quinta-feira, 8 de novembro de 2012

ÍNDIOS HOMICIDAS



Ontem, na divisa do Mato Grosso com o Pará, índios que faziam garimpo ilegal atacaram a Polícia Federal. No conflito, oito pessoas ficaram feridas. É cada vez mais normal a prisão de índios fortemente armados, para defender o garimpo ilegal, a extração de madeira ou simplesmente para assaltar transeúntes em terras indígenas. Veja notícia abaixo:


Um conflito entre índios caiabis e agentes da Polícia Federal deixou ontem um saldo de oito feridos -seis indígenas e dois policiais- às margens do rio Teles Pires, norte de Mato Grosso. De acordo com a Polícia Federal, o confronto ocorreu pela manhã, quando policiais explodiam uma balsa usada pelos índios para extração ilegal de ouro no rio. A balsa pertencia a um cacique conhecido como Camaleão. Os índios chegaram atirando e lançando flechas, ainda segundo o relato da PF, e os agentes então revidaram.


No fim da tarde de ontem, segundo a direção do Hospital Regional de Alta Floresta, no extremo norte do Estado, nenhum dos índios feridos corria risco de morte. Dois índios caiabis foram feridos a bala no braço, perderam muito sangue e ficaram em situação crítica até receberem os primeiros atendimentos no hospital.


Um deles foi operado em Alta Floresta, enquanto o outro seria levado ontem à noite para Cuiabá, para passar por cirurgia vascular. Não havia informações sobre os outros índios feridos. De acordo com a direção do hospital, os dois policiais, feridos a flecha, permaneceram acampados na base montada pela PF na área da operação, a pouco mais de 200 km da sede de Alta Floresta.

Ainda não há informações sobre o motivo da reação dos índios: se defendiam o patrimônio, no caso, a balsa, ou se teriam ficado contrariados com uma suposta ação truculenta dos policiais na ação. Ontem, no fim da tarde, a PF deslocou de carro e de avião cerca de 30 homens para Alta Floresta. Eles foram remanejados de Cuiabá, capital do Estado, e de Sinop, no norte mato-grossense. Hoje pela manhã esse reforço deve seguir para o local do conflito com os índios.


No mesmo dia, a Polícia Federal também desarmou indígenas no Paraná, para evitar uma matança entre eles, em briga pelo poder na aldeia. Como sempre, a FUNAI não soube explicar o que estava ocorrendo.


A Polícia Federal desencadeou ontem uma operação para desarmar um grupo de índios no sul do Paraná. Seis indígenas, entre eles o cacique Valdir Kokoj Santos, foram presos na reserva de Mangueirinha (a 408 km de Curitiba). A operação teve como objetivo desarmar líderes que estariam coagindo os demais indígenas. O cacique enfrenta oposição de um grupo que estaria disposto a assumir o comando da aldeia.


A Funai (Fundação Nacional do Índio) não soube informar o número de habitantes da aldeia. Disse apenas que, no local, vivem índios das etnias caingangue e guarani. O delegado Maurício Todeschini, que comandou a operação, disse que há histórico de violência dentro da reserva, mas ressaltou que apenas o grupo liderado desse cacique age com brutalidade.


No fim da tarde, antes de ser transferido para a carceragem da PF em Curitiba, o cacique pagou fiança de R$ 7.000 e foi solto. O delegado disse que o pagamento foi feito por outros índios. Os demais indígenas presos foram levados para Pato Branco. As denúncias contra Santos foram feitas pelos próprios índios. A PF confirmou as acusações que levaram a Justiça a emitir 27 mandados de busca e apreensão. A ação envolveu cerca de 100 policiais. Foram apreendidas cinco espingardas e três revólveres.

Nenhum comentário: