senão maléfica, são os letrados (sic) que assistem com mais atenção ao espetáculo, riem e aplaudem efusivamente o Gigante Núbio que quer abater todos os adversários, e apupam o Leão Polonês que luta com menos furor. Igualzinho aos antigos Romanos que se enfureciam quando o Imperador ou as Vestais levantavam os polegares, salvando os perdedores, pois queriam ver muito sangue. A plebe mesmo, além de enfrentar as mazelas do transporte público para ganhar minguados trocados que os togados faturam em alguns segundos do sua confortável “faina”, está interessada no Brasileirão – Flamengo cai ou não para a ‘segundona’? – na luta entre Carminha e Ritinha e o futuro do Tufão, do Max e do Jorginho ‘Batata’, e nos programas do Ratinho, do Huck e do Faustão.


A FICÇÃO 


Além deste circo começa a tomar corpo uma obra de ficção Hollywoodiana para aterrorizar a Humanidade como um todo, mas particularmente aos brasileiros: a invenção gerada pela ONU sem nenhuma evidência científica de uma futura falta d’água potável no mundo e a necessidade de proteger nosos ‘aquíferos’ dos “alienígenas”.


Há muitos anos, aficionado por ficção científica, assisti a um filme sobre um planeta nos confins do Universo onde a água estava acabando. Como eram povos altamente desenvolvidos possuíam avançada tecnologia interplanetária e mandaram naves gigantescas para procurar água em outros planetas. A Terra, obviamente foi um dos escolhidos. Naves enormes se postaram sobre o Atlântico e o Pacífico e sugavam toda água. Finalmente, os terráqueos conseguem ganhar a parada, comandados por aqueles heróis que sempre surgem.


Na falta de alienígenas de outros planetas, servem os do Norte deste aqui mesmo, despertando a obsessão antiamericana subjacente na mente da comunalha e infelizmente de nossos nacionalistas, militares e civis, como já expressei anteriormente. Pretende-se com esta desculpa impedir a decisão soberana do Paraguai de assinar convênio com os EUA permitindo a instalação de uma base no território paraguaio do Chaco.


Em 28 de agosto o Notícias Terra relatou: Analistas geopolíticos da América do Sul estão apreensivos com a situação do Paraguai, principalmente pela relação do país latino com os Estados Unidos. A intensificação de atividades rotuladas como "humanitárias" e de "cooperação" da embaixada americana em Assunção e a regularidade de visitas de militares ianques de alta patente ao país são dois dos principais motivos. Um professor (sic) argentino levantou a velha arenga nacionalisteira ao declarar que os EUA "têm interesse na manutenção de sua hegemonia na região, em detrimento de uma integração latino-americana e o estabelecimento da suposta base permitiria maior proximidade com os países sul-americanos e respostas imediatas na hipótese de confrontos, devido a sua localização geográfica estratégica.


A Embaixada Americana em Assunción revela que a pista foi concluída ainda no governo Stroessner e por paraguaios e nada tem a ver com apoio atual ao governo de Federico Franco. Que os EUA queiram vigiar de perto a Tríplice Fronteira, o narcotráfico e os grupos terroristas islâmicos que indubitavelmente atuam por lá, deveriam merecer agradecimentos dos três países, mas eis que surge a paranóia dos ‘aquíferos’, pois ali se encontra o Guarani. São invasores que pretendem roubar nossa água, como se dela precisassem: no Meio Oeste dos Estados Unidos situam-se a Grande Bacia Artesiana com 1.7 km2 e o aquífero Ogallala (452 mil m2) somando 2.152 km2 maiores do que a soma dos dois aquíferos brasileiros, o Guarani (1.2 km2) e do Alter do Chão (437 mil km2)=1.637 km2, sendo que o primeiro ainda é dividido com outros três países [i]! Além do que a própria Embaixada responde à pergunta que eu fiz: ao afirmar que os EUA não têm interesse no Aquífero, diz que não haveria meio possível de transportar tal quantidade de água. Os EUA não possuem naves gigantescas com tal capacidade!
A TRISTE REALIDADE DO PAÍS




Enquanto preocupam-se com as condenações de mensaleiros e acalentam uma guerra – suicida – contra os “invasores do norte”, a realidade é bem outra. A degeneração moral da agenda Fabiano-Marxista (no Brasil: tucano-petista) segue impávida. O País está infestado de vadias, vagabundas, gays e drogados de toda espécie só esperando que o projeto ONU-SOROS-FHC-GAVÍRIA de liberação das drogas seja aprovado. A “educação sexual” através do kit gay, iniciada nos anos FHC e aprofundada nos petistas é de uma criatividade destrutiva – se me permitem o paradoxo – imensa, como o terrívelEncontrando Bianca (Bianca é um travesti gay)[i]. Podem estar certos: a liberação da pedofilia virá a reboque através de um projeto, que já existe, de “direitos da criança à plena satisfação sexual”. Falta pouco para ser introduzido do já nefasto ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Num país de dinheiristas só se pensa na corrupção financeira – o Circo – e não na corrupção moral e da alma. Ora, deixa pra lá, põe o Dirceu na cadeia e ficaremos todos felizes! Como já dizia o poema de e. e. cummings:

Everybody happy?

WE-WE-WE

& to hell with the chappy

Who doesn’t agree

Do estado da economia, das greves incontroladas e das mentiras da PresidAnta escrevo outra hora. Por: Heitor de Paola


Para publicação no Jornal Inconfidência, Belo Horizonte, MG


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